domingo, 22 de outubro de 2017

Saudades do centrão

CENTRÃO


Grupo suprapartidário com perfil de centro e direita criado no final do primeiro ano da Assembléia Nacional Constituinte de 1987-1988 para dar apoio ao presidente da República José Sarney. Foi responsável pela reviravolta no processo de elaboração constitucional ao conseguir alterar, por meio de um projeto de resolução, as normas regimentais que organizavam os trabalhos constituintes.
Era comandado por lideranças conservadoras do Partido da Frente Liberal (PFL), do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do Partido Democrático Social (PDS) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e contava também com parlamentares do Partido Liberal (PL) e do Partido Democrata Cristão (PDC). Ao cindir o majoritário PMDB, sacramentou o fim da Aliança Democrática entre o PMDB e o PFL, até então fiadora formal da transição democrática e núcleo de sustentação da Nova República. Ao se apresentar como base confiável de apoio ao governo dentro da Constituinte, assegurou ao palácio do planalto a vitória nos principais temas de seu interesse: sistema de governo presidencialista e mandato de cinco anos.




Sessão final de trabalho da Assembleia Constituinte, em 22 de setembro de 1988, após o encerramento da votação, com aprovação do texto final da nova Constituição do país.

O que é o poderoso centrão, que pode definir o sucessor de Cunha
Mariana Schreiber
Da BBC Brasil em Brasília
13 julho 2016




A vida não é um tribunal
Hélio Schwartsman

Folha de S. Paulo

Num tom muito cordial, pelo qual agradeço, Reinaldo Azevedo criticou minha coluna do dia 18, em que apontava semelhanças entre as sinas de alguns políticos. "Temer é vítima de um complô, Aécio, de armação, e Lula, de perseguição", escrevi. Azevedo, se resumo bem seu argumento, diz que eu fui irônico e que isso é inadmissível diante das ilegalidades e abusos processuais a que os três dirigentes estão sendo submetidos.

Admito que eu tenha sido irônico, mas não creio que isso seja pecado. O que me surpreendeu é que Azevedo, que sabe ler e interpretar textos com maestria (ele daria um excelente talmudista), tenha deixado escapar o ponto central de meu artigo. Como Azevedo, sou um garantista. O Estado de Direito é um dos alicerces da civilização contemporânea. E deixei bem claro na coluna que nenhum dos três políticos pode sofrer sanções penais sem que sua culpa tenha sido demonstrada. Na esfera criminal, as garantias dadas a acusados precisam ser maiúsculas. "Reus sacra res est" (o réu é coisa sagrada). Só que a vida não é um tribunal. Ela encerra outras dimensões em que o nível de proteção ofertado à defesa não precisa e nem deve ser tão elevado.

O exemplo mais rudimentar é o do eleitor. Ele não tem de considerar as explicações de Lula ou de Aécio antes de negar-lhes seu voto. Num plano intermediário estão os conselhos de ética do Legislativo. Eles não podem cassar ninguém sem nem ouvir sua versão, mas não precisam proceder com o mesmo rigor formal e material do Judiciário. Ao contrário do que se dá com juízes, a Carta não exige de parlamentares que fundamentem seus votos condenatórios.

Independentemente das tipificações penais e da validade das provas, ficou bem demonstrado que Temer, Aécio e Lula se meteram em relações promíscuas com empresários que já confessaram inúmeros atos de corrupção. Isso é mais que suficiente para uma condenação política.




Vem aí o 'centro democrático'
POR ILIMAR FRANCO
O Globo
13/10/2016 10:40


Depois de perder seu principal líder — Eduardo Cunha —, o centrão na Câmara traça estratégias para se refortalecer. Quer começar mudando a alcunha pela qual ficou conhecido. Seus integrantes avaliam que o termo “centrão” é usado pejorativamente e querem um novo batismo. Uma das ideias em avaliação é “centro democrático”. 
Cortejar o PSB
Com outro rótulo, o centrão, formado por PP, PR, PSD, PTB e Solidariedade, sonha ampliar seu tamanho. Mira o PSB. Seus líderes relatam que os socialistas andam se queixando por se sentirem satélite do PSDB e do PMDB. “Antes, sentiam-se assim com o PT. Agora, com os tucanos. Com a gente, podem ter protagonismo”, flerta um dos comandantes do centrão. A reformulação é parte da tentativa de construir o caminho para chegar à presidência da Câmara em 2018. Avaliam que os mais cotados do grupo — Jovair Arantes (PTB), Rogério Rosso (PSD) e Aguinaldo Ribeiro (PP) — podem não ser os melhores nomes.



Imune não é impune
Dora Kramer

Veja

Imunidade obedece à regra legal. Impunidade atropela o que diz a lei



A união indispensável
Marco Aurélio Nogueira

O Estado de S. Paulo

Democratas de todos os partidos e quadrantes, uni-vos! Vocês nada têm a perder a não ser os grilhões que os aprisionam ao atraso, à inoperância, à demagogia. Têm um mundo a conquistar: um país mais justo, mais dinâmico, menos atropelado pelas estripulias obscenas de corruptos e aproveitadores, assim como de exploradores da ingenuidade política das multidões



A lógica do medo
Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense

A “unidade dos contrários” acontece entre o ex-presidente Lula e o deputado Bolsonaro, que parecem manter um acordo tácito quanto à estratégia de campanha

Na política a unidade dos contrários é mais comum do que se imagina.



Goldman diz que Doria 'queimou o filme' e que PSDB vive crise
Ex-governador que criticou prefeito diz que partido só não está pior porque não surgiu alternativa melhor no espectro

Marcelo Osakabe
O Estado de S.Paulo

O PSDB vive uma situação delicada em relação à eleição de 2018 e só não está pior porque não surgiu alternativa melhor no espectro político-partidário, avaliou o vice-presidente nacional da sigla, Alberto Goldman. Para o ex-governador, a situação fica evidente na dificuldade dos tucanos de apresentar uma candidatura de destaque ao Planalto.

"A dificuldade é real, mas quem está melhor do que o PSDB?", questionou Goldman, que participou nesta quinta de um evento na capital paulista. Ele citou o governador Geraldo Alckmin como o nome mais expressivo no momento dentro do partido, mas ponderou que ele "não é nenhuma figura de grande expressão, uma grande liderança nacional". "Não é um Lula, que foi um grande líder, a verdade é essa", disse.

O ex-governador lembrou que existem ainda outros nomes, como o senador José Serra, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, mas voltou ao ponto. "Dizer que tem alguém (no PSDB) que salta como o candidato que poderá empolgar o povo brasileiro? Nada me parece, não é visível isso".

Em relação ao prefeito João Doria, com quem trocou ofensas há duas semanas pelas redes sociais, o ex-governador considerou que o "perigo" de sua candidatura "está um pouco diminuído". Doria, em sua avaliação, teria conseguido canalizar a rejeição ao PT na cidade para se eleger em primeiro turno em 2016, mas "queimou o filme" ao acreditar que aquele momento persistia até hoje.

O tucano também disse entender que a imagem do PSDB é prejudicada por situações como a do senador Aécio Neves, que retomou o cargo esta semana após o Senado derrubar as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "O presidente do partido acabou se constituindo figura extremamente danosa para a (nossa) imagem", afirmou, lembrando do áudio em que o Aécio e Joesley Batista acertam pagamento de R$ 2 milhões.

Polarização. Goldman participou de um encontro intitulado "PSDB, presente e futuro" na Casa do Saber, em São Paulo. Em sua avaliação, o partido apresenta problemas, entre eles a forte indefinição de sua bancada em relação a temas polêmicos, mas ainda mantém uma espinha dorsal de elementos programáticos. Ele reiterou críticas a parte de seus dirigentes, como Aécio e Tasso Jereissati, senador e presidente interino da sigla, a quem chamou de "caciques coronéis". "São coronéis modernos, pessoas que não têm vivência partidária e não sabem conduzir o que é um partido político", disparou.

Apesar desse cenário, o vice-presidente nacional do partido disse não ver alternativa no cenário político para ocupar o espaço do PSDB. O perigo, por outro lado, seria a emergência de candidaturas competitivas nos extremos do espectro político, como foi a eleição municipal do Rio Janeiro em 2016, quando Marcelo Freixo (Psol) e Marcelo Crivella (PRB) foram ao segundo turno.

"O desafio eleitoral imediato é construir uma frente no centro político, fugindo do que se chama de esquerda petista e do que nasce agora como a direita", disse. “Aglutinar esse centro para enfrentar esses dois lados que estão surgindo”.




Terra Virgem
Vicente Celestino
Óh, meu Brasil, para aumentar a tua glória, Dia virá no teu futuro ascencional, Em que o mundo invejará a tua história, Porque serás o Paraíso Universal, Vejam teus campos que se perdem no horizonte, O Rio-Mar, o sol de ouro o céu de anil, E a terra virgem que se mira numa fonte, Enche de frutos o regaço do Brasil. Sob o alto Corcovado, engastado, Tens o Cristo Redentor, Dominando a Guanabara, jóia rara, No teu reino de esplendor, E nas praias encantadas, enamoradas, Sob o céu de eterno azul, Brancas ondas se debruçam, E soluçam, sob o Cruzeiro do Sul. Óh, meu Brasil, quando contemplo o teu passado, Sinto em minh'alma, a ressonância de um clarim, E descortino teu futuro deslumbrado, Porque não vejo, outro pais tão grande assim, Berço de heróis, terra de luz e de bondade, A natureza é um hino verde em teu louvor, Outra nação, não há com tanta liberdade, Tanta fartura, tanta paz e tanto amor....






Saudades Da República
Luiz Ayrão
 
República, república
Ai que saudades dos meus tempos de república (estribilho 2x)

Chegava de porre no quarto
Cantando chorinho e sambão
Acordava no meio da noite
Fazendo a maior confusão
A camisa que eu mais gostava
Enxugava o chão do corredor
Com a meia da mulher amada
Era lá na cozinha o melhor coador
Estribilho
Livro emprestado não vinha
E o que vinha não ia também
Tomava dinheiro emprestado
Depois não pagava ninguém
Nota baixa tirava de letra
Na roda de samba e batida
E brigava sem ser carnaval
Se falasse mal da portela querida
Estribilho
Requeijão que mamãe me mandava
Sumia sem nêgo saber
A pelada era de madrugada
Com bola de não sei o quê
Esse tempo agora é passado
Foi um doce de felicidade
Pois agora a barriga burguesa
Atrás de uma mesa chora de saudade
Compositor: Artúlio Reis



Referências
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/centrao
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fd/Sessaoconstituinte.jpg/250px-Sessaoconstituinte.jpg
https://ichef-1.bbci.co.uk/news/660/cpsprodpb/1C77/production/_90378270_11af2708-263b-4e1f-af39-b520e85bbd5b.jpg
https://ichef-1.bbci.co.uk/news/660/cpsprodpb/1C77/production/_90378270_11af2708-263b-4e1f-af39-b520e85bbd5b.jpg
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/10/a-vida-nao-e-um-tribunal-helio.html#more
http://s2.glbimg.com/Zm_Jn1_0RtgPxIA0qXuHDURwf7o=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2016/10/12/centrao.jpg
http://blogs.oglobo.globo.com/panorama-politico/post/vem-ai-o-centro-democratico.html
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/10/imune-nao-e-impune-dora-kramer.html
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/10/a-uniao-indispensavel-marco-aurelio.html
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/10/a-logica-do-medo-luiz-carlos-azedo.html
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/10/goldman-diz-que-doria-queimou-o-filme-e.html
https://youtu.be/bKGOuZyt6_8
https://youtu.be/bCR6P-Q64ZY

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