quinta-feira, 25 de maio de 2017

ÉDIPO REI



5. ÉDIPO REI

Onde os culpados estarão?
Onde acharemos algum vestígio desse crime muito antigo?

Quem age sem receios não teme as palavras.

De mim, por mais que faças nada saberás.

(...)

ÉDIPO
Ah! Filhos meus, merecedores de piedade!
Sei os motivos que vos fazem vir aqui; vossos anseios não me são desconhecidos.
Sei bem que todos vós sofreis mas vos afirmo que o sofrimento vosso não supera o meu.
Sofre cada um de vós somente a própria dor; minha alma todavia chora ao mesmo tempo pela cidade, por mim mesmo e por vós todos.
Não me fazeis portanto levantar agora como se eu estivesse entregue ao suave sono.
Muito ao contrário, digo-vos que na verdade já derramei sentidas, copiosas lágrimas.
Meu pensamento errou por rumos tortuosos.
Veio-me à mente apenas uma solução, que logo pus em prática: mandei Creonte, filho de Meneceu, irmão de minha esposa, ao santuário pítico do augusto Febo para indagar do deus o que me cumpre agora fazer para salvar de novo esta cidade.
E quando conto os muitos dias transcorridos desde a partida dele, sinto-me inquieto com essa demora estranha, demasiado longa.
Mas, quando ele voltar, eu não serei então um homem de verdade se não fizer tudo que o deus ditar por intermédio de Creonte.

(Os anciãos do CORO, que se haviam agrupado em volta de Édipo enquanto ele falava, fazem um gesto indicando alguém que se aproxima.)

SACERDOTE
Sim, vejo que falaste a tempo; neste instante apontam-me Creonte; ei-lo de volta, enfim.

(Entra CREONTE, apressado, coroado de bagas de loureiro com aspecto alegre.)

ÉDlPO 
Traga-nos ele, deus Apolo, a salvação resplandecente como seu próprio semblante!

SACERDOTE
Ele parece alegre; as bagas de loureiro em forma de coroa são um bom sinal.

ÉDlPO
Ele já pode ouvir-nos; logo o escutaremos.
(Dirigindo-se a CREONTE.)
Filho de Meneceu, príncipe, meu cunhado, transmite-nos depressa o que te disse o deus!

CREONTE 
Foi favorável a resposta, pois suponho que mesmo as coisas tristes, sendo para bem, podem tornar-se boas e trazer ventura.

ÉDIPO
Mas, que resposta ouviste?
Estas palavras tuas se por um lado não me trazem mais temores por outro são escassas para dar-me alívio.

CREONTE
(Indicando os tebanos ajoelhados.)
Se é teu desejo ouvir-me na presença deles, disponho-me a falar.
Ou levas-me ao palácio?

ÉDIPO
Quero que fales diante dos tebanos todos; minha alma sofre mais por eles que por mim.

CREONTE
Revelarei então o que ouvi do deus.
Ordena-nos Apolo com total clareza que libertemos Tebas de uma execração oculta agora em seu benevolente seio, antes que seja tarde para erradicá-la.

ÉDIPO
Como purificá-la?
De que mal se trata?

CREONTE
Teremos de banir daqui um ser impuro ou expiar morte com morte, pois há sangue causando enormes males à nossa cidade.

ÉDIPO
Que morte exige expiação?
Quem pereceu?

CREONTE
senhor, outrora rei deste país, antes de seres aclamado soberano.

ÉDIPO
Sei, por ouvir dizer, mas nunca pude vê-lo.

CREONTE
Ele foi morto: o deus agora determina que os assassinos tenham o castigo justo, seja qual for a sua posição presente.

ÉDIPO
Onde os culpados estarão?
Onde acharemos algum vestígio desse crime muito antigo?

CREONTE
Em nossa terra, disse o deus; o que se busca encontra-se, mas foge-nos o que deixamos.

ÉDIPO
Foi no palácio, foi no campo ou em terra estranha que assassinaram Laio como nos falaste?

CREONTE
Disse ele, quando foi, que ia ouvir o deus e nunca mais voltou aos seus, à sua terra.

ÉDIPO
Nenhum arauto ou companheiro de viagem viu algo que pudesse orientar-nos hoje?

CREONTE
Todos estão agora mortos, salvo um que desapareceu com medo e pouco disse.

ÉDIPO
Que disse?
É pouco, mas um mínimo detalhe talvez nos leve a descobertas decisivas se nos proporcionar um fio de esperança.

CREONTE
Falou que alguns bandidos encontraram Laio e o trucidaram, não com a força de um só homem pois numerosas mãos se uniram para o crime.

ÉDIPO
Como teria ousado tanto o malfeitor sem conspirata em Tebas e sem corrupção?

CREONTE
Tivemos essa idéia, mas após o crime nenhum de nós em meio a males mais prementes pôde cuidar naquela hora de vingá-lo.

ÉDlPO
Que males, no momento em que o poder caía, vos impediram de aclarar o triste evento?

CREONTE
A Esfinge, entoando sempre trágicos enigmas, não nos deixou pensar em fatos indistintos; outros, patentes, esmagavam-nos então.

ÉDlPO
Pois bem; eu mesmo, remontando à sua origem, hei de torná-los evidentes sem demora.
Louve-se Febo, sejas tu também louvado pelos cuidados que tiveste quanto ao morto; verás que vou juntar-me a ti e secundar-te no esforço para redimir nossa cidade.
E não apagarei a mácula por outrem, mas por mim mesmo: quem matou antes um rei bem poderá querer com suas próprias mãos matar-me a mim também; presto um serviço a Laio e simultaneamente sirvo à minha causa.
(Dirigindo-se aos tebanos ajoelhados.)
Vamos depressa, filhos!
Vamos, levantai-vos desses degraus!
Levai convosco os vossos ramos de suplicantes; quando decorrer o tempo reúna-se de novo aqui a grei de Cadmos e dedicar-me-ei de todo ao meu intento.
Querendo o deus, quando voltarmos a encontrar-nos teremos satisfeito este nosso desejo, pois o contrário será nossa perdição.

SACERDOTE
Sim, filhos meus, ergamo-nos; foi para isso que aqui nos reunimos todos neste dia.
E possa Febo, inspirador das predições, juntar-se a nós, ele também, para salvar-nos e nos livrar deste flagelo para sempre!

(Retiram-se ÉDIPO, CREONTE, o SACERDOTE e o povo. Permanece em cena o CORO, composto de anciãos, cidadãos notáveis de Tebas.)

CORO
Doce palavra de Zeus poderoso, que vens trazendo da faustosa Delfos à ilustre Tebas?
Tenho meu espírito tenso de medo; tremo de terror, deus salutar de Delos, e pergunto, inquieto, por que sendas me conduzes, novas, talvez, ou talvez repetidas após o lento perpassar dos anos.
Dize-me, filha da Esperança áurea, voz imortal!
Invoco-te primeiro, filha do grande Zeus, eterna Atena, e tua irmã, guardiã de Tebas, Ártemis, que tem assento em trono glorioso na ágora de forma circular, e Febo, que de longe lança flechas: aparecei, vós três, em meu socorro!
Se de outra vez, para afastar de nós flagelo igual que nos exterminava pudestes extinguir as longas chamas da desventura, vinde a nós agora!
Ah! Quantos males nos afligem hoje!
O povo todo foi contagiado e já não pode a mente imaginar recurso algum capaz de nos valer!
Não crescem mais os frutos bons da terra; mulheres grávidas não dão à luz, aliviando-se de suas dores; sem pausa, como pássaros velozes, mais rápidas que o fogo impetuoso as vítimas se precipitam céleres rumo à mansão do deus crepuscular. Tebas perece com seus habitantes e sem cuidados, sem serem chorados, ficam no chão, aos montes, os cadáveres, expostos, provocando novas mortes.
Esposas, mães com seus cabelos brancos, choram junto aos altares, nos degraus onde gemendo imploram compungidas o fim de tão amargas provações.
E o hino triste repercute forte ao misturar-se às vozes lamentosas.
Diante disso, filha rutilante de Zeus supremo, outorga-nos depressa a tua sorridente proteção!
Faze também com que Ares potente, que agora nos ataca esbravejando e sem o bronze dos escudos queima-nos, vá para longe, volte-nos as costas, procure o leito imenso de Anfitrite ou as revoltas vagas do mar Trácio, pois o que a noite poupa o dia mata!
Zeus pai, senhor dos fúlgidos relâmpagos, esmaga esse Ares, Zeus, com teus trovões!
O meu desejo, Apolo, é que dispares com teu arco dourado flechas rápidas, inevitáveis, para socorrer-nos, para nos proteger; o mesmo espero das tochas fulgurantes com que Ártemis percorre os montes lícios; meu apelo também dirijo ao deus da tiara de ouro, epônimo de Tebas, Baco alegre de rosto cor de vinho, companheiro Dêls Mênades, para que avance e traga a todos nós a tão pedida ajuda com seu archote de brilhante chama contra esse deus que nem os deuses prezam!

(ÉDIPO reaparece, vindo do palácio, e dirige-se ao CORIFEU.)

ÉDIPO
Suplicas proteção e alívio de teus males.
Sem dúvida serão ouvidas tuas preces se deres a atenção devida à minha fala e tua ação corresponder às circunstâncias.
Quero dizer estas palavras claramente, alheio aos vãos relatos, preso à realidade.
Hei de seguir, inda que só, o rumo certo, o indício mais sutil será suficiente.
Já que somente após os fatos alegados honraram-me os tebanos com a cidadania, declaro neste instante em alta voz, cadmeus: ordeno a quem souber aqui quem matou Laio, filho de Lábdaco, que me revele tudo; ainda que receie represálias, fale!
Quem se denunciar não deverá ter medo; não correrá outro perigo além do exílio; a vida lhe será poupada. Se alguém sabe que o matador não é tebano, é de outras terras, conte-me logo, pois à minha gratidão virá juntar-se generosa recompensa.
Mas se ao contrário, cidadãos, nada disserdes e se qualquer de vós quiser inocentar-se por medo ou para proteger algum amigo da imputação de assassinato, eis minhas ordens:
Proíbo terminantemente aos habitantes deste país onde detenho o mando e o trono que acolham o assassino, sem levar em conta o seu prestígio, ou lhe dirijam a palavra ou lhe permitam irmanar-se às suas preces ou sacrifícios e homenagens aos bons deuses ou que partilhem com tal homem a água sacra!
Que todos, ao contrário, o afastem de seus lares pois ele comunica mácula indelével segundo nos revela o deus em seu oráculo.
Eis, cidadãos, como demonstro acatamento ao deus e apreço ao rei há tanto tempo morto.
O criminoso ignoto, seja ele um só ou acumpliciado, peço agora aos deuses que viva na desgraça e miseravelmente!
E se ele convive comigo sem que eu saiba, invoco para mim também os mesmos males que minhas maldições acabam de atrair inapelavelmente para o celerado!
Exorto-vos a proceder assim, tebanos, em atenção a mim, ao deus, por esta terra que em frente aos vossos olhos está perecendo entregue pelos numes à esterilidade.
Ainda que essa purificação forçosa não vos houvera sido imposta pelo deus, não deveríeis deixar Tebas maculada, pois era o morto um homem excelente, um rei; cumpria-vos esclarecer os fatos logo.
Considerando que hoje tenho em minhas mãos o mando anteriormente atribuído a Laio e que são hoje meus seu leito e a mulher que deveria ter-lhe propiciado filhos, e finalmente que se suas esperanças por desventura não houvessem sido vãs, crianças concebidas por uma só mãe teriam estreitado laços entre nós (mas a desgraça lhe caiu sobre a cabeça), por todos esses ponderáveis fundamentos hei de lutar por ele como por meu pai e tomarei as providências necessárias à descoberta do assassino do labdácida, progênie do rei Polidoro, descendente de Cadmos e Agenor, os grandes reis de antanho.
E quanto aos desobedientes, peço aos deuses que a terra não lhes dê seus frutos e as mulheres não tenham filhos deles, e sem salvação pereçam sob o peso dos males presentes ou vítimas de mal muitas vezes maior.
Mas, para vós, cadmeus que concordais comigo, possa a justiça sempre estar do vosso lado e não vos falte nunca a proteção divina!

CORIFEU
Escuta, então, senhor; tuas imprecações compelem-me a falar.
Não fui o assassino, nem sei quem foi; cabia a Febo, deus-profeta, que nos mandou punir agora o criminoso, dizer-nos quem outrora cometeu o crime.

ÉDIPO
São justas as tuas palavras, mas ninguém detém poder bastante para constranger os deuses a mudar os seus altos desígnios.

CORIFEU
Veio-me à mente uma segunda idéia; exponho-a?

ÉDIPO
Mesmo a terceira, se tiveres, quero ouvir.

CORlFEU
Sei que Tirésias venerável é o profeta mais próximo de Febo; se lhe perguntares, dele ouviremos a revelação dos fatos.

ÉDIPO
Não descurei desse recurso; aconselhado há pouco por Creonte, já mandei buscá-lo.
Espanta-me que ainda não tenha chegado. 

CORIFEU E quanto ao mais, só há rumores vãos, remotos.

ÉDIPO
Quais os rumores?
Quero conhecê-los todos.

CORIFEU
Dizem que Laio foi morto por andarilhos.

ÉDIPO
Também ouvi dizer, mas não há testemunhas.

CORIFEU
Mas se o culpado for sensível ao temor, não há de resistir quando tiver ciência de tua dura, assustadora imprecação.

ÉDIPO
Quem age sem receios não teme as palavras.

CORIFEU
(Vendo TIRBIAS aproximar-se.)
Já vejo aproximar-se quem vai descobri-lo. Estão trazendo em nossa direção o vate guiado pelos deuses, único entre os homens que traz em sua mente a lúcida verdade.

(Entra TIRÉSIAS, idoso e cego, conduzido por um menino.)

ÉDIPO
Tu, que apreendes a realidade toda, Tirésias, tanto os fatos logo divulgados quanto os ocultos, e os sinais vindos do céu e os deste mundo (embora não consigas vê-los), sem dúvida conheces os terríveis males que afligem nossa terra; para defendê-la, para salvá-la, só nos resta a tua ajuda.
Se ainda não ouviste de meus mensageiros, Apolo revelou ao meu primeiro arauto que só nos livraremos do atual flagelo se, descoberto o assassino do rei Laio, pudermos condená-lo à morte ou ao exílio.
Nesta emergência então, Tirésias, não nos faltes, não nos recuses a revelação dos pássaros nem os outros recursos de teus vaticínios; salva a cidade agora, salva-te a ti mesmo, salva-me a mim também, afasta de nós todos a maldição que ainda emana do rei morto!
Estamos hoje em tuas mãos e a ação mais nobre de um homem é ser útil aos seus semelhantes até o limite máximo de suas forças.

TIRÉSIAS
Pobre de mim!
Como é terrível a sapiência quando quem sabe não consegue aproveitá-Ia!
Passou por meu espírito essa reflexão mas descuidei-me, pois não deveria vir.

ÉDIPO
Qual a razão dessa tristeza repentina?

TIRÉSIAS
Manda-me embora!
Assim suportarás melhor teu fado e eu o meu.
Deixa-me convencer-te!

ÉDIPO
Carecem de justiça tais palavras tuas e de benevolência em relação a esta terra que te nutriu, pois não quiseste responder.

TIRÉSIAS
Em minha opinião a tua longa fala foi totalmente inoportuna para ti.
Então, para que eu não incorra em erro igual.. .

(TIRÉSIAS faz menção de afastar-se.)

ÉDIPO
Não, pelos deuses, já que sabes não te afastes!
Eis-nos aqui à tua frente, ajoelhados em atitude súplice, toda a cidade!

TIRÉSIAS
Pois todos vós sois insensatos.
Quanto a mim, não me disponho a exacerbar meus próprios males; para ser claro, não quero falar dos teus.

ÉDIPO
Que dizes?
Sabes a verdade e não a falas?
Queres trair-nos e extinguir nossa cidade?

TIRÉSIAS
Não quero males para mim nem para ti.
Por que insistes na pergunta?
É tudo inútil.
De mim, por mais que faças nada saberás.

ÉDIPO
Não falarás, então, pior dos homens maus, capaz de enfurecer um coração de pedra?
Persistirás, inabalável, inflexível?

TIRÉSIAS
Acusas-me de provocar a tua cólera?
Não vês aquilo a que estás preso e me censuras?

ÉDIPO
E quem resistiria à natural revolta ouvindo-te insultar assim nossa cidade?

TIRÉSIAS
O que tiver de vir virá, embora eu cale.

ÉDIPO
Mas tens de revelar-me agora o que há de vir!

TIRÉSIAS
Nada mais digo; encoleriza-te, se queres; cede à mais cega ira que couber em ti!

ÉDIPO
Pois bem.
Não dissimularei meus pensamentos, tão grande é minha cólera.
Fica sabendo que em minha opinião articulaste o crime e até o consumaste!
Apenas tua mão não o matou.
E se enxergasses eu diria que foste o criminoso sem qualquer ajuda!

TIRÉSIAS
Teu pensamento é este?
Então escuta: mando que obedecendo à ordem por ti mesmo dada não mais dirijas a palavra a esta gente nem a mim mesmo, pois és um maldito aqui!

ÉDIPO
Quanta insolência mostras ao falar assim!
Não vês que aonde quer que vás serás punido?

TIRÉSIAS
Sou livre; trago em mim a impávida verdade!

ÉDIPO
De quem a recebeste?
Foi de tua arte?

TIRÉSIAS
De ti; forçaste-me a falar, malgrado meu.

ÉDIPO
Que dizes?
Fala novamente!
Vamos!
Fala!
Não pude ainda compreender tuas palavras.

TIRÉSIAS
Não percebeste logo?
Queres que eu repita?

ÉDIPO
Parece-me difícil entender-te.
Fala!

TIRÉSIAS
Pois ouve bem: és o assassino que procuras!

(...)

Tradução de Mário da Gama Kury

SÓFOCLES (c. 496-406 a.C. | Grécia)

Édipo Rei, de Sófocles, consegue, cinco séculos antes de Cristo, tal a sua importância na história da humanidade, estar presente hoje na base da dramaturgia ocidental, na criação da psicanálise e... nos primórdios do romance policial. Pelo menos nove entre dez estudiosos de literatura policial (a exceção é o filósofo Roger Callois, em seu Le Roman Policièrej situam este marco da tragédia grega como um precursor do gênero de massa que só iria se desenvolver mais de vinte séculos depois. É isso que justifica (mesmo através de um pequeno desvio de "gênero ",já que teatro não é conto, embora ambos sejam narrativas ficcionais, mas com um objetivo, digamos assim, "didático") sua inclusão na nossa antologia, através de um trecho significativo, no qual esta aproximação pelo menos nos enriquece. A tradução, direta do grego, é do competente Mário da Gama Kury.


O Mito de Édipo Rei


Referência

file:///C:/Users/User/Desktop/Os%20100%20Melhores%20Contos%20de%20Crime%20e%20Mist%C3%A9rio%20da%20Literatura%20Universal%20-%20Fl%C3%A1vio%20Moreira%20Da%20Costa%20(3).pdf
https://www.e-livros.xyz/imagens/livros/os-100-melhores-contos-de-crime-e-mistrio-da-literatura-universal-flvio-moreira-da-costa.jpg

https://youtu.be/KBj-GEF1DDI

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