domingo, 14 de outubro de 2018

Turbilhão


Venha se perder nesse turbilhão
Não se esqueça de fazer
Tudo o que pedir esse seu coração

'Não estou vendendo a minha alma ao diabo', diz FHC

Ex-presidente nega apoio automático a Haddad, critica o PT, diz que não votará em Bolsonaro e defende mudar partidos

Entrevista com
Fernando Henrique Cardoso


Pedro Venceslau, O Estado de S. Paulo
13 Outubro 2018 | 22h30

Alvo de ataques incessantes do PT por mais de duas décadas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse, em entrevista ao Estado, que não aceita "coação moral" dos que agora buscam seu apoio. "Quando você vê o que foi dito a respeito do meu governo, nada é bom. Tudo que fizeram é bom. Quem inventou o nós e eles foi o PT. Eu nunca entrei nessa onda." Segundo ele, "agora o PT cobra... diz que tem de (apoiar Haddad). Por que tem de apoiar automaticamente? Quando automaticamente o PT apoiou alguém? Só na vice-versa. Com que autoridade moral o PT diz: ou me apoia ou é de direita? Cresçam e apareçam. A história já está dada, a minha." E desabafou: "Agora é o momento de coação moral... Ah, vá para o inferno. Não preciso ser coagido moralmente por ninguém. Não estou vendendo a alma ao diabo". Apesar disso, ele diz que "há uma porta" com Fernando Haddad (PT), mas com o "outro (Jair Bolsonaro, PSL)", não. 
Como sr. vê o futuro do PSDB e avalia essa onda conservadora?
O PSDB, se quiser ter futuro, precisa se repensar. Depois de um terremoto, precisa reconstruir a casa. A onda conservadora é mundial. 
O PSDB tem mais identidade com quem neste segundo turno?
Pelo que eu vi das pesquisas, é quase meio a meio do ponto de vista do eleitorado. Em seis Estados, o PSDB ainda disputa eleição para governador. Os candidatos ficam olhando o eleitorado. Do meu ponto de vista pessoal, o Bolsonaro representa tudo que não gosto. Só ouvi a voz do Bolsonaro agora. Nunca tinha ouvido. Não creio que seja por influência do que ele diz ou pensa que votam nele. O voto é anti-PT. O eleitorado parece estar contra o PT. No olhar de uma boa parte dele, o PT é responsável pelo que aconteceu no Brasil, na economia, cumplicidade com a corrupção e etc. É possível que a maioria dos líderes do PSDB seja pró-Bolsonaro, mas não é o meu caso.


 "Partido não deve abrir mão da democracia", diz Fernando Henrique Cardoso Foto: Leo Martins/Estadão

O sr. tem mais identidade com o Haddad?
Não posso dizer isso. Como pessoa é uma coisa, como partido é outra. A proposta que o PT representa não mudou nada. Quando fala em economia, é a nova matriz econômica. Incentivar o consumo? Tudo bem, mas como se faz isso sem investimento? Como se faz sem enfrentar a questão fiscal? O PT no poder sempre teve uma deterioração da visão do (Antonio) Gramscida hegemonia. Aqui não é cultural, é hegemonia do comando efetivo. Quando você vê o que foi dito a respeito do meu governo, nada é bom. Tudo que fizeram é bom. Quem inventou o nós e eles foi o PT. Eu nunca entrei nessa onda. Agora o PT cobra... diz que tem de (apoiar). Por que tem de automaticamente apoiar? É discutível. (O PT) Não faz autocrítica nenhuma. As coisas que eles dizem a respeito do meu governo não correspondem às coisas que acho que fiz. Por que tenho que, para evitar o mal maior, apoiar o PT? Acho que temos de evitar o mal maior defendendo democracia, direitos humanos, liberdade, contra o racismo o tempo todo.
Nas encruzilhadas históricas, PSDB e PT se uniram. No caso de 2018 é diferente?
Não faço parte da direção do PSDB, que decidiu pela neutralidade. Cada um pode fazer o que quiser. Política não é boa intenção. Uma coisa é a minha apreciação como pessoa sobre outra pessoa. Isso não é política. Se vamos estar juntos, tem que discutir completamente. Nunca houve isso.
O PT não está colaborando para essa aproximação?
De forma alguma. O PT tem uma visão hegemônica e prepotente. Isso não é democracia. Democracia implica em abrir o jogo e aceitar a diversidade.
Já houve algum diálogo do PT com o senhor?
Não. Tenho relações pessoais e cordiais com o candidato Haddad, mas o que está em jogo é o que será feito com o Brasil. Minha preocupação não é comigo ou o PSDB, mas com o Brasil. Qual é a linha? Estão pensando que estamos nos anos 60 e 70 ou terá uma linha contemporânea? Aí não dá...
Se o PT fizesse autocrítica, seria possível apoiar Haddad?
Seria bom, mas o PT está propondo coisas inviáveis. 
O sr. vai declarar seu voto?
Quero ouvir primeiro. Não sei o que vão fazer com o Brasil. O Bolsonaro pelas razões políticas está excluído. O outro eu quero ver o que vai dizer.
Há porta aberta para Haddad?
Eu não diria aberta, mas há uma porta. O outro não tem porta. Um tem um muro, o outro uma porta. Figura por figura, eu me dou com Haddad. Nunca vi o Bolsonaro.
Haddad é diferente do PT?
Não adianta ser diferente. Haddad é a expressão do Lula. Ele usou uma máscara do Lula. Agora tirou e colocou uma bandeira verde e amarela.
Marconi Perillo foi preso. Antes foi o Beto Richa. O PSDB caiu na vala comum?
Você nunca ouviu de mim acusação contra o PT. O papel de acusar é da polícia; de julgar é da Justiça. É importante que as investigações prossigam. Você nunca ouviu uma palavra minha de defesa só porque é do PSDB. Quero que tenha direito de defesa.
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‘Não estou vendendo minha alma ao diabo’

O sr. conversou com Luciano Huck, que desistiu de concorrer. Se o PSDB tivesse lançado outro nome, talvez um outsider, a história seria diferente?
É difícil avaliar o que aconteceria com um candidato outsider. Sou amigo do Luciano Huck. É pessoa interessante, mas não sei o quanto tem habilidade para manejar os problemas do Estado. Espero que não desista. Nas circunstâncias atuais, dificilmente um candidato do PSDB, fosse quem fosse, estaria isento de sofrer as consequências do terremoto. Estamos assistindo a um terremoto. Não creio que seja o caso de culpar A, B ou C. Na situação que vivemos, você vai precisar de liderança forte, o que não significa autoritária. O governador de São Paulo tinha experiência e é uma pessoa correta, mas não teve apoio. Tentei juntar o centro antes. Ninguém quis. Não adianta ter ideia. Ideia é bom na universidade. Tem que ter capacidade de convencer. Agora, estão me cobrando: tem que fazer isso, aquilo. Tem carta, intelectual da Europa, dos EUA, amigos meus me pedem isso... Eles não conhecem o processo histórico. Nessas horas, a palavra de alguém some no ar. Cobram de mim para tomar posições. Mas eu digo: Por quê? Qual é a consequência?
Para a história, talvez?
Eu já fiz a minha história. Todo mundo sabe o que eu penso. Não preciso provar que sou democrático. Eu sou! O PSDB sabe o que eu penso. Todo mundo sabe. Alguém pode imaginar que eu vou sair por aí apoiando o Bolsonaro? Nunca.
Mas isso não significa que o sr. apoia Haddad?
Quando automaticamente o PT apoiou alguém? Só na vice-versa. Com que autoridade moral o PT diz: ou me apoia ou é de direita? Cresçam e apareçam. A história já está dada, a minha. Não vou no embalo. Não me venham pedir posição abstratamente moral. Política não é uma questão de boa vontade, é uma questão de poder. E poder depende de instrumentos e compromissos efetivos. Agora é o momento de coação moral... Ah, vá para o inferno. Não preciso ser coagido moralmente por ninguém. Não estou vendendo a alma ao diabo.
A esquerda diz que o Bolsonaro representa o fascismo.
O autoritarismo, concordo, o fascismo, não, porque é um movimento específico de apoio popular e com ideias específicas de Estado corporativo, tinha uma filosofia por trás. Não sei se ele (Bolsonaro) tem alguma filosofia por trás. Ele tem uma vontade de mandar. Não sei o que ele é. O que propôs como parlamentar foi corporativismo. Agora vai ser liberal? Pode ser. As pessoas mudam. Mas não mostrou nada.
O PSDB amargou o pior desempenho eleitoral de sua história. O que houve com o partido?
Houve um terremoto. Nele, há escombros de muitos partidos. O que ganhou na Câmara em maior número é o PSL. As pessoas não sabem o que significa PSL. Elegeram 52 deputados, 11% da Câmara. É a fragmentação, um problema estrutural. Como levar adiante isso? Querendo ou não, vai ser preciso agrupar forças. Mas ao redor do quê? Qual a proposta para o Brasil? Os candidatos não falam.
O senador Tasso Jereissati criticou a decisão do PSDB de contestar o resultado da eleição de 2014 e de entrar no governo Temer. O que o sr. acha?
Em geral, concordo. Mas o caso da entrada no governo Temer é uma questão mais complicada. Fomos a favor do impeachment. Fui dos mais reticentes – e a todos os impeachments, mesmo do Collor. É traumático. É um processo que abala. Mas não acho que o PSDB tenha sido incoerente nisso. Quanto ao resto, ele tem razão.
João Doria e Alckmin tiveram um momento tenso. Alckmin disse não ser traidor, em referência a Doria. Como o sr. avalia?
Tenho certeza que Geraldo não é traidor. Não é do estilo dele. A eleição não está resolvida. O Doria ainda tem de disputar para saber qual será o grau de projeção dele. Não estou de acordo em apoiar o Bolsonaro. Não corresponde à minha história e ao meu sentimento. Não são os militares voltando ao poder, mas o povo abrindo espaço para a possibilidade de uma presença militar mais ativa. Os militares entenderam a função deles na Constituição. Neste momento é muito importante defender o que está na Constituição. Não estamos mais na guerra fria. As pessoas olham para o que está acontecendo no Brasil como se fosse 1964 e 1968. Havia guerra fria e capitalismo contra comunismo. Não é essa a situação que vivemos. Temos de resistir a qualquer tentativa de ferir os direitos fundamentais assegurados na Constituição. O PSDB não deve abrir mão da defesa da democracia.
E sobre a guinada liberal no PSDB que Doria defende?
Essa é uma questão do século 18. Estamos no século 21. Hoje você não tem mais a possibilidade de imaginar mercado sem regulamentação. Fake news? Tem que regulamentar. Você não pode pensar que o Estado vai substituir a iniciativa privada. Ninguém propõe controle social dos meios de produção. No passado, era isso que definia esquerda e direita. Liberal quer dizer o quê? É um falso problema.
O sr. disse, quando era senador, que a extinção do PSDB podia ser parte da solução para mudar o sistema partidário. 
O sistema partidário e eleitoral que montamos a partir da Constituição de 1988 se exauriu. A prova é a fragmentação partidária. Nós temos mais de 20 partidos no Congresso, mas não há 20 posições ideológicas. Os partidos viraram quase corporações. São grupos de parlamentares que se organizam e obtêm o Fundo Partidário e tempo de TV. Estamos assistindo à explosão desse sistema. Portanto, acredito que sim, será preciso repensar essa estrutura.
Pode-se deduzir que do PSDB poderá nascer um novo partido?
Eu não diria o PSDB, mas é preciso mudar as regras partidárias. Você não faz partido porque gosta. Quais serão as ideia-força capazes de reagrupar partidos? Não é questão puramente legal, mas de existirem ideias e líderes que debatam essas ideias. Os partidos perderam o sentido originário.



O que arrasta ou envolve desordenada e impetuosamente: o turbilhão dos negócios.

  


Turbilhão
Vinicius de Moraes


Venha se perder nesse turbilhão.
Não se esqueça de fazer
Tudo o que pedir esse seu coração.

Tem muita gente que só vive pra pensar;
Existe aquele que não pensa pra viver.
Eu, por exemplo, na paixão,
Mesmo que tenha que sofrer,
Eu abro o jogo e o coração
E deixo o meu barco correr.

Tem muita gente que não quer se complicar;
Existe aquele que não perde a sua fé.
Eu, por exemplo, meu amigo,
Pelo amor de uma mulher,
Eu viro a cara pro perigo
E seja lá o que Deus quiser.
Composição: Mutinho / Toquinho


Mutinho: o baterista das estrelas chega enfim ao disco solo
Parcerias inéditas com Vinicius e Toquinho estão no CD do músico, que também é sobrinho de Lupicínio Rodrigues


Mutinho lança aos 76 anos seu primeiro disco “Meu Segredo” (Kuarup) MARCELO THEOBALD / AGÊNCIA O GLOBO

POR JAN NIKLAS*
18/08/17 - 04h30 | Atualizado: 18/08/17 - 16h28
RIO — Vinicius de Moraes o anunciava nos shows como o "sobrinho amado do Lupicínio Rodrigues". Já Tom Jobim o apresentava apenas como o "baterista-compositor". Lupicínio Moraes Rodrigues Sobrinho, mais conhecido como Mutinho, acompanhou em 60 anos de carreira artistas como Elis Regina, Toquinho e Pery Ribeiro, além dos próprios Tom e Vinicius. Além de se apresentar pelo Brasil e pelo mundo, o músico gaúcho compôs faixas com parceiros muito especiais. E guardou alguns "segredos".
— Além de tocar bateria, sempre criei melodias e fiz canções. Isso me permitiu compor com ídolos que se tornaram amigos. No meu álbum tenho parcerias inéditas com Vinicius e Toquinho, que guardei durante 40 anos: esse é o "Meu segredo" — conta o músico de 76 anos, fazendo referência ao nome do seu primeiro disco solo (Kuarup), que tem lançamento físico e digital previsto para 1º de setembro.
Nascido em Porto Alegre, Mutinho descobriu cedo o amor pelas canções. Na casa do avô Francisco Rodrigues, pai de seu "tio Lupe", vivia cercado de músicos da família e amigos do tio famoso, de quem foi pupilo. Aos dez anos, improvisava uma bateria com cadeiras e panelas para acompanhar os mambos do músico cubano Perez Prado. Mas o primeiro contato profissional viria aos 16 anos, quando seu célebre mentor o convidou para conhecer seu bar na capital gaúcha.
LEIA CRÍTICA:Lacuna de Mutinho é finalmente reparada
— Eu nunca tinha visto uma bateria de verdade. Fiquei só olhando o cara da banda tocando aqueles sambas-canção. Ele então me chamou pra pegar as baquetas e disse "toca a mesma música". Eu me sentei e toquei igualzinho a ele, que emendou no final "pode vir tocar no sábado" — recorda o músico.
O Início Pelas Mãos do Tio Famoso
Ele se lembra com carinho do tio famoso, com quem guardou uma relação próxima, apesar de ter seguido sua própria trilha musical. A participação inicial de Lupe foi fundamental.
— Ele deu minha primeira bateria, meu primeiro emprego e minha primeira mulher — diverte-se, lembrando das primeiras aventuras musicais e amorosas vividas no bar de Lupicínio.
Apesar de não ser tão conhecido quanto seus parceiros, Mutinho é autor de sucessos como "Escravo da alegria", com Toquinho, e da canção infantil "O caderno", também com o violonista, conhecida na gravação de Chico Buarque para o musical "Casa de brinquedos". Tom Jobim era um dos admiradores das composições do amigo gaúcho. Elogiava e sempre pedia ao baterista-compositor que tocasse "Jogo de amarelinha", cuja harmonia incomum surpreendia o maestro da bossa nova.
Nos início dos anos 1960, Mutinho já tinha se estabelecido na cena musical que surgia em Porto Alegre. Elis Regina, que viu cantar ainda menina, lhe foi apresentada numa rádio da cidade. A Pimentinha que ainda não havia mergulhado no universo da bossa nova de João Gilberto, Tom e Vinicius, gravou o compositor em seu segundo disco, em 1962.
— "Tristeza de carnaval", que fiz em parceria com Bidu, e "Formiguinha triste", de João Palmeira, foram as primeiras bossas que a Elis gravou — conta ele, que tocou com a cantora em um conjunto de baile da época chamado Flamboyant.
A carreira — e a fama de exímio baterista — foi se consolidando, até que em 1974 Mutinho passou a acompanhar Toquinho e Vinicius. Nessa época, começaram a surgir as parcerias que renderam sucessos, como "Até rolar pelo chão" e "Meu panamá", regravados agora na voz do gaúcho em sua estreia como cantor. Um dos destaques do disco é a canção com letra do Poetinha que nunca havia sido gravada.
— "Acalanto para Lupicínio Rodrigues" é uma homenagem ao meu tio que veio de um sonho que tive após o seu falecimento, em que ele me falava que estava bem. Mostrei a ideia pro Vina e, quando terminei de tocar, ele disse "essa é minha!" — lembra o baterista.

Mutinho toca bateria em show de Vinicius e Toquinho ARQUIVO PESSOAL

As músicas de Mutinho eram disputadas pela dupla. O samba que fecha seu disco, "Turbilhão", inicialmente pensado para Vinicius fazer a letra, acabou sendo roubado por Toquinho.
— Eu compus a melodia num hotel. Pela manhã, fui ao quarto do Vina mostrar a ele. Bati, mas ele ainda estava dormindo. Quando estava voltando pelo corredor, o Toquinho, esperto, me viu com o violão e perguntou "violão numa hora dessas?". Eu disse que tinha ido mostrar uma ideia, no que ele emendou "ah, então entra aqui no meu quarto". Mostrei, e ele ficou louco — conta sobre a música, uma das "traições", como Vinicius chamava parcerias entre seus amigos sem a sua participação.
A ideia do disco solo de Mutinho surgiu quando o músico, produtor e pesquisador Bruno de La Rosa descobriu sua história e suas dezenas composições, grande parte ainda desconhecida. Ao projeto se juntaram os produtores Marcos Alma e Wagner Amorosino. O disco conta com as participações de Toquinho, Miúcha e Georgiana de Moraes, filha do poeta.
— A estatura do Mutinho não permite que ele fique apenas figurando como um parceiro desconhecido, quase um ghost-writer de canções. E esse disco personifica a realização dele como autor — afirma De La Rosa.
Com um vigor físico invejável ("tenho saudade dos meus 70 anos, quando ainda fazia 200 abdominais") , o músico toca bateria de segunda à sábado no bar Baretto, em São Paulo. Ele segue compondo e ainda guarda alguns "segredos" que não foram gravados. Para ele, estrear neste momento é uma forma de registrar a obra na sua própria voz, com seu estilo musical particular.
https://s04.video.glbimg.com/
O baterista-compositor crê que este lançamento é uma forma de não deixar morrer um estilo clássico de música brasileira, que bebe de fontes como o samba e a bossa nova. Como prenunciam os versos que Toquinho fez para "O caderno": "Só peço a você um favor, se puder/Não me esqueça num canto qualquer", é uma forma de manter vivo seu legado musical.
— Eu quero mostrar pros meus bisnetos o que o bisavô deles fez.
* Estagiário sob supervisão de Leonardo Lichotte





Meu segredo - Mutinho e Toquinho


Bruno De La Rosa
Publicado em 30 de ago de 2017
'Meu segredo', de Mutinho e Toquinho, foi composta em 1974 - antes mesmo do primeiro sucesso da dupla, Turbilhão. Esta parceria (primeira 'traição' do violonista com o poeta Vinicius de Moraes), esteve inédita até o lançamento do single que antecede o álbum, lançado pela Kuarup em 2017. Com arte de Elifas Andreato e participação de Miúcha, Toquinho e Georgiana de Moraes (filha de Vinícius), o álbum traz outras parcerias inéditas com o próprio Vinicius além de outros parceiros, com produção de Bruno De La Rosa, Wagner Amorosino e Marcos Alma. piano: Silvia Góes; violão: Bruno De La Rosa; flauta: Gabriela Machado; bateria: Mutinho: baixo acústico: Fi Maróstica; percussão: Guegué Medeiros;




Meu panamá - Mutinho e Georgiana de Moraes

Bruno De La Rosa
Publicado em 20 de set de 2017
Esta é a faixa 9 do primeiro primeiro álbum de Mutinho, 'Meu segredo'. Mutinho era baterista do grupo de Vinicius de Moraes, com Azeitona no contrabaixo, Toquinho no violão e cantoras que faziam, com eles, turnês pela América do Sul e Europa, como Maria Creuza, Quarteto em Cy, Joyce Moreno, Simone e tantas outras. Numa ocasião em Brasilia, em 1976, Mutinho, que também é sobrinho de Lupicinio Rodrigues, compôs esta homenagem a Vinicius, sobre sua admiração e o chapéu panamá presenteado ao poeta em meio ao tempo seco do planalto central. Nesta faixa temos a participação luxuosa de Georgiana de Moraes (percussionista da turnê Tom, Vinicius Toquinho e Miúcha, entre 1977 e 78, e filha do poeta) e Miúcha, no coro. Conforme anunciaram Jan Nicklas em capa de O GLOBO e Bete Pacheco, ontem na Globo News, já está disponível nas plataformas digitais o primeiro disco de Mutinho (aos 76 anos), 'Meu Segredo'. Com parcerias inéditas com Vinicius de Moraes, Toquinho, entre outros, o disco do autor de 'O caderno' e 'Escravo da alegria' tem produção de Bruno De La Rosa, Wagner Amorosino e Marcos Alma, e é lançado pela Kuarup.


 



Referências

https://www.dicio.com.br/turbilhao/
https://img.estadao.com.br/resources/jpg/8/6/1539472512868.jpg
https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,nao-estou-vendendo-a-minha-alma-ao-diabo-diz-fhc,70002546366
https://www.dicio.com.br/turbilhao/
https://youtu.be/Us7oTLlo9Wo
https://www.dicio.com.br/turbilhao/
https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21718882-8be-fa1/FT1086A/384/71082948_SC-Rio-de-Janeiro-RJ-15-08-2017Lancamento-do-primeiro-disco-do-M.jpg
https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21718883-ee4-8dc/FT1086A/384/71102431_SCfotos-de-arquivo-Mutinho-e-Vinicius-de-Moraes.jpg
https://oglobo.globo.com/cultura/mutinho-baterista-das-estrelas-chega-enfim-ao-disco-solo-21718884?versao=amp
https://youtu.be/eSzVoMoF3w8
https://www.youtube.com/watch?v=eSzVoMoF3w8
https://youtu.be/YYdpVbJMum4
https://www.youtube.com/watch?v=YYdpVbJMum4

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