A Europa é ali mesmo
Nada mais natural que o Brasil se
integre à Comunidade Europeia
A Região Norte
GEOGRAFIA DO BRASIL
A região Norte do Brasil é composta
por 7 estados, e é a maior região do país.
Estados e capitais da Região Norte do Brasil
Maior Região do Brasil, o
Norte é formado pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima
e Tocantins. Sua grande extensão territorial, além da localização, proporciona
fronteiras com seis países sul-americanos (Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela,
Guiana e Suriname, além do território da Guiana Francesa).
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Graduado em Geografia
Guiana Inglesa
Em preparação para a esperada
conferência de paz após a Primeira Guerra Mundial, na primavera de 1917, o
Ministério das Relações Exteriores britânico criou um departamento especial
responsável pelo planejamento de informações de base que seriam usadas pelos
delegados britânicos durante a conferência. Guiana Inglesa é o Número
135 em uma série de mais de 160 estudos produzidos por este departamento, a
maioria dos quais foi publicada após a conclusão da Conferência de Paz de
Paris, em 1919. O livro trata de geografia política e física, história
política, condições sociais e políticas, além de condições econômicas. A seção
sobre a história política discute a criação, pela Companhia Holandesa das
Índias Ocidentais, das colônias de Essequibo, Demerara e Berbice na costa norte
da América do Sul e o domínio holandês de 1674 a 1796; o ataque às colônias
pelos britânicos em 1796 e o domínio britânico desse ano até 1914 (com exceção
de um interregno em 1802-1803); e a história das disputas entre a Grã-Bretanha
e a Venezuela sobre a fronteira oeste da colônia e entre a Grã-Bretanha e o
Brasil sobre a fronteira sul, ambas as fronteiras resolvidas por arbitragem. A história
anterior é tratada no Número 134 nas séries, Introdução às colônias da
Guiana. A população da Guiana Britânica era estimada em 313.859 (1917). O
estudo discute a mistura étnica e racial na população da colônia, que incluía
pessoas de ascendência europeia (colonos britânicos e seus descendentes,
famílias de ascendência holandesa e os trabalhadores portugueses e seus
descendentes); descendentes de escravos africanos; trabalhadores e seus
descendentes da Índia Ocidental, trazidos pelos britânicos; uma pequena colônia
chinesa; e os aruaques, caribes e outros povos indígenas. O estudo conclui com
bastante otimismo: “Provavelmente não há outro território no mundo onde os
habitantes assentados dispões de uma maior variedade de raças divididas entre
si pela história, tradição e cor, todos vivendo lado a lado em termos de
cooperação amigável, sem nenhuma amargura de conflitos decorrentes de
distinções de classe ou casta”. A Guiana Inglesa se tornou o Estado
independente da Guiana em 1966.
Onde o Brasil faz fronteira com a Europa
Claro que não estamos falando da
fronteira geográfica. Estamos nos referindo à Guiana Francesa. A União Européia
fazendo fronteira com o Brasil.
História da Guiana Francesa
Por Thais Pacievitch
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Francesa - InfoEscola0:0002:49AudimaAbrir menu de opções do player Audima.
A Guiana Francesa (descoberta
em 1.500 e colonizada no século XVII) estava habitada por indígenas antes da
chegada dos europeus. Na costa, viviam os caribes e, no interior, as tribos
wayana, oyampi e emerillon. Os caribes, índios guerreiros, reagiram
violentamente à presença espanhola desde o século XVI.
O território da Guiana Francesa foi
reconhecido no começo do século XVII e a cidade de Caiena (capital daquele
país) foi fundada em 1.637. A Guiana foi disputada por holandeses e franceses,
mas foram os franceses que finalmente estabeleceram uma colônia naquela região.
No fim do século XVII, começam a chegar os escravos que trabalhariam nas
plantações de cacau e café. Em 1.794, é abolida a escravidão, que foi novamente
implantada na década seguinte. A escravidão é abolida definitivamente em 1.848.
A pretensão francesa de se estabelecer
na Guiana foi legitimada pelo tratado de Breda, em l.667 e os limites com a
colônia portuguesa do Brasil foram estabelecidos através do tratado de
Utrecht de 1.713, mas, em 1.809, as forças portuguesas, em represália à
invasão francesa em Portugal, anexaram a Guiana até 1.814.
A partir de 1.852, a Guiana francesa
transformou-se em presídio (o mais famoso é a Ilha do Diabo) para onde eram
enviados os opositores políticos dos diversos regimes que aconteceram na
França. Em um século havia 80.000 prisioneiros vivendo em condições
insuportáveis e o número de presos que morria era muito elevado. No mesmo
século foi encontrado ouro, nos rios do interior daquele país, mas isto não foi
de grande ajuda para a economia da Guiana, uma vez que a mão-de-obra das
lavouras diminuiu muito graças à perspectiva de maiores ganhos. Além disso, a
descoberta de ouro provocou disputas fronteiriças.
As deportações terminam em 1.938, mas
a instituição prisional continua funcionando, a repatriação só começa a partir
de 1.947, quando a Guiana se transforma em departamento de ultramar
(coletividade territorial integrada à República francesa). Nessa época a costa
da guiana conhece um relativo desenvolvimento econômico.
Em 1.964, é decidida a construção do
Centro Espacial de Kourou para a Agência Espacial Européia, o Centro Espacial
começa a funcionar em 1.968 e é ali que começam a ser lançados satélites com a
ajuda de foguetes Arianne.
No início da década de 80 foi posto em
prática o plano Vert, que tinha como finalidade aquecer a economia da Guaina,
melhorando a produção agrícola e florestal.
Arquivado em: Guiana Francesa, História
Hoje na História: 1975 - Guiana Holandesa
conquista independência e passa se chamar Suriname
Grave e prolongada crise econômica e
social no começo dos anos 1970 impulsionou processo
MAX ALTMAN
25 de nov de 2013 às 07:59
Parte superior do formulário
Atualizado em 24/11/2017 às 12:50
A Guiana Holandesa foi uma antiga
colônia holandesa situada ao sul da chamada “Costa Selvagem da América do
Sul". O território esteve sob domínio holandês entre o século 17 e 1796,
tornando-se britânico até 1816, para voltar a ser holandês durante cerca de 160
anos. No dia 25 de novembro de 1975, no entanto, tornou se independente ,
adotando o nome de Suriname. O último governador da colônia, Johan Ferrier,
tornou-se então o primeiro presidente da República do Suriname.
O primeiro estabelecimento europeu
nesta região foi o dos colonos de Barbados, levados pelo lorde Willoughby
em1650. Em troca da Nova Holan
da na América do Norte, os holandeses cederam a
colônia em prol da Paz de Breda em 1667, cessão confirmada pelo Tratado de
Westminster de 1674.
A população, fortemente cosmopolita, dedicou-se à plantação da cana de açúcar. Os britânicos, que ocupavam as “colônis” da Holanda por ocasião das guerras da Revolução e do Império – 1796-1802 e 1804-1816 -, restituem o Suriname à Holanda em 1816, em seguida à Convenção de Londres de 13 de agosto de 1814 e do segundo Tratado de Paris de 20 de novembro de 1815.
Wikicommons
Imagem de rio do Suriname: País é um dos que mais demoraram para conquistar a independência na América do Sul
A escravidão foi abolida em 1863 na Guiana Holandesa e a colônia passou a ser povoada por indianos e indonésios. O declínio irremediável da agricultura faz a economia do país depender da bauxita, que atingiu o seu auge 1938.
Em 1950, o Suriname recebe dos Países Baixos o regime parlamentar e o sufrágio universal. A Constituição de 1954, que outorgava a autonomia, previa que os ministros respondiam perante o Conselho Legislativo, eleito para um mandato de quatro anos. Entre 1958 e 1967, uma coalizão creoles-industãos conserva a maioria no ‘Staten’ – Assembleia Legislativa – graças a aliança do Partido Nacional Suriname com o Partido Unido Industão.
Em seguida a uma grave e prolongada crise econômica e social no começo dos anos 1970, o país se vê envolto com uma greve geral em 1973. Nas eleições de novembro do mesmo ano, o Partido Nacional Suriname aliado a três outros pequenos partidos conquista a maioria dos votos. As negociações com o governo holandês tendo como ponto central a independência são complicadas, tendo à frente pelo Suriname, o líder do PNS, Henck Arrton, indicado primeiro ministro.
A independência torna-se efetiva em 25 de novembro de 1975 sob a presidência da República de Johan Ferrier do PNS. Uma constituição do tipo parlamentar é aprovada. Os creoles são majoritários no Parlamento o que causa o descontentamento nas hostes industãs. Todavia, o governo, chefiado por Arron, conduz uma política excessivamente ligada aos interesses holandeses até 1980.
Em 25 de fevereiro de 1980, um golpe
de Estado militar, chamado de “Revolução dos Sargentos”, tendo a sua
frente o sargento-major – mais tarde tenente-coronel – Desiré Delano Bouterse,
derroca o sistema. A Junta Militar se alia ao Partido Nacionalista Republicano
e um civil, Hendrik Chin A Sen, torna-se primeiro ministro.
Em agosto, por ocasião de um segundo golpe de Estado, Bouterse proclama o estado de emergência e dissolve o parlamento. Chin A Sen assume igualmente a presidência da República. Em 4 de fevereiro de 1982, Sen é destituído e, depois de dois atentados contra a sua pessoa, Bouterse, à frente do Conselho Militar Nacional, impõe a lei marcial. Em 7 e 8 de dezembro de 1982, 15 opositores : políticos, sindicalistas, jornalistas são executados.
Em política externa, a partir de 1981, Bouterse anuncia uma política de não alinhamento e de neutralismo. Declara também sua amizade por Cuba, Nicarágua e Líbia. Os governos holandês e norte-americano suspendem sua ajuda. Os conselheiros cubanos ganham de passo em passo lugar na vida pública do país.
Paramaribo expulsa os conselheiros de Washington após a invasão de Granada pelos Estados Unidos em 1983, por temor de sofrer também uma intervenção armada.
Em agosto, por ocasião de um segundo golpe de Estado, Bouterse proclama o estado de emergência e dissolve o parlamento. Chin A Sen assume igualmente a presidência da República. Em 4 de fevereiro de 1982, Sen é destituído e, depois de dois atentados contra a sua pessoa, Bouterse, à frente do Conselho Militar Nacional, impõe a lei marcial. Em 7 e 8 de dezembro de 1982, 15 opositores : políticos, sindicalistas, jornalistas são executados.
Em política externa, a partir de 1981, Bouterse anuncia uma política de não alinhamento e de neutralismo. Declara também sua amizade por Cuba, Nicarágua e Líbia. Os governos holandês e norte-americano suspendem sua ajuda. Os conselheiros cubanos ganham de passo em passo lugar na vida pública do país.
Paramaribo expulsa os conselheiros de Washington após a invasão de Granada pelos Estados Unidos em 1983, por temor de sofrer também uma intervenção armada.
Mercosul e UE fecham acordo histórico
28 junho 2019
Direito de
imagemEPA/OLIVIER HOSLETImage captionO chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e
a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica
Mogherini
Atualizada às 20h de sexta-feira, 28
de junho
Após 20 anos de negociação, o Mercosul
e a União Europeia fecharam um acordo comercial que envolve 25% da economia
global e 780 milhões de pessoas - quase 10% da população do mundo.
Governo francês 'descobriu pela
imprensa' que Macron teria reunião bilateral com Bolsonaro
Da guerra comercial à crise nuclear no
Irã: o que Bolsonaro defende sobre os 4 temas que dominam o G20
Segundo estimativas do Ministério da
Economia do Brasil, o acordo representará um incremento no PIB do país
equivalente a R$ 336 bilhões em 15 anos, com potencial de chegar a R$ 480
bilhões, se forem levados em conta aspectos como a redução de barreiras não
tarifárias.
Direito de
imagemREUTERS/PAULO WHITAKERImage captionPara Bolsonaro, fechamento do acordo é
histórico; presidente está na cúpula do G20
O governo brasileiro estima também que
as exportações brasileiras para a União Europeia aumentem em cerca de R$ 384
bilhões até 2035.
Hoje, a União Europeia é o segundo
parceiro comercial do Mercosul, que, por sua vez, é o oitavo do bloco europeu.
nullTalvez também te interesse
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Partido Verde e agricultores alemães
querem bloquear acordo UE-Mercosul
null.
Para o presidente brasileiro, Jair
Bolsonaro, o fechamento do acordo é histórico. "Esse será um dos acordos
comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para
nossa economia", escreveu em seu perfil no Twitter.
Ainda não há informações detalhadas
sobre os termos do acordo, que ainda será revisado e chancelado pelos países
dos dois blocos econômicos. As complexas negociações envolvem diversas áreas,
como marcos regulatórios, tarifas alfandegárias, regras sanitárias, propriedade
intelectual e compras públicas. Empresas brasileiras poderão, por exemplo,
participar de licitações no bloco europeu.
Em nota, o Ministério da Agricultura
brasileiro afirmou que produtos nacionais terão tarifas eliminadas, como suco
de laranja, frutas e café solúvel, e exportadores terão mais acesso, por meio
de quotas, a produtos como carnes, açúcar e etanol.
Jean-Claude Juncker, presidente da
Comissão Europeia, escreveu no Twitter: "Em meio às tensões do comércio
internacional, estamos enviando um forte sinal de que defendemos o comércio
baseado em regras. É o maior acordo comercial já fechado pela União Europeia. O
resultado é positivo para o meio ambiente e para os consumidores".
Criado em 1991 pelo Tratado de
Assunção, o Mercosul é hoje o terceiro maior bloco do mundo, depois do Nafta
(México e Estados Unidos) e da União Europeia. Seu PIB total é de US$ 2,8
trilhões (R$ 10,4 trilhões). Se fosse um país, o Mercosul seria a quinta maior
economia do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.
Em comunicado, a União Europeia cita
os principais pontos do acordo fechado com o Mercosul a partir do ponto de
vista europeu. Vale lembrar que os termos da negociação ainda serão revisados
em detalhes e chancelados pelos integrantes dos dois blocos.
Barreiras tarifárias
O acordo prevê remoção da maioria das
tarifas de importação do Mercosul sobre produtos europeus, principalmente nos
segmentos industrial, agrícola e alimentício.
Entre os bens industriais, por
exemplo, o comunicado cita automóveis, hoje submetidos a alíquotas de 35%,
autopeças (de 14% a 18%), maquinário (de 14% a 20%), produtos químicos (tarifas
de até 18%), produtos farmacêuticos (até 14%), roupas e calçados (até 35%).
Itens agrícolas como chocolates, vinho
e destilados, hoje taxados em 20%, 27% e de 20% a 35%, respectivamente, também
serão beneficiados pela eliminação de tarifas.
No acordo também entram laticínios,
hoje submetidos a tarifas de importação de 28%, "especialmente"
queijos.
Exportações do Mercosul também terão
preferência. Segundo o governo, mais de 90% delas terão zeradas as tarifas de
importação da UE no prazo máximo de dez anos. As demais terão acesso
preferencial por meio de quotas e reduções parciais de tarifas.
De acordo com a Confederação Nacional
da Indústria (CNI), entre os produtos que terão tarifas reduzidas a zero estão
mel natural, calçados, roupas, suco de laranja, café industrializado, madeira
compensada, polietileno, couro, autopeças e aviões.
Já os produtos que terão aumento de
cotas sem o pagamento de tarifas estão carne bovina, açúcar, etanol e carne de
frango.
De acordo com a CNI, Cada R$ 1 bilhão
de exportação a mais do agronegócio, gera aumento de produção de R$ 300 milhões
na indústria brasileira.
Acordo climático
Os países signatários se comprometem a
implementar e cumprir o acordo climático de Paris, que prevê limites à emissão
de gases do efeito estufa e um suporte financeiro de países ricos aos mais
pobres a se adaptarem às mudanças climáticas e na adoção de energias
renováveis.
Segundo a União Europeia, uma parte do
acordo tratará de manejo sustentável, conservação de florestas, condições de
trabalho e promoção de negócios com responsabilidade ambiental.
O tema foi discutido em encontro
informal nesta sexta-feira (28) entre Bolsonaro e o presidente da França,
Emmanuel Macron, no âmbito da reunião do G20, no Japão, horas antes do anúncio
do acordo.
Mas, para a organização não
governamental Greenpeace, o acordo representa um "desastre" para os
dois continentes porque, na opinião da entidade, haverá um aumento das emissões
de gases poluentes e uma piora da qualidade de vida dos trabalhadores rurais.
"A União Europeia precisa parar
de fechar acordos de comércio que beneficiam grandes corporações gananciosas
por oportunidades de exportação enquanto fecha os olhos para os danos
socioambientais que causam", afirma Naomi Ages, especialista do Greenpeace
em comércio.
Outros assuntos
Segundo o governo, o acordo também
trata do comércio de serviços. Foram negociadas seções com disciplinas
regulatórias para setores como telecomunicações, serviços postais, serviços
financeiros, comércio eletrônico. "No caso dos investimentos, tanto para
prestação de serviços quanto em outras atividades econômicas, consolidará
marcos regulatórios vigentes, conferindo maior segurança e previsibilidade
jurídica aos investidores europeus no Brasil e aos brasileiros na UE.O acordo
também permite que fornecedores brasileiros participarem de licitações públicas
na UE", diz resumo do acordo enviado pelo governo.
Em compras governamentais, o acordo
abre oportunidades para fornecedores brasileiros participarem de licitações
públicas na UE.
No que diz respeito a medidas
sanitárias, resumo feito pelo governo diz, sem entrar em detalhes, que elas
visam à "remoção de entraves ao comércio" e ampliação "de
oportunidades de cooperação entre Mercosul e UE em temas importantes para o
Brasil, como biotecnologia, bem-estar animal, resistência aos antimicrobianos e
limites máximos de resíduos".
Em propriedade intelectual, o acordo
determina que indicações geográficas de produtos agrícolas brasileiros, como as
de cachaça, vinho e café, sejam reconhecidas e protegidas no território
europeu. Também foram feitos compromissos nas áreas de patentes, marcas,
desenho industrial e direitos autorais.
Outros assuntos tratados são trâmites
de importação, exportação e trânsito de bens.
'Falta de determinação política'
Em entrevista coletiva na tarde desta
sexta (28) em Bruxelas, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro
das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário especial de Comércio
Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo,
evitaram dar detalhes sobre o acordo, afirmando que a íntegra será divulgada
durante o fim de semana.
"Nós tivemos (entre os produtos
beneficiados por quotas ou redução de tarifas) etanol, açúcar. Muitos produtos
na área agrícola, de frutas a carne. Um menu cheio para que os produtos
brasileiros acesse esse grande mercado que é a União Europeia", resumiu a
ministra Tereza Cristina.
Questionada sobre as concessões feitas
por ambos os lados, a titular da pasta repetiu que os detalhes sobre o acordo
seriam divulgados posteriormente, mas mencionou que "uma coisa que eles
(os europeus) queriam muito era vinho".
Depois de "muita discussão",
acrescentou, foi negociado livre comércio do produto entre os dois blocos.
"Mas isso não acontece de uma hora pra outra, tem todo um tempo de
maturação", que será de 12 anos, segundo a ministra.
Para o chanceler, o acordo entre
Mercosul e União Europeia não foi concluído antes por falta de
"determinação política" por parte do Brasil e do bloco sul-americano
em "vários momentos chave".
"A grande diferença é essa, a
determinação política do presidente Jair Bolsonaro."
Ele também destacou a participação da
Argentina, que "no passado não teve a mesma disposição", e do
presidente Mauricio Macri. A assinatura do acordo é importante para o
presidente argentino, que tenta se reeleger em um cenário de aumento de
rejeição à sua gestão e à emergência da chapa da rival e antecessora Cristina
Kirchner.
Ernesto Araújo declarou ainda que a
assinatura do acordo valoriza e revitaliza o Mercosul, "transformando-o em
uma entidade que funciona para o comércio entre os membros e com
terceiros".
"Mostra que o Brasil está sério
nesse compromisso de abertura econômica", completou.
O trio chegou a ser questionado sobre
os comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, feito logo após as
eleições, de que o Mercosul não seria prioridade para o novo governo.
O secretário Marcos Troyjo respondeu
brevemente dizendo que Guedes já havia explicado sobre o episódio algumas
vezes, que estava na ocasião da declaração em uma coletiva improvisada e que a
resposta havia sido "uma questão de forma, e não de conteúdo."
Sobre as críticas feitas pelo
presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a política ambiental brasileira, o
chanceler afirmou que o episódio não teve impacto sobre a negociação e
acrescentou que, no encontro com o líder francês durante a cúpula do G20,
Bolsonaro "teve oportunidade de esclarecer o que é a política ambiental
brasileira".
"Talvez esse esclarecimento tenha
contribuído para dissipar qualquer visão equivocada sobre nossa política
ambiental."
Um membro da comitiva brasileira
confirmou durante a coletiva que o acordo traz a previsão de uma série de
compromissos ambientais, inclusive de cumprimento das metas do acordo de Paris.
Janela curta para fechar o acordo
Análise por Daniel Gallas,
correspondente de negócios na América do Sul
Não é pouca coisa fechar um acordo
assim complicado em um momento no qual o livre comércio está sob ataque globalmente.
Há sinais evidentes de que o protecionismo está em alta, como no Brexit e na
guerra comercial entre China e Estados Unidos.
O acordo pode mudar de forma
significativa o modo como os europeus fazem negócio com países como o Brasil -
que tem uma das economias mais fechadas do mundo. Tarifas altas deixaram
historicamente competidores europeus em desvantagem contra indústrias
nacionais.
Produtores agrícolas também vão
finalmente ganhar acesso a mercados europeus no setor alimentício.
Europeus e sul-americanos tiveram uma
janela curta para fechar este acordo, uma vez que as eleições na Argentina no
final do ano poderiam potencialmente mudar a atmosfera contra o livre comércio
- como tem acontecido em outras partes do mundo.
De marco regulatório a barreiras não
tarifárias, entenda os termos que vão povoar os debates sobre o acordo
Mercosul-União Europeia
A BBC News Brasil preparou um pequeno
glossário dos termos que vão ser frequentes nas discussões sobre o novo acordo
entre Mercosul e União Europeia, assinado nesta sexta-feira (28/6):
Tarifas alfandegárias: As tarifas
são taxas pagas por exportadores e importadores. Do ponto de vista dos países
que cobram essas taxas, o objetivo pode ser tanto obter receita com o comércio
internacional quanto proteger produtos nacionais (impondo, nesse caso, tarifas
excessivamente altas).
Barreiras não tarifárias: São as
restrições à entrada de produtos estrangeiros em um determinado país ou bloco
que não não são baseadas em impostos e taxas (ou tarifas), mas sim de outros modos.
Um dos modos mais comuns é o de impor restrições à importação de alimentos por
questões sanitárias.
Marco regulatório: é o conjunto
de normas e leis que regulam o funcionamento de setores nos quais os agentes
privados prestam serviços de utilidade pública.
Quotas: no comércio
internacional, são os limites de exportação/importação impostos a determinados
produtos (em geral primários, como os agrícolas), de acordo com interesses de
países ou determinados setores.
Regras sanitárias: cada vez mais
importantes no comércio internacional, essas regras visam garantir padrões de
qualidade a produtos de origem animal e vegetal que sejam importados. O
objetivo declarado é proteger a saúde pública e o meio ambiente de eventuais
produtos contaminados. Mas também são comuns, no comércio internacional,
acusações de que países usem barreiras sanitárias de modo protecionista, ou
seja, barrando produtos estrangeiros para proteger os nacionais.
Fontes: Ipea e Dicionário de Economia
do Século 21, de Paulo Sandroni
DIFERENÇA ENTRE LIMITE E FRONTEIRA
Clique aqui e conheça a diferença
entre limite e fronteira, conceitos entendidos como sinônimos por muitas
pessoas.
por Amarolina Ribeiro
A diferença entre limite e fronteira está no
nível de abrangência de cada um desses conceitos distintos.
Muitas vezes compreendidos como
sinônimos, os conceitos de limite e fronteira possuem
significados diferentes e expressam dinâmicas territoriais, culturais e sociais
distintas.
Limite
O conceito de limite refere-se
a uma linha precisa, nitidamente definida no terreno, que, em geral, é
estabelecida por meio de acordos e convenções entre os países limítrofes (que
estabelecem limite ou fronteira).
Limites naturais: como o próprio
nome indica, são aqueles que não foram estabelecidos pelo ser humano, como
rios, córregos, mares e montanhas. Esses elementos naturais são aproveitados
para delimitar o fim de um território e o começo de outro.
O Rio Mekong é um exemplo de limite natural. Esse rio divide os territórios da
Tailândia e Laos
Limites artificiais: são aqueles
construídos pelo homem, como estradas, muros e linhas imaginárias, e também são
utilizados ou construídos com a finalidade de delimitar os territórios.
A cerca que limita Israel e Síria é um limite artificial, ou seja, construído
pelo ser humano
Fronteira
As fronteiras representam
mais do que uma simples divisão linear entre dois territórios distintos. O
conceito de fronteira possui maior abrangência e refere-se a uma
região ou faixa. Pode ser também entendido como região fronteiriça.
A ideia de fronteira é mais dinâmica e
é estabelecida ao longo da História. Em geral, sua construção é influenciada
pelos aspectos relacionados com a ocupação, cultura, etnia e língua da
população dos dois territórios.
Brasil
No Brasil, usualmente, são utilizados
os conceitos de limite, divisa e fronteira de acordo com o tipo de território.
Limite: esse termo é usado para
indicar a separação de dois municípios, como o limite entre o município de São
Paulo (capital) e o município de Guarulhos;
Divisa: esse termo é empregado
para apontar a delimitação de dois estados, como a divisa entre os estados de
Goiás e Minas Gerais;
Fronteira: esse termo é empregado
para definir a separação de países, como a fronteira entre os Estados Unidos e
o México.
O conceito de limite faz referência a
uma determinação legalmente estabelecida, uma linha visível ou imaginária que
separa dois territórios. Já as fronteiras constituem espaços dinâmicos, fazendo
referência às trocas e relações culturais, econômicas, militares, religiosas,
entre outras.
Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia
Roda Viva | Rubens Ricupero | 02/06/2016
Roda Viva
Transmitido ao vivo em 2 de jun de
2016
Ex-ministro da Fazenda e diplomata
fala sobre as perspectivas para a nova política externa brasileira com o
governo de Michel Temer, incluindo as relações diplomáticas e comerciais com
outros países e blocos. Bancada: • Mariana Queiroz Barboza – repórter de
internacional da revista Isto É • Lourival Sant’Anna – jornalista • Marcelo
Cabral – editor da revista Época Negócios • Christian Lohbauer – cientista
político do Gacint, o grupo de análise da conjuntura internacional da USP •
Alvaro Gribel – repórter de economia do Jornal o Globo
Roda Viva | Rubens Ricupero | 09/10/2017
Roda Viva
Transmitido ao vivo em 9 de out de
2017
O Roda Viva recebe o embaixador,
ex-ministro da Fazenda e professor de relações internacionais da Fundação
Álvares Penteado (FAAP), Rubens Ricúpero, para falar sobre o momento político e
econômico que o país atravessa. Além disso, ele também está lançando o livro “A
Diplomacia na Construção do Brasil”, que trata do trabalho da diplomacia
brasileira ao longo da história e seus reflexos na política. Participam da
bancada de entrevistadores Adriana Ferraz, repórter de política do jornal O
Estado de S. Paulo; Flávio Freire, coordenador de nacional e política da
sucursal do jornal O Globo, em São Paulo; Patrícia Campos Mello, repórter
especial do jornal Folha de S. Paulo e colunista da Folha.com; Duda Teixeira,
editor de internacional da revista Veja; e Monica Gugliano, colaboradora do
jornal Valor Econômico.
Referências
https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/1960997bbf3b9178081514ae99be53cb.jpg
https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/galeria/images/e531739bd09792662db375b0178db50b.jpg
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm
https://content.wdl.org/11901/thumbnail/1437576785/616x510.jpg
https://www.wdl.org/pt/item/11901/
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJ5oDi3yI6Y4T00luPl-aWioA7LwqZnR_z8xD9MnFGYguKF4Vvsfz6HmflyBWr-F0ZbZF2u2tDPuJxq6RzHTV9Gbqt-z8UNbFYo7_FuFIsg0ARVTN25IpVJOOkoPmdg89AdvR5JVIN0kn/s1600/GuianaFrancesa.jpg
http://blog.brasilacademico.com/2010/03/onde-o-brasil-faz-fronteira-com-europa.html
https://www.infoescola.com/guiana-francesa/historia-da-guiana-francesa/
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