Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Bezerra da Silva
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Bezerra da Silva
O ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou
ao Estado que não vai
se afastar do cargo. Alvo de ataque cibernético e de vazamento de diálogos
atribuídos a ele com procuradores da Lava Jato,
no Telegram,
Moro disse que o País está diante de “um crime em andamento”, promovido,
conforme sua avaliação, por uma organização criminosa profissional. Moro
afirmou que não há riscos de anulação do
processo do triplex do Guarujá, que levou à prisão do
ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
O ex-juiz da
Operação Lava Jato vê viés político-partidário na divulgação das mensagens
tiradas de aplicativo do coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan
Dallagnol. Ele falou em “sensacionalismo” e disse que réus e
investigados da Lava Jato teriam interesse no caso. O ministro não reconhece a
autenticidade das mensagens e, na primeira entrevista após ter virado alvo
dos hackers, desafiou a divulgação completa do material.
Ele afirmou
ainda não ver ilicitude nos diálogos e disse que conversava “normalmente”
também com advogados e delegados, inclusive por aplicativos. Em quase uma hora
de conversa em seu gabinete em Brasília, Moro descartou impactos do caso para o
governo Jair Bolsonaro e para o pacote anticrime, que defende no Congresso. A
seguir, os principais trechos da entrevista.
Fausto Macedo e Ricardo Brandt / ENVIADOS ESPECIAIS / BRASÍLIA
#AOVIVO - Ex-presidente Lula concede
entrevista para a TVT
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva concede nesta quinta-feira (13/06) uma entrevista aos jornalistas Juca
Kfouri e José Trajano transmitida pela TV dos Trabalhadores (TVT).
A entrevista acontece após a
publicação de três reportagens pelo site The Intercept Brasil que expõem
mensagens trocadas entre o ex-juiz federal Sergio Moro, atual ministro da
Justiça, e o procurador Deltan Dallagnol demonstrando irregularidades cometidas
durante a operação Lava Jato.”
História
A TVT, primeira emissora de televisão
outorgada a um sindicato de trabalhadores, entrou no ar no dia 23 de agosto de
2010, as 19h. A emissora é uma geradora e foi outorgada em outubro de 2009 à
Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, entidade cultural sem fins
lucrativos criada e mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e
pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.[1]
Em abril de 2014, o Ministério
das Comunicaçõesoficializou a outorga da transmissão da TV em novo canal
digital aberto (44 UHF) para a Grande São Paulo.[2]
Em agosto de 2014, iniciou os
testes do sinal digital, canal 44 digital e 08.1 canal virtual na Grande
São Paulo. Em setembro de 2017 anunciou a contratação de José Trajano, que
passou por ESPN Brasil entre outras para a apresentação do Papo
com Zé Trajano, Em janeiro de 2018, contratou Juca Kfouri para
apresentar o Entre Vistas.[3]
Receber Outorga de Radiodifusão Educativa
O que é?
Radiodifusão Educativa é o Serviço de
Radiodifusão Sonora (rádio) ou de Sons e Imagens (TV) destinado à transmissão
de programas educativo-culturais, que, além de atuar em conjunto com os
sistemas de ensino de qualquer nível ou modalidade, visa a educação básica e
superior, a educação permanente e formação para o trabalho, além de abranger as
atividades de divulgação educacional, cultural, pedagógica e de orientação
profissional.
Outras informações sobre este serviço
podem ser obtidas em:
http://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/comunicacao/SERAD/radiofusao/detalhe_tema/radiodifusao_educativa.html
Quem pode utilizar este serviço?
JORNAL DE DEBATES >
O festival de ambigüidades
Por Alberto Dines em 15/05/2009 na
edição 537
A mídia já começou a espernear diante
do anúncio da concessão de duas emissoras de TV e duas de rádio ao Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC: a Folha de S.Paulo disparou a primeira salva
de tiros em sua edição de quinta-feira (14/5, ver abaixo), rádios e portais da
internet acompanharam o caso, a onda promete crescer.
É um caso inédito, disso não há
dúvidas. Mas apesar do concessionário ser um sindicato de trabalhadores, o ato
não se diferencia das centenas de licenças para emissoras de rádio e TV
outorgadas ou renovadas periodicamente em benefício de deputados, senadores ou
de seus laranjas e apaniguados.
O sistema é o mesmo: equivocado e
irregular. Ignora a isonomia, o pluralismo, ignora principalmente a necessidade
de estabelecer uma política capaz de regular definitivamente as concessões de
radiodifusão.
Dá no mesmo oferecer uma TV educativa
a um sindicato ou ao dono de um curral eleitoral no interior. Ambos constituem
privilégios.
Vale tudo
O governo precisa decidir se deseja
mesmo uma doutrina para corrigir as atuais aberrações no sistema de concessões
de rádio e TV ou se pretende mantê-las. Convocou para o final do ano a primeira
Conferência Nacional de Comunicação, cuja agenda prevê uma discussão em
profundidade sobre as iniqüidades que reinam em nossa mídia eletrônica e poucos
meses antes faz esta farta distribuição de presentes.
Precisamos desconcentrar nossa mídia,
isso é imperioso, mas não às custas desse tipo de ambigüidade que confunde a
sociedade, confunde o cidadão e reforça a impressão de que no Brasil vale tudo,
desde que os beneficiários sejam da turma da ‘gente boa’.
***
Lula concede TVs e rádios a sindicato
do ABC
Fernando Barros de Mello e Elvira
Lobato # Folha de S.Paulo, 14/5/2009
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC,
onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez sua carreira sindical e se
projetou para o mundo político, recebeu do governo federal duas concessões de
TV educativa e duas de rádios educativas no Estado de São Paulo. É o único
sindicato, até agora, favorecido com concessão de radiodifusão.
O próprio presidente anunciou a
autorização de uma TV de São Caetano do Sul, anteontem, na comemoração dos 50
anos do sindicato, sendo aplaudido por 500 pessoas.
As concessões foram dadas em nome da
Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, cujo principal mantenedor é
justamente o sindicato. A legislação não permite a obtenção de outorgas por
sindicatos. As concessões de educativas são gratuitas e distribuídas sem processo
de licitação.
As emissoras de TV são para Mogi das
Cruzes e São Caetano. As outorgas de rádios FM educativas são para as cidades
de São Vicente, no litoral paulista, e Mogi das Cruzes. O presidente do
sindicato, Sérgio Nobre, disse que o presidente Lula ‘fez justiça ao movimento
sindical’, já que universidades e igrejas têm meios de comunicação.
A primeira concessão recebida pelo
sindicato foi a TV de Mogi das Cruzes. O presidente Lula a concedeu (por 15
anos, renováveis) por meio de decreto, em 2005. O processo passou pela Câmara e
pelo Senado. Foi aprovado em agosto de 2007.
Em seguida, veio a autorização da
rádio educativa de São Vicente. No caso das emissoras de rádio, a autorização
(por dez anos, renováveis) foi dada por portaria do ministro das Comunicações,
Hélio Costa, em julho de 2007. O processo ainda tramita na Câmara e terá que
passar pelo Senado.
A terceira outorga foi da rádio de
Mogi das Cruzes, autorizada por portaria do ministro Hélio Costa em 27 de abril
último. Por fim, Lula assinou o decreto publicado ontem, autorizando a
concessão da TV em São Caetano. A tramitação dos processos no Congresso
Nacional pode demorar vários anos.
Indagado sobre a razão de ter duas
emissoras geradoras (que podem produzir sua própria programação) de TV na
Grande São Paulo, Nobre disse que o sinal da emissora de Mogi das Cruzes não
chegaria ao ABC paulista, que é a área de interesse do sindicato. Por isso,
segundo ele, o sindicato pleiteou uma segunda emissora.
Parcerias
Nobre não soube informar qual será o
investimento necessário para manter duas rádios e duas televisões. ‘Sei que é
um projeto muito caro’, afirmou. O sindicalista disse que os cálculos estão
sendo feitos por uma equipe técnica e que tem intenção de propor parceria a
outros sindicatos para partilhar os investimentos e a programação.
Apesar de a concessão de Mogi estar
aprovada há quase dois anos pelo Senado, a emissora ainda não está no ar.
Sérgio Nobre queixou-se do excesso de procedimentos técnicos.
A iniciativa do governo de conceder
emissoras educativas a fundações ligadas ao sindicato dos metalúrgicos
surpreendeu o setor de radiodifusão. O presidente da Abepec (Associação
Brasileira das Emissoras Públicas Educativas), Antônio Achillis, disse que não
tinha conhecimento da iniciativa.
‘Recebi com surpresa, porque o próprio
presidente Lula convocou a realização da Conferência Nacional de Comunicação,
para o final do ano, que vai rediscutir os critérios das concessões’, afirmou
Achillis.
***
Sindicato diz que rádio e TV são
direitos
O Sindicato dos Metalúrgicos diz que
Lula fez justiça ao atender o setor.
‘Achamos que o movimento sindical,
pela contribuição que dá à democracia, merece ter emissoras de televisão. A
grande imprensa ignora o mundo do trabalho, por isso, reivindicamos ter nosso
próprio meio de comunicação’, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC.
Já o presidente da Fundação Sociedade
Comunicação, Cultura e Trabalho não quis se manifestar.
O sindicato diz que vem pleiteando
concessão de rádio e de TV desde que Antônio Carlos Magalhães era ministro das
Comunicações do governo José Sarney (1985-1990).
O Ministério das Comunicações defendeu
a aprovação das concessões, mas afirmou que as outorgas ainda precisam ser
analisadas e aprovadas pelo Congresso Nacional.
Um executivo do ministério, que
examinou os processos, disse que a fundação preenche os requisitos determinados
pela legislação e que o exame foi ‘demorado e criterioso’.
Indagado sobre a razão de o governo
conceder duas concessões para emissoras geradoras a uma mesma fundação, o
executivo, que não quis ser identificado, disse que elas estão dentro do limite
permitido pela legislação.
***
Centrais sindicais reivindicam do
governo concessão de rádio e TV
Elvira Lobato e Fernando Barros de
Mello # Folha de S.Paulo, 15/5/2009
Ao autorizar a concessão de duas TVs e
duas rádios educativas a uma fundação ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC, o presidente Lula abriu caminho para que outros sindicatos e centrais
sindicais reivindiquem igual tratamento.
‘É uma felicidade incomensurável. Lula
demonstrou mais uma vez que é o nosso paizão. Daqui a pouco, todo o movimento
sindical vai ter sua emissora de televisão’, disse o vice-presidente da Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil, Ubiraci dantas de Oliveira.
O deputado Paulo Pereira da Silva
(PDT-SP), presidente da Força Sindical, diz que a entidade nunca pleiteou TVs
ou rádios, mas que agora pensa no assunto. ‘O mundo sindical nunca teve seus
meios. Vamos analisar os Estados e ver onde podemos pleitear.’
A Folha revelou ontem que a
Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, que tem o Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC como principal mantenedor, obteve do governo concessões de
TV educativa em Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul e autorização para
explorar rádios educativas em São Vicente e Mogi das Cruzes.
Segundo o deputado Márcio França
(PSB-SP), que foi o relator do projeto de concessão da rádio de São Vicente, na
Câmara se sabe que as emissoras são vistas como concessões para a CUT (Central
Única dos Trabalhadores). Sendo assim, ele diz ser natural que agora outras
centrais reivindiquem o mesmo tratamento.
O presidente da Nova Central, José
Calixo Ramos, disse que a iniciativa abre margem para outras entidades
sindicais, ‘mas é algo que deve ser avaliado com muito critério, pois manter
uma TV exige estrutura quase empresarial’.
Atenágoras Lopes, da Conlutas (ligada
ao PSTU), vê ‘um aspecto de democratização’. ‘Mas o governo poderia ter feito
muito mais. Persegue-se, por exemplo, rádios comunitárias.’ Sérgio Nobre,
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, disse ontem que estudos
técnicos estão em andamento para a implementação dos canais. ‘É uma proposta de
longo prazo, 30, 40 anos. As grandes redes de TV também nasceram pequenininhas.’
***
Gastos com TVs são estimados em R$ 17
mi anuais
O presidente interino da fundação que
detém a nova concessão de TV na região do ABC, Rafael Marques, 44,
vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, disse que a entidade
aportou, com recursos próprios, R$ 13 milhões para as duas emissoras ligadas ao
sindicato, uma em Mogi das Cruzes e outra em São Caetano.
Desse total, cerca de R$ 1,5 milhão
foi gasto na compra de equipamentos da TV de Mogi, que opera desde 2008. O
restante foi depositado em conta bancária para ser usado na montagem da TV de
São Caetano, cuja meta é atingir 200 mil domicílios.
Os sindicalistas estimam que são
necessários R$ 17 milhões anuais para produzir e colocar no ar oito horas
diárias de programação. Os recursos virão também dos outros sindicatos que
mantêm representantes no conselho administrativo da Fundação Sociedade
Comunicação Cultura e Trabalho, como químicos e bancários.
‘O presidente Lula foi fundamental na
obtenção desse canal. O governo Sarney [1985-1990] distribuiu vários canais,
mas nenhum para os trabalhadores’, disse Marques. (Rubens Valente)
Fernando Haddad | #Provocações
Publicado em 11 de jun de 2019
“Em nova fase, o programa #Provocações,
agora comandado por Marcelo Tas, recebe o advogado, político e professor
Fernando Haddad. Ex-ministro da educação e ex-prefeito de São Paulo, é filiado
ao Partido dos Trabalhadores, pelo qual foi candidato à presidência da
República em 2018. Além disso, leciona ciências políticas na USP, onde se
formou bacharel em direito, mestre em economia e doutor em filosofia. Haddad
também é muito ativo nas redes sociais, sempre opinando sobre o andamento do
novo governo.
O programa #Provocações revisita o
formato de entrevistas que estreou em 2000 e se consagrou nas mãos do eterno
Antônio Abujamra, firmando um compromisso com a dúvida e, é claro, com a
provocação. Agora com os pés no mundo atual e vestido com toda a tecnologia e
interatividade inerente a Marcelo Tas. Participe com a #Provoca! “
Quando Morcego Doar Sangue
Bezerra da Silva
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Toda nossa esperança é somente lembrança do passado
A alta cúpula vive contagiada... pelo micróbio da corrupção
O povo nunca tem razão, estando bom ou ruim o clima
Somente quem está por cima... é a tal dívida externa
E o malandro que faz aquele empréstimo
E leva os vinte por cento dela... para tirar!
REFRÃO
Já não há alegria de noite e de dia a tristeza não pára
A vida custando os olhos da cara
E não temos dinheiro para comprar
Quem governa o país é muito feliz, não se preocupa
Tem tudo de graça, não esquenta a cuca
E o custo de vida só sabe aumentar
REFRÃO
Antigamente governavam decente, sem sacrilégio
Hoje são indecentes, cheios de privilégio
É só caô caô pra cima do povo
Promessa de um Brasil novo
E uma política moderna
Mas só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas.
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Toda nossa esperança é somente lembrança do passado
A alta cúpula vive contagiada... pelo micróbio da corrupção
O povo nunca tem razão, estando bom ou ruim o clima
Somente quem está por cima... é a tal dívida externa
E o malandro que faz aquele empréstimo
E leva os vinte por cento dela... para tirar!
REFRÃO
Já não há alegria de noite e de dia a tristeza não pára
A vida custando os olhos da cara
E não temos dinheiro para comprar
Quem governa o país é muito feliz, não se preocupa
Tem tudo de graça, não esquenta a cuca
E o custo de vida só sabe aumentar
REFRÃO
Antigamente governavam decente, sem sacrilégio
Hoje são indecentes, cheios de privilégio
É só caô caô pra cima do povo
Promessa de um Brasil novo
E uma política moderna
Mas só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas.
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Fim.
Para tirar... meu Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas
Fim.
Compositores: ROSEMBERG / COSME DINIZ
Letra de Quando Morcego Doar Sangue ©
Warner/Chappell Edicoes Musicais Ltda, WB Music Corp. O/B/o Warner/ Chappell
Edicoes Musicais Ltda
Quando o Morcego Doar Sangue
Bezerra da Silva
O que é Ambiguidade:
Ambiguidade é a qualidade ou estado do
que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais do que um sentido ou
significado.
A ambiguidade pode apresentar a sensação
de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação.
Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou
do calor”. “Não sei se vou ou fico”.
A ambiguidade pode estar em palavras,
frases, expressões ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de
teor literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos
científicos ou jornalísticos, por exemplo.
Ambiguidade é também um substantivo
que nomeia a falta de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao amigo
que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou o amigo?).
O que é Inexorável:
Inexorável é um adjetivo de 2
gêneros que descreve uma pessoa ou situação inflexível, implacável, austera ou rigorosa.
Alguns sinônimos de inexorável podem
ser: intransigente, inquebrável, inevitável, etc.
A palavra inexoravelmente é
o advérbio de modo que indica alguma coisa que é feita ou que acontece de forma
inexorável. Ex: Apesar de todas as dificuldades, ele continuou lutando
inexoravelmente.
A inexorabilidade implica uma atitude
de alguém que não cede perante pressões ou pedidos de outras pessoas, ou uma
decisão que não pode ser mudada. Ex: Eles tentaram reverter a situação,
sem sucesso, porque a decisão era inexorável.
Quanto à pronúncia da palavra
inexorável, o "x" é lido como "z" e não como
"cs", ou seja, "inezorável" e não
"inecsorável". Nestes casos, a pronúncia do "x" nesta
palavra é parecida com a pronúncia da mesma letra nas palavras êxito, existir,
exortar, exercício, etc.
Data de atualização: 26/05/2014.
Lula, o psicopata | Marco Antonio Villa
Publicado em 19 de abr de 2017
Como é que Lula teve e ainda tem essa
importância na história política brasileira? O comentarista Marco Antonio Villa
é direto: “Lula é sinônimo de crime”. Assista ao comentário completo.
Moro desafia: ‘Se quiserem publicar tudo, publiquem. Não tem problema’
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirma ao 'Estado'
que não vai se afastar do cargo
Fausto Macedo e Ricardo Brandt / ENVIADOS ESPECIAIS / BRASÍLIA
13 de junho de 2019
| 23h40
Ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Foto: Dida Sampaio/Estadão
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou
ao Estado que não vai se afastar do cargo. Alvo de ataque
cibernético e de vazamento de diálogos atribuídos a ele com procuradores
da Lava Jato,
no Telegram,
Moro disse que o País está diante de “um crime em andamento”, promovido,
conforme sua avaliação, por uma organização criminosa profissional. Moro
afirmou que não há riscos de anulação do
processo do triplex do Guarujá, que levou à prisão do
ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
O ex-juiz da Operação Lava Jato vê viés político-partidário na
divulgação das mensagens tiradas de aplicativo do coordenador da força-tarefa
em Curitiba, Deltan
Dallagnol. Ele falou em “sensacionalismo” e disse que réus e
investigados da Lava Jato teriam interesse no caso. O ministro não reconhece a
autenticidade das mensagens e, na primeira entrevista após ter virado alvo
dos hackers, desafiou a divulgação completa do material.
Ele afirmou ainda não ver ilicitude nos diálogos e
disse que conversava “normalmente” também com advogados e delegados, inclusive
por aplicativos. Em quase uma hora de conversa em seu gabinete em Brasília,
Moro descartou impactos do caso para o governo Jair Bolsonaro e para o pacote
anticrime, que defende no Congresso. A seguir, os principais trechos da
entrevista.
Estadão: O sr. está preocupado, está dormindo em paz?
Sérgio Moro: Fui vítima de um ataque criminoso de hackers.
Clonaram meu telefone, tentaram obter dados do meu aparelho celular, de
aplicativos. Até onde tenho conhecimento, não foram obtidos dados. Mas os
procuradores foram vítimas de hackers e agora está havendo essa divulgação
indevida. Estou absolutamente tranquilo em relação à natureza Das minhas
comunicações. No fundo, esse processo da Lava Jato é um processo muito
complicado. É uma dinâmica dentro da 13.ª Vara Federal (em Curitiba),
o dia inteiro proferindo decisão urgente. E a gente recebia procurador,
advogado, a gente falava com advogado, falava com todo mundo. E, eventualmente,
utilizava aplicativos de mensagem para tratar isso de maneira dinâmica maior.
Mas, quanto à natureza das minhas comunicações, estou absolutamente tranquilo.
Estadão: O sr. era o juiz exclusivo dos processo
penais da Lava Jato, era o corregedor da Lava Jato?
Moro: Exatamente, às vezes as pessoas tinham como
referência a 13.ª Vara e o juiz, no meu caso, e levavam todo tipo de
informação, de demanda. Então, as pessoas ouviam histórias verdadeiras,
plausíveis e, às vezes, histórias fantasiosas. E, muitas vezes, em vez de levar
ao Ministério Público, levavam a mim. O que a gente fazia? A gente mandava para
o Ministério Público. Mandava normalmente pelos meios formais, mas, às vezes,
existia uma situação da dinâmica ali do dia, naquela correria, e enviava por
mensagem.
Estadão: Recebia demandas de advogados?
Moro: Sim, recebia. Procuradores, advogados, o
tempo todo. É normal trocar informação, claro, dentro da licitude. Mas, assim,
o que tem que se entender é que esses aplicativos de mensagens, eles apenas
aceleram a comunicação. Isso do juiz receber procuradores, delegados, conversar
com delegado, juiz receber advogados, receber demanda de advogados, acontece o
tempo todo. Às vezes chegava lá o Ministério Público: “Ah, vou pedir a prisão
preventiva do fulano X”. Às vezes, o juiz tem uma análise lá e fala: “Ó,
precisa de prova robusta para pedir a prisão preventiva”. Assim como o advogado
chega lá e diz: “Vou pedir a revogação da prisão preventiva do meu cliente”. Às
vezes o juiz fala: “Olha, o seu cliente está em uma situação difícil, seria
interessante demonstrar a correção do comportamento do cliente, afastar essa
suspeita”. Essa interlocução é muito comum. Sei que tem outros países que têm
práticas mais restritas, mas a tradição jurídica brasileira não impede o contato
pessoal e essas conversas entre juízes, advogados, delegados e procuradores.
Estadão: Os próprios advogados usam a expressão
embargos auriculares quando vão conversar com o magistrado.
Moro: Tem essa expressão. Mas é muito comum. Na
dimensão da Lava Jato, com todas as diligências que eram ordenadas, às vezes
surgiam incidentes no meio dessas buscas, às vezes surgia a necessidade de
coisas muita urgentes, era comum você ser contatado, seja verbalmente, seja por
aplicativos, mas com demandas lícitas. A questão do aplicativo é apenas um
meio.
Estadão: Não contamina a Operação Lava Jato?
Moro: Não, de forma nenhuma. Depois de todas as
decisões, tudo era formalizado, colocado nos autos. Agora, existia às vezes
situações de urgência, eventualmente você está ali e faz um comentário de
alguma coisa que não tem nada a ver com o processo. Isso não tem nenhum
comprometimento das provas, das acusações, do papel separado entre o juiz, o
procurador e o advogado. Não existe também nenhuma espécie, vamos dizer assim…
Até ouvi uma expressão lá de que eu era “chefe da Lava Jato”, isso é uma
falsidade.
Estadão: Não houve conluio?
Moro: Não tem nada, nunca houve esse tipo de
conluio. Tanto assim, que muitas diligências requeridas pelo Ministério Público
foram indeferidas, várias prisões preventivas. O pessoal tem aquela impressão
de que o juiz Moro era muito rigoroso, mas muitas prisões preventivas foram
indeferidas, várias absolvições foram proferidas. Não existe conluio. Agora, a
dinâmica de um caso dessa dimensão leva a esse debate mais dinâmico, que às
vezes pode envolver essa troca de conversas pessoais ou por aplicativos. Mas é
só uma forma de acelerar o que vai ser decidido no processo.
Estadão: O processo triplex está sob risco?
Moro: Olha, se tiver uma análise cautelosa, se nós
tirarmos o sensacionalismo que algumas pessoas interessadas estão fazendo, não
existe nenhum problema ali. Foi um caso decidido com absoluta imparcialidade
com base nas provas, sem qualquer espécie de direcionamento, aconselhamento ou
coisa que o valha. Um dos episódios que falam seria a mensagem minha mais
delicada que apareceu. Eu fico numa situação delicada porque eu não posso
reconhecer a autenticidade dessas mensagens, porque é assim, em vez de eles
apresentarem tudo, e que a gente possa verificar a integridade desse material,
eles estão com essa ideia de apresentar paulatinamente. E eu não excluo a
possibilidade de serem inseridos trechos modificados, porque eles não se
dignaram nem sequer a apresentar o material a autoridades independentes para verificação.
A mensagem que diz que é mais delicada em relação a mim, o que é? É uma
notícia-crime. Alguém informa que tem informações relevantes sobre crimes e eu
repasso para o Ministério Público. Isso está previsto expressamente no Código
de Processo Penal, artigo 40, e também no artigo 7 da Lei de Ação Civil Pública
diz que “quando o juiz tiver conhecimento de fatos que podem constituir crime
ou improbidade administrativa ele comunica o Ministério Público”. Basicamente é
isso, eu recebi e repassei. Porque eu não posso fazer essa investigação.
Estadão: Em algum momento chegou informação de
interesse da defesa ao sr. e que foi encaminhada à defesa?
Moro: Chegavam muitas informações, aquilo lá tinha
virado uma caixa de ressonância pela publicidade das informações. Tudo que
chegava que era relevante, ou a gente encaminhava para a polícia ou Ministério
Público, seja lá se a informação eventualmente beneficiava defesa ou acusação.
O que importa é o descobrimento da verdade.
Estadão: O que chegou o sr. passou para frente? Houve
seletividade?
Moro: Não, não. Sendo muito franco, essas
notícias-crime chegavam toda hora. O que tem que fazer o juiz? Ele tem que
transmitir isso para a frente.
Estadão: O que foi divulgado até agora o sr. reconhece
como fala sua? A frase ‘In Fux we trust’, por exemplo?
Moro: Tem duas dificuldades, essas invasões
criminosas dos dispositivos dos procuradores e a tentativa de invasão do meu,
eles, até onde sei, não conseguiram pegar o conteúdo do meu Telegram. Poderiam
ter pego, não tem problema nenhum quanto a isso. Mas não conseguiram, porque
não estou no Telegram. Não tenho essas mensagens. Veja, são fatos que
aconteceram dois três anos atrás. Não tenho memória de tudo. Vejo algumas
coisas que podem ter sido coisas que eu tenha dito. Agora podem ter inserções
maliciosas. Então fica muito complicado. Até porque, como eu disse, se os fatos
são tão graves como eles dizem que são, até agora não vislumbrei essa
gravidade, o que eles deveria fazer: pegar o material que receberam na forma
original, não sei se é papel ou se é meio eletrônico, e apresentar para uma
autoridade independente. Se não querem apresentar à Polícia Federal, apresenta
no Supremo Tribunal Federal. Aí vai se poder verificar a integridade daquele material,
exatamente o que eles têm, para que se possa debater esse conteúdo. Agora, do
contrário, eu fico impossibilitado de fazer afirmações porque eu não tenho o
material e, por outro lado, eu reconheço a autenticidade de uma coisa e amanhã
aparece outra adulterada. Alguns diálogos, algumas mensagens lá me causam
bastante estranheza. Não sei, por exemplo, como é que atribuíram aquelas
mensagens a Moro, de onde que veio isso, esse Moro, da onde que veio o Deltan.
Eu vejo nas mensagens lá que às vezes está Deltan e às vezes está Dallagnol.
Então, como é que foi isso? Aquele material não é o material original? Será que
não teve outra coisa que foi editada ali dentro?
Estadão: A investigação chegará aos hackers?
Moro: Espero que sim. Existem várias possibilidades,
de ter sido um hacker isolado. Eu, particularmente, acho que isso não foi
tarefa de um adolescente com espinhas na frente do computador, mas de um grupo
criminoso organizado, e a polícia está empenhada em verificar esses fatos. Não
é só a questão minha, ou dos procuradores, muita gente sofreu a mesma tentativa
de invasão criminosa, inclusive jornalistas, já temos notícias de possíveis
parlamentares terem sido vitimas dessa prática. Não é só uma invasão pretérita
que um veículo de internet resolveu publicar o conteúdo. Nós estamos falando
aqui de um crime em andamento. De pessoas que não pararam de invadir aparelhos
de autoridades ou mesmo de pessoas comuns e agora têm uma forma de colocar isso
a público, podem enviar o que interessa e o que não interessa. E também esse
veículo (The Intercept Brasil) não tem nenhuma transparência com relação a esse
conteúdo. Então vai continuar trabalhando com esses hackers?
Estadão: O alvo é a Lava Jato ou o governo Bolsonaro e
as reformas?
Moro: Acho que o alvo são as instituições. Se vamos
tolerar esse tipo de comportamento, hackers criminosos que conseguem abrigo em
veículos não sei se da imprensa, se a gente pode falar dessa forma, para
divulgar isso. Então quer dizer se amanhã invadirem os telefones de jornais, de
empresas, dos ministros do Supremo, de presidente do Senado, de presidente da
Câmara, vão aceitar que isso seja divulgado por esse mesmo veículo? Me parece,
veja bem, essa Operação Lava Jato foi muito difícil, hercúleo, pode ter nisso
as críticas pontuais, mas houve uma mudança de padrão do tratamento do Brasil
da impunidade da grande corrupção. Então pessoas que eram normalmente impunes,
mesmo tendo cometido crimes de corrupção graves, passaram e ser punidos. Isso
gerou muitos inimigos. Tem muita gente que quer fazer tudo para acabar com a
operação. E conseguiram, aparentemente, gerar um sensacionalismo com base em
ataques criminosos de hackers. Mas eu acho que, olhando mais a fundo, os alvos
são as instituições.
Estadão: Mais do que a Lava Jato?
Moro: Mais do que a Lava Jato. A gente não sabe
onde isso vai parar. Ontem (anteontem), me parece que houve uma tentativa de
intimidação do Supremo Tribunal Federal com a divulgação daquelas mensagens
envolvendo um ministro (Luiz Fux).
Estadão: O objetivo serve a algum investigado da Lava Jato?
Vê riscos de anulação dos processos?
Moro: Acho que há muito sensacionalismo e falta uma
análise mais cautelosa. Se formos analisar o que saiu não vi nada demais.
Embora, como disse, não tenha condições de reconhecer a autenticidade daquilo.
E não se sabe que tipo de adulteração pode vir aí em relação a isso. Esse
sensacionalismo, mais do que o próprio conteúdo (das mensagens), é
o que pode afetar a credibilidade das operações. Mas aquilo foi um trabalho
sério, difícil, não foi feito sem um custo pessoal, e não digo só meu, mas de
todos aqueles que estiveram envolvidos. E não foi feito também sem o custo da
própria sociedade. A sociedade foi às ruas, apoiou a pauta anticorrupção, como
continua apoiando.
Estadão: Pensou em se afastar do cargo?
Moro: Não, eu me afastaria se houvesse uma situação
que levasse à conclusão de que tenha havido um comportamento impróprio da minha
parte. Acho que é o contrário. Agora estou em uma outra situação, estou como
ministro da Justiça, não mais como juiz, mas tudo o que eu fiz naquele período
foi resultado de um trabalho difícil. E nós sempre agimos ali estritamente
conforme a lei. Qualquer situação, despido o sensacionalismo, está dentro da
legalidade. Conversar com procuradores, conversar com advogados, isso é
absolutamente normal.
Estadão: O presidente Bolsonaro o apoiou?
Moro: Sim, desde o início o presidente me apoiou.
Agora, esse foi um trabalho realizado enquanto eu não era ministro. Então não é
responsabilidade do atual governo. O presidente reconhece e já deu
demonstrações públicas nesse sentido de que não se vislumbra uma anormalidade
que se coloque em xeque a minha honestidade.
Estadão: O sr. se sentiu isolado?
Moro: Não, nós temos recebido muita manifestações
de apoio, de populares, de autoridades. Agora, existe um sensacionalismo que
tenta manipular a opinião pública. Pessoas que se servem de meios criminosos
para obter essas informações e nos atacar e a outras pessoas e que não veem um
problema ético em utilizar esse tipo de informação e fazer sensacionalismo. Por
que não apresenta desde logo tudo? Se tem irregularidade mesmo, tão graves,
apresenta tudo para uma autoridade independente que vai verificar a integridade
do material. Aí, sim, se a ideia é contribuir para fazer Justiça, então vamos
agir dessa forma. E não com esses mecanismos espúrios.
Estadão: Em um diálogo que lhe é atribuído, o sr. fala
em limpar o Congresso. O sr. reconhece essa fala como sua?
Moro: Não, não reconheço a autenticidade desse tipo
de afirmação. Vamos dizer assim, em uma conversa coloquial, pode ser até algo
que se diga “olha, tem um problema”. Vamos dizer que estamos falando de um
Congresso que na época tinha o Eduardo Cunha como presidente (da Câmara), uma
pessoa que comprovadamente cometeu crimes, tinha contas milionárias na Suíça,
então era uma situação bastante diferente. Mas eu não tenho como recordar se há
dois, três anos atrás eu tenha efetuado uma afirmação dessa espécie.
Estadão: O que o sr. vai dizer no Senado na próxima
semana?
Moro: Eu me coloquei à disposição para esclarecer,
eu não tenho nenhum receio do conteúdo de mensagens que eu tenha eventualmente
enviado ou recebido durante minha carreira profissional. Sempre me pautei pela
legalidade e estou me colocando à disposição para esclarecer no que eu posso.
Estadão: O sr. vê cunho sensacionalista, mas as
reações são diretas em questionar a legalidade de uma suposta interferência nas
investigações. É normal?
Moro: A tradição jurídica brasileira permite essas
conversas entre juízes e advogados e procuradores, inclusive policiais. A
questão das operações, uma vez deferida uma diligência, 50 buscas e apreensões
e 50 prisões de pessoas, existem questões de logística que vão ser discutidas
com a polícia e com o Ministério Público. Precisamos saber exatamente quando
vai acontecer, em que momento vai acontecer e tem que ter um planejamento.
Estadão: Pretende incluir no pacote anticrime um
capítulo sobre hackers?
Moro: Não vou colocar agora, não quero misturar
essas coisas. Mas há uma necessidade de rever a legislação brasileira, que é
muito branda.
Estadão: Há indício de que a base dos ataques seja
fora do País, uma participação internacional de hackers?
Moro: Quem especulava de que tudo era uma armação
da CIA era o Partido dos Trabalhadores em relação à Operação Lava Jato. Todas
as opções estão na mesa, a investigação é da Polícia Federal e eu acompanho
apenas à distância.
Estadão: O sr. fazia dupla verificação o seu Telegram?
Moro: Eu não estava no Telegram.
Estadão: Mas quando usava?
Moro: Não.
Estadão: Mandava áudios pelo Telegram?
Moro: Não, não, de forma alguma. Veja, isso são coisas
de dois, três anos atrás. Ao que me consta, não tem nenhum áudio meu, porque
não tenho esse costume. Eu até brinco que eu acho um costume um pouco
irritante, áudio por aplicativo de mensagem. Quer falar? Então liga.
Estadão: Esse caso pode derrubar a prisão em segunda
instância no STF e fazer voltar a discussão sobre a Lei de Abuso de Autoridade
no Congresso?
Moro: São questões independentes. Não acredito que
o Supremo vai fazer qualquer alteração em relação à prisão em segunda instância
decorrente desse fato. Quanto ao Congresso, também me parece que não.
Estadão: O diálogo sobre o grampo que pegou Lula e Dilma à
véspera da nomeação do ex-presidente como ministro o sr. não reconhece como
seu?
Moro: Veja, isso foi dito na época dos fatos, lá em
2016. Houve uma posição da polícia requerendo o levantamento do sigilo, houve
uma posição do Ministério Público requerendo o levantamento do sigilo. E houve
uma decisão que eu tomei de levantar o sigilo. Se isso foi tratado em
mensagens, ali, teria sido tratado dessa forma. Mas não teve nenhum
comprometimento ali de imparcialidade no processo. A posição é a que está no processo.
É exatamente o que foi feito. Não vejo ali o motivo da celeuma.
Estadão: O sr. não estava orientando o procurador?
Moro: O que eu posso em algum momento ter falado, ao
transmitir uma mensagem ao procurador ou a qualquer outra pessoa, é: “Olha, levantei
o sigilo, acho que fiz o certo. Agora, realmente causou um certo impacto que eu
não imaginava, achei que era uma decisão absolutamente acertada e comum.
Estadão: O PT acusa o sr. de ter feito parte de uma trama
para tirar Lula do cenário político e de ter influenciado no resultado da
eleição em 2018.
Moro: Me parece muito claro que existe um viés
político-partidário na divulgação dessas mensagens, e não utilização dela. Uma
passa pela soltura de um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que é o
ex-presidente Lula, é uma pena. Ele foi condenado em mais de uma instância e
por mais de um juiz de primeira instância. Sempre disse com muita clareza que
para mim é muito triste ter proferido essa decisão. Isso me trouxe um grande
peso, pessoal. Constantemente sou atacado por ter apenas cumprido o meu dever.
Era o que a lei determinava e era o que as provas ali revelavam (no caso
triplex).
Estadão: O sr. não teme novas publicações?
Moro: Não, pode ser que tenham novas publicações. Mas
assim, eu sempre pautei o meu trabalho pela legalidade. Os meus diálogos e as
minhas conversas com os procuradores, com advogados, com policiais, sempre
caminharam no âmbito da licitude. Não tem nada ali, fora sensacionalismo
barato.
Estadão: O caso pode prejudicar uma futura indicação do
sr. ao Supremo?
Moro: Nem penso nisso. Não tem vaga no momento. Não faz
sentido. Nunca vi no passado se discutir vagas no Supremo sem estarem abertas.
É algo que não está no meu radar.
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investigação única da PF sobre ataques de hacker a procuradores da Lava Jato
Referências
https://youtu.be/Z_BhJW-M_cA
https://www.youtube.com/watch?v=Z_BhJW-M_cA&feature=youtu.be
http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/o_festival_de_ambigidades/
https://pt.wikipedia.org/wiki/TV_dos_Trabalhadores
https://youtu.be/5gnSqFEmK0w
https://www.youtube.com/watch?v=5gnSqFEmK0w&feature=youtu.be
https://youtu.be/n4zN0oVoAvE
https://www.significados.com.br/ambiguidade/
https://www.significados.com.br/inexoravel/
https://youtu.be/qiZBSXSDAbM
https://www.youtube.com/watch?v=qiZBSXSDAbM
https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/comunicacao/paginas/receber-outorga-de-radiodifusao-educativa.html
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2019/06/moro.jpg
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/se-quiserem-publicar-tudo-publiquem-nao-tem-problema/
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