“Italiano”
e “Amante” discutem relação
“Por
todas essas razões, ofereço a minha desfiliação, e o faço sem qualquer
ressentimentos ou rancores. Meu desligamento do partido fica então à vossa
disposição.
Saudações
cordiais,
ANTONIO
PALOCCI FILHO”
"Minhas/Tuas Mãos"
"Contas/Conta"
"Partir/Partir"
"Ah"
“Dependendo de como for feita a DR – e de quem é a sua cara metade – ela mais atrapalha do que ajuda”
Por Ana Paula Severiano
Por
benefícios, Palocci rompeu com sua própria história, diz Gleisi
QUA, 27/09/2017 - 10:33
ATUALIZADO EM 27/09/2017 - 10:33
Foto: Reprodução
Jornal GGN - A polêmica carta escrita pelo
ex-ministro preso na Operação Lava Jato, Antonio Palocci, que se alastrou pelas
redes sociais em poucas horas, tentando fazer um acerto de contas com o PT após
pedir a desfiliação do partido e atacando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, recebeu resposta direta e objetiva da sigla: "política e moralmente,
Palocci já está fora do PT".
A declaração é da presidente do partido, a senadora
Gleisi Hoffmann, que alertou que a carta escrita pelo ex-ministro, apesar de
aparentemente dirigida ao PT, era destinada aos procuradores da República
membros da força-tarefa da Lava Jato, com a única pretensão de fechar um acordo
de delação.
"A carta divulgada hoje (26) por Antônio
Palocci e seus advogados não se destina verdadeiramente ao PT, mas aos
procuradores da Lava Jato. É a mensagem de um condenado que desistiu de se
defender e quer fechar negócio com o MPF, oferecendo mentiras em troca de
benefícios penais e financeiros", assim descreveu Glesisi.
Na carta, Palocci "oferecia" a desfiliação
da sigla que fazia parte desde 1981, "sem qualquer ressentimento ou
rancores" e converteu as supostas acusações que recaem contra ele nos
processos da Lava Jato à principal mira dos investigadores no momento: Lula.
"Vocês sabem que procurei ajudar no projeto do
PT e do presidente Lula em todos os momentos. Convivi com as dificuldades e os
avanços. Sabia o quanto seria difícil passar por tantos desafios políticos sem
qualquer desvio ético. Sei dos erros e ilegalidades que cometi e assumo minhas
responsabilidades. Mas não posso deixar de destacar o choque de ter visto Lula
sucumbir ao pior da política no melhor dos momentos de seu governo", havia
dito o ex-petista.
O ex-ministro afirmou, em depoimento ao magistrado
de Curitiba, Sérgio Moro, que Lula e o PT teriam feito "um pacto de
sangue" com a Odebrecht, que envolveu "pacote de propinas".
Palocci negocia, há tempos, um acordo de delação que poderia trazer benefícios
à sua condenação.
"A carta repete as falsas acusações que ele fez
diante do juiz Sergio Moro e que contrariam seus depoimentos anteriores. Em
qual Palocci se deve acreditar: no que diz ter mentido antes ou no que mudou de
versão agora para se salvar? O PT trata de forma igual todos os filiados que
enfrentam investigações e ações judiciais. Respeitamos o princípio da presunção
da inocência. Ninguém será julgado por comissão de ética partidária antes do
trânsito final dos processos na Justiça", disse Gleisi, em nome do PT.
A senadora também mostrou-se ofendida com a reação
do ex-ministro: "Palocci decidiu “queimar seus navios”, romper com sua
própria história e renegar as causas que defendeu no passado. A forma
desrespeitosa e caluniosa como se refere ao ex-presidente Lula demonstra sua
fraqueza de caráter e o desespero de agradar seus inquisidores. Politica e
moralmente, Palocci já está fora do PT."
Leia,
abaixo, a carta de Palocci:
Arquivo
palocci.pdf
A
carta de Palocci ao PT
Em texto enviado à presidente do partido, Gleisi
Hoffmann, ex-ministro diz que 'chegou a hora da verdade'; referindo-se a Lula,
ele desafiou: "até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do
'homem mais honesto do País' enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos
e até o prédio do Instituto (!!) são atribuídos à Dona Marisa?'
Redação
26 Setembro 2017 | 19h31
Filosofia
Paulinho
da Viola - Filosofia
Filosofia
Noel Rosa
O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
Composição: Andre Filho / Noel Rosa
Mulher
Indigesta
Mulher
Indigesta - Ivan Lins (Part. Especial Arlindo Cruz E Sombrinha)
Mulher Indigesta
Noel Rosa
Mas que mulher indigesta!(Indigesta!) Merece um
tijolo na testa Essa mulher não namora Também não deixa mais ninguém namorar É
um bom center-half pra marcar Pois
não deixa a linha chutar E quando se manifesta O que merece é entrar no açoite
Ela é mais indigesta do que prato De salada de pepino à meia-noite Essa mulher é
ladina Toma dinheiro, é até chantagista Arrancou-me três dentes de platina E
foi logo vender no dentista
Eu
Te Amo
Tom
Jobim, Chico Buarque e Telma Costa - "Eu Te Amo" (TV Manchete, 1984)
Eu Te Amo
Chico Buarque
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos
desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
Composição: Antonio Carlos Jobim / Chico Buarque
Nota
sobre Eu te amo
Análise literária de Maria Helena Sansão Fontes
Análise literária de Maria Helena Sansão Fontes
A canção "Eu te amo" (1980), evidencia o
cuidado formal presente na obra de Chico Buarque através dos tercetos onde
predominam versos decassílabos e rimas centradas no esquema aabccb, com
acentuação na quinta e na décima sílabas métricas. Embora não haja uma rigidez
nesse processo formal, observa-se a preocupação de manter nas sete estrofes o
efeito estético sonoro-visual, cuja elaboração prescinde da parte musical. A canção,
composta em parceria com Tom Jobim (que fez a música), revela o alto nível de
perfeição artística e a integração completa - embora não indissociável - entre
letra e música.
A temática do relacionamento amoroso revela aqui um
eu conflitado, consciente da perda da individualidade diante do amor como um
processo de continuidade do ser humano . O amor é tomado em seu sentido de
comunhão entre os seres, o que implica a intemporalidade ("perdemos a
noção da hora") e a angústia diante da ameaça da descontinuidade, da
separação entre dois seres que se tornaram um só ("Me conta agora como hei
de partir").
Na concepção de Bataille, o ser oscila entre o
descontínuo e o contínuo, no eterno conflito entre o desejo da vida terrena,
onde o descontínuo se estabelece através do abismo que isola os seres em sua
individualidade, e a busca do desconhecido, da fusão, da continuidade, obtida
através da morte. O erotismo dos corpos implica a dissolução dos seres, na
fusão em que ambos se encontram no continuo, como na morte.
Ao fazer a distinção entre as três formas de
erotismo: dos corpos, do coração e erotismo sagrado, o autor define este último
como "a procura duma continuidade do ser prosseguida sistematicamente para
lá do mundo imediato" Entretanto, o homem não deixa de experimentar diante
da nostalgia do contínuo o sentimento de angústia pela perda da
individualidade:
"'Somos seres descontínuos, indivíduos que
isoladamente morrem numa aventura ininteligível mas que têm a nostalgia da
continuidade perdida.. Suportamos mal a situação que nos amarra à
individualidade que somos. E, ao mesmo tempo que conhecemos o angustioso desejo
de duração dessa precariedade, temos a obsessão duma continuidade primacial que
ao ser geralmente nos una".
O questionamento que perfaz a trajetória do poema
"Eu te amo" implica o processo de loucura e perda do senso propiciado
pelo amor, evidente no segundo terceto: "Se, ao te conhecer, dei pra
sonhar, fiz tantos desvarios/ Rompi com o mundo, queimei meus navios". A
continuidade entre os seres é reiterada nos versos disseminados por todo o
texto em que se sobressai a fusão do eu-lírico com o objeto de seu desejo:
"Já confundimos tanto as nossas pernas"; "Meu sangue errou de
veia e se perdeu"; "Meu paletó enlaça o teu vestido"; "E o
meu sapato inda pisa no teu".
O temor que reside na iminência do descontínuo se
revela pelos versos que, como num refrão, reafirmam o atônito questionamento ao
final das estrofres:
"Me conta agora como hei de partir"
"Me diz pra onde é que inda posso ir"
"Diz com que pernas eu devo seguir"
"Me explica com que cara eu vou sair"
"Agora conta como hei de partir"
"Me diz pra onde é que inda posso ir"
"Diz com que pernas eu devo seguir"
"Me explica com que cara eu vou sair"
"Agora conta como hei de partir"
As circunstâncias expressas pelas palavras
"agora". "onde", "como" revelam a temporalidade
presente no processo de descontinuidade gerado pela separação dos seres. Da sensação
de perda da continuidade resulta a angústia, inexistente na dimensão intemporal
do amor.
O teor erótico que perpassa os versos é
intensificado na penúltima estrofe, onde a ausência da individualidade entre os
seres reafirma-se pelo aspecto intemporal e não-circunstancial do amor,
evidenciando a nostalgia da continuidade "primacial" de que fala
Bataille: "Como, se nos amamos feito dois pagãos/ Teus seios inda estão
nas minhas mãos".
Na última estrofe, o jogo de palavras que implica a
assonância e a polissemia das palavras ("tonta",
"conta/conta") sugere a perda do senso atribuído pelo eu-lírico à
mulher amada: "Não, acho que estás te fazendo de tonta"; corrobora a
dimensão contínua do amor: "Te dei meus olhos pra tomares conta" e,
num último apelo, reitera o temor da descontinuidade: "Agora conta como
hei de partir".
Sem fantasia - Masculino e feminino em Chico Buarque
Maria Helena Sansão Fontes - Editora Graphia, 1999
Maria Helena Sansão Fontes - Editora Graphia, 1999
Sem
Fantasia
Maria
Bethânia & Chico Buarque - Sem Fantasia (Subtítulos Español)
Sem Fantasia
Chico Buarque
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perde-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus
Composição: Chico Buarque
Sem
Fantasia
Chico
Buarque
Um
Jeito Estúpido De Te Amar Maria Bethânia Subtítulos en Español
EU
SEI QUE VOU TE AMAR.- Vinicius de Moraes y Maria Creuza (Letra y subtítulos en
español).
Referências
https://super.abril.com.br/comportamento/e-preciso-discutir-a-relacao/
http://jornalggn.com.br/noticia/por-beneficios-palocci-rompeu-com-sua-propria-historia-diz-gleisi
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/a-carta-de-palocci-ao-pt/
http://jornalggn.com.br/sites/default/files/documentos/palocci.pdf
http://www.chicobuarque.com.br/letras/notas/n_euteamo.htm
http://www.chicobuarque.com.br/letras/notas/n_euteamo.htm
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