sábado, 14 de outubro de 2017

Mineiras

Assassinadas
Gente comum morta

OH MINAS GERAIS




14 Outubro 2017 08:46
Duas mulheres são assassinadas a tiros no bairro São Benedito

Diário Regional

Duas mulheres de, 26 e 43 anos, foram vítimas de homicídio nesta sexta-feira, 13, no bairro São Benedito, localizado na zona Leste de Juiz de Fora.
De acordo com o registro de ocorrências, a Polícia Militar (PM) recebeu informações via disque 190, a respeito de um duplo homicídio na Rua Araxá.
Uma equipe da PM se deslocou até o local e encontrou no interior de uma residência os corpos das duas vítimas, uma com 7 disparos na cabeça e pescoço, e a outra com 4 disparos na cabeça.
Testemunhas do crime afirmaram a Polícia de que os possíveis suspeitos do crime seriam dois indivíduos, um de 19 e outro de 43 anos. A guarnição realizou buscas pelos autores e prenderam ambos. O crime ainda teria um terceiro envolvido, mas até o momento, o mesmo não foi localizado.
A perícia da Polícia esteve no local do crime. A arma não foi localizada. Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML).
Na cena do crime foram encontrados 11 cartuchos calibre 380, uma bucha de maconha, que foi identificada nas vestes de uma das vítimas.
O crime será investigado.




Professora considerada heroína em tragédia é enterrada em Janaúba
Um cortejo foi feito pela cidade no carro do Corpo de Bombeiros. Centenas de pessoas acompanharam o trajeto. Antes do sepultamento, o marido da educadora fez um discurso emocionado.


JH João Henrique do Vale LR Luiz Ribeiro
postado em 06/10/2017 18:24 / atualizado em 06/10/2017 18:38

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 Enterro foi acompanhado por centenas de pessoas(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A.Press )

Sob aplausos e grande comoção, o corpo da professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, que foi apontada como heroína por ajudar crianças durante o ataque a creche de Janaúba, no Norte de Minas Gerais, mesmo em chamas, foi enterrado nesta sexta-feira. Um cortejo foi feito pela cidade no carro do Corpo de Bombeiros. Centenas de pessoas acompanharam o trajeto. Antes do sepultamento, o marido da educadora fez um discurso emocionado. 
O corpo da professora foi colocado em um caminhão do Corpo de Bombeiros que saiu do velório até o Cemitério São Lucas, acompanhando de uma multidão. O marido de Helly, Luiz Carlos Batista, seguiu ao lado do caixão em cima do veículo. Algumas pessoas seguiram a pé e outras em carros e motos.

Antes do sepultamento, Luiz Carlos pediu a palavra e fez um discurso que emocionou todos que prestavam as últimas homenagens a mulher. Segundo ele, Helley tinha muito carinho com as crianças da creche. ''Ela considerava as crianças como se fossem os seus filhos'', disse.

Ele contou que uma amiga da professora pediu que ela não fosse a aula no dia da tragédia. “No dia anterior, uma amiga avisou que para ela não ir na aula, porque estava muito rouca e gripada. Mas, ela não quis”, comentou. “Foi enviada por Deus para tentar salvar as crianças. Foi um grande exemplo”, completou.

Helley era funcionária efetiva do centro infantil e morava no município de Nova Porteirinha, separado de Janaúba por um rio. O corpo da professora ficou tão queimado que foi reconhecido pelo marido por meio da arcada dentária. Ela entrou e saiu três vezes da sala de aula para tentar salvar as crianças. Segundo as investigações da polícia, também chegou a brigar com o vigia para tentar evitar o crime.

Nesta manhã, o clima de comoção também se manteve durante o sepultamento de outras duas vítimas. A menina Ana Clara Ferreira da Silva, de quatro anos e Ruan Miguel Soares Silva, da mesma idade. Foram os primeiros enterros das vítimas da tragédia da creche Gente Inocente. O corpo de Ana Clara foi velado na casa simples da família no Bairro Rio Novo. Os pais da menina, o lavrador Nelsir de Jesus Silva, e a doméstica Luana Ferreira de Jesus ficaram desconsolados e, desesperados, foram amparados por parentes e amigos.

O casal tem outros dois filhos vítimas da tragédia que foram transferidos em estado grave para a Santa Casa de Montes Claros, onde continuam internados. Os presentes no sepultamento fizeram uma oração para confortar os pais da garotinha, uma das cinco crianças que morreram após terem os corpos incendiados pelo vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos.

O segundo sepultamento foi do garoto Ruan Miguel. A mãe dele chegou a passar mal em alguns momentos por conta da comoção pela perda do filho. O pai da criança também se sentiu mal e não foi ao cemitério. A tia de Ruan, Maria de Jesus Pereira, estava bastante emocionada. "É um momento de muita dor para nós. Muito difícil aceitar uma situação dessa", afirma. Ruan Miguel e Ana Clara residiam no Bairro Rio Novo, mesma região onde fica a creche Gente Inocente.

Vigia

Enquanto o corpo da professora era sepultado, amigos se despediam de Damião Soares, o vigia que ateou fogo na creche. Familiares dele não quiseram participar do enterro por medo de represálias. As polícias Civil e Militar também orientaram a não falar sobre o local e horário do sepultamento dele.


Gente comum | José de Souza Martins

- Valor Econômico / Eu & Fim de Semana

O silêncio que cai sobre o túmulo da professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, no cemitério São Lucas, em Janaúba, Minas Gerais, é um silêncio que não apaga sua coragem e seu heroísmo da memória das 600 pessoas, dentre os 71 mil habitantes do município, que acompanharam seu enterro, cantando "Segura na mão de Deus e vá". Levavam rosas brancas quando a conduziram num caixão branco, como as crianças que morreram em consequência do incêndio criminoso na creche municipal que frequentavam. Cor simbólica da piedade popular, espécie de canonização para que os mortos permaneçam no coração dos que lhes reconhecem a elevação acima da condição humana, pela generosidade, pela coragem e pelo desprendimento.

Helley deixou três filhos, de 1, 11 e 13 anos de idade. Ela não pensou em si mesma. Pensou nas crianças em perigo, atracou-se com o incendiário para protegê-las. Teve 90% do corpo queimado.

No Brasil, é raro perpetuar e reverenciar a memória dos que se dedicaram ao semelhante, aos simples e desvalidos. Não há monumentos a pessoas assim. Temos um "Livro dos Heróis da Pátria", depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. Dele constam 21 nomes, apenas três mulheres. Pouca gente para um país tão grande. Consta dom Pedro I, mas não consta dom Pedro II, que deixado pelos pais no Brasil, aos 5 anos de idade, quando se retiraram para Portugal, foi um autêntico filho da nação brasileira, criado pelos regentes do Império, para, com seu exílio na própria pátria, assegurar simbolicamente a unidade nacional. Há no panteão pouquíssimas pessoas comuns. Nenhuma por atos edificantes de explícito devotamento ao próximo, como o de Helley Batista. Ainda que não sejam raras em nosso grande mundo de anônimos as histórias dos que ofereceram a vida pela vida dos outros.

É difícil encontrar pessoas comuns no rol das gentes que permaneceram na memória coletiva como seres aureolados pela gratidão da nação. Em nossa história social, não há lugar para o reconhecimento da condição humana e dos méritos dos que nasceram condenados à invisibilidade e à carência de merecimentos, mesmo que os tenham.

Nossa cultura popular conforma-se com a subalternidade dos simples, os despojados de privilégios de nascença. A consciência de nossas diferenças me foi exposta por duas meninas de cerca de 10 anos de idade há alguns anos, na Vila de Paranapiacaba, no Alto da Serra, em São Paulo. É antiga vila operária da estrada de ferro Santos - Jundiaí. Com amigos, tomava fotos daquele belo cenário para fotografias em preto e branco. As duas começaram a nos acompanhar com curiosidade.

De repente, a menor delas me disse: "Sabe, moço, aqui na vila não tem gente rica, só gente normal. O pai de minha amiga é rico, mas minha amiga é normal". É como se fôssemos uma sociedade dividida, em que os normais não contam.

Os canonizadores de nomes de brasileiros que tem merecido justo arrolamento no "Livro dos Heróis da Pátria" são membros do Parlamento. Nele colocam nomes de pessoas de méritos indiscutíveis e também nomes de pessoas que não simbolizam propriamente a pátria, quando muito personalidades de grupos sociais restritos. Os parlamentares seguem uma errática concepção de pátria e de herói. Já os brasileiros sepultados no Monumento aos Mortos da FEB, na Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro, são indiscutivelmente Heróis da Pátria. Visitei em Pistoia, Itália, o Cemitério Brasileiro, de onde os corpos foram exumados para ser trazidos de volta ao Brasil. A bandeira brasileira tremulava, soprada por uma brisa suave que percorria a campina e lhe atravessava o silêncio. Mesmo aquela terra estrangeira fora sacralizada pelos corpos de brasileiros imolados na guerra em defesa dos valores da liberdade e do direito. Gente simples.

Não chegamos a ter aqui a categoria social de "gente comum", que ainda é corrente em alguns países da Europa. Explica-se: tivemos escravidões, a indígena e a negra, cujas definições já eram suficientes para as classificações sociais, para os preconceitos em que se fundavam e para as interdições de relacionamentos entre distintas categorias de gente. Os que viveram no cativeiro ou por ele "passaram" já carregavam a marca que os diminuía na escala humana. Os oriundos da escravidão indígena eram os pardos, e isso já indicava que na concepção da época talvez nem fossem gente. Os oriundos da escravidão negra ainda hoje padecem o estigma de sua diferença. Há quem se suponha generoso ao neles reconhecer méritos quando os considera negros de alma branca. Na desumanização desses preconceitos históricos contra os simples não nascem heróis reconhecíveis. Nossa concepção de herói é arcaica, pobre e injusta.
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José de Souza Martins é sociólogo, membro da Academia Paulista de Letras e autor de “Uma Sociologia da Vida Cotidiana” (Contexto), dentre outros.



Hino de Minas Gerais - Letra e música



Letra:
Oh! Minas Gerais Oh! Minas Gerais Quem te conhece Não esquece jamais Oh! Minas Gerais Tuas Terras que são altaneiras O seu céu é do puro anil És bonita oh terra mineira Esperança do nosso Brasil Tua lua é a mais prateada Que ilumina o nosso torrão És formosa oh terra encantada És orgulho da nossa nação Oh! Minas Gerais Oh! Minas Gerais Quem te conhece Não esquece jamais Oh! Minas Gerais Teus regatos a enfeitam de ouro Os teus rios carreiam diamantes Que faiscam estrelas de aurora Entre matas e penhas gigantes Tuas Montanhas são preitos de ferro Que se erguem da pátria alcantil Nos teus ares suspiram serestas És altar deste imenso Brasil Oh! Minas Gerais Oh! Minas Gerais Quem te conhece Não esqueces jamais Oh! Minas Gerais.



Segura na Mão de Deus
Nelson Ned
 

Se as águas do mar da vida quiserem te afogar
Segura na mão de Deus e vai
Se as tristezas desta vida quiserem te sufocar
Segura na mão de Deus e vai

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus
Pois Ela, Ela te sustentará
Não temas, segue adiante e não olhes para trás
Segura na mão de Deus e vai

Se a jornada é pesada e sustentas a caminhada
Segura na mão de Deus e vai
Orando, jejuando, confiando e confessando
Segura na mão de Deus e vai

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus
Pois Ela, Ela te sustentará
Não temas, segue adiante e não olhes para trás
Segura na mão de Deus e vai

O Espirito do Senhor sempre te revestirá
Segura na mão de Deus e vai
Jesus Cristo prometeu que jamais te deixará
Segura na mão de Deus e vai

Composição:

Biografia de Nelson Ned
Nelson Ned d'Ávila Pinto (Ubá, estado de Minas Gerais, 2 de março de 1947) é um cantor brasileiro.

Nos anos 60 começou a se apresentar e gravar discos, inclusive nos países da América Latina, onde é extremamente popular. Com repertório voltado para a música romântica, seus shows atraem multidões em estádios e teatros. Como compositor, já teve músicas gravadas por Moacyr Franco, Antônio Marcos, Agnaldo Timóteo e outros.

Ganhou Discos de Ouro no Brasil e já se apresentou algumas vezes no Carnegie Hall, em Nova York. A partir de 1993 passou a cantar músicas evangélicas, após ter-se convertido. Lançou em 1996 a biografia "O Pequeno Gigante da Canção", uma referência à sua condição de anão.

Internacionalmente, foi o primeiro artista da América Latina a vender um milhão de discos nos Estados Unidos com o sucesso "Happy Birthday My Darling" (Feliz aniversário meu amor) em 1974.




Referências

Disponível em:
http://www.diarioregionaljf.com.br/policial/20343-duas-mulheres-sao-assassinadas-a-tiros-no-bairro-sao-benedito
Acesso em: 14/10/2017
Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/10/06/interna_gerais,906755/professora-considerada-heroina-em-tragedia-e-enterrada-em-janauba.shtml
Acesso em: 14/10/2017
Disponível em: 14/10/2017
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/10/gente-comum-jose-de-souza-martins.html
Acesso em: 14/10/2017
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=zvzkk9MQTLg
Acesso em: 14/10/2017
Disponível em:
https://www.letras.com.br/biografia/nelson-ned


Acesso em: 14/10/2017

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