Projeto de Lei 7.596/17 (PL)
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou
nesta quarta-feira (14), em votação simbólica, o Projeto de Lei 7.596/17, que
define os crimes de abuso de autoridade.
Metalinguagem e a Função Metalinguística
Poesia
Gastei uma hora pensando em um
verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Carlos Drummond de Andrade
Lei
Não gastei uma hora votando em um PL
que o painel não quer descrever.
No entanto ele está cá dentro
Inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
E não quer sair.
Mas a lei deste momento
Inunda minha vida inteira.
Política
Câmara aprova texto-base da PL sobre crimes de
abuso de autoridade
Publicado em 14/08/2019 - 22:30
Por Heloisa Cristaldo - Repórter
da Agência Brasil Brasília
O plenário da Câmara dos Deputados
aprovou nesta quarta-feira (14), em votação simbólica, o Projeto de Lei
7.596/17, que define os crimes de abuso de autoridade. O texto engloba atos
cometidos por servidores públicos e membros dos três Poderes da República, do
Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas e das Forças
Armadas.
Neste momento, parlamentares analisam
os destaques, que são sugestões de alterações ao texto. Caso não seja feita
nenhuma mudança, a matéria segue para sanção presidencial. Se for alterado
pelos deputados, o texto retorna para análise do Senado.
Aprovado no Senado em junho, o texto
prevê a criação do crime de caixa 2, de compra de votos e o aumento de pena
para o crime de corrupção, tornando a prática hedionda em alguns casos.
Atualmente considerada crime eleitoral e não penal, com penalidade inferior à
aplicada a outros crimes e passível de prescrição no prazo de um mandato, a
prática de caixa 2 em campanha eleitoral poderá ser tipificada como crime.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia,durante sessão de votação - Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Pedido de urgência
Parlamentares aprovaram o pedido de
urgência da votação do PL ainda nesta quarta-feira, o que viabilizou a
apreciação do texto na sessão de hoje. Ao justificar a inclusão da matéria na
sessão, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a
proposta já havia sido aprovada em 2016.
“A Câmara aprovou o projeto de abuso
de autoridade em 2016. O Senado, este ano, dialogando com líderes da Câmara,
debateu e aprovou o abuso de autoridade e devolveu a matéria à Câmara - que
automaticamente mantém a urgência da votação anterior, de 2016. Então, nós
poderíamos ter botado na pauta, já com a urgência garantida, a matéria que
voltou do Senado Federal”, explicou Maia.
De acordo com o presidente da Câmara,
a proposta da Câmara foi ampliada após críticas de servidores do Poder
Judiciário, pois a matéria tratava exclusivamente de juízes, promotores e
procuradores. Dessa forma, o texto em votação é oriundo do Senado, de autoria
do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
“A nossa decisão, ouvindo a maioria
dos líderes, foi compreender que juízes e promotores estavam com a razão e que
nós deveríamos aprovar o abuso para os três Poderes. É por isso que nós, hoje,
votamos a urgência. Porque entendemos que esse texto atinge de forma
democrática a todos aqueles que, revestidos de um cargo público, podem cometer
algum crime de abuso de autoridade”, disse Maia. “Queremos que exista uma lei
que mesmo o presidente da Câmara, se extrapolar as suas funções públicas, que
responda por isso também”.
Atualizar legislação
Para o relator do projeto, deputado
Ricardo Barros (PP-PR), a legislação atual não está atualizada. Segundo ele, o
texto que foi aprovado na Câmara promove alteração nas leis de Prisão
Temporária e de Interceptação Telefônica e no Estatuto da Ordem dos Advogados
do Brasil.
“O projeto exige, para caracterização
dos crimes de abuso de autoridade, que o agente atue com finalidade específica
de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero
capricho ou satisfação pessoal, o que é atenuante — além de ser preciso provar
as normas que estão no projeto, é preciso também que a conduta seja em
benefício próprio ou de terceiros, como está aqui”, disse.
Barros defendeu ainda que a proposta
não criará “qualquer constrangimento” para o Judiciário. “Na maioria das vezes,
é o Ministério Público e quem vai julgar é o Judiciário. Então, não há que se
falar que nós estamos criando qualquer constrangimento para esses Poderes,
porque eles é que vão exercer a execução dessa lei”, disse.
Divergência
Por outro lado, congressistas de
partidos como Novo e PSL defenderam que a proposta fosse debatida por mais
tempo na Câmara. Para a deputada Soraya Manato (PSL-ES), a medida poderia
intimidar juízes e agentes públicos na atuação de suas atividades.
“O texto apresentado não foi submetido
a um debate com a sociedade, não houve uma discussão séria para construir um
conjunto melhor de regras para inibir o abuso de autoridade no país. Essa PL
intimida os magistrados e agentes públicos no desempenho de suas funções com
independência”, disse.
Edição: Fábio Massalli
Referências
http://www.lerecompreendertextos.com.br/wp-content/uploads/2018/02/maxresdefault-2-768x493.jpg
http://www.lerecompreendertextos.com.br/2018/02/metalinguagem-e-a-funcao-metalinguistica.html
http://imagens.ebc.com.br/Lg6784_qSF1j_7Rb4OZOgxuFCWE=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/pzzb0125.jpg?itok=-mi5MyG5
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http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2019-08/camara-aprova-texto-base-da-pl-sobre-crimes-de-abuso-de-autoridade
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