Almanaque
Malfadado
Dico,
che quando l'anima mal nata...2
Nem CXXII
Sem CXXIII
ADVERTÊNCIA
Quando o conselheiro Aires faleceu, acharam-se-lhe
na secretaria sete cadernos manuscritos, rijamente encapados em papelão. Cada
um dos primeiros seis tinha o seu número de ordem, por algarismos romanos, I,
II, III, IV, V, VI, escritos a tinta encarnada. O sétimo trazia este título: Último.
A razão desta designação especial não se compreendeu
então nem depois. Sim, era o último dos sete cadernos, com a particularidade de
ser o mais grosso, mas não fazia parte do Memorial, diário de lembranças que o conselheiro
escrevia desde muitos anos e era a matéria dos seis. Não trazia a mesma ordem
de datas, com indicação da hora e do minuto, como usava neles. Era uma
narrativa; e, posto figure aqui o próprio Aires, com o seu nome e título de
conselho, e, por alusão, algumas aventuras, nem assim deixava de ser a narrativa
estranha à matéria dos seis cadernos. Último
por quê?
A hipótese de que o desejo do finado fosse imprimir
este caderno em seguida aos outros, não é natural, salvo se queria obrigar à
leitura dos seis, em que tratava de si, antes que lhe conhecessem esta outra
história, escrita com um pensamento interior e único, através das páginas
diversas. Nesse caso, era a vaidade do homem que falava, mas a vaidade não fazia
parte dos seus defeitos. Quando fizesse, valia a pena satisfazê-la? Ele não representou
papel eminente neste mundo; percorreu a carreira diplomática, e aposentou-se.
Nos lazeres do ofício, escreveu o Memorial,
que, aparado das páginas mortas ou escuras, apenas daria (e talvez de) para
matar o tempo da barca de Petrópolis.
Tal foi a razão de se publicar somente a narrativa.
Quanto ao título, foram lembrados vários, em que o assunto se pudesse resumir, Ab ovo, por exemplo, apesar do latim; venceu,
porém, a idéia de lhe dar estes dois nomes que o próprio Aires citou uma vez:
ESAÚ E JACÓ
Dico,
che quando l'anima mal nata...
Dante
CAPÍTULO
CXXI / ÚLTIMO
“Aires sabia que não era a herança, mas não quis
repetir que eles eram os mesmos, desde o útero. Preferiu aceitar a hipótese,
para evitar debate, e saiu apalpando a botoeira, onde viçava a mesma flor
eterna.”
Castor e Pólux foram os nomes que um deputado pôs
aos dois gêmeos, quando eles tornaram à Câmara, depois da missa do sétimo dia.
Tal era a união que parecia aposta.
Entravam juntos, andavam juntos, saíam juntos. Duas
ou três vezes votaram juntos, com grande escândalo dos respectivos amigos
políticos. Tinham sido eleitos para se baterem, e acabavam traindo os eleitores.
Ouviram nomes duros, repreensões acerbas. Quiseram renunciar ao cargo; Pedro,
entretanto, achou um meio conciliatório.
— O nosso dever político é votar com os amigos,
disse ele ao irmão. Votemos com eles.
Mamãe só nos pediu concórdia pessoal. Na tribuna,
sim, ninguém nos levará a atacar um ao outro; no debate e no voto podemos e
devemos dissentir.
— Apoiado; mas, se você um dia achar que deve vir
para os meus arraiais, venha. Você nem eu hipotecamos o juízo.
— Apoiado.
Pessoalmente, nem sempre havia este acordo. Os
contrastes não eram raros, nem os ímpetos, mas a lembrança da mãe estava tão
fresca, a morte tão próxima, que eles sopitavam qualquer movimento, por mais
que lhes custasse, e viviam unidos. Na Câmara, o dissentimento político e a
fusão pessoal cada vez os fazia mais admiráveis.
A Câmara terminou os seus trabalhos em dezembro.
Quando tornou em maio seguinte, só Pedro lhe apareceu. Paulo tinha ido a Minas,
uns diziam que a ver noiva, outros que a catar diamantes, mas parece que foi só
a passeio. Pouco depois regressou, entrando na Câmara sozinho, ao contrário do
ano anterior em que os dois irmãos subiam as escadas juntos, quase pegados. O
olho dos amigos não tardou em descobrir que não viviam bem, pouco depois que se
detestavam. Não faltou indiscreto que lhes perguntasse a um e a outro o que
houvera no intervalo das duas sessões; nenhum respondia nada. O presidente da
Câmara, a conselho do líder, nomeou-os para a mesma comissão. Pedro e Paulo,
cada um por sua vez, foram pedir-lhe que os dispensasse.
— São outros, disse o presidente na sala do café.
— Totalmente outros, confirmaram os deputados
presentes.
Aires soube daquela conclusão no dia seguinte, por
um deputado, seu amigo, que morava em uma das casas de pensão do Catete. Tinha
ido almoçar com ele, e, em conversação, como o deputado soubesse das relações
de Aires com os dois colegas, contou-lhe o ano anterior e o presente, a mudança
radical e inexplicável. Contou também a opinião da Câmara.
Nada era novidade para o conselheiro, que assistira
à ligação e desligação dos dois gêmeos. Enquanto o outro falava, ele ia
remontando os tempos e a vida deles, recompondo as lutas, os contrastes, a
aversão recíproca, apenas disfarçada, apenas interrompida por algum motivo mais
forte, mas persistente no sangue, como necessidade virtual. Não lhe esqueceram
os pedidos da mãe, nem a ambição desta em os ver grandes homens.
— O senhor que se dá com eles diga-me o que é que os
fez mudar, concluiu o amigo.
— Mudar? Não mudaram nada; são os mesmos.
— Os mesmos?
— Sim, são os mesmos.
— Não é possível.
Tinham acabado o almoço. O deputado subiu ao quarto
para se compor de todo. Aires foi esperá-lo à porta da rua. Quando o deputado
desceu, vinha com um achado nos olhos.
— Ora, espere, não será... Quem sabe se não será a
herança da mãe que os mudou? Pode ter sido a herança, questões de inventário...
Aires sabia que não era a herança, mas não quis
repetir que eles eram os mesmos, desde o útero. Preferiu aceitar a hipótese,
para evitar debate, e saiu apalpando a botoeira, onde viçava a mesma flor
eterna.
ESAÚ
E JACÓ
Machado de Assis
Os
dióscuros
Por Ana Paula de Araújo
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Os dióscuros são os gêmeos Castor e
Polideuces (ou Pólux), filhos de Zeus e Leda, esposa do rei de Esparta.
Segundo a lenda, os gêmeos têm a mesma mãe, mas pais diferentes. Por isso,
Polideuces era imortal, enquanto Castor não era.
A história começa com Leda, mãe dos
gêmeos, e recém-casada com Tíndaro, rei de Esparta. Zeus fica fascinado com a
beleza da jovem, mas sabia que iria ser recusado por ela. Então, ele se
transforma em um belo cisne e se aproxima de Leda enquanto esta tomava banho em
um rio.
A jovem aprecia o animal, pondo no colo e o
acariciando. Alguns meses depois, Leda sente fortes dores e vê saindo de
seu ventre dois ovos: do primeiro, nascem Castor e Helena, do segundo, Pólux e
Clitemnestra. Em cada ovo um filho de Zeus, Helena e Pólux, imortais, enquanto
os outros, filhos de Tíndaro, mortais como os outros seres humanos.
Mesmo sendo filhos de pais diferentes, Castor e
Pólux desenvolvem a mais bela amizade e se tornam inseparáveis, daí serem
chamados dióscuros (filhos de Zeus).
Castor especializou-se em domesticar cavalos e Pólux
tornou-se um excelente lutador.
Participaram das duas das mais famosas aventuras
da Grécia Antiga: a caçada ao Javali de Cálidon e a expedição dos
Argonautas.
Mas a mais famosa aventura dos dióscuros foi a
disputa com os gêmeos da Messênia, Idas e Linceu, seus primos.
Castor e Pólux sequestraram as noivas dos primos na
véspera do casamento, por terem apaixonado-se pelas moças.
Na disputa, Castor foi morto por Idas e Pólux matou
Linceu, mas ficou ferido. Idas atacou então Pólux, mas foi fulminado
por Zeus, que desceu do Olimpo e contou a Pólux que ele era seu filho, e
imortal; Castor era apenas filho de Tíndaro, e mortal. O jovem
então suplicou ao pai que não o separasse do irmão.
Zeus, comovido com a fraternidade dos dois,
estabeleceu que Pólux dividiria sua imortalidade com o irmão e
então eles passariam um dia juntos no Hades e o outro no Olimpo.
Para celebrar o amor fraterno dos dois, Zeus decide
transformá-los na constelação de gêmeos, e assim nunca mais se separariam, nem
mesmo com a morte.
Os gêmeos dióscuros foram representados na
iconografia grega como dois jovens cavaleiros, sempre juntos, usando um capacete
oval.
Eles eram lembrados na busca da vitórias em batalhas
e no perigo de naufrágios. Os marinheiros consideravam o fogo-de-santelmo uma
personificação dos dióscuros e, portanto, um bom presságio, pois no
decorrer de uma tempestade que assolou o navio Argos durante a viagem, Zeus
auxiliou os Argonautas, surgindo sobre a cabeça dos Dióscuros chamas
azuladas e desaparecendo a tempestade (desde então que quando surgiam
chamas nos mastros das embarcações - Fogo-de-Santelmo - se pensava que fosse
Castor e Pólux a amainar a tempestade). São tidos como padroeiros dos
navegantes.
Fontes:
COMMELIN, P. Mitologia Grega e Romana. Trad. E.
Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
KERÉNYI, C. Os Heróis Gregos. Trad. O.M.
Cajado. São Paulo: Cultrix, 1993.
Arquivado
em: Mitologia
Grega
Esaú
e Jacó: de rivalidades e progenitura
Sílvia Maria Azevedo
UNESP-Assis
Supremo Tribunal Federal
INQUÉRITO
4.621 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
:
MIN. ROBERTO BARROSO
AUTOR(A/S)(ES) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S) :MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA
ADV.(A/S) :ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA E
OUTRO(A/S)
INVEST.(A/S) :RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES
ADV.(A/S) :CEZAR ROBERTO BITENCOURT E OUTRO(A/S)
INVEST.(A/S) :RICARDO CONRADO MESQUITA
ADV.(A/S) :FABIO TOFIC SIMANTOB
INVEST.(A/S) :ANTONIO CELSO GRECCO
ADV.(A/S) :FÁBIO TOFIC SIMANTOB E OUTRO(A/S)
DECISÃO:
EMENTA:
INQUÉRITO PENAL.
INVESTIGAÇÃO DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA E DE OUTROS. RELATÓRIO
CONCLUSIVO DA POLÍCIA FEDERAL.
INDICIAMENTOS E PEDIDOS DE PRISÃO
PREVENTIVA, SEQUESTRO E BLOQUEIO
DE BENS.
1.
Encaminhamento do resultado das
investigações à Procuradoria-Geral da
República, para decidir acerca do
oferecimento de denúncia e para se
manifestar sobre pedidos de prisão
preventiva, sequestro e bloqueio de bens.
2.
Proibição
de se ausentarem do país aos
investigados que tiveram a prisão
preventiva requerida.
1. Trata-se de Relatório Conclusivo de Polícia
Judiciária
referente ao Inquérito 4621 – STF, sob minha
relatoria e supervisão, no qual se apura se houve favorecimento a empresas
concessionárias de
Supremo Tribunal Federal
INQ 4621 / DF
terminais portuários e recebimento de vantagens
indevidas por
autoridades públicas na edição do Decreto no 9.048,
de 10.05.2017
(“Decreto dos Portos”). O trabalho foi conduzido
diligentemente pelo
Delegado da Polícia Federal Cleyber Malta Lopes,
cujo compromisso na
preservação dos dados sigilosos merece registro.
2.
De acordo com o Relatório, foram produzidas, no
âmbito do inquérito, provas de naturezas diversas,
que incluíram
colaborações premiadas, depoimentos, informações
bancárias, fiscais,
telemáticas e extratos de telefone, laudos
periciais, informações e
pronunciamentos do Tribunal de Contas da União, bem
como foram
apurados fatos envolvendo propinas em espécie,
propinas dissimuladas
em doações eleitorais, pagamentos de despesas
pessoais por interpostas
pessoas – físicas e jurídicas –, atuação de empresas
de fachada e contratos
fictícios de prestação de serviços, em meio a
outros.
3.
Com base em tais elementos, a autoridade policial
responsável pela investigação apontou a ocorrência
dos seguintes crimes:
corrupção passiva (Código Penal, art. 317),
corrupção ativa (Código
Penal, art. 333), lavagem de dinheiro (Lei no
9.613/1998, art. 1o) e
organização criminosa (Lei no 12.850/2013, art. 1o,
§ 1o), sendo esta
organização dividida em quatro núcleos: político,
administrativo,
empresarial (ou econômico) e operacional (ou
financeiro). E, diante do
quadro que relatou, concluiu pelo indiciamento dos
seguintes
investigados:
1. Michel Miguel Elias Temer Lulia
2. Rodrigo Santos da Rocha Loures
3. Antônio Celso Grecco
4. Ricardo Conrado Mesquita
5. Gonçalo Borges Torrealba
6. João Baptista Lima Filho
7. Maria Rita Fratezi
2
Supremo Tribunal Federal
INQ 4621 / DF
8. Carlos Alberto Costa
9. Carlos Alberto Costa Filho
10. Almir Martins Ferreira
11. Maristela de Toledo Temer Lulia.
4. Por força de mandamento constitucional, cabe ao
Ministério Público Federal, titular da ação penal, a
decisão acerca do
oferecimento ou não de denúncia, à luz dos elementos
produzidos pela autoridade policial. Por essa razão, devem os autos ser
encaminhados prontamente ao Parquet.
5.
Além do Relatório Conclusivo, com os indiciamentos acima referidos, a
autoridade policial representou, igualmente, em peça apartada, pelo sequestro e
bloqueio de bens de todos os indiciados, assim como pela prisão preventiva dos
seguintes investigados:
1. João Baptista Lima Filho
2. Carlos Alberto Costa
3. Maria Rita Fratezi
4. Almir Martins Ferreira
6.
Aguardarei a manifestação do Ministério Público quanto aos requerimentos de
sequestro e bloqueio de bens, assim como do pedido de prisão preventiva.
Determino, no entanto, desde logo, a proibição de se ausentarem do país aos
investigados que tiveram sua prisão processual solicitada pela autoridade
policial.
À Procuradoria-Geral da República.
Publique-se. Intimem-se. Oficie-se.
Brasília, 16 de outubro de 2018.
Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO
Relator
Documento assinado digitalmente
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n°
2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp
sob o código 0E67-0273-30CA-E2C2 e senha 3785-3E81-F9C5-7839
Temer
também ganhou um powerpoint
Brasil 17.10.18 20:16
"No relatório de indiciamento de Michel Temer, a
Polícia Federal colocou Michel Temer no topo da organização criminosa,
integrando o chamado “núcleo político” ao lado do ex-assessor Rodrigo Rocha
Loures.
O coronel Lima e seu sócio formavam o núcleo
operacional/financeiro, enquanto os donos da Rodrimar e da Libra compunham o
núcleo econômico/empresarial.
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2018/10/nucleo-de-p%C3%A9.png
https://www.oantagonista.com/brasil/temer-tambem-ganhou-um-powerpoint/
MACHADO
DE ASSIS: DICO, CHE QUANDO L’ANIMA MAL NATA/ MACHADO DE ASSIS: DICO,
CHE QUANDO L’ANIMA MAL NATA
Teresinha V. Zimbrão da Silva
Resumo
Neste trabalho, estudaremos a apropriação machadiana
de Dante em <i>Esaú e Jacó</i>, penúltimo romance de Machado de
Assis. Explicitaremos que <i>A Divina Comédia</i>, apropriada pelo
escritor brasileiro em seu romance, é submetida a um processo de atualização
para um contexto muito distinto do original, ou seja, o Brasil oitocentista,
periferia de um mundo moderno e secularizado.
In this work, we shall study Machadean appropriation
of Dante in <i>Esaú e Jacó</i>, the penultimate novel of Machado de
Assis. We will show that <i>The Divine Comedy</i>, appropriated by
the Brazilian writer in his novel, is subjected to an updating process which places
it in a context that is different from the original one, in other words,
eighteenth century Brazil, periphery of the modern and secular world.
Palavras-chave
apropriação; sagrado; profano; Machado de Assis. /
appropriation; sacred; profane; Machado de Assis.
“2 O verso, que pode ser traduzido como “Digo, que
quando a alma malfadada…”, está no canto v do Inferno, primeiro livro da Divina
Comédia, de Dante Alighieri (1265-1321).”
Almanaque
Chico Buarque
Letra
Ó menina vai ver nesse almanaque
como é que isso tudo começou
como é que isso tudo começou
Diz quem é que marcava o tic-tac
e a ampulheta do tempo disparou
e a ampulheta do tempo disparou
Se mamava se sabe lá em que teta
o primeiro bezerro que berrou
o primeiro bezerro que berrou
Me diz, me diz, me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Quem penava no sol a vida inteira
como é que a moleira não rachou
como é que a moleira não rachou
Me diz, me diz
Quem tapava esse sol com a peneira
e quem foi que a peneira esfuracou
e quem foi que a peneira esfuracou
Me diz, me diz, me diz por favor
Quem pintou a bandeira brasileira
Que tinha tanto lápis de cor
Que tinha tanto lápis de cor
Me diz, me diz, me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Diz quem foi que fez o primeiro teto
Que o projeto não desmoronou
Que o projeto não desmoronou
Quem foi esse pedreiro esse arquiteto
E o valente primeiro morador
E o valente primeiro morador
Me diz, me diz, um morador
Diz quem foi que inventou o analfabeto
E ensinou o alfabeto ao professor
E ensinou o alfabeto ao professor
Me diz, me diz
Me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Quem é que sabe o signo do capeta
E o ascendente de Deus Nosso Senhor
E o ascendente de Deus Nosso Senhor
Nosso Senhor
Quem não fez a patente da espoleta
Explodir na gaveta do inventor
Explodir na gaveta do inventor
Me diz, me diz, me diz por favor
Quem tava no volante do planeta
Que o meu continente capotou
Que o meu continente capotou
Me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Vê se tem no almanaque, essa menina,
Como é que termina um grande amor
Como é que termina um grande amor
Me diz, me diz... Um grande amor
Se adianta tomar uma aspirina
Ou se bate na quina aquela dor
Ou se bate na quina aquela dor
Me diz, me diz
Me diz... Aquela dor
Me diz... Aquela dor
Se é chover o ano inteiro chuva fina
Ou se é como cair do elevador
Ou se é como cair do elevador
Me responde por favor
Pra que que tudo começou
Pra que que tudo começou
Quando tudo acaba.
Composição: Chico
Buarque
Sinônimo
de malfadado
4 sinônimos de malfadado para 1 sentido da
palavra malfadado:
1 desditoso, desventurado, infeliz, infortunado.
A palavra malfadado aparece também nas
seguintes entradas:
miserável, pesado, azarado, pé
frio
Referências
https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/KtbxLrjCNKlsPbvNwBwbqxbtlLbfWhGJwg?projector=1&messagePartId=0.1
https://www.infoescola.com/mitologia-grega/os-dioscuros/
https://www.pucsp.br/revistafronteiraz/numeros_anteriores/n1/download/EsauJaco.pdf
https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox?projector=1
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2018/10/nucleo-de-p%C3%A9.png
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2018/10/coronel-lima-temer.png
https://www.oantagonista.com/brasil/temer-tambem-ganhou-um-powerpoint/
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/estacaoliteraria/article/view/27076
https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/85060.pdf
https://youtu.be/nzZybLAs3V8
https://www.cifraclub.com.br/chico-buarque/almanaque/letra/
https://www.sinonimos.com.br/malfadado/
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