DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto
de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências.
Começando pelo finalmente
Finalmente, uma homenagem póstuma ao sanitarista Sérgio Arouca, grande idealizador
do SUS, que liderou milhares de profissionais de saúde que hoje estão na
linha de frente do combate à epidemia. Lembro-me de duas conversas com ele: na
primeira, me disse que a emergência era o ponto mais fraco do sistema,
subestimada pela cultura dos sanitaristas; na segunda, lamentou não ter
conseguido levar adiante seu programa de agentes comunitários de saúde no Rio
de Janeiro, sem os quais seria impossível erradicar a dengue e conter epidemias
mais graves nas comunidades pobres.
quinta-feira, 9 de abril de 2020
- Nas entrelinhas | Correio Braziliense
“Bolsonaro enquadrou Mandetta e
responsabiliza governadores e prefeitos pelo desemprego, embora tenham a dura
tarefa de conter a epidemia na ponta”
Escrevo antes do pronunciamento de
Bolsonaro de ontem à noite, em cadeia de tevê. Pela live que compartilhou no
Twitter, a conversa que teve com Luiz Henrique Mandetta obrigou o ministro da
Saúde a flexibilizar geograficamente a política de distanciamento social,
levando em conta a progressão da doença nos estados. É um perigo, mas Mandetta
hasteou a bandeira branca e bateu continência para o presidente da República.
Na entrevista coletiva que deu à tarde, deixou isso claro: “Quem comanda este
time aqui é o presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse. “Tivemos nossas
dificuldades internas, isso é público, mas estamos prontos, cada um ciente de
seu papel nesta história.”
Não sei qual o acordo que fizeram, mas
essa é a ordem natural das coisas num sistema de poder no qual o vértice é o
presidente da República. A propósito, Norberto Bobbio, após o assassinato do primeiro-ministro
Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas, escreveu uma série de artigos sobre a crise
italiana, reunidos numa coletânea publicada no Brasil, intitulada As ideologias
e o poder em crise, em tradução de Marco Aurélio Nogueira. Destaco dois deles:
a política não pode absolver o crime, no capítulo sobre Os fins e os meios, e
Quem governa?, em O mau governo.
A referência a Bobbio veio ao caso
devido a uma passagem da entrevista do ministro Mandetta. Em certo momento, no
chamamento que fez à união de todos contra a epidemia, disse que as autoridades
médicas precisam da ajuda de todos, inclusive das milícias e dos traficantes. O
ministro não é nenhum ingênuo, deve ter algum motivo para ter falado isso,
mesmo sabendo que seria duramente criticado por essa referência ao crime
organizado. A grande dúvida é se fez um apelo dramático por puro desespero,
pois estamos num momento crucial do crescimento exponencial da epidemia, ou se
realmente houve um pacto do governo Bolsonaro com as milícias e os traficantes.
Não seria a primeira que vez que isso
aconteceria, com consequências desastrosas, porque favorece a expansão do crime
organizado na sociedade e sua infiltração na política. Por outro lado, é muito
fácil fazê-lo, pela via das relações perigosas nos sistemas de segurança
pública e penitenciário. Ministro-chefe da Casa Civil, o general Braga Netto,
ex-interventor no Rio de Janeiro, conhece bem essas conexões. Qual é a lógica
perversa por trás desse raciocínio? Todos sabemos que a epidemia ainda não
chegou ao povão, está na classe média alta, e só agora registra os primeiros
casos de mortes nas favelas e periferias das grandes cidades e regiões
metropolitanas conurbadas, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro,
Fortaleza e Manaus. Na prática, isso significa toque de recolher e dura punição
nas favelas e nas periferias, numa hora em que o presidente da República
pressiona pela flexibilização da política de isolamento social.
Quem governa?
Governos monolíticos nas democracias
não existem, ainda mais num sistema federativo e de equilíbrio entre os
poderes. Bolsonaro enquadrou Mandetta e responsabiliza governadores e prefeitos
pelo distanciamento social e o desemprego. Mas sabe também que os governadores
e prefeitos, que têm a dura tarefa de conter a epidemia na ponta, contam com o
apoio do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) para agir com autonomia,
na esfera de suas competências. Por mais que queira, não existe correlação de
forças para Bolsonaro intervir nos estados. É assim que funciona na democracia.
O Estado brasileiro é ampliado, cada
ministério é um subgoverno que se relaciona com os demais poderes e esferas de
poder com relativa autonomia, além de terem imbricações com agências privadas e
grandes setores empresariais. Mas é daí que veio a reação para garantir o
funcionamento do sistema de saúde, com produção de suprimentos de proteção
individual, equipamentos e aparelhos de saúde para ampliar a capacidade de
absorção de pacientes pelos hospitais. Existe um grande business na área da
saúde, cujas políticas públicas foram capturadas por grande fornecedores,
muitos dos quais importadores, e também algumas máfias, que desviaram recursos
ao longo dos anos. Agora, chegou a hora de verdade: os profissionais de saúde
estão no comando, o governo está sendo obrigado a inventar um novo orçamento da
Saúde e a recriar a indústria do setor.
Nesse aspecto, foi patética a
constatação de que os hospitais federais do Rio de Janeiro não têm
profissionais para atuar contra a epidemia, assim como os hospitais universitários.
O governo federal é responsável por 5% da capacidade hospitalar do país, porém,
deveria entrar com mais força, principalmente na montagem de hospitais de
campanha e na contratação de profissionais para atuar junto às comunidades de
periferia e regiões remotas da Amazônia e nos sertões do Nordeste, resgatando o
Programa Mais Médicos.
Finalmente, uma homenagem póstuma ao sanitarista Sérgio Arouca, grande idealizador
do SUS, que liderou milhares de profissionais de saúde que hoje estão na
linha de frente do combate à epidemia. Lembro-me de duas conversas com ele: na
primeira, me disse que a emergência era o ponto mais fraco do sistema,
subestimada pela cultura dos sanitaristas; na segunda, lamentou não ter
conseguido levar adiante seu programa de agentes comunitários de saúde no Rio
de Janeiro, sem os quais seria impossível erradicar a dengue e conter epidemias
mais graves nas comunidades pobres.
Mandetta relata 'bom clima' com
Bolsonaro e vê 'unidade' no governo
Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília
08/04/2020 18h50
Após se reunir na manhã de hoje com o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, afirmou que o encontro com o presidente transcorreu com um "bom
clima" e disse que acreditar que o governo agora caminha para a
"unidade".
"[Foi] uma reunião de trabalho,
uma reunião boa. Um bom clima, está toda a equipe tranquila, todo mundo
trabalhando", disse Mandetta.
Após confirmar receita com cloroquina, Uip
pede a Bolsonaro 'respeito'
Felipe Pereira e Karla Torralba
Do UOL, em São Paulo
08/04/2020 13h03Atualizada em
08/04/2020 15h26
Horas depois de confirmar à Rádio
Gaúcha que é verdadeira a imagem de uma receita médica em que prescreve
cloroquina para si mesmo, David Uip, chefe do Centro de Contingência ao
Coronavírus em São Paulo, criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido),
que questionou nas redes sociais se o infectologista da equipe de Joao Doria
(PSDB) havia tomado a medicação.
"Presidente, eu respeitei o seu direito
de não revelar seu diagnóstico, respeite o direito de não revelar meu
tratamento. A minha privacidade foi nvadida. Tomarei as providências legais
adequadas para a invasão da minha privacidade e dos meus pacientes”.
Pronunciamento do presidente da República,
Jair Bolsonaro, em Cadeia de Rádio e Televisão, em 08/04/2020.
- O senhor concorda?
-
DESCARADAMENTE
- Saúde pra dar e vender
- Saúde
menina tem vitamina
- Saúde engorda e faz crescer
Uma pergunta para uma síntese na
resposta de um SISTEMA
09/04/2020
Jornal da
Manhã – 09:49 – AO VIVO – ÀS 09:49
Augusto
Nunes: - Presidente, em 2008 o então presidente Lula afirmou que o sistema de
saúde brasileiro havia chegado perto da perfeição. E, naturalmente atribuiu
isso a ... disse que havia resolvido mais um dos problemas embutidos na herança
maldita que ele inventou, atribuído ao senhor. O que se viu agora é que não foi
a epidemia de Corona vírus que provocou o colapso do sistema de saúde. Ela
encontrou o sistema de saúde perto do colapso. Eu acho que a verdadeira herança
maldita foi a legada pelo governo do PT. O senhor concorda?
Ex-Presidente Fernando Henrique
Cardoso: - Ouça no Vídeo a seguir a partir 09:49, pelo relógio digital logo
acima da cabeça do entrevistado:
#EuFicoEmCasa #JovemPan
Jornal da Manhã - 09/04/20 - AO VIVO
Da página Professores UFRJ (por Lucia
Alves)
Ontem
o Dr. Nelson Ferrão, um dos médicos dos SUS que está virando dia e noite para tentar salvar vidas, postou um
desabafo num dos poucos momentos que dispõe
para se alimentar e repor as energias física e
emocional (no meu entender, pelo tamanho do texto, não deve ter
dado muito tempo para ele se alimentar e
repor minimamente suas energias).
Mas trata-se de um desabafo muito
lúcido, consistente e coerente:
“Uma coisa é certa, o Coronavirus é
muito didático. Ele joga duro, mas é
papo reto, na lata. E dá lições sem falar, só causa e consequência.
Eis algumas delas?
Lição 1) Para o mercado, as crises só
servem mesmo pra ganhar mais dinheiro,
especulando. É só olhar o preço do álcool gel.
Quando a coisa aperta, até os planos de saúde e os hospitais
privados mandam os pacientes pro SUS. Ou
seja, na hora do pega-pra-capar, só se
pode esperar alguma coisa mesmo é do Estado; logo, se você é um
desses que quer acabar com o Estado,
prepare-se para ser presa fácil das aves
de rapina de sempre.
Lição 2) Numa sociedade integrada,
nenhuma bolha é segura. Você pode morar
em condomínio fechado, ter vigilância
monitorada, álcool gel em todas as peças da casa e o escambau, mas se
os pobres, que talvez você ache que
mereçam ser pobres, não tiverem uma vida
digna -- com acesso à saúde, educação, cultura, direitos trabalhistas e tudo mais --, eles levarão o
vírus até você.
Pode
ficar certo, a empregada que te serve e viaja diariamente naquele
ônibus superlotado, o motoboy do i-Food
sem direito à licença saúde que te faz
entregas, ou aquele operário que vai trabalhar mesmo doente porque
não pode ter o salário descontado, pois
têm um destes modernos contratos
flexíveis de trabalho sem direitos: eles vão furar a sua bolha e expor
a sua miséria também. E se prestar
atenção, talvez você entenda também que
a violência urbana que mata o playboy do asfalto tem origem na mesma desigualdade social de sempre, que você talvez
ache natural.
Ou
seja, estamos todos no mesmo barco, e mesmo que você esteja no andar
de cima, se o barco afundar você vai
junto. Só a solidariedade salva: ou
todos estão seguros, ou ninguém está.
Lição 3) Pense melhor em quem você elege para cargos executivos. Não
adianta eleger Presidente, Governador, Prefeito fazendo arminha ou combatendo
mamadeira de piroca e kit gay.
Se os caras eleitos não souberem o
que fazer lá onde você os colocou,
periga até eles saírem às ruas em plena quarentena pra se aglomerar, cumprimentar fãs, tirar selfies e
ajudar a espalhar o vírus, ou então pra
dizer para a população que não vai dar nada, que se dermos uma banana pro vírus ele vai embora. Ou até
as duas coisas juntas.
Se eles não tiverem competência nem
para identificar uma ameaça real, que
dirá para montar uma operação de guerra, amarrando todas as pontas necessárias para não deixar isto virar uma
tragédia maior, de políticas sanitárias
preventivas, passando por um sistema universal integrado e seguro de saúde para acolher os doentes, até
medidas de proteção às empresas e
trabalhadores que serão afetados pela paralisação de muitas atividades.
Lição 4) Quer goste ou não deles,
você novamente será salvo por algum
cientista. Você pode até achar bonito combater a ciência, ser negacionista, terraplanista,
antivacinista, militarista, dizer que as
instituições públicas de ensino e pesquisa são aparelhos comunistas, mas na hora da verdade, se tem
alguém que pode salvar a sua vida são os
pesquisadores e pesquisadoras de universidades públicas, da Fiocruz, do Instituto Butantã, de todas
aquelas instituições que têm sido
achincalhadas e precarizadas nos últimos anos.
São eles e elas que estão trabalhando hoje, silenciosamente,
ao lado dos principais centros de
pesquisa do mundo, para desenvolver medicamentos e vacinas contra este e outros vírus que ainda nos
ameaçam. Sem eles, talvez nossa
civilização até já tivesse sido dizimada.
Então, pense melhor em para quem você rende homenagens. Quando uma ameaça
de grandes proporções como essa nos
acossar novamente, lembre-se, não são os milicos com fuzis AR-15 nem os pastores que vendem curas fáceis
em troca da senha do seu cartão de
débito que irão nos tirar desta enrascada, mais uma vez. São os cientistas, e em geral de instituições
públicas”.
Verdade que faltam máscaras para
tantos descarados, ops, sem máscaras
NOITE DOS MASCARADOS - Chico Buarque e Elis
Regina - vfb.2011
NOITE DOS MASCARADOS - Chico Buarque e Elis Regina. Vídeo postado
por Vanda de Freitas Bezerra, Brasil, Monte Alegre de Minas-MG, em 06/03/2011
NOITE DOS MASCARADOS (Chico Buarque e Elis Regina) Composição: Chico Buarque
[Chico] Quem é você? [Elis] Adivinha se gosta de mim [Coro] Hoje os dois
mascarados Procuram os seus namorados Perguntando assim [Chico] Quem é você?,
diga logo [Elis] Que eu quero saber o seu jogo [Chico] Que eu quero morrer no
seu bloco [Elis] Que eu quero me arder no seu fogo [Chico] Eu sou seresteiro,
poeta e cantor [Elis] O meu tempo inteiro só zombo do amor [Chico] Eu tenho um
pandeiro [Elis] Só quero um violão [Chico] Eu nado em dinheiro [Elis] Não tenho
um tostão Fui porta-estandarte, não sei mais dançar [Chico] Eu, modéstia à
parte, nasci para sambar [Elis] Eu sou tão menina [Chico] Meu tempo passou
[Elis] Eu sou Colombina [Chico] Eu sou Pierrot [Coro] Mas é Carnaval, não me
diga mais quem é você Amanhã tudo volta ao normal Deixa a festa acabar Deixa o
barco correr Deixa o dia raiar Que hoje eu sou da maneira Que você me quer O
que você pedir, eu lhe dou Seja você quem for Seja o que Deus quiser Seja você
quem for Seja o que Deus quiser - - - - - - - - - - - - - - - - - - - "SE
BEBER, NÃO DIRIJA. SE FOR DIRIGIR, NÃO BEBA." BOM CARNAVAL A TODOS!!! VANDA
E KATIA 2011
Marchinha - Yes, nós temos bananas
Dicionário Online de Português
descarado
Significado de Descarado
adjetivoQue
não possui vergonha; sem escrúpulos; desavergonhado.Que designa atrevimento:
era um ladrão descarado.substantivo masculinoAquele
que é descarado; quem não tem vergonha; insolente, impudente, cínico.Etimologia
(origem da palavra descarado). Part. de descarar.
Sinônimos de Descarado
Descarado
é sinônimo de: abelhudo, atrevido, curioso, insolente, intrometido, metediço, desavergonhado, impudente, cínico
Antônimos de Descarado
Definição de Descarado
Classe gramatical: adjetivo e substantivo
masculino
Flexão do verbo descarar no: particípio
Separação silábica: des-ca-ra-do
Plural: descarados
Feminino: descarada
Flexão do verbo descarar no: particípio
Separação silábica: des-ca-ra-do
Plural: descarados
Feminino: descarada
Exemplos com a palavra descarado
O fato da bafejada poética constituir
um plágio descarado de uma velha
marchinha esquecida de Carnaval é de só menos importância.Folha
de S.Paulo, 08/10/2010
Para o partido, houve "uma evidente estratégia
de captação de sufrágio fazendo uso da máquina pública, por meio do loteamento descarado dos cargos do Executivo".Folha
de S.Paulo, 10/11/2009
OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A
PALAVRA
Possui
9 letras
Possui as vogais: a e o
Possui as consoantes: c d r s
A palavra escrita ao contrário: odaracsed
Possui as vogais: a e o
Possui as consoantes: c d r s
A palavra escrita ao contrário: odaracsed
RIMAS COM DESCARADO
ANAGRAMAS DE DESCARADO
escardado
Há 10 anos
08/10/2010 - 07h56
Poesia & Poder
IVAN
LESSA
COLUNISTA DA BBC BRASIL, EM LONDRES
COLUNISTA DA BBC BRASIL, EM LONDRES
"As mulheres grandes
São as grandes mulheres.
São elas que os homens preferem.
O tipo médio, meu amigo,
Ainda passa,
Mulher pequena eu não quero nem de graça.
Maria tem um metro e setenta.
Teresa tem um metro e oitenta.
Porém a mulher que me tenta
É a que tem mais de um metro e noventa."
São as grandes mulheres.
São elas que os homens preferem.
O tipo médio, meu amigo,
Ainda passa,
Mulher pequena eu não quero nem de graça.
Maria tem um metro e setenta.
Teresa tem um metro e oitenta.
Porém a mulher que me tenta
É a que tem mais de um metro e noventa."
Pronto. Aí está. Matei dois coelhos de uma só
cajadada. Para ser mais preciso, matei dois coelhos de uma só cajadada. O Sr.
Coelhinho e a Sra. Coelhinha. O fato da
bafejada poética constituir um plágio descarado
de uma velha marchinha esquecida de Carnaval é de só menos importância.
Minha musa ("Dona" Arlete), por certo
vinha de tomar umas e outras --coitada, ela caneia--, e assim soprou estes
versos em meus ouvidos sensíveis A poesia é maior que todos nós e só nela
encontramos todas as verdades do mundo. Na cachaça, não, ouviu,
"Dona" Arlete! Com a poesia, não tem segundo turno. É 100% no
primeiro turno, sim senhor, e estamos conversados!
Voltemos, no entanto, ao Sr. e à Sra. Coelhinha,
que há tanto tempo não passavam pelo meu caminho. Por que abati-os com uma só
cajadada? Ora, força de expressão, meus caros! Esforços poéticos de minha parte.
É que na quinta-feira, aqui no Reino Unido, teve lugar o Dia Nacional da
Poesia. O que se rimou por aí, minha gente, não está no gibi.
No metrô, um cavalheiro (aliás bem apessoado)
sentou-se ao meu lado e, em voz grave e insinuante, sussurrou-me no ouvido
coisas personalíssimas. Posso estar enganado, mas acho que no meio ele
comparava meus olhos a "violetas banhadas na champanhe".
Confesso que, pego assim de surpresa, fiquei algo
nervoso e não captei todas as palavras que o indivíduo em questão (e que bigodes
tinha!) dirigiu-me no particular. Percebi, no entanto, que suas palavras
rimavam. Quase jurava que eram metrificadas também, como a Teresa e a Maria dos
versos que, sem vergonha, roubei.
Felizmente, o jornal que eu levava aberto no colo,
como que por coincidência poética (a ocasião era propícia) mencionava que o 7
de outubro é o Dia Nacional da Poesia por aqui. Fiquei mais descansado. Poesia,
afinal, nunca matou ninguém. A não ser Hamlet, Romeu, Julieta, Shelley, Keats,
e, no Brasil, Gonçalves Dias e o Fernandão "Sete Dedos" Beltrão, com
quem joguei muita sinuca no salão que ficava em cima de um mercadinho na rua
Siqueira Campos, em Copacabana, lá pelos anos 50, e que morreu atropelado
quando, bêbado, procurava uma rima para, justamente, as palavras "bêbado"
e "lâmpada".
Águas passadas não movem moinhos, nem mesmo para
Dom Quixote, volta a me sentenciar com seu bafo pesado "Dona" Arlete,
que, do jeito que vai, terminará internada em asilo para incompetentes e
incontinentes verbais e otherwise.
Falta agora a segunda vítima de meu poderoso
cajado. Sim, ela. Sempre ela. A Sra. Coelhinha. Seguinte: a revista Forbes,
essa favorita da classe C brasileira, em sua versão mulher, também um sucessão
entre domésticas e donas de casa, acaba de divulgar o ranking anual das cem
mulheres mais poderosas do mundo.
Moira Forbes, vice-presidente e publisher (conforme
se diz no Amapá) da revista em questão, disse que as 100 mulheres citadas na
lista "estão moldando muitas das conversas dos formadores de opinião hoje
em dia." Minha conversa no metrô, com aquele cara da poesia, não foi
moldada em nada.
Simplesmente brotou de uma ocasião. Como uma flor.
Uma violeta. Além do mais, não sou, nem o cavalheiro das rimas e bigodes o é,
formadores de opinião. Voltemos a quem sabe das coisas, a Forbes Woman.
Liderando o rol das Top Ten, como se diz em
Sergipe, está Michelle Obama, logo adiante de Irene Rosenfeld, executiva da
Kraft Foods, e da empresária e comunicadora Oprah Winfrey. Entre as Top Ten
ainda, a presidente alemã Angela Merkel, Hillary Clinton (que dispensa
apresentações) mais as cantoras Beyoncé Knowles e Lady Gaga, com Ellen
Degeneres fechando a lista.
As únicas brasileiras a moldar (opiniões,
lembremos) foram Gisele Bundchen (72º lugar) e Dilma Rousseff (95º). Tem nada,
não. A gente ainda chega lá. O segundo turno vem aí.
+ NOTÍCIAS EM MUNDO
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Vários
De: 39.90
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Reinaldo José Lopes
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Referências
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/04/luiz-carlos-azedo-uma-homenagem-postuma.html
https://youtu.be/yJoeksVBkT8
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/08/david-uip-nao-revela-se-tomou-cloroquina-e-pede-respeito-a-bolsonaro.htm
https://youtu.be/x04OKkxT2Tc
https://www.youtube.com/watch?v=x04OKkxT2Tc
https://youtu.be/9XxohEeoutE
https://youtu.be/52Yy56ofPPo
https://www.youtube.com/watch?v=9XxohEeoutE&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=9XxohEeoutE&feature=youtu.be
https://youtu.be/nzu5k8uA7Rs
https://www.youtube.com/watch?v=nzu5k8uA7Rs
https://youtu.be/oLXsaFNeqRU
https://www.youtube.com/watch?v=oLXsaFNeqRU
https://s.dicio.com.br/descarado.jpg
https://www.dicio.com.br/descarado/
https://www1.folha.uol.com.br/bbc/811727-poesia--poder.shtml
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