Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024
TRADUZIR-SE
O que lembro, tenho.
Guimarães Rosa
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Tudo tem a sua hora e a sua vez…
A Hora e a Vez de Augusto Matraga,
de João Guimarães Rosa
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Entreouvidos: "Ao andar acabei caminhando à desgraça." Na Rua Gil Horta.
Sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024, 7h55min.
Entreouvidos: 'Al caminar, terminé dirigiéndome hacia la desgracia.' En la Calle Gil Horta.
Viernes, 2 de febrero de 2024, 7:55 a.m.
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Traduzir-se | poema de Ferreira Gullar - #shorts #ferreiragullar
alterquia
21 de dez. de 2021
Traduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte
será arte?
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Joan Manuel Serrat canta a Antonio Machado
Orpesa Cultura
Teatro Municipal de Chile 1969
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CAMINANTE NO HAY CAMINO | Antonio Machado
>Poesía Española>Antonio Machado (1875-1939)>CAMINANTE NO HAY CAMINO | Antonio Machado
CAMINANTE NO HAY CAMINO
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar."
ChatGPT
O poema "Caminante no hay camino" de Antonio Machado é um clássico da literatura espanhola. Aqui está uma tradução para o português:
CAMINHANTE NÃO HÁ CAMINHO
Caminhante, são teus rastros
o caminho e nada mais;
Caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao voltar o olhar atrás
vê-se o trilho que nunca
se há de voltar a pisar.
Caminhante não há caminho,
só estelas no mar.
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O artigo "A eleição da realidade paralela" de Maria Cristina Fernandes, publicado no Valor Econômico, aborda um fenômeno preocupante e cada vez mais presente nas disputas eleitorais ao redor do mundo: o uso da inteligência artificial (IA) para manipulação de informações e criação de narrativas enganosas. A autora traz exemplos concretos desse uso em eleições recentes na Eslováquia, Argentina e Estados Unidos, destacando como essas práticas podem influenciar os resultados eleitorais e comprometer a integridade do processo democrático.
Um dos exemplos mencionados é o uso de áudios falsos criados por inteligência artificial durante a eleição na Eslováquia, que visavam difamar um dos candidatos. Essa estratégia revela a vulnerabilidade dos sistemas de comunicação e a disseminação de informações falsas, que podem ter sérias consequências em uma sociedade democrática.
Além disso, o artigo destaca a preocupação com o impulsionamento de publicidade política nas redes sociais, uma vez que o uso indiscriminado desse recurso pode amplificar a disseminação de desinformação e propaganda enganosa. A autora ressalta a importância de regulamentações mais rigorosas para controlar essas práticas e garantir a transparência e a lisura no processo eleitoral.
No contexto brasileiro, Maria Cristina Fernandes destaca a utilização da inteligência artificial nas campanhas políticas, especialmente na produção de vídeos e mensagens direcionadas aos eleitores. Ela aponta para a necessidade de uma regulamentação mais eficaz para conter o uso abusivo dessas tecnologias e proteger a integridade das eleições municipais.
O artigo também aborda a questão da desinformação e da disseminação de fake news, destacando a necessidade de conscientização por parte dos eleitores e medidas mais efetivas de combate a essas práticas. Ao final, a autora destaca a importância de uma maior transparência e controle sobre o uso da inteligência artificial nas campanhas políticas, visando preservar a democracia e a legitimidade do processo eleitoral.
No contexto da teoria do conhecimento, esse artigo levanta questões importantes sobre a confiabilidade das informações e a dificuldade de distinguir entre verdade e falsidade em um ambiente permeado por manipulações e narrativas distorcidas. Ele também destaca o papel crucial da regulação e da fiscalização para proteger a integridade do processo democrático e garantir a livre expressão e participação dos cidadãos.
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Donald Trump || Live | popular funny baby filter
Slow Fun
7 de jan. de 2021 UNITED STATES
This is for entertainment purpose video . Enjoy .
Please note:
" Here is no intention to insult or personal attack to any specific politicians!"
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"Maria Cristina Fernandes - A eleição da realidade paralela
Valor Econômico
Uso da inteligência artificial nas disputas eleitorais da Eslováquia, Argentina e EUA mostra o que aguarda as eleições municipais, embate que colocará em xeque a superação do bolsonarismo
Dois dias antes da acirrada eleição na Eslováquia, em outubro do ano passado, o Facebook divulgou um áudio em que o candidato do partido pró-Otan contava a uma jornalista que seu partido comprara votos da minoria cigana do país. As vozes, falsas, foram produzidas por inteligência artificial. O episódio mostrou a vulnerabilidade não apenas do candidato mas da jornalista à ferramenta.
Ambos denunciaram o áudio de imediato, mas como a política da Meta, dona do Facebook, é de excluir apenas vídeos - e não áudios -, a peça publicitária se espalhou até o dia da eleição. O silêncio imposto aos candidatos pela legislação eleitoral impediu o candidato atingido de se manifestar. O Smer, partido favorável à retirada de apoio militar à vizinha Ucrânia, acabou vencendo a eleição.
A margem apertada daquela eleição tornou o uso da inteligência artificial mais dramático, mas não foi caso isolado nem o único alerta para o que se deve esperar de 2024, ano de eleições em 58 países, dos EUA à Índia, de Taiwan à Rússia, da Venezuela à África do Sul, e nos 5.565 municípios do Brasil.
Menos de um mês depois, a Argentina enfrentou uma eleição com farto uso de IA, mas a margem folgada da vitória de Javier Milei não permite que se atribua o resultado aos artifícios da tecnologia. Até porque peças nocivas também foram dirigidas contra si.
O presidente argentino cultivou sua fama de polemista com posições como a defesa do mercado de órgãos humanos. Na campanha, a equipe de Sergio Massa produziu um vídeo com IA em que Milei diz que filhos são um investimento de longo prazo dado o potencial econômico de seus órgãos. Imagem, voz e enredo eram falsos. Sergio Massa se diria chocado. O candidato peronista chegou a “atuar” em vídeos falsos que circularam anonimamente nas redes sociais argentinas durante a campanha cheirando cocaína. A diferença é que esse vídeo dos órgãos humanos era assumidamente de sua campanha.
O vídeo era acompanhado de um texto que dizia: “Pedimos para uma inteligência artificial ajudar Javier a explicar o negócio das vendas de órgãos e aconteceu isso”. A explicação também era falsa. Os aplicativos que trabalham com inteligência artificial se valem da imagem e da fala de personagens reais para fazê-los atuar em enredos produzidos pelo engenho e pela maledicência humanas.
Com o texto, a campanha peronista tentou se blindar dos ataques, mas o estrago estava feito. Por mais que o material produzido por inteligência artificial adote a linha do escracho, atinge os fins a que se destina, que é o de reforçar a imagem que se pretende fixar num candidato ou, como prefere Gabriel Gallindo, um dos publicitários brasileiros que colaborou com a campanha de Massa, “engrossar o caldo com que se produz afeto na política”.
Às vésperas das primárias de New Hampshire, na campanha americana, circulou um áudio falso em que o presidente Joe Biden pedia para os eleitores não votarem. Por mais que os eleitores acabassem desconsiderando o áudio, por esdrúxulo, constatou-se um risco nada desprezível de a imagem de Biden trapalhão prevalecer.
Gallindo não integrou a equipe que produziu o vídeo da venda de órgãos, mas defende o uso da inteligência artificial pela capacidade de baratear e dar agilidade às campanhas. Valeu-se da tecnologia, por exemplo, para produzir o vídeo mais conhecido da campanha argentina no Brasil. Nessa peça, a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro sofre uma mutação e se transforma em Javier Milei. A voz, ao fundo, que adverte para o perigo que pairava sobre a Argentina com aquela eleição foi o único recurso pinçado da inteligência artificial. O recurso foi utilizado para economizar a contratação de um locutor.
Hoje na campanha de Guilherme Boulos, Gallindo diz estar preparado, por exemplo, para vídeos das campanhas adversárias que tragam o pré-candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo invadindo imóveis. Por isso, a campanha, que poderia sintetizar imagem e voz de Boulos para formatar a propaganda para diferentes regiões e estratos sociais e, assim, baratear os custos, optou por não se valer desse recurso.
A inteligência artificial, diz, será usada para explorar o prosaico, como, por exemplo, produzir peças que relacionem seu eleitor e o zodíaco - “Como o geminiano faz campanha para Boulos”. Ao optar apenas pela imagem e som reais de Boulos, a campanha coloca uma “marca d’água” na sua propaganda e limita a adversários a autoria de peças em que o pré-candidato do Psol esteja sintetizado.
Parece improvável que o uso se limite ao humor, ainda que este tenha sido o principal uso da inteligência artificial no ano passado. Um pioneiro no Brasil é o jornalista Bruno Sartori, que chegou a produzir vídeos com até 1 milhão de visualizações de puro escracho, a grande maioria dedicada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Antes de chegar à política, as chamadas “deepfakes” (extremamente falsas) eram mais usadas por fabricantes de remédios falsos. Fizeram do médico Drauzio Varella seu “garoto-propaganda” mais frequente e, ultimamente, lançaram mão do jornalista Pedro Bial.
A peleja de ambos para identificar e punir os responsáveis tem, pelo menos, um ponto de partida, que é o fabricante da medicação falsa anunciada. Na política, as digitais são mais difusas. No áudio que sintetizou a voz do presidente americano Joe Biden recomendando as pessoas a não votar nas primárias de New Hampshire, em janeiro deste ano, as chamadas partiam do celular de uma funcionária de um comitê de financiamento dos democratas, mas o número foi clonado para esse fim.
Os riscos trazidos pela disseminação da inteligência artificial se somam àqueles ainda não regulamentados do impulsionamento da publicidade. O alerta foi feito pelo Instituto Democracia em Xeque durante audiência pública no Tribunal Superior Eleitoral em que foram colhidas sugestões para a regulamentação da disputa municipal.
Se a inteligência artificial barateia a produção da propaganda eleitoral, é o impulsionamento que expande seu alcance para as redes sociais, menos vigiadas pela Justiça Eleitoral que os canais tradicionais de rádio e televisão.
O instituto sugere que o impulsionamento siga regras ainda mais rigorosas do que aquelas das pesquisas eleitorais: permissão apenas na pré-campanha (de 6 de abril a 15 de agosto) e restrição a partidos políticos, que ficariam obrigados a declarar seus custos.
Propõe ainda que as redes sociais sejam obrigadas a manter um repositório dos anúncios impulsionados para acompanhamento em tempo real do conteúdo, dos valores pagos e dos responsáveis pelo pagamento. E ainda que a rotulagem da propaganda que se valha de inteligência artificial não possa ser feita em letra miúda ou velocidade de áudio aumentada para que fique claro o uso do artifício.
Entre os motivos elencados para a proposta estão o fato de o impulsionamento ser o segundo maior gasto das campanhas eleitorais (depois do horário eleitoral) e importante fonte de receita das grandes empresas de tecnologia.
Se o Congresso não conseguir votar o projeto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confeccionado a partir das sugestões colhidas da comissão de juristas montada na Casa para este fim, são estas resoluções que vão ter que dar conta de conter o uso desenfreado da ferramenta.
Uma fonte do governo federal, que acompanha a tramitação tanto das resoluções quanto do projeto de lei, garante que a grande oposição a ambas as iniciativas vem das plataformas que se recusam a assumir responsabilidades pela veiculação das “deepfakes”. Diz que o ideal seria que não se pudesse usar inteligência artificial nas campanhas, mas não vê como impedi-la. Vê numa regulamentação que vede o artifício para campanha negativa, explicite seu uso e dê transparência sobre autoria, custos e alcance a única saída. O problema é como fazê-lo. O PL das “fake news” na Câmara, por exemplo, está emperrado há um ano.
União Europeia, Reino Unido, Canadá e Austrália já aprovaram legislações restritivas para a inteligência artificial. No Brasil, até o projeto de lei para o uso responsável da internet ficou embarreirado. A despeito da longevidade do inquérito das “fake news” (cinco anos), ainda não se abriu sequer a caixa-preta do chamado “gabinete do ódio”, primeiro grande laboratório de comunicação em massa da mentira na era digital comandado pelo filho do presidente. A operação da Polícia Federal sobre a “Abin paralela” é a chance mais concreta de mapeamento do seu alcance.
O Brasil é o terceiro país que mais usa redes sociais no mundo, atrás da Índia e da Indonésia e à frente de Estados Unidos e China. As redes mais usadas são, nesta ordem, WhatsApp, Google, YouTube, Instagram, Facebook e TikTok. Ou seja, o maior volume de usuários vem de países que não são as sedes dessas empresas.
Pesquisa da Fundação Getulio Vargas sobre o consumo de mídias digitais divulgada em dezembro do ano passado diz que um em cada três usuários que acessam política na internet não veem gravidade na desinformação. Se compartilham conteúdos sabidamente falsos é porque se identificam com eles e não associam danos à democracia deles derivados. Está aí uma fronteira para o combate à desinformação que ainda custa a ser desbravada.
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O texto descreve a reabertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 2 de fevereiro de 2024. Apesar da ausência do presidente da Câmara, Arthur Lira, devido a compromissos em Alagoas, a cerimônia foi marcada pela harmonia entre os Poderes, com discursos destacando a importância da democracia e do alinhamento entre o Judiciário, o Executivo e o Legislativo.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, enfatizou medidas para modernizar o acesso à Justiça, incluindo a adoção de linguagem clara e objetiva nas sentenças. Ele anunciou a realização do primeiro Exame Nacional da Magistratura, visando simplificar os concursos para juízes e estabelecer um padrão mínimo de competência jurídica.
Barroso também mencionou iniciativas como o modelo de promoção por merecimento por paridade e um programa de bolsas para candidatos negros à magistratura. Além disso, o STF abriu um edital para conhecer protótipos de soluções de inteligência artificial que auxiliem na sumarização de processos judiciais, visando lidar com o grande volume de ações propostas.
O texto destaca que, no ano anterior, foram propostas mais de 31 milhões de ações, com a Justiça brasileira solucionando uma média de 79 mil processos por dia. O custo total da Justiça é de R$ 116 bilhões, sendo que 70% são arrecadados pelo próprio Judiciário, que conta com 18 mil juízes, 272 mil servidores e 145 mil colaboradores.
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024
Luiz Carlos Azedo - Lira esnobou reabertura dos trabalhos do Supremo
Correio Braziliense
Barroso dedicou a maior parte de seu discurso a medidas para agilizar, facilitar e modernizar o acesso da sociedade à Justiça, inclusive com adoção de linguagem clara e objetiva
Não fosse a ausência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a reabertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) teria sido uma incontestável demonstração de harmonia entre os Poderes. Tanto o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, quanto o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez o discurso mais duro da cerimônia, ressaltaram a harmonia e o alinhamento com a democracia entre o Judiciário, o Executivo e o Legislativo. A Câmara foi representada por seu vice-presidente, Marcos Pereira (PR-SP). Lira permaneceu em Alagoas, em razão de compromissos político-eleitorais.
"É uma benção nós podermos fazer esta abertura do ano judiciário sem termos nenhuma preocupação que não sejam as preocupações normais de um país: crescimento, educação, proteção ambiental e todos os outros valores que estão na Constituição, que nos unem a todos", disse Barroso.
Pacheco seguiu a mesma linha, mas destacou que o Judiciário julga "aquilo que é de sua competência e busca o equilíbrio na aplicação da lei". O Supremo tem sido alvo de críticas de parlamentares que veem a Corte interferindo em assuntos que seriam competência exclusiva do Congresso.
A sucessão no comando do Senado e da Câmara também está repercutindo nas relações com o Supremo. No primeiro caso, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deseja voltar ao comando Casa. Para não correr riscos, se aliou ao senador Rogério Marinho (PL-RN), que lidera uma bancada de oposição com 32 senadores. O parlamentar potiguar é quem mais critica o Supremo, sobretudo o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news, que investiga a tentativa de golpe de 8 de janeiro.
No fim do ano passado, na Câmara, Lira havia engavetado os projetos que limitam os poderes dos ministros do Supremo, mas agora sofre forte pressão da bancada bolsonarista para pautá-los, principalmente depois da operação de busca e apreensão determinada por Moraes contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que está sendo investigado no caso da chamada "Abin paralela" e teve seu gabinete e residência oficial da Câmara devassados.
Ramagem foi diretor-geral da agência de inteligência e é pré-candidato a prefeito do Rio de janeiro. Em resposta ao silêncio da Câmara quanto ao caso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ameaçou lançar uma candidatura da legenda contra o candidato de Lira à sucessão na Casa, deputado Marcos Pereira (PR-SP). Uma das propostas é acabar com o foro privilegiado, o que faria com os processos contra deputados e senadores fossem para a primeira instância em seus estados.
No seu discurso, o presidente Lula manteve o tom duro contra a oposição, sem citar o ex-presidente Bolsonaro. Disse que as instituições enfrentaram juntas "uma ameaça que conhecíamos apenas das páginas mais trágicas da história da humanidade: o fascismo". Destacou sua preocupação com o chamado "discurso do ódio". E que é preciso "criminalizar aqueles que incitam a violência nas redes sociais, mas é também necessário responsabilizar as empresas pelos crimes que são cometidos em suas plataformas, como pedofilia, incentivo aos massacres nas escolas e estímulo à automutilação de adolescentes e crianças".
Modernização
Barroso dedicou a maior parte de seu discurso a medidas para agilizar, facilitar e modernizar o acesso da sociedade à Justiça, inclusive com adoção de linguagem clara e objetiva nas sentenças, que facilite a compreensão sobre as decisões judiciais. Anunciou a publicação do edital do primeiro Exame Nacional da Magistratura, que vai simplificar os concursos para juízes, com a realização de uma prova anterior e unificando o conhecimento que se demanda de um juiz. O objetivo da medida é estabelecer um padrão mínimo de competência jurídica para a magistratura.
Destacou a adoção pelo CNJ do modelo de promoção por merecimento por paridade. Tanto a promoção quanto a convocação de novos juízes deverão observar a alternância de gêneros. Também foi instituído um programa de bolsas para candidatos negros à magistratura, no valor de R$ 3 mil mensais, para que possam se dedicar ao concurso e efetivamente preencherem as vagas.
Em novembro passado, registrou Barroso, o STF abriu edital de chamamento público para conhecer protótipos de soluções de inteligência artificial que permitam resumir processos judiciais. Ao todo, mais de 30 empresas, universidades e startups apresentaram propostas. Um dos projetos é um programa capaz de resumir processos que chegam aos tribunais superiores, sob supervisão judicial, com o fato relevante, as decisões de primeiro e segundo graus e as razões de recurso.
No ano passado, foram propostas mais de 31 milhões de ações, um incremento de 10% em relação ao ano anterior. A Justiça do Brasil soluciona uma média de 79 mil processos por dia e, por magistrado, são baixados cerca de 1.787 processos. Segundo Barroso, a Justiça brasileira custa R$ 116 bilhões, dos quais 70% são arrecadados pelo próprio Judiciário, que tem 18 mil juízes, 272 mil servidores e 145 mil colaboradores.
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Espetáculo Um Inimigo do Povo
Felipe Pereira
2.847 visualizações 28 de mar. de 2018
Um Inimigo do Povo é uma peça de teatro escrita pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen em 1882, e apresentada pela primeira vez no Teatro Nacional de Oslo em janeiro de 1883. Pertence à fase realista de Ibsen.
O drama de Ibsen é dividido em cinco atos, seguindo uma estrutura típica do drama realista do final do século XIX, que por sua vez herdara tal divisão do teatro do neoclassicismo.
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