Por mais familiar que seja seu nome, o narrador
não está de fato presente entre nós, em sua atualidade viva. Ele é algo
distante, e que se distancia ainda mais. O Narrador Walter Benjamin
Armas e rosas
'O escândalo encolheu', diz Moro sobre alarde
das conversas vazadas
You used to say live and let live
(You know you did, you know you did, you know
you did)
But if this ever-changing world in which we
live in
Makes you give in and cry
Você costumava dizer viva e deixe viver
(Você sabe que dizia, você sabe que dizia,
você sabe que dizia)
Mas se este mundo de constantes mudanças no
qual vivemos
Faz você se entregar e chorar
Live and Let Die James Bond Theme
É o que se chama em linguagem militar moral high
ground. A origem é o conceito de que, para vencer, há que conquistar os níveis
mais altos do campo de batalha. É o que Moro está fazendo, com sucesso, até o
momento.
A dialética de Moro
Merval Pereira
- O Globo
Discussão acabou sendo sobre quem é
contra ou a favor da Lava-Jato, quem quer soltar bandido
O debate sobre os diálogos entre o
então juiz Sergio Moro e o chefe dos procuradores de Curitiba, Deltan
Dallagnol, continua onde sempre esteve desde o início, no campo político.
Assim como existem juristas que
acreditam que houve exacerbação do papel do juiz, ferindo a imparcialidade,
outros consideram normais os contatos e os comentários.
Sendo assim, a discussão se limita a
aspectos subjetivos da nossa ordem jurídica processual, e das poucas sugestões
práticas que surgiram no debate de ontem no Senado foi a do senador Cid Gomes,
que propôs mudar a legislação para instituir a figura do juiz de garantias, ou
juiz de instrução.
Separação entre o juiz que pratica
determinados atos decisórios durante a fase investigatória e o juiz que atua na
fase da ação penal. Ou seja, juiz que atua no inquérito não pode ser o mesmo do
processo.
As limitações dessas duas figuras
novas no nosso processo penal seriam definidas pelo Congresso, ouvindo as
instituições representativas dos juízes, como a Associação dos Juízes Federais
do Brasil (Ajufe); da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); do Instituto dos
Advogados Brasileiros (IAB), das associações do Ministério Público.
Esse debate entre correntes distintas
no meio jurídico existe porque há uma proposta para incluir a figura do juiz de
garantias no Código de Processo Penal em tramitação desde 2010, e não se chega
a uma conclusão.
O Instituto dos Advogados Brasileiros
defende, com base em parecer do ex-deputado federal e advogado Miro Teixeira,
que juízes, sejam de instrução, sejam os existentes hoje, têm que evitar toda e
qualquer participação na fase investigatória. Outros juristas consideram que
mesmo hoje é função do juiz do processo coordenar a investigação.
Ontem, na sabatina a que se submeteu,
por decisão própria, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o hoje
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, desanimou os políticos
que o atacaram.
Conseguiu levar o debate para o campo
dialético, e a discussão acabou sendo sobre quem é contra ou a favor da
Lava-Jato, quem quer soltar bandido, o que favorece muito a sua posição quando
juiz da Lava-Jato.
Ficou claro que o interesse do PT é
apenas soltar o ex-presidente Lula, e com isso perde-se a capacidade de
contestar o ministro Sergio Moro. Apesar dos apelos dos partidos de oposição,
os petistas não conseguiram discutir o tema de maneira genérica, colocando
sempre em questão as condenações de Lula.
A oposição, por sinal, não conseguiu
se organizar para fazer com Moro o que fez com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, que acabou perdendo a paciência em momentos cruciais.
O ministro Moro garantiu que não fez
treinamento formal para a sabatina, mas estava bastante tranquilo na arguição,
e teve a seu favor uma bancada em defesa da Lava-Jato.
Uma situação curiosa é que, mesmo os
oposicionistas, tentavam a todo custo garantir que não estavam criticando a
Operação Lava-Jato, sabendo que a sessão estava sendo televisionada pela TV
Câmara.
O que ficou definido na audiência é
que o crime cometido foi a invasão de celulares de autoridades brasileiras.
Moro fez bem ao negar que seja o SuperHomem que o representa no boneco inflável
que aparece nas manifestações, e ontem foi colocado em frente ao Congresso.
Mas o fato é que enquanto contar com a
credibilidade que a maioria lhe concede, e a Lava-Jato for vista como a
garantia do combate à corrupção pela população, o ministro Sergio Moro estará
garantido.
É o que se chama em linguagem militar moral
high ground. A origem é o conceito de que, para vencer, há que
conquistar os níveis mais altos do campo de batalha. É o que Moro está fazendo,
com sucesso, até o momento.
Inclusive afirmando, quase ao final da
audiência, que se for constatada alguma irregularidade, renunciaria ao cargo de
ministro. Pura retórica, mas eficiente, pois se surgirem irregularidades, ele
estará inviabilizado politicamente.
Moro repetiu com gosto o título de um
artigo de um professor de Harvard que dizia “O escândalo que encolheu”. A não
ser que apareçam coisas verdadeiramente graves, o escândalo, como apresentado
pelo site Intercept e pela oposição,
está realmente esvaziado.
'O escândalo encolheu', diz Moro sobre alarde
das conversas vazadas
Na semana após vazamento de supostas conversas
com integrantes da Lava Jato, ministro presta esclarecimentos em comissão no
Senado
Fatos e opiniões vs Rótulos
Professor de Harvard escreve sobre 'o incrível
escândalo que encolheu'
Matthew Stephenson afirmou em seu blog
Global Anticorruption que o ‘escândalo é menos escandaloso do que o site
Intercept relatou'
BRASIL
Do R7
17/06/2019 - 18h26
Matthew Stephenson, professor de Harvard
Facebook/Reprodução
O professor de Direito da Universidade
Harvard (EUA) Matthew Stephenson, especialista em corrupção e ex-assessor de um
juiz da Suprema Corte americana, voltou a falar sobre o Brasil em seu blog
Global Anticorruption. Ele publicou nesta segunda-feira (17) o texto em inglês
“O incrível escândalo do encolhimento? Reflexões adicionais sobre os vazamentos
da Lava Jato".
Stephenson, que já havia comentado
sobre a reportagem do site The Intercept que divulgou conversas entre o ex-juiz
Sergio Moro e o promotor da Lava Jato Deltan Dallagnol, afirmou que sua opinão
sobre o assunto mudou. "Tendo a pensar que esse ‘escândalo’ é
consideravelmente menos escandaloso do que o Intercept relatou ou do que eu
acreditava originalmente”, escreveu no blog.
Condenação de Lula
O professor de Harvard, que tem
amizade profissional com Dallagnol, argumenta que os vazamentos não são válidos
para anular a condenação de Lula. Nenhum dos comentários ao seu primeiro texto,
afirma Stephenson, “contesta seriamente a minha conclusão de que os textos (…)
que apontam as supostas fraquezas jurídicas e probatórias do processo contra
Lula mostrem algo além de advogados fazendo um bom trabalho ao se preparar para
um caso difícil”.
Todas as ideologias
Para Stephenson, nenhuma mensagem
prova que a hostilidade a Lula e ao PT já existisse em 2015-2016, quando a
investigação e o julgamento do petista começaram, tenha influenciado qualquer
decisão do Ministério Público ou tenha sido baseada em motivações ideológicas.
O professor cita que a Lava Jato atingiu pessoas de todas as ideologias
políticas e opositores políticos do petismo, como Michel Temer e Eduardo Cunha.
Problema estrutural
Ele diz também que o envolvimento do
juiz na supervisão da investigação "não é tanto uma falha ética desse juiz
em particular (ou esses promotores em particular), mas sim um problema
estrutural no processo penal brasileiro".
“O problema mais geral aqui é que, ao
envolver o juiz tão fortemente na supervisão da investigação, o juiz pode
começar a se identificar com a acusação e desenvolver um relacionamento
excessivamente colaborativo com os procuradores. Isso pode realmente ser um
problema, mas, se for esse o caso, não é tanto uma falha ética desse juiz
[Moro] em particular (ou desses promotores em particular) quanto um problema
estrutural do processo penal brasileiro”.
Roubo de dados, um crime grave
De acordo com ele, "as leis
brasileiras não parecem proibir as comunicações na fase de litígio, desde que
ambos os lados tenham a mesma oportunidade de se engajar em tais
comunicações".
O professor conclui que, embora o foco
seja o conteúdo dos vazamentos, "as pessoas precisam começar a se
preocupar sobre como a fonte do Intercept se apossou de todos os dados sobre o
celular de Dallagnol e quais foram suas motivações. Este é um grande roubo de
dados, um crime grave".
O Narrador
"A dúvida é mãe de novas ideias."
Para refletirmos!
"Para Oriovisto, o pensamento ético é
permeado por questionamentos e não é composto por certezas absolutas – que são
mais filhas da fé que da razão."
“Sobre a imparcialidade – ou seja, sua
capacidade de proferir decisões segundo as leis e provas, independente de que
sejam as partes – Moro disse que isso foi mantido na operação Lava Jato desde o
início.”
Senado
Em pergunta a Moro, Oriovisto dá aula de
filosofia e defende atuação do ministro
por João Frey[19/06/2019] [13:39]
Senador Oriovisto Guimarães (Podemos) (Foto:
Marcos Oliveira/Agência Senado)| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Nos cinco minutos que teve para
questionar o ministro Sérgio Moro durante a sessão da Comissão de Constituição
e Justiça do Senado Federal nesta quarta-feira (19), o senador Oriovisto
Guimarães (Podemos) adotou um tom professoral. Começou sua fala por um prólogo
sobre construções filosóficas do conceito de ética em pensadores como Immanuel
Kant, John Stuart Mill e Jeremy Bentham.
Entre as considerações que fez sobre o
tema, estabeleceu uma comparação entre ética e legalidade. O pensamento ético,
segundo o senador, avalia as ações humanas na perspectiva de “bem” e “mal”; já
no pensamento legal, a clivagem é entre dentro e fora da lei. Para Oriovisto, o
pensamento ético é permeado por questionamentos e não é composto por certezas
absolutas – que são mais filhas da fé que da razão.
LEIA MAIS: A reação da bancada do
Paraná ao vazamento de conversas atribuídas à Lava Jato
A introdução do senador serviu para
levar o discurso à afirmação de que, em sua análise, a ética está “um degrau
acima da lei”. Para ilustrar sua tese ele citou a possibilidade de existirem
“canalhas legalistas” e apontou o exemplo da escravidão, que apesar de
antiética era legal. O senador não chegou a relacionar seu raciocínio à atuação
de Moro na Operação Lava Jato – que era o tema da sessão desta quarta-feira.
Entusiasta da Lava Jato, o senador
disse que o país claramente se divide em dois momentos: antes e depois da
operação. Para Oriovisto, além da atuação de juízes, policiais e procuradores a
Lava Jato também é fruto da incapacidade do brasileiro em continuar vivendo sob
um regime patrimonialista, onde há cumplicidade entre empresários e políticos
corruptos.
Por fim, ao seguir para a pergunta,
Oriovisto abordou uma discussão jusfilosófica recorrendo ao pensamento do
jurista Luis Alberto Warat, que separa neutralidade de imparcialidade e diz ser
impossível haver neutralidade por parte dos julgadores. Mantendo o tom
professoral, o senador pediu para que Moro “dissertasse” sobre essa visão e
respondesse se seus atos seguiram a imparcialidade exigida constitucionalmente.
“Senador Oriovisto, essa é uma
discussão bastante complicada no meio jurídico”, iniciou Moro. Ao prosseguir
com sua resposta, o ministro afirmou que as partes envolvidas no processo legal
são seres humanos que carregam em si valores e princípios “que vão sempre de
alguma maneira influenciar na tomada de atos e decisões no curso do processo”.
Sobre a imparcialidade – ou seja, sua
capacidade de proferir decisões segundo as leis e provas, independente de que
sejam as partes – Moro disse que isso foi mantido na operação Lava Jato desde o
início.
Em sua réplica, Oriovisto estar
plenamente convencido da imparcialidade de Sergio Moro."
Leia mais em:
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-frey/oriovisto-pergunta-moro-ccj/
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(...) Uma geração que ainda fora à escola num bonde puxado por cavalos se encontrou ao ar livre numa paisagem em que nada permanece inalterado, exceto as nuvens, e debaixo delas, num campo de forças de torrentes e explosões, o frágil e minúsculo corpo humano.
São cada vez mais raras as pessoas que sabem
narrar devidamente.
No final da guerra, observou-se que os combatentes voltavam mudos do campo de batalha não mais ricos, e sim mais pobres em experiência comunicável.
O narrador
Considerações sobre a obra de Nikolai
Leskov
Walter Benjamim
I
Por mais familiar que seja seu nome, o
narrador não está de fato presente entre nós, em sua atualidade viva. Ele é algo
distante, e que se distancia ainda mais. Descrever um Leskov* como narrador não
significa trazê-lo mais perto de nós, e sim, pelo contrário, aumentar a
distância que nos separa dele. Vistos de uma certa distância, os traços grandes
e simples que caracterizam o narrador se destacam nele. Ou melhor, esses traços
aparecem, como um rosto humano ou um corpo de animal aparecem num rochedo, para
um observador localizado numa distância apropriada e num ângulo favorável. Uma
experiência quase cotidiana nos impõe a existência dessa distância e desse
ângulo de observação. É a experiência de que a arte de narrar está em vias de
extinção. São cada vez mais raras as pessoas que sabem narrar devidamente. Quando
se pede num grupo que alguém narre alguma coisa, o embaraço se generaliza. É
como se estivéssemos privados de uma faculdade que nos parecia segura e
inalienável: a faculdade de intercambiar experiências.
Uma das causas desse fenômeno é óbvia:
as ações da experiência estão em baixa, e tudo indica que continuarão caindo
até que seu valor desapareça de todo. Basta olharmos um jornal para percebermos
que seu nível está mais baixo que nunca, e que da noite para o dia não somente
a imagem do mundo exterior mas também a do mundo ético sofreram transformações
que antes não julgaríamos possíveis. Com a guerra mundial tornou-se manifesto um
processo que continua até hoje. No final da guerra, observou-se que os combatentes
voltavam mudos do campo de batalha não mais ricos, e sim mais pobres em experiência
comunicável. E o que se difundiu dez anos depois, na enxurrada de livros sobre guerra, nada tinha em comum com uma experiência transmitida de boca em boca.
Não havia nada de anormal nisso. Porque nunca houve experiências mais radicalmente
desmoralizadas que a experiência estratégica pela guerra de trincheiras, a
experiência econômica pela inflação, a experiência do corpo pela guerra de
material e a experiência ética pelos governantes. Uma geração que ainda fora à
escola num bonde puxado por cavalos se encontrou ao ar livre numa paisagem em que
nada permanece inalterado, exceto as nuvens, e debaixo delas, num campo de
forças de torrentes e explosões, o frágil e minúsculo corpo humano.
Política
POLÍTICA
Moro fala na CCJ do Senado sobre supostas
conversas com Dallagnol; acompanhe
Na semana após vazamento de supostas
conversas com integrantes da Lava Jato, ministro presta esclarecimentos em
comissão no Senado
O ministro Sérgio Moro, da
Justiça e Segurança Pública, participa nesta quarta-feira, 19, de forma
voluntária de sessão da Constituição de Comissão, Justiça e Cidadania (CCJ) do
Senado onde deve prestar satisfação sobre as supostas mensagens trocadas
com procuradores da Lava Jato quando ainda era juiz em Curitiba. O material foi
revelado pelo site The Intercept Brasil.
A comissão é composta por 54 senadores
- 27 titulares e 27 suplentes. A tendência é que a oposição tente politizar o
debate, enquanto aliados do governo e do ministro devem focar no debate
jurídico, disseram senadores ouvidos pelo Estado.
Ontem, o site divulgou novos trechos
das supostas conversas. Nelas, de acordo com o The Intercept Brasil, o então juiz da Lava Jato questiona o
procurador sobre uma investigação envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. A força-tarefa da Lava Jato vê 'exploração sensacionalista'.
ACOMPANHE AO VIVO
17h53
19/06/2019
Os senadores encerram a sessão com o
ministro Sérgio Moro.
17h53
19/06/2019
Moro: "Sempre é um prazer vir ao
Senado em qualquer momento. Espero que possa voltar em outras circunstâncias.
Apenas uma reclamação pontual pelo fato de ter que ficar respondendo por supostas
mensagens hackeadas de maneira criminosas e que autencididade delas é
duvidosa.
17h34
19/06/2019
A última oradora é a senadora Rose de
Freitas (Podemos-ES).
17h34
19/06/2019
Moro responde que vai ajudar em que
puder na segurança pública. Disse também que a reforma da Previdência é
necessária para melhorar a questão fiscal dos Estados.
17h31
19/06/2019
Moro: "A conduta dos grupos
criminosos de hackers, a meu ver um grupo organizado, está invadindo esses
aparelhos. Mas acho que era importante que a própria imprensa fizesse algumas
indagações relevantes ao site. E acho que a imprensa está falhando esse tipo de
indagação. O site afirma que checou a autenticidade. A grande indagação é: não
precisa revelar a fonte, mas que tipo de material foi recebido? Os outros
veículos de imprensa deveriam fazer esse tipo de investigação. De todo modo, a
PF está fazendo a investigação".
17h28
19/06/2019
O senador Styvenson elogia muito o
ministro em sua fala. E pergunta: "Não seria o momento de o senhor pedir
essa quebra de sigilo do Telegram?". Ele fala também da situação da
segurança pública em seu Estado.
"Não teria como o senhor como
ministro ver como ajudar os Estados? Mesmo que seja de partidos contrários. Tem
pessoas que estão precisando de policiamento na rua, tem falta de equipamento,
salários atrasados. Não teria uma forma de prestar essa ajuda pros nossos
estados? Achar um meio, um caminho?"
17h24
19/06/2019
O penúltimo senador inscrito inicia
sua fala. É Styvenson Valentim (Podemos-RN).
17h15
19/06/2019
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE)
faz seu pronunciamento agora. Ele é um dos últimos a questionar o
ministro.
17h06
19/06/2019
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR)
questiona como a Justiça tem trabalhado para reduzir esse tipo de ataque
cibernético. "Acha que o ex-presidente ou os condenados seriam condenados
por qualquer outro juiz com base nas provas colhidas nos autos"?
17h01
19/06/2019
Vanderlan Cardoso: (PP-GO). Ele também
foi um dos senadores que elogiou o ministro Sérgio Moro e disse que ele não
deveria ter deixado de ser juiz para entrar no governo. "Tínhamos a
esperança que em 2022 o senhor viesse como presidente da República".
16h44
19/06/2019
Agora, faltam seis senadores para
fazer perguntas ao ministro.
16h44
19/06/2019
Moro: "Aceitei vir para o governo
por um objetivo específico. Como juiz, meu trabalho esteve constantemente
ameaçado por viradas de mesa. Isso aconteceu em outros países. Veja a
Guatemala, veja a Itália. Eu recebi o convite, aceitei de bom grado, com
objetivo de consolidar os avanços contra a corrupção. Podemos reproduzir esses
avanços contra crime organizado e contra o crime violento. Existe esse governo
específico que tem convergência específica com esses objetivos. Apenas mudei de
posição na estrutura administrativa desse país por entender que podia fazer
mais nessa posição".
16h42
19/06/2019
Randolfe: "Fiz pergunta em
relação ao crime em andamento, tenho autoridade para falar de liberdade de
imprensa aqui. Outrora o site Antagonista recebeu censura da presidência do
STF. Fui o primeiro a me solidarizar com o site. Como apoiador da Operação Lava
Jato que fui, o senhor tinha dois caminhos: aqui, a história; aqui, sua
carreira. Não tem na história brasileira notícia de ter tido nenhum juiz com
papel de destaque Vossa Excelência teve. O senhor poderia passar para a
história como o principal personagem do combate à corrupção no século XXI. Mas
optou servir a um governo. O governo mais desastratado, mais atrapalhado e que
não é imune à corrupção".
16h39
19/06/2019
Moro: "Mudamos um padrão de
impunidade da grande corrupção que tínhamos no País. A questão da nuvem, do
Telegram, a informação que eu tenho é que uma vez saído o Telegram, se apaga.
Não sou técnico, não sou especialista. Ter-se que ia ver isso aí. Não tem
representação no Brasil".
16h36
19/06/2019
Moro: "Talvez, então, o
sensacionalismo como essas supostas mensagens foram divulgadas, tenha lhe
causado uma avaliação errada do que aconteceu. Já foi dito por aqui por vários.
Não são incomuns conversas entre juízes, procuradores, policiais e advogados no
cotidiano de nossa prática forense".
16h34
19/06/2019
Randolfe Rodrigues: "O
senhor faria alguma autocrítica da forma como conduziu o processo? Acredita que
agiu de forma suspeita ou crítica? Agiria de forma diferente olhando em
retrospecto? Se conversas estão em nuvem, abriria mão do sigilo e dessa forma
tornar públicas todas as conversas, já que disse que não tem nada a
esconder?"
16h32
19/06/2019
Randolfe: "Combate à corrupção
não é patrimônio individual de ninguém. Não é patrimônio de nenhum senador, de
nenhum herói aí colocado. É obra da sociedade brasileira e tem que ser tarefa
da sociedade brasileira e obrigação de homens públicos".
16h32
19/06/2019
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
começa sua fala.
16h21
19/06/2019
Paulo Rocha (PT-MA) diz que as
principais empresas nacionais foram quebradas.
"Quem com ferro fere, com ferro
será ferido. E essa situação é o que o senhor está passando hoje. A Operação
Lava Jato tinha como norte principal, para ganhar apoio popular, o
sensacionalismo. Eu assisti pessoalmente no prédio agora como senador. Antes de
chegar à PF, já estava lá a Globo, a grande imprensa. Agora mesmo, com o
ex-presidente Michel Temer, fizeram aquele esquema".
16h19
19/06/2019
O senador Paulo Rocha (PT-PA) inicia
sua fala.
"Não se trata de interromper ou
acabar com a Lava Jato. Fato é que esses métodos estão sendo usados pela
Justiça brasileira our por setores... interrompendo um processo que estava
sendo construído no Brasil, um estado social. Que a partir da democracia nós
criamos condições de fazer políticas públicas e desenvolvimento. Mais casas,
energia, saúde, educação... O processo interrompeu. E estão agora criando uma
visão de um estado policial que tem como ataque principal a criminalização da
política, de alguns setores da sociedade brasileira, e isso levou a esse estado
de coisas que está o País".
16h05
19/06/2019
Agora quem fala é o senador Roberto
Rocha (PSDB-MA). Alguns parlamentares já deixaram a CCJ. A audiência começou há
cerca de 7 horas.
15h59
19/06/2019
Kajuru: "Por favor, me hackeem.
Meu único patrimônio é meu CPF". Ele citou o seu telefone e o CPF. Os
parlamentares e o ministro se divertiram com o momento.
15h55
19/06/2019
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) inicia
sua fala.
"Quando você gosta muito de uma
pessoa, faça perguntas duras a ela. O senhor está sendo hackeado. Hackeado por
um site criminoso que deve se chamar intercéfalo. Criminoso o que ele fez. E eu
posso dizer isso porque fui jornalista por 40 anos, escrevi dois livros com
conteúdo só de denúncias. Isso não é jornalismo investigativo".
15h44
19/06/2019
A audiência é suspensa por 10
minutos.
15h44
19/06/2019
Álvaro Dias (Podemos-PR), em sua
réplica, fala da necessidade de se acabar com o foro privilegiado. "Aí sim
consagraremos uma nova Justiça".
"Meu apoio para esse projeto é
100%", diz Moro.
15h36
19/06/2019
Álvaro Dias: "É meu dever fazer
afirmações. Estamos aqui diante de um crime praticado". Ele faz um balanço
histórico da Operação Lava Jato.
15h33
19/06/2019
Com a palavra, o senador Alvaro Dias
(Podemos-PR).
15h33
19/06/2019
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS)
elogia muito o ministro Sérgio Moro em sua fala. "Parabéns ao seu
trabalho, estamos juntos por um Brasil diferente". Ele não fez nenhuma
pergunta e exaltou a trajetória de Moro.
O ministro responde: "Temos
realmente um compromisso com a população que elegeu o novo governo de promover
uma transformação. As experiências dos últimos cinco anos, as revelações dos
fatos foram muito dramáticas a ponto de gerar descrédito da própria democracia,
algo que nunca poderia acontecer. Chegou um nível a corrupção, que foi exposta,
e as pessoas perderam a fé. Nossa obrigação é dar uma resposta à população,
fazer com que as pessoas retomem a fé nos seus representantes".
15h21
19/06/2019
MORO: VAGA NO SUPREMO É FANTASIA,
BOLSONARO NUNCA ME PROMETEU NADA NESSE SENTIDO
O ministro Moro negou que tenha
condicionado o convite para assumir o cargo no governo a uma indicação para o
Supremo Tribunal Federal (STF). “É uma fantasia”, classificou Moro,
afirmando que o presidente Jair Bolsonaro nunca prometeu nada nesse sentido.
“Não sei se vou querer, não sei se ele vai me oferecer, não é uma questão posta
agora no radar”, declarou Moro. (Daniel Weterman e Amanda Pupo)
15h16
19/06/2019
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) faz
suas considerações ao ministro.
15h15
19/06/2019
Lasier Martins questiona Moro sobre a
celeridade com que conduzia os processos.
"Essas conversas acontecem no
cotidiano. Agora o trabalho lá era muito intenso, eram muitos casos criminais,
graves, que exigiam decisões, às vezes de quebra de sigilo bancário, fiscal,
interceptação, prisão, revogação de prisão, liberdade provisória, aquilo era um
trabalho muito difícil".
15h14
19/06/2019
Moro diz que essas memórias não estão
mais no aparelho do celular.
"Sequer os hackers que compõem
esse grupo conseguiram colher essas mensagens. Pelo que eu vi até agora, são
mensagens supostamente colhidas do aparelho celular de outra pessoa. Não sei
nem porque atribuíram como Moro. A gente num sabe porque o site não se presta a
realizar qualquer esclarecimento. É absolutamente opaco, então fica difícil
realmente fazer comentários. Tenho absoluta convicção da correção de minha
atuação como juiz e das minhas comunicações".
15h12
19/06/2019
Moro foi questionado por Lasier
Martins sobre o fato de ter dito que acreditava em Fux.
"Nós confiamos, uma utilização
daquela frase que consta na nota de dólar americano, naquele sentido. Eu não
entendi porque isso foi divulgado e com tanto estardalhaço. Esse site foi uma
especulação, uma fantasia em cima daquilo, não me consultou sobre o conteúdo
daquela mensagem. E fez todo aquele estardalhaço, não entendi. Ainda que
aquelas mensagens sejam autênticas, o que não estou afirmando... Para mim o
objetivo ali foi claro: constranger o Supremo Tribunal Federal". Ele
responde que a troca de mensagens foi trivial.
15h03
19/06/2019
Major Olimpio: "Vossa Excelência
hoje deu um show aqui pelo País. Um show de humildade, de comprometimento, de
dizer que não precisa ensaiar para dizer a verdade".
14h59
19/06/2019
Com a palavra, o senador Major Olimpio
(PSL-SP). Ele elogia o ministro em sua fala.
"Vossa Excelência se resignou
pelo seu País".
14h56
19/06/2019
Plínio Valério (PSDB-AM): "Não
tenho perguntas a fazer. Minha presença nem é para defendê-lo, é para apoiá-lo,
apoiar o seu legado".
14h54
19/06/2019
Com a palavra, agora, o senador Plínio
Valério (PSDB-AM). Ele elogia a "beleza da democracia" e diz que
ninguém chegará a verdade absoluta nenhuma.
"Do que eu vi até agora, não vi
nada demais. O País precisa de um ministro da Justiça forte, de um ministro
acima de suspeito, que tenha apoio, e eu me recuso a discutir aqui as
condenações da Lava Jato. Eu quero saber o que vai ser feito daqui para frente.
Pra mim, números são números... Então, por que eu estou aqui a apoiar o
ministro? Eu estou aqui cumprindo e, acima de tudo, não querendo colocar em
jogo as decisões do ex-juiz. Para mim, o senhor continua merecedor".
14h49
19/06/2019
Moro: "Agradeço as considerações.
Vossa Excelência foi testemunha. Houve especulações de contato com Bolsonaro lá
atrás, eu não conhecia. Quando falaram que eu o ignorei num aeroporto, liguei
para ele para pedir desculpas. Depois, só depois da eleição. Essa história de
vaga no Supremo é uma fantasia e nunca estabeleci essa condição. Vossa
Excelência é testemunha. Falaram que eu insisti o Coaf, mas não. Nunca insisti.
Lembro que eu não Coaf. Me foi oferecido, achei oportuno."
14h46
19/06/2019
Flávio Bolsonaro (PSL) diz ver
acusações graves em relação ao hacker russo e pergunta a Moro se a Polícia
Federal investiga o caso.
14h45
19/06/2019
Agora é a vez de Flávio Bolsonaro (PSL).
Ele diz que é grave a suspeita de pagamento de um hacker russo para atacar o
celular de Moro e fala do primeiro encontro entre Jair Bolsonaro, seu pai, e
Moro. "Eu estava quando Moro e Bolsonaro se conheceram. Nessa reunião,
nada foi tratado sobre STF."
14h41
19/06/2019
Moro: "Cobrem do site a
apresentação integral de tudo."
14h41
19/06/2019
Moro: "Estou absolutamente
convicto das minhas ações como juiz. Se minhas comunicações com quem quer que
seja sejam divulgadas, essa correção vai ser observada. Que o site apresente
tudo para a sociedade ver se houve alguma incorreção. Não tenho apego pelo
cargo em si. Se houve irregularidade de minha parte, eu saio. Mas não
houve. Eu sempre agi na lei, de maneira imparcial."
14h39
19/06/2019
"O senhor ainda não respondeu se
foi sensacionalista a divulgação dos áudios de Dilma", diz Jaques
Wagner. E repete a pergunta: "O senhor acha de bom tom deixar o cargo para
as investigações?"
14h33
19/06/2019
"O impacto inicipal decorrente do
sensacionalismo da divulgação dessas notícias geraram uma repercussão
indevida e o tempo está colocando as coisas no seu devido lugar, como o
artigo que já citei anteriormente. Há divulgação sensacionalista e isso coloca
em questionamento quais as motivações", diz Moro.
14h30
19/06/2019
"Pensa em se afastar do cargo
para não prejudicar as investigações se ela for para a Polícia Federal?",
pergunta Jaques.
14h30
19/06/2019
Senador Jaques Wagner (PT) pergunta.
"O ministro insiste em desualificar o site e chamá-lo de sensacionalista.
O site já ganhou o 'Oscar do jornalismo' com a revelação dos 'wiki leaks'. O
combate à corrupção é pré-requisito para qualquer pessoa na vida pública. A
melhor forma é responder o que está sendo revelado. Foi uma medida
sensacionalista divulgar conversas grampeadas de Dilma? Colocar no pelourinho a
dignidade de pessoas que deveria ser mantido em sigilo? Como no caso da Escola
Base, por exemplo, que não tem nada a ver com Vossa Excelência."
14h17
19/06/2019
Moro: "É normal um juiz
criminal receber polícia, procurador. São os embargos auriculares. É normal. Eu
já orientei a política a não realizar diligências perto de feriados. Dizia para
uma operação não ser perto uma da outroa para não comprometer a
apreciação."
14h11
19/06/2019
Senadora Juiza Selma (PSL)
fala. "Os robôs do Major Olimpio não param de mandar mensagem declarando
apoio. Me solidarizo com o senhor e as acusações contra magistrados que
trabalharam com pessoas que têm envolvimento com política. É fácil falar de
sensacionalismo quando ele precisa a tratar com políticos. Essas acusações
acontecem. Se você está trabalhando e decreta prisão sobre um réu ou
investigado que tem fama, a imprensa vem em cima de você. A Lava Jato teve seu
ápice, e agora está em um período mais morno. Isso explica a imprensa não estar
lá. Eu preciso dar esses esclarecimentos."
14h07
19/06/2019
Moro: "Sobre Janot, nossos
papéis eram diferentes. Não existia um tipo de interlocução maior com
ele."
14h06
19/06/2019
Moro: "Sobre as 10 medidas,
preciso reavivar minha memória. Em 2016 ou 2017, vim falar sobre elas no
Congresso. Minha postura geral era de apoio às dez medidas. Uma ou outra
divergência, mas no momento meu papel era de dar apoio. Houve mudança, não sei
em que termos está no Senado. Me falaram de um novo relatório."
14h05
19/06/2019
Simone Tebet pede que Renan faça sua
última pergunta. Colegas protestam por Renan usar mais tempo que o
previsto. "Eu tinha 13 perguntas. Me desculpa a coincidência",
diz Renan.
14h04
19/06/2019
Renan (MDB) faz mais perguntas:
"O senhor ainda aprova a integralidade das 10 propostas do MP como as
defendeu? Nós vamos votar na próxima semana. Outra: o senhor em algum momento
foi informado, soube ou ouviu que Rodrigo Janot montou uma central de grampos
na PGR, mandou gravar pessoas, ou tinha despachantes especializados para
vazamentos?"
14h02
19/06/2019
Moro: "Antes da lei que
tratou da lei das organizações criminosas, ela já previa a delação premiada. As
autorizações legislativas já existiam. Houve delações antes da lei."
13h50
19/06/2019
Renan agradece a presença de Moro na
CCJ e diz que sempre defendeu a Lava Jato. "Eu sempre defendi a
colaboração premiada como um instrumento eficaz. Defendi ela no Ministério da
Justiça. Este Congresso foi responsável por muitos avanços na legislação de
combate à corrupção. Tivemos eficaz combate porque disponibilizamos leis e
instrumentos para isso. Considero que essa audiência pública é uma preliminar
para a sabatina quando o senhor for indicado para o STF, fato já anunciado pelo
presidente. É importante que se esclareça tudo. Quem seria eu para prejulgá-lo.
Acho que o senhor não está obrigado a responder sobre questões concretas desse
noticiário. Mas são coisas graves."
13h47
19/06/2019
O próximo a falar é Renan
Calheiros (MDB).
13h46
19/06/2019
Moro: "Não foi só delação.
Há um exagero na importância das delações dentro da Lava Jato. Tivemos muitas
outras provas."
13h45
19/06/2019
Jean Paul Prates (PT): "Pouco
antes de 2015, houve acareações. Isso acabou? Parece que todo mundo delata para
cima, para ser premiado. Gostaria que esclarecesse."
13h42
19/06/2019
Moro: "As colaborações são
previstas em lei. Às vezes só os criminosos têm conhecimento. Mas tudo precisa
ter prova. Ninguém foi acusado com base na palavra de um criminoso.Tem que
ter prova de corroboração. O MP faz os acordos e o colaborador é assistido pelo
seu defensor. Se houve conversas entre advogados e MPs sobre as colaborações,
isso tem que ser perguntado a eles. Se isso acontecia, eu não participava."
13h38
19/06/2019
O senador Jean Paul Prates (PT)
questiona Moro sobre o instituto de delações premiadas na Lava Jato.
"Apareceram especialistas em delação premiada. Como juiz que homologou
vários desses acordos, em algum momento o senhor provocou o MPF para apurar
ilícitos na constituição dos acordos, muitos com muitos benefícios para os
réus?"
13h34
19/06/2019
Moro: "Não sei de onde tiraram
isso do media training. Antes de ir para Davos este ano, por insistência do
Planalto, fizemos. Foi uma tarde, uma conversa. Não foi por esta empresa ou
valor mencionado. É maluco. Tenho dificuldade de responder esta afirmação.
Senador, pode ter crítica à Lava Jato. Foi uma aplicação da lei. Vamos discutir
os fatos. As pessoas têm direito a suas opiniões. Os fatos são os que estão
ali."
13h32
19/06/2019
Cid Gomes (PDT): "Não devemos
ficar nesse bate-boca. Se fez ou não fez o media training, ele trouxe alguns
mantras e tem repetido. Da mesma forma que você citou depoimentos de juristas e
advogados que não veem conluio, outros acreditam que sim. Dou um doce a quem
disser o nome do atual juiz de Curitiba. Ninguém sabe o nome do juiz. Isso é
mais que prova que a postura ao longo do seu posicionamento lá era de
sensacionalismo, de querer aparecer, se colocar como salvador da Pátria."
13h30
19/06/2019
Moro: "Essas supostas mensagens
hackeadas não demonstram aquilo que o site pretende afirmar."
13h28
19/06/2019
"Proponho aos meus pares em
primeiro lugar a alteração da legislação processual penal para que o juiz que
instrui o processo não seja o mesmo que vai julgar o crime", diz Cid
Gomes (PDT). "Também proponho a instauração de uma CPI que de forma
isenta e imparcial se disponha e faça um aprofundamento nas duas grandes
questões que são objeto dessa celeuma que já se apelidou de Vaza Jato. Uma CPI
para averiguar e propor medidas para dar mais segurança ao sigilo das nossas
comunicações e investigar de forma isenta quem foi responsável por este caso e
ao mesmo tempo investigue se houve conluio entre o Judiciário e o MP, que
certamente comprometeria qualquer processo".
13h26
19/06/2019
Cid Gomes (PDT) fala neste
momento. "Não me incluo definitivamente entre os que relativizam a
corrupção. O mau maior da corrupção é o descrédito nas instituições e na
política.
13h17
19/06/2019
TWITTER
A audiência na CCJ mobiliza o debate
nas redes sociais nesta quarta-feira. Às 11h54, a hashtag #RatoMoroTaMelindrado era
o primeiro assunto nos Trending Topics do Twitter brasileiro. A #DetonaTudoMoro,
reforçada por parlamentares da base do governo, é o segundo assunto mais
comentado, seguido pela #RenunciaMoro, em quarto lugar.
Quando apenas a hashtag desfavorável
ao ministro estava entre os 10 principais assuntos debatidos na rede social, a
deputada Carla Zambelli (PSL-SP) publicou um vídeo pedindo que os
apoiadores de Moro e da Operação Lava Jato "subissem" a hashtag de
apoio #DetonaTudoMoro.
Alguns apoiadores chegaram a compartilhar
a hashtag acompanhada da #DeltanNaPGR, sugerindo que o procurador da Lava
Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, se torne procurador-geral da
República.
(Gabriel Wainer)
12h51
19/06/2019
Mecias de Jesus elogia Moro e diz que
nada vai abalar a imagem do ministro, apesar de acreditar que "houve sim
alguns exageros, algumas coisas que não deveriam ter acontecido".
12h51
19/06/2019
Audiência é retomada com a fala do
senador Mecias de Jesus (PRB-RR).
12h41
19/06/2019
A audiência é suspensa por cinco
minutos.
12h36
19/06/2019
Moro: "A corrupção acaba minando
a produtividade da nossa economia. Ela impõe custos a contratos públicos que
acabam minando, drenando os recursos existentes para a realização de uma obra
pública, por exemplo. Ou acaba levando com que agentes públicos na decisão
quanto alocação desses recursos, tomem as decisões que não são as mais
eficientes, mas decisões que tenham em vista os seus interesses privados, seja
o que paga a vantagem indevida ou o que recebe".
12h35
19/06/2019
Moro diz que a corrupção deveria ser
vista como areia para as engrenagens das empresas e não como graxa.
12h32
19/06/2019
O senador Márcio Bittar (MDB-AC) diz
que o Brasil já vivia o maior escândalo de corrupção antes da Lava Jato, na
época do Mensalão - conhecido, denunciado e condenados. O que era o Mensalão?
"Tentativa de pessoas se perpetuarem no poder comprando apoio parlamentar.
Mas isso não bastou. Continuaram, piorou. E aí veio a Lava Jato. Tem coisas que
ainda não saem da minha memória. Pessoas foram pegas com R$ 51 milhões no
apartamento... A imagem que vem na minha cabeça é o Tio Patinhas. A pessoa deve
juntar esse dinheiro todo na sala e se jactar..."
12h24
19/06/2019
O senador Oriovisto Guimarães pede que
Moro discuta as diferenças entre neutralidade e imparcialidade.
12h22
19/06/2019
O senador Oriovisto Guimarães
(Podemos-PR) diz que não há certezas absolutas. "Ela é muito mais filha da
fé do que da razão". Ele cita estudos éticos e nomes de intelectuais como
Kant e Stuart Mill.
12h18
19/06/2019
Moro diz que foi alvo de ataque de um
grupo criminoso organizado com intuito de afetar condenações pretéritas e
eventualmente minar as instituições de uma maneira geral. "É uma
percepção. É o que eu extraio desses detalhes".
12h17
19/06/2019
Moro: "Temos uma tendência de
criar teorias da conspiração, gostamos delas, elas têm um sensacionalismo. No
que se refere à Lava Jato, durou longo tempo, ainda perdura. Tem muitas
decisões que foram tomadas que é natural que as pessoas tenham divergências
razoáveis em relação ao conteúdo".
12h15
19/06/2019
Tasso Jereissati (PSDB-CE) diz que é
preciso aprender com os erros e olhar para o futuro. Ele critica a suposta
narrativa fantasiosa de que Moro integraria um projeto maior. "Essas
construções em nada ajudam a esclarecer e que a população brasileira que tanto
se encantou com Lava Jato tenha uma visão clara, correta, límpida do que está
acontecendo e o que representam essas gravações".
12h11
19/06/2019
Há 36 senadores que se inscreveram
para questionar o ministro. Ainda faltam pouco mais de 20. Quem inicia a fala
agora é Tasso Jereissati (PSDB-CE).
12h07
19/06/2019
Esperidião Amin (PP-SC) se diz
preocupado com o grau de refinamento e sofisticação das invasões e dos crimes
cibernéticos. Ele diz que é preciso trabalhar para que essa questão seja
sistematicamente tratada pelo governo, pelo parlamento e pelo Judiciário.
"Queria recolher deste momento de
escândalo um aprendizado que nos sirva em caráter permanente".
12h04
19/06/2019
Moro: "Questões muito
pertinentes. Precisamos avançar nessa área de proteção cibernética. Fatos que
incluem clonagem de aparelho celular do ministro da Justiça e tentativa de
obtenção do conteúdo, embora não bem-sucedido. E envolve esse ataque aos
procuradores. Existe essa investigação da PF ao qual está se dando prioridade.
Claro que não é uma coisa singela dado o grau de profissionalismo desse grupo
criminoso, mas tenho expectativa de que esses fatos sejam devidamente
aclarados, essas pessoas identificadas e devidamente punidas".
12h03
19/06/2019
Esperidião Amin (PP-SC) fala que
existe hoje uma guerra cibernética no Brasil. "Qual providência que o
governo está tomando para investigar a origem deste grande
hackeamento"?
12h01
19/06/2019
Em sua fala, o senador Espridião Amin
(PP-SC) diz que não há problema em repetir as falas e perguntas pois é
importante deixar claro. Ele usou uma frase em espanhol para dizer que cada um
tem uma determinada visão sobre o processo e que isso é natural em uma
democracia.
11h59
19/06/2019
Sérgio Moro em audiência na CCJ
ouvindo questionamentos dos senadores sobre as trocas de mensagens divulgadas
pelo site The Intercept Brazil.
Foto: Evaristo de Sá/AFP
11h51
19/06/2019
Moro nega qualquer parcialidade na
Operação Lava Jato. "Não exisita nenhuma convergência entre juiz e
Ministério Público".
11h50
19/06/2019
Moro: "Se site diz que tem provas
de graves ilícitos cometidos por procuradores, juízes envolvidos nessa
operação, porque não pega o material e entrega para uma autoridade sem
prejuízo? Aí vai se poder verificar por inteiro, o contexto no qual foi
inserido e principalmente verificar se é autêntico ou não. Não temos nenhuma
demonstração da origem desse material. Como se pode afirmar que esse material é
autêntico ou não?".
11h48
19/06/2019
Marcos Rogério diz que o que está em
jogo é um debate político porque essa relação é algo que acontece no Brasil
inteiro. "Usar isso para atacar a Lava Jato é um erro, um erro político,
um erro de análise. Não é aconselhável ao Parlamento entrar nesse jogo".
11h45
19/06/2019
O senador Marcos Rogério (DEM-RO)
fala agora. "Estamos diante de um ciberataque, um ciberterrorismo, que
ataca com objetivos políticos a serviço de interesses políticos".
"Não desafie jornalista, e que
tem muito mais para vir. É bom ficar atento. Respeito aqueles que por questões
jurídicas veem com preocupação o modelo de relacionamento entre juiz e
acusação. Não se trata só desse fato vazado. O que acontece em todo o
País...".
11h43
19/06/2019
Moro: "Avançamos nos útlimos
anos e continuamos querendo avançar. Temos aqui um ataque de grupo criminoso
com propósitos bons? Não."
11h41
19/06/2019
MORO: POSSO TER MANDANDO MENSAGEM
DIZENDO QUE CONFIAVA EM MINISTRO DO STF, QUAL É O PROBLEMA?
O ministro afirmou que pode ter
enviado uma mensagem manifestando confiança em um ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), mas que não vê nenhum problema nisso. Ele foi questionado
sobre a frase "In Fux, we trust", supostamente enviada ao procurador
Deltan Dallagnol em referência ao ministro do STF Luiz Fux.
"Eu posso ter mandado, qual é o
problema de ter mandado uma mensagem assim?", declarou Moro, pontuando que
confiava no Supremo e que houve um "absoluto sensacionalismo" na
divulgação da conversa. Ele negou ter atuado por questões ideológicas ou
políticas durante a Operação Lava Jato. O fato de ter condenado políticos,
afirmou, "trouxe dissabores, peso".
"Se as mensagens que eu
eventualmente troquei forem divulgadas sem adulteração, tenho convicção da
correção de todos os meus atos como juiz e todas as minhas comunicações com
procuradores, advogados, policiais", declarou. (Daniel Weterman e Amanda
Pupo)
11h40
19/06/2019
Soraya Thronicke (PSL): "É
natural no cotidiano dos fóruns as conversas procedimentais. Não houve, nessas
supostas falas colocadas por não sei quem, pré julgamentos. Um promotor de
Justiça promove a Justiça. Advogado tem obrigação de defender o cliente. Quem
não está lá dentro, não sabe. O MP é fiscal da lei. Impressionante como as
pessoas desconsideram os números. 45 condenações e 45 recursos. Considerando o
alto nível criminoso dessas organizações, demorou para acontecer uma tentativa
de golpe. Eles tinham que fazer alguma coisa. Quem ganha com isso?"
11h34
19/06/2019
Soraya Thronicke (PSL):
"Desarmamentistas pediram escolta de agentes armados", diz a senadora
sobre o pedido de proteção de Glenn Greenwald, que Moro disse ter sido
encaminhado à PF. "Que mande policiais munidos de livros e flores",
ironizou.
11h33
19/06/2019
Moro: "As afirmações são
ofensivas. Vou me declinar de responder."
11h33
19/06/2019
Humberto Costa (PT): "Você
tentou opinar num processo que nem era seu. Você não deveria desafiar o
jornalista. Vem muita coisa por aí. Vossa Excelência ficou embevecido com o
estrelismo, com o protagonismo. Isso é humano. No afã de buscar a verdade,
cometeu equívocos. Vossa Excelência, tenha humildade de pedir demissão do
Ministério da Justiça. Peça desculpas ao povo."
11h31
19/06/2019
Moro: "Houve uma aplicação
imparcial da lei na Lava Jato. Houve essa divulgação de supostas mensagens.
Desde domingo, fiquei esperando as grandes revelações bombásticas. É 'o
incrível escândalo que encolheu', como diz um artigo que li. O site divulga que
o juiz interferiu, obstruiu um caso (envolvendo Fernando Henrique Cardoso) que
não era meu. Nunca passou pelas minhas mãos. Como eu fiz alguma coisa? O site
divulgou com sensacionalismo como se tivesse alguma obstrução e interferência.
A Lava Jato atingiu vários partidos, não só o que estava no poder, tanto na
direita quanto na esquerda. Ameaças (a Glenn Greenwald) foram
encaminhas à Polícia Federal".
11h30
19/06/2019
MORO: HÁ MOVIMENTO CLARO PARA ANULAR
CONDENAÇÕES, IMPEDIR INVESTIGAÇÕES E ATACAR INSTITUIÇÕES
O ministro Sérgio Moro apontou que há
movimento de um grupo criminoso para anular condenações, impedir investigações
e atacar instituições por trás da divulgação de supostas mensagens trocadas por
ele com procuradores da Lava Jato durante a operação.
"Todas as hipóteses estão
abertas. Não é um grupo de pessoas despreparadas; me parece ser um grupo de
pessoas que parece ter muito dinheiro", declarou Moro, ao ser perguntado
pelo senador Marcos do Val (Cidadania-ES) se suspeitava do envolvimento de
estrangeiros na invasão de celulares. "Pode ser que tenha havido um
estrangeiro, não necessariamente poder estrangeiro", respondeu.
O ministro afirmou que a Polícia
Federal está investigando o caso e manifestou expectativa de que o trabalho
chegue nos responsáveis. Ele declarou que não interfere nem acompanha as
diligências.
Moro fez um apelo para que o Congresso
se concentre no presente e no futuro, e não em "falsos escândalos".
"Não tenho nenhum problema com a divulgação de material, desde que não
adulterado ou veiculado como sensacionalismo, como de fato foi feito." Ele
negou que tenha sido parcial na condução dos julgamentos e disse que as
decisões foram submetidas a instâncias recursais superiores. (Daniel
Weterman e Amanda Pupo)
Foto: Adriano Machado/Reuters
11h27
19/06/2019
Humberto Costa (PT): "O
senhor não responde a nenhuma das questões. O discurso é de se escudar atrás da
Lava Jato e não falar sobre o que veio fazer aqui. Não é a Lava Jato que está
em jogo, é a sua conduta como magistrado. Falar em sensacionalismo? Havia
imprensa em apreensões, prisões. Eu fico impressionado e quero seguir o que
Vossa Excelência prega: vou me ater ao conteúdo. Esse cidadão (Glenn
Greenwald, do The Intercept) já enfrentou a CIA, a NSA. Dallagnol tem as
conversas. Vai incentivá-lo a entregar?"
11h22
19/06/2019
Sérgio Moro: "Apresente os
elementos inexistente que examinaremos. Desde que comecei a trabalhar na Lava
Jato, uma das tentativas foi de difamações. Às vezes, atingiam familiares,
como a minha esposa. Falavam que ela advogava para a 'malvada' Shell.
Assim como falaram que eu era agente da CIA. Todas fantasias. Não. Minha esposa
nunca advogou na área criminal, jamais advogou para empresas
petrolíferas."
11h22
19/06/2019
Audiência começou por volta de 9h da
manhã. CCJ do Senado tem 27 senadores titulares e outros 27 suplentes.
Foto: Gabriela Biló/Estadão
11h21
19/06/2019
O ministro Sérgio Moro em audiência no
Senado.
Foto: Gabriela Biló/Estadão
11h20
19/06/2019
Rogério Carvalho (PT): "O
senhor tenta desqualificar minhas perguntas. A sua esposa, que é advogada,
advoga para empresas do setor petrolífero ou é sócia de escritório que assinou
delação premiada?"
11h18
19/06/2019
Sérgio Moro: "Eu sugiro
que o senhor tenha bases melhores para fazer esse tipo de declaração. Nunca
conversei sobre dosimetria de pena. É normal que a pena seja revista no
tribunal recursal e no tribunal superior. Lula foi condenado por corrupção. O
tribunal recursal aumentou. Depois, outro tribunal reduziu. O senhor está
equivocado."
11h17
19/06/2019
Moro: "Não tive media
training. Não existe. O senhor está fantasiando. Procuramos algumas pessoas
para esclarecer, mas com minha equipe do ministério. Não preciso de media
training para falar a verdade. Você faz acusações graves ao TRF-4. Para fazer
isso, teria que ter elementos neste sentido."
11h15
19/06/2019
Rogério Carvalho (PT) faz suas
perguntas. "O que está em discussão é se Vossa Excelência atuou em
conluio. O senhor mantém hábito de conversar com magistrados com TRF-4? Fazia
pedidos? Discute casos? O que acha do aumento da pena a Lula pelo TRF-4? O
senhor estava de férias no momento de habeas corpus. O senhor conversou com
algum delegado e indicou que Lula não deveria ser solto neste período? O senhor
passou dois dias fazendo curso de comunicação para vir aqui e conseguir se
comunicar: quem pagou?"
11h08
19/06/2019
"Talvez seja um ataque geral de
hackers às nossas instituições", diz Moro. "De quem esse material foi
obtido? Espero que as investigações solucionem."
11h05
19/06/2019
Agora é a vez de senador Arolde
de Oliveira (PSD). Ele elogia a presença de Moro na CCJ e exalta o
trabalho do ministro como juiz da Lava Jato. "Este crime de hackers é uma
reação de tentar reverter o processo que desagradou a tantos. Uma mudança que
foi não só a Lava Jato, mas que também mudou o governo do país".
11h00
19/06/2019
"Não houve quebra da
imparcialidade. São comuns essas conversas", diz Moro, que lê trechos
de textos de juristas que defendem a normalidade de conversas entre juízes e
procuradores, delegados, policiais, advogados, etc.
10h58
19/06/2019
Fabiano Contarato (Rede):
"Não defendo anulação nem nada. O que questiono é que houve quebra do
princípio de imparcialidade. É isso que questiono. Fui eleito enaltecendo a
Lava Jato. Não defendo quebra da isonomia. A quebra do sigilo tem que ser
apurada, mas a interlocução tem que ser revista. Houve o mesmo tratamento com
advogados de defesa?"
10h56
19/06/2019
Moro: "O senhor (Contarato) que é
da prática jurídica, sabe que são normais essas conversas. Vamos anular a Lava
Jato? Parece que é isso que o senhor quer. Um criminoso invadiu terminais de
agentes públicos e não há boa fé nisso. Sou contra a introdução de provas
ilícitas no processo de qualquer forma."
10h52
19/06/2019
Fabiano Contarato (Rede) fala
neste momento sobre imparcialidade do Judiciário. "Sabemos da importância
da Lava Jato e é um divisor de águas. Não desmereço o mérito, mas não podemos
rasgar princípios que fortalecem a democracia e o devido processo legal. A
pergunta: o projeto inicial das 10 medidas anticorrupção previa a obtenção de
provas de forma ilegal. O senhor mantém essa opinião?"
10h47
19/06/2019
"Algum país que o Brasil cortou
relações pode estar envolvido neste caso?", diz o senador Do Val na
réplica.
"Todas as hipóteses estão abertas. Mas seria especulação, não necessariamente qualquer poder estrangeiro", diz Moro.
10h45
19/06/2019
Moro: "Nunca pedi nem chamei nem
me autodenominei com alguma espécia de protagonismo. É um trabalho
institucional. Houve avanço na quebra da impunidade da corrupção. Não sei quem
são essas pessoas. Eu não controlo essa investigação. Não acompanho as diligências.
Espero que cheguem nos responsáveis. Os indícios são de um grupo grande de
hackers. Apesar do que foi dito aqui, não existe mais esse conteúdo (as
mensagens do Telegram)"
10h42
19/06/2019
"Para destruir um argumento, você
destrói o argumentador. É o que estão fazendo com você. Estão tentando
destruir sua imagem por causa do seu trabalho no passado", diz Marcos
do Val a Moro. O senador é brevemente interrompido por colegas e pede
intervenção da senadora Simone Tebet (MDB), que preside a CCJ.
Ao retomar sua fala, Do Val pergunta a
Moro quem poderia estar investindo financeiramente no que chama de
"ataques" ao ministro.
10h38
19/06/2019
Angelo Coronel (PSD) diz que nos
servidores do Telegram, na Rússia, podem estar registradas as mensagens. Agora,
o senador Marcos Duval (Cidadania) fará sua pergunta.
10h36
19/06/2019
Moro: "Eu saí do Telegram em
2017. Essas mensagens não ficam nas nuvens. Eu saindo do aplicativo, essas
mensagens foram exlcuídas. Se tivesse esse material, o hacker já teria apresentado.
Se tivesse isso no Telegram, o hacker teria obtido essas informações."
Angelo Coronel reclama que Moro
não o respondeu.
10h34
19/06/2019
Angelo Coronel repete uma de suas
perguntas: "O senhor autoriza o Telegram a fornecer as mensagens?"
10h31
19/06/2019
Moro: "Eu não me recordo das
mensagens de dois, três anos depois. Posso ter mandado sobre confiar no
ministro X. Confio no Supremo, como instituição. Ali há uma mensagem citando um
ministro específico, mas é um sensacionalismo. A divulgação dessa suposta
mensagem, é para constranger o STF."
10h30
19/06/2019
Moro: "Eu nunca participei de
nenhum grupo de procuradores, advogados, coisa parecida. Na verdade, tenho o
péssimo costume de comprar aparelhos baratos de memória baixa e precisava
trocar de aparelhos. No caso do Telegram, essas mensagens não existem mais. O
hacker tentou roubar. Se tivesse alguma coisa, principalmente ilícita, ele já
teria divulgado. Se fosse disponibilizar, tenho convicção da correção de minhas
mensagens."
10h29
19/06/2019
O senador Angelo Coronel (PSD)
prossegue: "O senhor teria escrito 'In Fux, we trust' ('em Fux,
confiamos', em inglês), ministro. O senhor não confia nos outros ministros do
STF?"
10h26
19/06/2019
Senador Angelo Coronel (PSD)
é quem fala neste momento. "Precisamos combater corrupção sem viés
ideológico. O senhor também trocou mensagens com advogados, jornalistas,
congressistas, passando informações? O senhor autorizaria o Telegram a fornecer
as conversas? O senhor aconselharia Dallagnol a entregar o celular?"
10h24
19/06/2019
"Vai ficar divulgando a
conta-gotas? Entrega para uma autoridade competente", diz Moro, em
recado ao site The Intercept Brasil, que tem divulgado trechos das
supostas conversas entre ele e Dallagnol.
10h23
19/06/2019
Doria vai fazer homenagem oficial a
Moro
O governador João Doria (PSDB)
vai fazer uma homenagem oficial ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e entregar
a ele a Outorga da Ordem do Ipiranga, maior honraria do Estado de São
Paulo.
Moro receberá uma faixa e uma medalha
das mãos do governador em uma solenidade no Palácio dos Bandeirantes no próximo
dia 28. A decisão de Doria ocorre no momento mais delicado do ex-juiz no
governo.
(Pedro Venceslau)
10h22
19/06/2019
Moro: "Não precisamos de heróis,
precisamos de instituições fortes. Me assustou um certo revanchismo. Se as
mensagens que eu eventualmente troquei forem divulgadas sem adulteração, tenho
convicção da correção de todos os meus atos como juiz e todas as minhas
comunicações com procuradores, advogados, policiais. Nunca atuei nesses
processos movido por questão ideológica. O fato de ter emitido sentenças contra
agentes políticos me trouxe dissabores. Sou atacado por ter cumprido meu dever.
Não senti satisfação pessoal por emitir juízos condenatórios. Existe um sistema
judicial. Minhas sentenças foram objetos de recurso. E elas foram mantidas.
Tenho certeza que esses magistrados agiram com absoluta correção, mesmo
reformando decisões minhas."
10h19
19/06/2019
Agora, Alessandro Vieira (Cidadania)
faz sua pergunta. "Estamos falando de condenados com condenações
confirmadas. Isso porque há provas sólidas. O que restou àquele grupo político
foi uma batalha de narrativas. Me impressiona o fato de pessoas conviverem por
anos com pessoas condenadas e não se escandalizarem. Se escandalizam por uma
suposta troca de mensagens. A pergunta: O senhor em alguma das decisões em
Curitiba atuou com motivação política?"
10h15
19/06/2019
Moro: "Se eu condeno alguém,
não quer dizer que eu tenho conluio com o Ministério Público. Quem foi
condenado, foi condenado com base nas provas."
10h14
19/06/2019
Moro: "É normal no Brasil
esses contatos entre juízes, advogados, policiais, MPs. O que precisa ser
avaliado é o conteúdo. Não tenho mais essas mensagens. Elas podem ter sido
parcialmente adulteradas. Mas há muito sensacionalismo. O site divulga as
questões sem fazer uma avaliação apurada do que publica."
10h10
19/06/2019
Com a palavra, o senador Fernando
Bezerra (MDB), líder do governo no Senado, exalta ações do Ministério da
Justiça e da Segurança Pública desde o início do ano. Ele elogia Moro pela ida
ao Senado. "Ministro foi vítima de crimes cujos autores precisam ser
identificados e punidos. Sobre as mensagens: o senhor tem preocupação que essas
supostas conversas possam afetar a Lava Jato?"
10h06
19/06/2019
Moro: "Não sou advogado, sou
ministro. Não tenho envolvimento na investigação dos casos. A Polícia Federal
está com déficit em seus quadros. Há um concurso para dar perna à PF. Outras
investigações não estão nas minhas mãos. Desde que assumi, dou autonomia à PF.
Isso eu tenho feito."
10h04
19/06/2019
Weverton faz réplica: "Estamos
discutindo a conduta de um ex-juiz. Nesta conduta, temos várias dúvidas
legítimas. A sociedade espera imparcialidade. Você diz que veio para o governo
para continuar a combater corrupção. Você já tomou atitudes concretas
envolvendo denúncias que saem na mídia a respeito do governo Bolsonaro?"
10h03
19/06/2019
"Sobre o convite (de Bolsonaro):
fui sondado pouco antes do segundo turno por Paulo Guedes sobre
conversar acerca de um possível convite. Eu não conhecia Bolsonaro. Em
novembro de 2018, ele formalizou o convite. Trabalhei cinco anos contra a
corrupção. Vi no convite uma oportunidade para consolidar esses avanços",
diz Moro. "Por isso aceitei. É isso que estou fazendo. Quando emiti a
sentença contra o ex-presidente (Lula), que aliás foi confirmada por outros
tribunais, não tinha menor contato com Bolsonaro".
10h01
19/06/2019
Moro: "Entreguei meu
aparelho à Polícia para exame. Existe essa invasão hacker para obstaculizar
investigações, então é uma prova ilícita. E não há demonstração de autencidade
dos elementos divulgados pelo site. Não tem revelação de
imparcialidade."
09h57
19/06/2019
Weverton (PDT) é o primeiro a
perguntar. Ele diz que Moro é suspeito de atacar a imparcialidade do Judiciário
e faz diversas perguntas. Entre elas:
"Num sistema acusatório, o juiz
não deveria se manter distante das partes de um processo? O protagonismo de
juiz tem respaldo no ordenamento jurídico vigente? O senhor mantinha tratativas
também com advogados? A OAB propõe seu afastamento do ministério. Por sua
imagem, o senhor não deveria se afastar? Sua postura (de aceitar ser ministro
de Bolsonaro) não mancha as decisões anteriores (como condenar Lula)?"
09h51
19/06/2019
Sergio Moro conclui seu
depoimento e agora responderá perguntas de senadores.
09h49
19/06/2019
"O que existe é uma invasão
criminosa por um grupo criminoso que tenta invalidar condenações ou
obstaculizar investigações que ainda estão em andamento ou ainda um simples
ataque às instituições brasileiras", diz Moro.
09h49
19/06/2019
"Não estou dizendo que reconheço
autencitidade dessas mensagens. O que posso assegurar é que na condução dos
trabalhos como juiz, eu sempre agi conforme a Lei", diz Moro.
"Pensei que saindo da magistratura, que este revanchismo e ataques ao
trabalho de juiz teriam acabado, mas pelo jeito me enganei."
09h46
19/06/2019
"Não é incomum que juiz converse
com promotor, advogado, policial. Não é incomum que receba
procuradores e se converse sobre diligências. É absolutamente normal", diz
Moro, sobre contatos com Dallagnol.
09h45
19/06/2019
Moro questiona critério do site The
Interpect Brasil para atribuir autoria de mensagens a Moro ou a Dallagnol.
"Várias pessoas não identificaram ilícitos ou ilegalidades ou desvios
éticos nas mensagens."
09h43
19/06/2019
"Tudo bem, divulga, mas apresenta
às autoridades para ser examinado", diz Moro sobre conversas divulgadas
pelo The Intercept Brasil.
09h42
19/06/2019
Sobre a autenticidade das mensagens,
Moro afirma que não possui mais as mensagens. "Há algumas mensagens ali
que me parecem algo que eu teria falado. No entanto, podem ter sido tiradas de
contexto".
09h41
19/06/2019
Moro diz que o site The Intercept "violou
regras do jornalismo" ao não querer identificar sua fonte.
09h40
19/06/2019
Moro cita ataques a celulares de
procuradores, jornalistas e até parlamentares : "É um ataque às
instituições".
09h39
19/06/2019
O ministro Sergio Moro lembra que um
procurador da República foi acusado de vazar as mensagens, o que negaria a
acusação de invasão do celular. Ele, no entanto, ressalta que foi sim hackeado.
09h37
19/06/2019
Moro diz que não acredita que a
invasão de seu aparelho seja resultado de um único hacker: "Existe
um grupo criminosoorganizado por trás desses ataques".
09h36
19/06/2019
"Não tenho nenhum receio do que
tem dentro daquele aparelho", falou Moro sobre a invasão de seu
celular que, segundo ele, está sendo apurado pela Polícia Federal.
09h36
19/06/2019
Sobre o vazamento das mensagens, Moro
disse que seu celular sofreu um ataque no começo de junho. Foram três
ligações com seu próprio número, o que, segundo ele, indica que seu número
havia sido clonado. "Então me mandaram uma mensagem perguntando se entrei
no Telegram", contou Moro.
09h34
19/06/2019
O ministro Sergio Moro diz que, apesar
dos dados da investigação, "são inequívocos os bons resultados da Lava
Jato". Ele ainda ressaltou que foram resgatados R$ 2,767 bilhões.
09h32
19/06/2019
Moro fala dos dados relativos à 13ª
Vara: 41 acusados no total, 211 condenações, 63 absolvições. "Não há
qualquer convergência entre Ministério Público e o juízo".
09h30
19/06/2019
O ministro Sérgio Moro defende a
Lava Jato: "Tínhamos no Brasil uma tradição de impunidade. Isso foi
rompido, em parte, com a Lava Jato"
09h29
19/06/2019
Sérgio Moro: "Não tenho nada a
esconder."
09h29
19/06/2019
A presidente da CCJ, Simone Tebet
(MDB), ressalta que o ministro aceitou espontaneamente comparecer ao Senado.
09h28
19/06/2019
O senador Major Olímpio (PSL)
cumprimenta o ministro por aceitar prestar contas ao Senado.
09h27
19/06/2019
O senador Humberto Costa (PT)
diz que a população saberá se o ministro Sérgio Moro faltar com a
verdade.
09h22
19/06/2019
A senadora Simone Tebet (MDB) diz
que no conteúdo, senadores questionarão Moro; na forma, audiência será
tranquila.
09h14
19/06/2019
O ministro Sérgio Moro já se encontra
na sala da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
08h58
19/06/2019
A estratégia de governistas é defender
Moro no colegiado atacando a invasão de celulares e classificando como
normais os contatos entre magistrados e procuradores. Já a oposição quer
concentrar as perguntas noconteúdo das mensagens divulgadas, questionando
o ministro sobre suaconduta enquanto juiz da Lava Jato. Alguns
parlamentares ponderam que ainda querem aguardar novas revelações do caso.
(Daniel Weterman)
08h57
19/06/2019
As inscrições para os senadores
começaram mesmo antes do início da audiência. O primeiro a chegar, às 7h45, e a
se inscrever foi o líder do PDT,Weverton (MA). A segunda foi a senadora Soraya
Thronicke (PSL-MS).
(Daniel Weterman)
08h57
19/06/2019
O ministro terá 30 minutos para
fazer uma exposição inicial. Na sequência, cada senador terá cinco minutos para
fazer perguntas. Moro terá cinco minutos para responder, além de dois minutos
para réplica e outros dois para tréplica.
(Daniel Weterman)
08h42
19/06/2019
Moro busca apoio e Senado pauta
projeto de abuso de autoridade
Moro encara um Senado que, na tarde
desta terça-feira, 18, pautou para a próxima semana um projeto de lei que pune,
justamente, abuso de autoridade praticado por magistrados e membros do
Ministério Público.
Quanto aos conteúdos divulgados
pelo The Intercept Brasil, Moro e alguns procuradores afirmaram à Polícia
Federal que seus aparelhos celulares foram invadidos por hackers. O caso está
sendo investigado pela PF. Leia a
reportagem.
08h40
19/06/2019
Major Olímpio, do PSL, diz que está
com Moro em "todas as circunstâncias". "Na hipótese de ter uma
vaga e ele for o indicado do presidente, soma-se a qualidade dele e a indicação
do presidente, lógico que eu seria favorável", afirma.
Segundo ele, não houve desgaste.
"Pelo contrário, subiu muito mais (a aprovação). Eu mesmo bato palma mais
ainda. O Moro é muito melhor até que eu imaginava".
(Vinicius Passarelli, Tomás Conte e
Guilherme Guilherme, especiais para O Estado)
08h38
19/06/2019
"Não posso responder em cima de
uma hipótese de uma circunstância que é inexistente. De forma muito fugaz a
imagem de Sérgio Moro foi afetada. Mas daqui pouco tempo, esse possível
arranhão terá desaparecido e ele vai sair intacto disso, mas não hoje",
disse o senador Esperidião Amin (PP-SC).
(Vinicius Passarelli, Tomás Conte e
Guilherme Guilherme, especiais para O Estado)
08h38
19/06/2019
O senador Nelsinho Trad, do PSD,
diz que não vê problemas para uma futura indicação do ministro ao STF.
"Sua carreira como magistrado o habilita a essa posição. É um bom nome
para compor o Supremo". Já Rogério Carvalho, do PT, diz ser
contrário à nomeação porque Moro foi parcial em seus julgamentos.
(Vinicius Passarelli, Tomás Conte e
Guilherme Guilherme, especiais para O Estado)
08h37
19/06/2019
O líder do Podemos, Álvaro Dias (PR),
disse que o desgaste do ex-juiz é “inevitável diante de alguns setores”, mas vê
uma possibilidade de efeito contrário.
“Cresce (na sociedade) uma reação em
defesa de Moro e Deltan Dallagnol que faz aumentar inclusive a popularidade
deles diante da sociedade", avalia.
(Vinicius Passarelli, Tomás Conte e
Guilherme Guilherme, especiais para O Estado)
08h36
19/06/2019
Na última semana, o Estado ouviu
parlamentares paraavaliar se a imagem do ministro teria sido arranhada pelo
caso. Se o ministro for indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para compor o
Supremo Tribunal Federal – duas vagas serão abertas até 2022 - , caberá ao
Senado dar aval para Moro virar ministro da Corte. Bolsonaro já deu declarações
que indicariam sua disposição em indicá-lo.
08h36
19/06/2019
A reunião está prevista para iniciar
às 9h. A comissão é composta por 54 senadores - 27 titulares e 27 suplentes. A
tendência é que a oposição tente politizar o debate, enquanto aliados do
governo e do ministro devem focar no debate jurídico, disseram senadores ouvidos
pelo Estado.
08h35
19/06/2019
Bom dia!
Acompanhe a partir de agora a
transmissão minuto a minuto da ida do ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sérgio Moro, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
para falar sobre as supostas conversas dele com o procurador Deltan Dallagnol,
divulgadas pelo site The Intercept Brasil e atribuídas a Moro à época
em que ele era juiz federal em Curitiba.
Live And Let Die
Paul McCartney
Live And Let Die
When you were young and your heart was
an open book
You used to say live and let live
(You know you did, you know you did,
you know you did)
But if this ever-changing world in
which we live in
Makes you give in and cry
Say live and let die
(Live and let die)
Live and let die
(Live and let die)
What does it matter to you?
When you got a job to do
You got to do it well
You got to give the other fellow hell
You used to say live and let live
(You know you did, you know you did,
you know you did)
But if this ever-changing world in
which we live in
Makes you give in and cry
Say live and let die
(Live and let die)
Live and let die
(Live and let die)
Viva e Deixe Morrer
Quando você era jovem e seu coração
era um livro aberto
Você costumava dizer viva e deixe
viver.
(Você sabe que dizia, você sabe que
dizia, você sabe que dizia)
Mas se este mundo de constantes
mudanças no qual vivemos
Faz você se entregar e chorar...
Diga viva e deixe morrer
(Viva e deixe morrer)
Viva e deixe morrer
(Viva e deixe morrer)
O que isso importa para você
Quando você tem trabalho a fazer,
Você tem de fazê-lo bem,
Você tem que dar ao outro camarada, o
inferno.
Você costumava dizer viva e deixe
viver
(Você sabe que dizia, você sabe que
dizia, você sabe que dizia)
Mas se este mundo de constantes
mudanças no qual vivemos
Faz você se entregar e chorar
Diga viva e deixe morrer
(Viva e deixe morrer)
Viva e deixe morrer
(Viva e deixe morrer)
Composição: Linda McCartney / Paul
McCartney
Live and Let Die
Guns N' Roses
When you were young and your
heart
Was an open book
You used to say live and let live
(You know you did)
(You know you did)
(You know you did)
Was an open book
You used to say live and let live
(You know you did)
(You know you did)
(You know you did)
But if this ever changin' world
In which we live in
Makes you give in and cry
Say live and let die
Live and let die
In which we live in
Makes you give in and cry
Say live and let die
Live and let die
What did it matter to ya
When you got a job to do you got to do it well
You got to give the other fella hell
When you got a job to do you got to do it well
You got to give the other fella hell
You used to say live and let live
(You know you did)
(You know you did)
(You know you did)
(You know you did)
(You know you did)
(You know you did)
But if this ever changin' world
In which we live in
Makes you give in and cry
Say live and let die
Live and let die
In which we live in
Makes you give in and cry
Say live and let die
Live and let die
Source: LyricFind
Compositores: Linda Mccartney / Paul
Mccartney
Letra de Live and Let Die © Sony/ATV
Music Publishing LLC, Kobalt Music Publishing Ltd.
Live And Let Die
Guns N' Roses
PAUL McCARTNEY & WINGS - Live And Let Die
(The Original Soundtrack)
Referências
https://youtu.be/omXKi-G2siI
https://www.youtube.com/watch?v=omXKi-G2siI
http://gilvanmelo.blogspot.com/2019/06/merval-pereira-dialetica-de-moro.html?m=1
https://youtu.be/dVmb-9JMfzwhttps://br.noticias.yahoo.com/escandalo-encolheu-diz-moro-sobre-alarde-vazamentos-153236619.html
https://youtu.be/dVmb-9JMfzw
https://politica.estadao.com.br/ao-vivo/sergio-moro-ccj-senado
https://external-preview.redd.it/iAxH0q5JffbJtYYUl_p3zKCi6ZSQT1MjmbgI4VqX5b4.png?auto=webp&s=2e4aae9b5ab203691a98d7bab43999b62690f13b
https://www.reddit.com/r/brasil/comments/7gcbah/fatos_e_opini%C3%B5es_vs_r%C3%B3tulos/
https://img.r7.com/images/matthew-stephenson-17062019181513607?dimensions=460x305
https://noticias.r7.com/brasil/professor-de-harvard-escreve-sobre-o-incrivel-escandalo-que-encolheu-17062019
https://media.gazetadopovo.com.br/2019/05/23152838/senador-oriovisto-guimaraes.jpg
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-frey/oriovisto-pergunta-moro-ccj/
https://pglel.files.wordpress.com/2016/01/o-narrador.pdf
https://cultura.estadao.com.br/blogs/stratosferico/wp-content/uploads/sites/336/2019/06/AFP_1HN5M1.jpg
https://cultura.estadao.com.br/blogs/stratosferico/wp-content/uploads/sites/336/2019/06/2019-06-19T000000Z_1769616516_RC14FBDCFDB0_RTRMADP_5_BRAZIL-POLITICS-MORO.jpg
https://cultura.estadao.com.br/blogs/stratosferico/wp-content/uploads/sites/336/2019/06/AW7I0161.jpg
https://cultura.estadao.com.br/blogs/stratosferico/wp-content/uploads/sites/336/2019/06/AW7I9777-2.jpg
https://cultura.estadao.com.br/blogs/stratosferico/wp-content/uploads/sites/336/2019/06/1560914603465.jpg
https://politica.estadao.com.br/ao-vivo/sergio-moro-ccj-senado
https://youtu.be/e7aGAIWe3uE
https://www.letras.mus.br/paul-mccartney/25151/traducao.html
https://youtu.be/6D9vAItORgE
https://www.letras.mus.br/guns-n-roses/17099/
https://youtu.be/pEFJ4fcioRI
https://www.youtube.com/watch?v=pEFJ4fcioRI
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