Roteiro de
José Luiz Ribeiro
CENTRO DE ESTUDOS TEATRAIS
GRUPO DIVULGAÇÃO
Núcleo de 3ª Idade
Juiz de Fora – maio – 2017
Rua dos Cataventos: Soneto XVII |
Por Mário Quintana [HD 5.1]
A Rua dos Cataventos
Da
vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Mario Quintana
Meus Oito Anos
Carlos Galhardo
Oh
que saudades que tenho
Da
aurora da minha vida
Da
minha infância querida
Que
os anos não trazem mais
Que
amor, que sonhos, que flores
Naquelas
tardes fagueiras
A
sombra das bananeiras
De
baixo dos laranjais
Como
são belos os dias
Do
despontar da existência
Respira
a alma inocência
Como
perfumes a flor
O
mar é um lago sereno
O
céu um manto azulado
O
mundo um sonho dourado
A
vida um hino de amor
Oh
dias da minha infância
Oh
meu céu de primavera
Que
doce a vida não era
Nesta
risonha manhã
Em
vez das mágoas de agora
Eu
tinha nessas delícias
E
minha mãe as carícias
Que
beijo dei minha irmã
Composição:
Casimiro De Abreu / Silvino Neto
Velho Realejo
ORLANDO SILVA - VELHO REALEJO
Naquele
bairro afastado
Onde
em criança vivias
A
remoer melodias
De
uma ternura sem par
Passava
todas as tardes
Um
realejo risonho
Passava
como num sonho
Um
realejo a cantar
Depois
tu partiste
Ficou
triste a rua deserta
Na
tarde fria e calma
Ouço
ainda o realejo tocar
Ficou
a saudade
Comigo
a morar
Tu
cantas alegre e o realejo
Parece
que chora com pena de ti
Naquele
bairro afastado
Onde
em criança vivias
A
remoer melodias
De
uma ternura sem par
Passava
todas as tardes
Um
realejo risonho
Passava
como num sonho
Um
realejo a cantar
Depois
tu partiste
Ficou
triste a rua deserta
Na
tarde fria e calma
Ouço
ainda o realejo tocar
Ficou
a saudade
Comigo
a morar
Tu
cantas alegre e o realejo
Parece
que chora com pena de ti
Composição:
Custódio Mesquita / Sady Cabral
De Papo Pro Ar
Renato Teixeira
Eu
não quero outra vida
Pescando
no rio de Jereré
Tenho
peixe bom
Tem
siri patola
Que
dá com o pé
Quando
no terreiro
Faz
noite de luar
E
vem a saudade me atormentar
Eu
me vingo dela
Tocando
viola de papo pro ar
Se
ganho na feira
Feijão,
rapadura
Pra
que trabalhar
Sou
filho do homem
E
o homem não deve
Se
apoquentar
Composição: Joubert de Carvalho /
Olegário Mariano
De Papo Pro Ar
Ney Matogrosso
"De papo pro á", por
Inezita Barroso
De papo pro ar
Pena Branca e Xavantinho
De papo pro ar
Pena Branca e Xavantinho
Estão Voltando as Flores
Helena de Lima
Vê,
estão voltando as flores
Vê,
nessa manhã tão linda
Vê,
como é bonita a vida
Vê,
há esperança ainda
Vê,
as nuvens vão passando
Vê,
um novo céu se abrindo
Vê,
o sol iluminando
Por
onde nós vamos indo
Composição: Composta Em 1961 /
Paulo Soledade
Série 'Retiro dos Artistas: 10
Vozes' traz a cantora Helena de Lima
Trenzinho Caipira
Heitor Villa Lobos
Lá
vai o trem com o menino
Lá
vai a vida a rodar
Lá
vai ciranda e destino
Cidade
e noite a girar
Lá
vai o trem sem destino
Pro
dia novo encontrar
Correndo
vai pela terra
Vai
pela serra
Vai
pelo mar
Cantando
pela serra do luar
Correndo
entre as estrelas a voar
No
ar no ar no ar no ar no ar
Lá
vai o trem com o menino
Lá
vai a vida a rodar
Lá
vai ciranda e destino
Cidade
e noite a girar
Lá
vai o trem sem destino
Pro
dia novo encontrar
Correndo
vai pela terra
Vai
pela serra
Vai
pelo mar
Cantando
pela serra do luar
Correndo
entre as estrelas a voar
No
ar no ar no ar
Composição:
Ferreira Gullar
O Trenzinho do Caipira
Edu Lobo
Trenzinho do Caipira
Ney Matogrosso
Elza Soares & Astor Silva - Eu e o Rio (1961) - 1961
Elza Soares & Astor Silva - Eu e o Rio (1961) - 1961
Miltinho & Baden Powell - Eu e o Rio
Eu o Rio
Composição de Luiz Antonio
Do LP "Um Novo Astro", de 1960
EU E O RIO
(Luiz Antonio)
com MILTINHO e BADEN-POWELL
Rio, caminho que anda
e vai resmungando
talvez uma dor
Ah... Quanta pedra levaste
outra pedra deixaste
sem vida e amor
Vens lá do alto da serra
o ventre da terra
rasgando sem dó
Eu também venho do amor
com o peito rasgado
de dor e tão só
Não viste a flor se curvar
teu corpo beijar
e ficar lá pra trás
Tens a mania doente
de andar só pra frente
não voltas jamais
Rio, caminho que anda
o mar te espera
não corras assim
Eu sou um mar que espera
alguém que não corre
pra mim.
Meus Tempos de Criança
Ataulfo Alves
Eu
daria tudo que eu tivesse
Pra
voltar aos dias de criança
Eu
não sei pra que que a gente cresce
Se
não sai da gente essa lembrança
Aos
domingos, missa na matriz
Da
cidadezinha onde eu nasci
Ai,
meu Deus, eu era tão feliz
No
meu pequenino Miraí
Que
saudade da professorinha
Que
me ensinou o beabá
Onde
andará Mariazinha
Meu
primeiro amor, onde andará?
Eu
igual a toda meninada
Quanta
travessura que eu fazia
Jogo
de botões sobre a calçada
Eu
era feliz e não sabia
Composição: Ataulfo Alves
Noite Ilustrada
Compositor: Ataulfo Alves
MEUS TEMPOS DE CRIANÇA (letra e
vídeo) com NELSON GONÇALVES, vídeo MOACIR SILVEIRA
Noite Ilustrada - Meus Tempos de
Criança.mpg
O Mundo Não Se Acabou
Assis Valente
Anunciaram
e garantiram que o mundo ia se acabar
Por
causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar
E
até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por
causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada
Acreditei
nessa conversa mole
Pensei
que o mundo ia se acabar
E
fui tratando de me despedir
E
sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei
na boca de quem não devia
Peguei
na mão de quem não conhecia
Dancei
um samba em traje de maiô
E
o tal do mundo não se acabou
Chamei
um gajo com quem não me dava
E
perdoei a sua ingratidão
E
festejando o acontecimento
Gastei
com ele mais de quinhentão
Agora
eu soube que o gajo anda
Dizendo
coisa que não se passou
Vai
ter barulho e vai ter confusão
Porque
o mundo não se acabou
Carmen Miranda E o mundo não se
acabou
Carmen Miranda - E O MUNDO NÃO SE
ACABOU - Assis Valente - Gravação de 1938
Adriana Calcanhotto - E o mundo nao
se acabou
Ney Matogrosso
O Mundo Não Se Acabou
Assis Valente
Gal Costa - Estrada do Sol
Estrada do Sol
Dolores Duran e Tom Jobin
É
de manhã, vem o sol
Mas
os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda
estão a brilhar
Ainda
estão a dançar
Ao
vento alegre que me traz esta canção
Quero
que você me dê a mão
Vamos
sair por aí
Sem
pensar no que foi que sonhei
Que
chorei, que sofri
Pois
a nossa manhã
Já
me fez esquecer
Me
dê a mão, vamos sair pra ver o sol
Estrada do Sol
Dolores Duran
É
de manhã, vem o sol
Mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a bailar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero que você me dê a mão
Que eu vou seguir por aí
Sem pensar no que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol
Mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a bailar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero que você me dê a mão
Que eu vou seguir por aí
Sem pensar no que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol
Composição: Dolores Durán / Tom
Jobim
Estrada Do Sol - Tom Jobim
Elis Regina - Estrada do Sol
(Dolores Duran - Tom Jobim)
Fita Amarela
Zeca Pagodinho
Quando
eu morrer, não quero choro nem vela
Quero
uma fita amarela gravada com o nome dela
Se
existe alma, se há outra encarnação
Eu
queria que a mulata sapateasse no meu caixão
Não
quero flores nem coroa com espinho
Só
quero choro de flauta, violão e cavaquinho
Estou
contente, consolado por saber
Que
as morenas tão formosas a terra um dia vai comer.
Não
tenho herdeiros, não possuo um só vintém
Eu
vivi devendo a todos mas não paguei a ninguém
Meus
inimigos que hoje falam mal de mim
Vão
dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.
Composição: Noel Rosa
Fita Amarela
Zeca Pagodinho
Fita Amarela
Noel Rosa
Nego Véio Quando Morre
Os Originais do Samba
Quando
eu morrer quero ir de fralda de camisa
Quando
eu morrer quero ir de fralda de camisa
Defunto
pobre de luxo não precisa
Defunto
pobre de luxo não precisa
Cinquenta
velhas desdentadas e carecas
Cinquenta
velhas desdentadas e carecas
Hão
de ir à frente tocando rabeca
Hão
de ir à frente tocando rabeca
E
um velho bem barrigudo
E
um velho bem barrigudo
Ir
lá na frente tocando no canudo
Ir
lá na frente tocando no canudo
Quatro
velhas que forem de balão
Quatro
velhas que forem de balão
Irão
segurando nas argolas do caixão
Irão
segurando nas argolas do caixão
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Composição: D.P.
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