segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Limite, fronteira e divisa da região norte brasileira




A Europa é ali mesmo

Nada mais natural que o Brasil se integre à Comunidade Europeia


A Região Norte
GEOGRAFIA DO BRASIL
A região Norte do Brasil é composta por 7 estados, e é a maior região do país.


Estados e capitais da Região Norte do Brasil

Maior Região do Brasil, o Norte é formado pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Sua grande extensão territorial, além da localização, proporciona fronteiras com seis países sul-americanos (Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, além do território da Guiana Francesa).

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia





Guiana Inglesa

Em preparação para a esperada conferência de paz após a Primeira Guerra Mundial, na primavera de 1917, o Ministério das Relações Exteriores britânico criou um departamento especial responsável pelo planejamento de informações de base que seriam usadas pelos delegados britânicos durante a conferência. Guiana Inglesa é o Número 135 em uma série de mais de 160 estudos produzidos por este departamento, a maioria dos quais foi publicada após a conclusão da Conferência de Paz de Paris, em 1919. O livro trata de geografia política e física, história política, condições sociais e políticas, além de condições econômicas. A seção sobre a história política discute a criação, pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, das colônias de Essequibo, Demerara e Berbice na costa norte da América do Sul e o domínio holandês de 1674 a 1796; o ataque às colônias pelos britânicos em 1796 e o domínio britânico desse ano até 1914 (com exceção de um interregno em 1802-1803); e a história das disputas entre a Grã-Bretanha e a Venezuela sobre a fronteira oeste da colônia e entre a Grã-Bretanha e o Brasil sobre a fronteira sul, ambas as fronteiras resolvidas por arbitragem. A história anterior é tratada no Número 134 nas séries, Introdução às colônias da Guiana. A população da Guiana Britânica era estimada em 313.859 (1917). O estudo discute a mistura étnica e racial na população da colônia, que incluía pessoas de ascendência europeia (colonos britânicos e seus descendentes, famílias de ascendência holandesa e os trabalhadores portugueses e seus descendentes); descendentes de escravos africanos; trabalhadores e seus descendentes da Índia Ocidental, trazidos pelos britânicos; uma pequena colônia chinesa; e os aruaques, caribes e outros povos indígenas. O estudo conclui com bastante otimismo: “Provavelmente não há outro território no mundo onde os habitantes assentados dispões de uma maior variedade de raças divididas entre si pela história, tradição e cor, todos vivendo lado a lado em termos de cooperação amigável, sem nenhuma amargura de conflitos decorrentes de distinções de classe ou casta”. A Guiana Inglesa se tornou o Estado independente da Guiana em 1966.





Onde o Brasil faz fronteira com a Europa

Claro que não estamos falando da fronteira geográfica. Estamos nos referindo à Guiana Francesa. A União Européia fazendo fronteira com o Brasil.




História da Guiana Francesa
Por Thais Pacievitch
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A Guiana Francesa (descoberta em 1.500 e colonizada no século XVII) estava habitada por indígenas antes da chegada dos europeus. Na costa, viviam os caribes e, no interior, as tribos wayana, oyampi e emerillon. Os caribes, índios guerreiros, reagiram violentamente à presença espanhola desde o século XVI.
O território da Guiana Francesa foi reconhecido no começo do século XVII e a cidade de Caiena (capital daquele país) foi fundada em 1.637. A Guiana foi disputada por holandeses e franceses, mas foram os franceses que finalmente estabeleceram uma colônia naquela região. No fim do século XVII, começam a chegar os escravos que trabalhariam nas plantações de cacau e café. Em 1.794, é abolida a escravidão, que foi novamente implantada na década seguinte. A escravidão é abolida definitivamente em 1.848.
A pretensão francesa de se estabelecer na Guiana foi legitimada pelo tratado de Breda, em l.667 e os limites com a colônia portuguesa do Brasil foram estabelecidos através do tratado de Utrecht de 1.713, mas, em 1.809, as forças portuguesas, em represália à invasão francesa em Portugal, anexaram a Guiana até 1.814.
A partir de 1.852, a Guiana francesa transformou-se em presídio (o mais famoso é a Ilha do Diabo) para onde eram enviados os opositores políticos dos diversos regimes que aconteceram na França. Em um século havia 80.000 prisioneiros vivendo em condições insuportáveis e o número de presos que morria era muito elevado. No mesmo século foi encontrado ouro, nos rios do interior daquele país, mas isto não foi de grande ajuda para a economia da Guiana, uma vez que a mão-de-obra das lavouras diminuiu muito graças à perspectiva de maiores ganhos. Além disso, a descoberta de ouro provocou disputas fronteiriças.
As deportações terminam em 1.938, mas a instituição prisional continua funcionando, a repatriação só começa a partir de 1.947, quando a Guiana se transforma em departamento de ultramar (coletividade territorial integrada à República francesa). Nessa época a costa da guiana conhece um relativo desenvolvimento econômico.
Em 1.964, é decidida a construção do Centro Espacial de Kourou para a Agência Espacial Européia, o Centro Espacial começa a funcionar em 1.968 e é ali que começam a ser lançados satélites com a ajuda de foguetes Arianne.
No início da década de 80 foi posto em prática o plano Vert, que tinha como finalidade aquecer a economia da Guaina, melhorando a produção agrícola e florestal.
Arquivado em: Guiana Francesa, História



Hoje na História: 1975 - Guiana Holandesa conquista independência e passa se chamar Suriname
Grave e prolongada crise econômica e social no começo dos anos 1970 impulsionou processo

MAX ALTMAN
25 de nov de 2013 às 07:59
Parte superior do formulário
Atualizado em 24/11/2017 às 12:50

A Guiana Holandesa foi uma antiga colônia holandesa situada ao sul da chamada “Costa Selvagem da América do Sul". O território esteve sob domínio holandês entre o século 17 e 1796, tornando-se britânico até 1816, para voltar a ser holandês durante cerca de 160 anos. No dia 25 de novembro de 1975, no entanto, tornou se independente , adotando o nome de Suriname. O último governador da colônia, Johan Ferrier, tornou-se então o primeiro presidente da República do Suriname.
O primeiro estabelecimento europeu nesta região foi o dos colonos de Barbados, levados pelo lorde Willoughby em1650. Em troca da Nova Holan
da na América do Norte, os holandeses cederam a colônia em prol da Paz de Breda em 1667, cessão confirmada pelo Tratado de Westminster de 1674.

A população, fortemente cosmopolita, dedicou-se à plantação da cana de açúcar. Os britânicos, que ocupavam as “colônis” da Holanda por ocasião das guerras da Revolução e do Império – 1796-1802 e 1804-1816 -, restituem o Suriname à Holanda em 1816, em seguida à Convenção de Londres de 13 de agosto de 1814 e do segundo Tratado de Paris de 20 de novembro de 1815.



Wikicommons

Imagem de rio do Suriname: País é um dos que mais demoraram para conquistar a independência na América do Sul

A escravidão foi abolida em 1863 na Guiana Holandesa e a colônia passou a ser povoada por indianos e indonésios. O declínio irremediável da agricultura faz a economia do país depender da bauxita, que atingiu o seu auge 1938.

Em 1950, o Suriname recebe dos Países Baixos o regime parlamentar e o sufrágio universal. A Constituição de 1954, que outorgava a autonomia, previa que os ministros respondiam perante o Conselho Legislativo, eleito para um mandato de quatro anos. Entre 1958 e 1967, uma coalizão creoles-industãos conserva a maioria no ‘Staten’ – Assembleia Legislativa – graças a aliança do Partido Nacional Suriname com o Partido Unido Industão.

Em seguida a uma grave e prolongada crise econômica e social no começo dos anos 1970, o país se vê envolto com uma greve geral em 1973. Nas eleições de novembro do mesmo ano, o Partido Nacional Suriname aliado a três outros pequenos partidos conquista a maioria dos votos. As negociações com o governo holandês tendo como ponto central a independência são complicadas, tendo à frente pelo Suriname, o líder do PNS, Henck Arrton, indicado primeiro ministro.

A independência torna-se efetiva em 25 de novembro de 1975 sob a presidência da República de Johan Ferrier do PNS. Uma constituição do tipo parlamentar é aprovada. Os creoles são majoritários no Parlamento o que causa o descontentamento nas hostes industãs.  Todavia, o governo, chefiado por Arron, conduz uma política excessivamente ligada aos interesses holandeses até 1980.

Em 25 de fevereiro de 1980, um golpe de Estado militar, chamado de  “Revolução dos Sargentos”, tendo a sua frente o sargento-major – mais tarde tenente-coronel – Desiré Delano Bouterse, derroca o sistema. A Junta Militar se alia ao Partido Nacionalista Republicano e um civil, Hendrik Chin A Sen, torna-se primeiro ministro.

Em agosto, por ocasião de um segundo golpe de Estado, Bouterse proclama o estado de emergência e dissolve o parlamento. Chin A Sen assume igualmente a presidência da República. Em 4 de fevereiro de 1982, Sen é destituído e, depois de dois atentados contra a sua pessoa, Bouterse, à frente do Conselho Militar Nacional, impõe a lei marcial. Em 7 e 8 de dezembro de 1982, 15 opositores : políticos, sindicalistas, jornalistas são executados.

Em política externa, a partir de 1981, Bouterse anuncia uma política de não alinhamento e de neutralismo. Declara também sua amizade por Cuba, Nicarágua e Líbia. Os governos holandês e norte-americano suspendem sua ajuda. Os conselheiros cubanos ganham de passo em passo lugar na vida pública do país.

Paramaribo expulsa os conselheiros de Washington após a invasão de Granada pelos Estados Unidos em 1983, por temor de sofrer também uma intervenção armada.



Mercosul e UE fecham acordo histórico
28 junho 2019


Direito de imagemEPA/OLIVIER HOSLETImage captionO chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini

Atualizada às 20h de sexta-feira, 28 de junho
Após 20 anos de negociação, o Mercosul e a União Europeia fecharam um acordo comercial que envolve 25% da economia global e 780 milhões de pessoas - quase 10% da população do mundo.
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Segundo estimativas do Ministério da Economia do Brasil, o acordo representará um incremento no PIB do país equivalente a R$ 336 bilhões em 15 anos, com potencial de chegar a R$ 480 bilhões, se forem levados em conta aspectos como a redução de barreiras não tarifárias.


Direito de imagemREUTERS/PAULO WHITAKERImage captionPara Bolsonaro, fechamento do acordo é histórico; presidente está na cúpula do G20

O governo brasileiro estima também que as exportações brasileiras para a União Europeia aumentem em cerca de R$ 384 bilhões até 2035.
Hoje, a União Europeia é o segundo parceiro comercial do Mercosul, que, por sua vez, é o oitavo do bloco europeu.
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null.
Para o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, o fechamento do acordo é histórico. "Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia", escreveu em seu perfil no Twitter.
Ainda não há informações detalhadas sobre os termos do acordo, que ainda será revisado e chancelado pelos países dos dois blocos econômicos. As complexas negociações envolvem diversas áreas, como marcos regulatórios, tarifas alfandegárias, regras sanitárias, propriedade intelectual e compras públicas. Empresas brasileiras poderão, por exemplo, participar de licitações no bloco europeu.
Em nota, o Ministério da Agricultura brasileiro afirmou que produtos nacionais terão tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel, e exportadores terão mais acesso, por meio de quotas, a produtos como carnes, açúcar e etanol.



Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, escreveu no Twitter: "Em meio às tensões do comércio internacional, estamos enviando um forte sinal de que defendemos o comércio baseado em regras. É o maior acordo comercial já fechado pela União Europeia. O resultado é positivo para o meio ambiente e para os consumidores".
Criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, o Mercosul é hoje o terceiro maior bloco do mundo, depois do Nafta (México e Estados Unidos) e da União Europeia. Seu PIB total é de US$ 2,8 trilhões (R$ 10,4 trilhões). Se fosse um país, o Mercosul seria a quinta maior economia do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.
Em comunicado, a União Europeia cita os principais pontos do acordo fechado com o Mercosul a partir do ponto de vista europeu. Vale lembrar que os termos da negociação ainda serão revisados em detalhes e chancelados pelos integrantes dos dois blocos.
Barreiras tarifárias
O acordo prevê remoção da maioria das tarifas de importação do Mercosul sobre produtos europeus, principalmente nos segmentos industrial, agrícola e alimentício.
Entre os bens industriais, por exemplo, o comunicado cita automóveis, hoje submetidos a alíquotas de 35%, autopeças (de 14% a 18%), maquinário (de 14% a 20%), produtos químicos (tarifas de até 18%), produtos farmacêuticos (até 14%), roupas e calçados (até 35%).
Itens agrícolas como chocolates, vinho e destilados, hoje taxados em 20%, 27% e de 20% a 35%, respectivamente, também serão beneficiados pela eliminação de tarifas.
No acordo também entram laticínios, hoje submetidos a tarifas de importação de 28%, "especialmente" queijos.
Exportações do Mercosul também terão preferência. Segundo o governo, mais de 90% delas terão zeradas as tarifas de importação da UE no prazo máximo de dez anos. As demais terão acesso preferencial por meio de quotas e reduções parciais de tarifas.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre os produtos que terão tarifas reduzidas a zero estão mel natural, calçados, roupas, suco de laranja, café industrializado, madeira compensada, polietileno, couro, autopeças e aviões.
Já os produtos que terão aumento de cotas sem o pagamento de tarifas estão carne bovina, açúcar, etanol e carne de frango.
De acordo com a CNI, Cada R$ 1 bilhão de exportação a mais do agronegócio, gera aumento de produção de R$ 300 milhões na indústria brasileira.
Acordo climático
Os países signatários se comprometem a implementar e cumprir o acordo climático de Paris, que prevê limites à emissão de gases do efeito estufa e um suporte financeiro de países ricos aos mais pobres a se adaptarem às mudanças climáticas e na adoção de energias renováveis.
Segundo a União Europeia, uma parte do acordo tratará de manejo sustentável, conservação de florestas, condições de trabalho e promoção de negócios com responsabilidade ambiental.
O tema foi discutido em encontro informal nesta sexta-feira (28) entre Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron, no âmbito da reunião do G20, no Japão, horas antes do anúncio do acordo. 
Mas, para a organização não governamental Greenpeace, o acordo representa um "desastre" para os dois continentes porque, na opinião da entidade, haverá um aumento das emissões de gases poluentes e uma piora da qualidade de vida dos trabalhadores rurais.
"A União Europeia precisa parar de fechar acordos de comércio que beneficiam grandes corporações gananciosas por oportunidades de exportação enquanto fecha os olhos para os danos socioambientais que causam", afirma Naomi Ages, especialista do Greenpeace em comércio.
Outros assuntos
Segundo o governo, o acordo também trata do comércio de serviços. Foram negociadas seções com disciplinas regulatórias para setores como telecomunicações, serviços postais, serviços financeiros, comércio eletrônico. "No caso dos investimentos, tanto para prestação de serviços quanto em outras atividades econômicas, consolidará marcos regulatórios vigentes, conferindo maior segurança e previsibilidade jurídica aos investidores europeus no Brasil e aos brasileiros na UE.O acordo também permite que fornecedores brasileiros participarem de licitações públicas na UE", diz resumo do acordo enviado pelo governo.
Em compras governamentais, o acordo abre oportunidades para fornecedores brasileiros participarem de licitações públicas na UE.
No que diz respeito a medidas sanitárias, resumo feito pelo governo diz, sem entrar em detalhes, que elas visam à "remoção de entraves ao comércio" e ampliação "de oportunidades de cooperação entre Mercosul e UE em temas importantes para o Brasil, como biotecnologia, bem-estar animal, resistência aos antimicrobianos e limites máximos de resíduos".
Em propriedade intelectual, o acordo determina que indicações geográficas de produtos agrícolas brasileiros, como as de cachaça, vinho e café, sejam reconhecidas e protegidas no território europeu. Também foram feitos compromissos nas áreas de patentes, marcas, desenho industrial e direitos autorais.
Outros assuntos tratados são trâmites de importação, exportação e trânsito de bens.
'Falta de determinação política'
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta (28) em Bruxelas, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, evitaram dar detalhes sobre o acordo, afirmando que a íntegra será divulgada durante o fim de semana.
"Nós tivemos (entre os produtos beneficiados por quotas ou redução de tarifas) etanol, açúcar. Muitos produtos na área agrícola, de frutas a carne. Um menu cheio para que os produtos brasileiros acesse esse grande mercado que é a União Europeia", resumiu a ministra Tereza Cristina.
Questionada sobre as concessões feitas por ambos os lados, a titular da pasta repetiu que os detalhes sobre o acordo seriam divulgados posteriormente, mas mencionou que "uma coisa que eles (os europeus) queriam muito era vinho".
Depois de "muita discussão", acrescentou, foi negociado livre comércio do produto entre os dois blocos. "Mas isso não acontece de uma hora pra outra, tem todo um tempo de maturação", que será de 12 anos, segundo a ministra.
Para o chanceler, o acordo entre Mercosul e União Europeia não foi concluído antes por falta de "determinação política" por parte do Brasil e do bloco sul-americano em "vários momentos chave".
"A grande diferença é essa, a determinação política do presidente Jair Bolsonaro."
Ele também destacou a participação da Argentina, que "no passado não teve a mesma disposição", e do presidente Mauricio Macri. A assinatura do acordo é importante para o presidente argentino, que tenta se reeleger em um cenário de aumento de rejeição à sua gestão e à emergência da chapa da rival e antecessora Cristina Kirchner.
Ernesto Araújo declarou ainda que a assinatura do acordo valoriza e revitaliza o Mercosul, "transformando-o em uma entidade que funciona para o comércio entre os membros e com terceiros".
"Mostra que o Brasil está sério nesse compromisso de abertura econômica", completou.
O trio chegou a ser questionado sobre os comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, feito logo após as eleições, de que o Mercosul não seria prioridade para o novo governo.
O secretário Marcos Troyjo respondeu brevemente dizendo que Guedes já havia explicado sobre o episódio algumas vezes, que estava na ocasião da declaração em uma coletiva improvisada e que a resposta havia sido "uma questão de forma, e não de conteúdo."
Sobre as críticas feitas pelo presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a política ambiental brasileira, o chanceler afirmou que o episódio não teve impacto sobre a negociação e acrescentou que, no encontro com o líder francês durante a cúpula do G20, Bolsonaro "teve oportunidade de esclarecer o que é a política ambiental brasileira".
"Talvez esse esclarecimento tenha contribuído para dissipar qualquer visão equivocada sobre nossa política ambiental."
Um membro da comitiva brasileira confirmou durante a coletiva que o acordo traz a previsão de uma série de compromissos ambientais, inclusive de cumprimento das metas do acordo de Paris.




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Janela curta para fechar o acordo
Análise por Daniel Gallas, correspondente de negócios na América do Sul
Não é pouca coisa fechar um acordo assim complicado em um momento no qual o livre comércio está sob ataque globalmente. Há sinais evidentes de que o protecionismo está em alta, como no Brexit e na guerra comercial entre China e Estados Unidos.
O acordo pode mudar de forma significativa o modo como os europeus fazem negócio com países como o Brasil - que tem uma das economias mais fechadas do mundo. Tarifas altas deixaram historicamente competidores europeus em desvantagem contra indústrias nacionais.
Produtores agrícolas também vão finalmente ganhar acesso a mercados europeus no setor alimentício.
Europeus e sul-americanos tiveram uma janela curta para fechar este acordo, uma vez que as eleições na Argentina no final do ano poderiam potencialmente mudar a atmosfera contra o livre comércio - como tem acontecido em outras partes do mundo.
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De marco regulatório a barreiras não tarifárias, entenda os termos que vão povoar os debates sobre o acordo Mercosul-União Europeia
A BBC News Brasil preparou um pequeno glossário dos termos que vão ser frequentes nas discussões sobre o novo acordo entre Mercosul e União Europeia, assinado nesta sexta-feira (28/6):
Tarifas alfandegárias: As tarifas são taxas pagas por exportadores e importadores. Do ponto de vista dos países que cobram essas taxas, o objetivo pode ser tanto obter receita com o comércio internacional quanto proteger produtos nacionais (impondo, nesse caso, tarifas excessivamente altas).
Barreiras não tarifárias: São as restrições à entrada de produtos estrangeiros em um determinado país ou bloco que não não são baseadas em impostos e taxas (ou tarifas), mas sim de outros modos. Um dos modos mais comuns é o de impor restrições à importação de alimentos por questões sanitárias.
Marco regulatório: é o conjunto de normas e leis que regulam o funcionamento de setores nos quais os agentes privados prestam serviços de utilidade pública.
Quotas: no comércio internacional, são os limites de exportação/importação impostos a determinados produtos (em geral primários, como os agrícolas), de acordo com interesses de países ou determinados setores.
Regras sanitárias: cada vez mais importantes no comércio internacional, essas regras visam garantir padrões de qualidade a produtos de origem animal e vegetal que sejam importados. O objetivo declarado é proteger a saúde pública e o meio ambiente de eventuais produtos contaminados. Mas também são comuns, no comércio internacional, acusações de que países usem barreiras sanitárias de modo protecionista, ou seja, barrando produtos estrangeiros para proteger os nacionais.
Fontes: Ipea e Dicionário de Economia do Século 21, de Paulo Sandroni



DIFERENÇA ENTRE LIMITE E FRONTEIRA
Clique aqui e conheça a diferença entre limite e fronteira, conceitos entendidos como sinônimos por muitas pessoas.
por Amarolina Ribeiro

A diferença entre limite e fronteira está no nível de abrangência de cada um desses conceitos distintos.



Muitas vezes compreendidos como sinônimos, os conceitos de limite e fronteira possuem significados diferentes e expressam dinâmicas territoriais, culturais e sociais distintas.
Limite
O conceito de limite refere-se a uma linha precisa, nitidamente definida no terreno, que, em geral, é estabelecida por meio de acordos e convenções entre os países limítrofes (que estabelecem limite ou fronteira).
Limites naturais: como o próprio nome indica, são aqueles que não foram estabelecidos pelo ser humano, como rios, córregos, mares e montanhas. Esses elementos naturais são aproveitados para delimitar o fim de um território e o começo de outro.


O Rio Mekong é um exemplo de limite natural. Esse rio divide os territórios da Tailândia e Laos

Limites artificiais: são aqueles construídos pelo homem, como estradas, muros e linhas imaginárias, e também são utilizados ou construídos com a finalidade de delimitar os territórios.


A cerca que limita Israel e Síria é um limite artificial, ou seja, construído pelo ser humano


Fronteira
As fronteiras representam mais do que uma simples divisão linear entre dois territórios distintos. O conceito de fronteira possui maior abrangência e refere-se a uma região ou faixa. Pode ser também entendido como região fronteiriça.
A ideia de fronteira é mais dinâmica e é estabelecida ao longo da História. Em geral, sua construção é influenciada pelos aspectos relacionados com a ocupação, cultura, etnia e língua da população dos dois territórios.
Brasil
No Brasil, usualmente, são utilizados os conceitos de limite, divisa e fronteira de acordo com o tipo de território.
Limite: esse termo é usado para indicar a separação de dois municípios, como o limite entre o município de São Paulo (capital) e o município de Guarulhos;
Divisa: esse termo é empregado para apontar a delimitação de dois estados, como a divisa entre os estados de Goiás e Minas Gerais;
Fronteira: esse termo é empregado para definir a separação de países, como a fronteira entre os Estados Unidos e o México.
O conceito de limite faz referência a uma determinação legalmente estabelecida, uma linha visível ou imaginária que separa dois territórios. Já as fronteiras constituem espaços dinâmicos, fazendo referência às trocas e relações culturais, econômicas, militares, religiosas, entre outras.

Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia




Roda Viva | Rubens Ricupero | 02/06/2016

Roda Viva
Transmitido ao vivo em 2 de jun de 2016
Ex-ministro da Fazenda e diplomata fala sobre as perspectivas para a nova política externa brasileira com o governo de Michel Temer, incluindo as relações diplomáticas e comerciais com outros países e blocos. Bancada: • Mariana Queiroz Barboza – repórter de internacional da revista Isto É • Lourival Sant’Anna – jornalista • Marcelo Cabral – editor da revista Época Negócios • Christian Lohbauer – cientista político do Gacint, o grupo de análise da conjuntura internacional da USP • Alvaro Gribel – repórter de economia do Jornal o Globo




Roda Viva | Rubens Ricupero | 09/10/2017


Roda Viva
Transmitido ao vivo em 9 de out de 2017
O Roda Viva recebe o embaixador, ex-ministro da Fazenda e professor de relações internacionais da Fundação Álvares Penteado (FAAP), Rubens Ricúpero, para falar sobre o momento político e econômico que o país atravessa. Além disso, ele também está lançando o livro “A Diplomacia na Construção do Brasil”, que trata do trabalho da diplomacia brasileira ao longo da história e seus reflexos na política. Participam da bancada de entrevistadores Adriana Ferraz, repórter de política do jornal O Estado de S. Paulo; Flávio Freire, coordenador de nacional e política da sucursal do jornal O Globo, em São Paulo; Patrícia Campos Mello, repórter especial do jornal Folha de S. Paulo e colunista da Folha.com; Duda Teixeira, editor de internacional da revista Veja; e Monica Gugliano, colaboradora do jornal Valor Econômico.




Referências

https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/1960997bbf3b9178081514ae99be53cb.jpg
https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/galeria/images/e531739bd09792662db375b0178db50b.jpg
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm
https://content.wdl.org/11901/thumbnail/1437576785/616x510.jpg
https://www.wdl.org/pt/item/11901/
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJ5oDi3yI6Y4T00luPl-aWioA7LwqZnR_z8xD9MnFGYguKF4Vvsfz6HmflyBWr-F0ZbZF2u2tDPuJxq6RzHTV9Gbqt-z8UNbFYo7_FuFIsg0ARVTN25IpVJOOkoPmdg89AdvR5JVIN0kn/s1600/GuianaFrancesa.jpg
http://blog.brasilacademico.com/2010/03/onde-o-brasil-faz-fronteira-com-europa.html
https://www.infoescola.com/guiana-francesa/historia-da-guiana-francesa/
https://operamundi.uol.com.br//images/9738962485_9cc097e926_c.jpg
https://operamundi.uol.com.br/historia/32588/hoje-na-historia-1975-guiana-holandesa-conquista-independencia-e-passa-se-chamar-suriname
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https://ichef.bbci.co.uk/news/624/cpsprodpb/173B6/production/_107585159_cf9e4209-e54e-4abc-a86f-5c9fb359243f-1.png
https://static.escolakids.uol.com.br/conteudo_legenda/6d22c21cc0802efa34e4851af9af58b9.jpg
https://escolakids.uol.com.br/upload/image/limite_natual_rio.jpg
https://escolakids.uol.com.br/upload/image/limite_artifical_cerca.jpg
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https://www.youtube.com/watch?v=13v5YwKNTUY
https://youtu.be/f7JGDD2POTo
https://www.youtube.com/watch?v=f7JGDD2POTo

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