99. O EXTERMINADOR
1
- O Exterminador colocou a automática num coldre especial nas costas, logo
acima da região glútea. A arma ficava deitada, o cabo para a direita ou para a
esquerda, indiferentemente: o Exterminador atirava com as duas mãos. Com
incrível rapidez, o Exterminador sacou a sua 54 Superchata, apontando-a para o
peito do Cacique. O Cacique nem piscou. Ele mesmo tinha ensinado aquele ardil
ao Exterminador.
"Aprendi
isso numa antiga novela americana sobre terroristas negros", disse o
Cacique. "É um truque velho, mas surpreendente. Hoje ninguém mais lê.
Porém, tudo que eu sei aprendi nos livros." Um leve sorriso na sua boca de
lábios finos.
O
Exterminador tinha vindo de fora. Era identificado pela letra R.
"E
o Exterminador RJ? Por que ele não fez o serviço?", perguntou R.
Havia
cinco exterminadores infiltrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo
Horizonte e Porto Alegre. Sua função era matar as autoridades, técnicos e
burocratas de alto nível que nunca apareciam em público e assim estavam longe
do alcance dos Esquadrões. (Esquadrões: grupos de especialistas em atentados
pessoais com explosivos.)
"O
trânsito dele está difícil", respondeu o Cacique.
"Qual
é o alvo?', perguntou o Exterminador com sotaque carioca, os ll soando como uu.
"O G.G.". (G.G.: Governador Geral.)
"Não
vai ser fácil", disse o Exterminador com sotaque gaúcho, o l vibrando no
céu da boca. Uma pequena demonstração de habilidade para impressionar, ou
divertir, o Cacique. R. podia ser infiltrado em qualquer parte do país ou do
exterior. Ele assumia qualquer papel. Nem o IVE percebia sua impostura. (IVE:
Identificador Vocal Eletrônico.) R. controlava os mínimos gestos - comer,
andar, sentar, correr, fumar, até a maneira de pensar ele condicionava ao
personagem assumido. O treinamento dos Exterminadores para enganar e matar era
tão elaborado e difícil quanto o dos antigos astronautas.
"Você
vai receber um aviso. Este é o nosso último contato até você fazer o serviço.
Use a primeira oportunidade que aparecer", disse o Cacique.
"O.K.",
disse o Exterminador.
"Outra
coisa", disse o Cacique, "dentro de um mês os BBB vão iniciar uma
nova programação. Isto talvez ajude você. E só." (BBB: especialistas em
incêndios e saques, sigla derivada do grito dos terroristas negroamericanos do
século XX burn, baby, burn)
O
Exterminador olhou a impassível cara enrugada do Cacique. Depois, retirou-se em
silêncio.
2
- Pelo vidro inquebrável, o G.G. verificou que quem estava na ante-sala era a
sua secretária, D. Nova. O G.G. apertou um botão que acionou um mecanismo
trancando uma das portas blindadas da ante-sala e abrindo ao mesmo tempo a outra
porta que dava acesso à sua sala.
A
secretária entrou com as duas mãos para o alto, o bloco de ditado enfiado no
cinto.
"Como
está a minha agenda?", perguntou o G.G.
A
secretária baixou as mãos lentamente, sempre com as palmas para a frente;
quando chegou na altura do cinto, com as pontas dos dedos da mão direita
retirou o bloco, enquanto mantinha a mão esquerda espalmada horizontalmente.
Depois segurou o bloco com as duas mãos, mantendo-as afastadas quarenta e cinco
centímetros do corpo. Exigências do RDE. (RDE: Regulamento de Defesa Especial.)
"Quarta-feira
está livre", disse a secretária.
"Pan
Cavalcanti desembarca hoje no Galeão. Avisar DEPOSE para alguém esperá-lo.
Quero me entrevistar com ele na quarta-feira. 16 horas." (DEPOSE:
Departamento de Polícia Secreta.)
"Intercom,
circuito fechado, ou vis-à-vis?"
"Circuito
fechado", disse G.G.
3
- Na portaria do hotel, em grandes letras de vapor de mercúrio, estava escrito:
SE VOCÊ NÃO CONHECE HÁ MUITO TEMPO ESSE (A) HOMEM (MULHER) QUE ESTÁ COM VOCÊ,
NÃO VÁ PARA A CAMA COM ELE (A). PROTEJA SUA VIDA.
"Se
o povo fosse atrás disso, ninguém ia mais para a cama com ninguém", disse
a mulher.
A
mulher riu. O Exterminador continuou sério.
"IS?",
perguntou o porteiro. (IS: Identificação Social.) O Exterminador balançou a
cabeça negativamente.
"Sobretaxa
de vinte por cento", disse o porteiro.
"O.K.",
disse o Exterminador.
"Quantas
horas?", perguntou o porteiro.
"Não
sei", disse o Exterminador.
"Mais
dez por cento", disse o porteiro.
"O.K.",
disse o Exterminador.
O
Exterminador e a mulher foram para o quarto.
O
Exterminador trancou a porta. O Exterminador e a mulher tiraram a roupa.
A
mulher deitou-se na cama.
O
Exterminador abriu a bolsa da mulher e retirou um IAAP de couro e alumínio.
(IAAP: Instrumento de algolagnia ativo-passiva.)
Da
cama, excitadamente, a mulher perguntou: "Você não é um SS, é?" O
corpo dela estava todo arrepiado. (SS: Super-Sádico, pessoas que somente sentem
prazer matando o parceiro ou parceiros no ato sexual.)
"O
que você acha?", perguntou o Exterminador friamente.
"Não
sei", disse a mulher.
"Vira
as costas", disse o Exterminador.
'Você
vai me matar? Se você vai me matar, deixa eu tomar antes um EEE", disse a
mulher. (EEE ou 3-E: Estupefaciente de Efeito Estuporante.)
"Vira
as costas", disse o Exterminador, golpeando o IMP com força sobre os seios
da mulher.
A
mulher cobriu os seios com as mãos.
O
Exterminador golpeou a barriga da mulher.
Finos
riscos de sangue brotaram na pele da mulher.
A
mulher virou as costas. Suas nádegas estavam contraídas. Gemidos abafados saíam
da sua boca. O Exterminador golpeou as costas e as nádegas da mulher.
O
Exterminador deitou-se ao lado da mulher, sobre as marcas de sangue que o seu
corpo deixara no lençol. O Exterminador abraçou a mulher com força, mordendo-a
na boca até sentir o sangue doce molhar sua língua.
"Amor,
me ama, amor", disse a mulher, pronunciando passionalmente A Grande
Palavra do CO.
"Amor,
amor", disse o Exterminador. (CO: Código de Obscenidades, coleção de
palavras de uso rigorosamente interdito.)
4
- Pan Cavalcanti sentou-se no CTCF, olhando para o quadrado de plástico preto à
sua frente. (CTCF: Compartimento de Transmissão de Circuito Fechado.) O
quadrado preto se iluminou e apareceu o rosto de G.G. "Pan, como vai? Há
quanto tempo não nos vemos?" "Um ano", disse Pan.
"Você
está bem. Estou gostando da sua cor."
"Isso
é a TV. Na verdade não estou cor-de-rosa, não. Estou verde", disse Pan.
"Eu
também", disse G.G.
Os
dois homens ficaram se examinando, cada um em seu quadrado. "Eu estou
precisando de você", disse o G.G. "Como?", perguntou Pan.
"Quero
que você assuma o DEUS", disse o G.G. (DEUS: Departamento Especial
Unificado de Segurança.)
"O.K.
Mas alguém tem que me substituir em Pernambuco", disse Pan. "Já foi
indicado", disse o G.G. "O.K.", disse Pan.
"O
IPTMM tem observado uma crescente inquietação nas Fuvags. É quase certo que o
BBB se aproveitará disso", disse o G.G. (IPTMM: Instituto Pesquisador de
Tendências Motivacionais da Massa. FUVAG: Favela Urbana Vertical de Alto
Gabarito.)
"Talvez
sim, talvez não. Muito óbvio."
"Não
podemos correr o risco. São vinte milhões de pessoas nas fuvags. Lembre-se que
da última vez morreram quinze mil, só na Zona Sul", disse o G.G. "Eu
me lembro", disse Pan.
"O
Ministro do Planejamento foi morto na semana passada. Foi morto na cama, ele e
suas duas mulheres. Estamos ainda no escuro, investigando. Era absolutamente
impossível o vis-à-vis com ele. Esta notícia é secreta."
"O.K."
"Informações,
com fator de exatidão oitenta, dizem que o Cacique entrou no país, vindo dos
Estados Unidos."
"O
Cacique?", disse Pan excitadamente, "aqui?" "Oitenta por
cento de exatidão", disse o G.G.
"Então
precisamos mesmo ficar preocupados com o ambiente nas fuvags. Qual o estoque de
GASPAR?" (GASPAR: Gás paralisante)
"Suficiente.
Pan, ouça, não quero que você se preocupe com as explosões urbanas. Isso é
rotina. Quero que você se concentre no Cacique. Nós queremos apanhar o Cacique.
Será uma grande vitória psico-social."
5
- Segunda-feira, 18. O movimento na estação do Metrô, na rua Uruguaiana com
Presidente Vargas, era intenso. Às 17 horas explodiu a primeira bomba, próximo
de um dos guichês. Em seguida, mais cinco explosões, a última destruindo vários
vagões de uma composição. Muitos gritos e gemidos. Cheiro de roupas e carnes
queimadas.
Às
17h30m, cerca de duzentas mil pessoas começaram a destruir os botequins,
armazéns, farmácias e lojas dos cortiços da Avenida Nossa Senhora de
Copacabana. Os duzentos mil, em seguida, se deslocaram em direção ao centro da
cidade, ao encontro da massa que destruía as estações do Metrô.
Grupos
de BBB, comandados pelo rádio, armados de metralhadoras, espalharam-se pela
cidade atirando bombas EXPLA nos edifícios e veículos. (EXPLA: Explosivo
Plástico.)
6
- Terça-feira, dia 26. Pelos cálculos eletrônicos, apenas 8 mil pessoas
morreram nas agitações da semana. Sociólogos se surpreenderam com o pequeno
número de perdas. As Forças de Repressão Anti-Social, usando GASPAR e IE-IE-IE,
dominaram a situação. Trezentas mil pessoas ficaram desabrigadas. (IE-IE-IE:
Irritante Epidérmico Triplo Concentrado.)
7
- Num carro com vidros à prova de bala, Pan percorreu os dois grandes guetos da
Zona Sul, as fuvags de Copacabana e Ipanema. Os caminhões da Limpeza Pública
recolhiam os cadáveres para levá-los aos fornos crematórios subterrâneos da
Praça XV de Novembro e do Largo da Carioca. Os cadáveres não eram
identificados. Seriam cremados com as roupas que usavam. Do terraço de um velho
prédio em ruínas alguém atirou num dos guardas da Limpeza Pública. Dois guardas
examinaram o colega caído no chão. Depois colocaram-no junto com os outros
cadáveres num dos caminhões.
Pelo
rádio, em código, Pan transmitiu a seguinte mensagem:
-
ATENÇÃO DEUS ATENÇÃO DEUS CHEFES DE DIVISÃO REUNIÃO HOJE 18 H LEVO PRISIONEIRO
IMPORTANTE PAN.
Dirigindo
em alta velocidade, Pan chegou a Santa Cruz. Parou o carro na garagem de um
edifício novo, subiu ao 74a andar.
Na
porta do apartamento 7404 estava embutido um microfone tendo em cima escrito
IVE.
"Encomenda
para o Chefe", disse Pan encostando a boca no microfone.
A
porta abriu. Dentro da sala estava um jovem de óculos. O disparo de Pan furou a
lente dos óculos, entrou pelo olho e varou a cabeça do rapaz, que caiu no chão.
Os óculos continuaram no seu rosto. O barulho da arma foi pouco maior do que um
sopro. Super-silenciador.
O
Chefe, que estava deitado na cama, levantou-se quando viu Pan entrar no seu
quarto. Pelo movimento do corpo, Pan viu que o chefe era canhoto. Com grande
precisão Pan atirou no cotovelo esquerdo do Chefe, partindo o seu braço.
"Eu quero você vivo", disse Pan
8
- Nos subterrâneos do DEPOSE, um velho guarda ensinava um guarda mais jovem a
montar o PERSAB. (PERSAB: sigla abreviatura de Persuasão Absoluta, instrumento
de tortura física. Não confundir com PERCOM, abreviatura de Persuasão
Compulsiva, também um instrumento de tortura, mas apenas psíquica.)
"O
PERSAB é fácil de montar", disse o velho, "basta apenas conhecer um
pouco de mecânica e um pouco de eletrônica."
O
velho ligou o fio dos dois audiofones no painel eletrônico.
"Se
a luz vermelha acender quando você aperta este botão, é sinal que a ligação
está correta. Vê como é simples."
O
guarda jovem seguia atentamente tudo o que o velho fazia.
"As
ligações do eletrochoque são enfiadas aqui nesta tomada. É preciso não
confundir a parte de choque com a parte de som. Uma é letra S, está vendo? A
outra é C. A verificação é feita com uma luz vermelha também. Viu?" Click.
Constritor
testicular, sonda uretral escamada, clister gasoso e líquido, agulhas especiais
- o guarda foi colocando todos os instrumentos sobre uma mesa coberta com uma
toalha branca ao lado da cama de ferro.
"Este
trabalho é muito fácil de fazer. Vou lhe dar um conselho: agarre esta
oportunidade com unhas e dentes. Aqui você tem um bom emprego para o resto da
vida. Enquanto a índole do nosso povo for a mesma, você está garantido. E mudar
a índole do nosso povo é impossível, você não acha?"
9
- O Chefe estava deitado na cama de ferro.
A
câmara e o microfone de TV, operados na sala do Q.G., aproximaram-se do rosto
do Chefe.
"Nós
só queremos saber em que lugar está o indivíduo denominado Cacique", disse
o G.G., através do alto-falante.
"Não
adianta falar", disse Pan, "nós arrebentamos os tímpanos dele. As
perguntas têm que ser feitas por escrito. Ele ainda enxerga alguma coisa."
Num
dos cantos da sala o guarda velho balançou a cabeça.
Pan
escreveu numa cartolina branca, em letras de forma grandes: O GOVERNADOR GERAL
ESTÁ VENDO VOCÊ PELA TELEVISÃO. ELE QUER SABER ONDE PODEMOS ENCONTRAR O
CACIQUE. SE VOCÊ DISSER SERÁ POUPADO.
"Limpem
os olhos dele", disse Pan.
Os
dois guardas enxugaram com esponjas e lenços os olhos do Chefe. Ao ver a
cartolina, o Chefe fechou os olhos.
"Ele
é duro", disse Pan, "nem sequer conseguimos saber há quanto tempo ele
chefia os BBB."
"O
seu trabalho, Pan, tem sido altamente comendável, brilhante mesmo", disse
o G.G.
Pan
deu uma volta na roda do aparelho constritor testicular.
O
guarda velho disse baixinho para o jovem: "Nunca vi serviço tão mal feito.
Assim ele vai matar o homem. Mas quem está dirigindo o serviço é ele, que
parece não ter experiência, mas está com as ordens, entendeu?"
Pan
escreveu numa outra cartolina a palavra EUNUCO e colocou-a na frente dos olhos
do Chefe. (EUNUCO: Eunuco)
O
Chefe fechou os olhos.
"Você
me põe a par do que for acontecendo", disse o G.G. desligando a televisão.
A câmara e o microfone recuaram para o nicho da parede. O Chefe estava imóvel
na cama. "Acho que ele foi apertado demais", disse o guarda velho.
"Como assim?", perguntou Pan.
"O
dr. Baltar, que era sociopsicólogo, às vezes deixava o sujeito preso um mês,
sem encostar a mão dele, sem botar no aparelho, pra deixar o medo
crescer." "Persab ou Percom?", perguntou Pan secamente. "No
Persab."
"Esse
doutor não tinha pressa e eu tenho. O que aconteceu com ele?" "Foi
apanhado", disse o guarda velho, constrangido. "Um
Exterminador". Pan virou as costas para os guardas, curvando-se sobre o
corpo do Chefe. Pan colocou o ouvido sobre a boca do Chefe.
"Silêncio", disse Pan, para os guardas.
Pan
levantou a cabeça do Chefe, uma das mãos no seu queixo, a outra na sua nuca. A
boca de um e o ouvido de outro ficaram algum tempo colados. "Ele acabou de
confessar tudo. Preciso falar com o G.G.", disse Pan. Pan saiu
apressadamente.
"A
rotina é esta: ao terminar o serviço, o CONTROLE é consultado e decide, de
acordo com o computador eletrônico, para onde vai o preso, se é liquidado ou
recuperado", explicou o guarda velho. (CONTROLE: Controle.)
O
guarda ligou o INTERCOM e pediu CONTROLE. (INTERCOM: Intercomunicação direta.)
"Preso
C-TBS-l.487.018. Destino." "Um momento", respondeu Controle.
Pouco depois, Controle decidia, para surpresa do guarda, que o preso devia ir
para Recuperação.
10
- Pelo INTERCOM Pan ligou para o G.G. "Scramble", disse Pan.
"Pronto.
Ninguém pode entrar na linha. Adiante", disse o G.G.
"O
Chefe falou. Preciso entrevista urgente. Supersecreta. Vis-à-vis", disse
Pan.
"Vis-à-vis?
Você sabe que vis-à-vis só em casos excepcionais", disse o G.G.
"O
caso é excepcional. Sua vida corre perigo. Não confie em ninguém", disse
Pan.
"Está
bem. Pode vir", disse G.G.
11
- Pelo vidro o G.G. observou Pan. Pan parecia calmo. O G.G. apertou o botão.
Pan entrou com as mãos para o alto.
"Não
temos tempo a perder. D. Nova é um Exterminador. Temos que pegá-Ia
imediatamente", disse Pan.
"D.
Nova? Impossível", disse o G.G.
"O
Chefe confessou tudo. Ele não podia ter inventado, o trabalho de D. Nova é
secreto."
"Eu
digo que é impossível", disse o G.G.
"Não
vamos perder tempo", disse Pan, com impaciência.
"Vou
chamá-Ia", disse o G.G.
"Não.
Ela pode ter um mini-explosivo de alta potência escondido no corpo. Há outra
saída daqui? Eu gostaria de surpreendê-Ia."
"Há
uma saída de emergência atrás da estante". disse o G.G.
"Então
abre que eu vou sair por ela", disse Pan.
Uma
luz vermelha acendeu no INTERCOM.
"Um
momento", disse G.G. tirando o receptor do gancho.
G.G.
escutou algum tempo.
"Era
Controle", disse G.G. desligando o INTERCOM. "Disseram que o Chefe
foi morto no DEPOSE. Quebraram o pescoço dele."
Por
um segundo G.G. olhou o rosto de Pan. Subitamente G.G. enfiou a mão dentro do
paletó. Mas o Exterminador foi mais rápido. Sua 54 Superchata detonou abrindo
um buraco em cima do olho direito do G.G. que caiu de bruços sobre o braço que
segurava a própria arma ainda dentro do paletó.
O
Exterminador curvou-se sobre o corpo caído. Apoiou o cano da arma na base do
crânio do G.G. e detonou uma segunda vez.
"É
preciso tomar cuidado, a medicina de hoje está muito adiantada", pensou o
Exterminador enquanto pisava nos miolos do G.G. espalhados pelo chão.
RUBEM
FONSECA
"Deixemos
de coisas, cuidemos da vida /
Senão
chega a morte ou coisa parecida /
E
nos arrasta, moço, sem ter visto a vida"
Belchior
(1946-2017)
Na
Hora do Almoço
Belchior
O
Exterminador do Futuro: Gênesis - Trailer Legendado
Pois
meus olhos vidram ao te ver /
São
dois fãs, um par /
Pus
nos olhos vidros para poder /
Melhor
te enxergar /
Nando
Reis
luz
dos olhos - cassia Eller
Referências
file:///C:/Users/User/Desktop/Os%20100%20Melhores%20Contos%20de%20Crime%20e%20Mist%C3%A9rio%20da%20Literatura%20Universal%20-%20Fl%C3%A1vio%20Moreira%20Da%20Costa%20(2).pdf
https://youtu.be/d_YB1PTPLcc
https://youtu.be/yHLyOLE6YW4
https://youtu.be/DbCXNZbXbq4
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