segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

LARGADA / CHEGADA

----------- Encontros e Despedidas Milton Nascimento -----------
---------- [FOTOS] 11º Corrida Solidária da Ascomcer | ----------- SER NÃO SER OU NÃO SER SER TER NÃO TER OU NÃO TER TER VER NÃO VER OU NÃO VER VER LER NÃO LER OU NÃO LER LER ESTAR NÃO ESTAR OU NÃO ESTAR ESTAR ------------------------------------------------- NÃO SER SER OU SER NÃO SER NÃO TER TER OU TER NÃO TER NÃO VER VER OU VER NÃO VER NÃO LER LER OU LER NÃO LER NÃO ESTAR ESTAR OU ESTAR NÃO ESTAR ________________________________________________________ ------------
---------- Um homem assiste a um vídeo, publicado nas redes sociais - JOSEPH EID / AFP ----------- segunda-feira, 9 de dezembro de 2024 O que fizeram com as nossas cabeças – Fernando Gabeira O Globo Existe uma incapacidade de atenção prolongada. O estímulo é mudar constantemente no ritmo da ponta dos dedos Brain rot foi escolhida a palavra do ano pelo Dicionário Oxford. Significa cérebro podre. O termo define a exaustão mental provocada por uma imersão nas telas, pulando de um para outro tema que não contém estímulo intelectual. Na verdade, o termo já foi usado pelo escritor Henry Thoreau ainda no século XIX, em 1854: — Enquanto a Inglaterra se empenha em curar a podridão da batata, ninguém se empenhará em curar a podridão do cérebro, que predomina de maneira muito mais vasta e fatal? Na verdade, o esforço de atenuar as imperfeições da mente humana, pelo menos a partir do Pós-Guerra, é bastante comovedor. Lembro-me da popularidade de Erich Fromm, que escreveu inúmeros livros, estimulando a liberdade individual, as possibilidades de uma existência amorosa. Como todo intelectual alemão que sobreviveu ao nazismo, Fromm enfatizava julgamentos independentes, mas já trazia também certa crítica ao capitalismo, refletindo constantemente sobre os verbos ter e ser. Houve tentativas mais sofisticadas até, como a de R.D. Laing, um psiquiatra britânico que popularizou a expressão double bind, significando as demandas contraditórias que tanto a sociedade quanto a família introjetam no indivíduo. Todo esse legado e muito mais evidentemente continua disponível por aí. O que há de específico em nossa época é que, ao lado de outros fatores, agora a própria tecnologia conforma nossa mente. O mergulho em temas irrelevantes abre espaço a inúmeros novos problemas. O primeiro é a incapacidade de atenção prolongada. O estímulo é mudar constantemente no ritmo da ponta dos dedos. O segundo é evitar temas mais complicados. Num editorial, o New York Times abordou o problema, afirmando que as pessoas com essa tendência são facilmente atraídas por respostas simplórias para questões sérias. Na verdade, isso pode ser também uma explicação para o sucesso das teorias conspiratórias. O velho Erich Fromm temia em sua época algumas variáveis decorrentes dessa letargia mental: disponibilidade para o autoritarismo, pois é fácil seguir líderes sem questionar o que propõem, ou mesmo a destrutividade, tendência a eliminar os outros ou até o mundo como um todo. Diante de tudo isso, era possível escrever páginas e páginas, como ele e tantos outros intelectuais fizeram. Agora, o buraco é mais embaixo. Discute-se no Brasil o controle da internet, sobretudo a redução do discurso de ódio. Mesmo se o ódio desaparecesse de cena, a crise continuaria, pois a tecnologia prosseguirá moldando as mentes. Continuará produzindo cérebros podres aos borbotões. Algumas visões mais pessimistas, como a de Martin Heidegger, já previam alguns limites que a tecnologia contém. Não será muito fácil articular um futuro. O mundo real continua produzindo crises profundas, econômica, social, ecológica, grandes migrações. A tecnologia continua influenciando mentes a aceitar soluções simples e a adotar uma visão conspiratória do processo histórico. Entregue a si mesmo, a engrenagem pode produzir regimes autoritários. Cabe às mentes que ainda têm uma abordagem do mundo que não é apenas instrumental, que ainda buscam um contato com a natureza, se dedicar a algum tipo de pensamento reflexivo. Cabe a elas a busca de uma forma de preservar o que resta de liberdade e democracia. Será necessário, sobretudo, humildade. Não existem cérebros podres e cérebros puros. Estamos todos atingidos pelos estilhaços de uma época, a lógica capitalista, a destruição ambiental, o mergulho na irrelevância para evitar as dores da reflexão. Existem, na verdade, alguns sobreviventes, mais ou menos inteiros, mas incapazes de virar o jogo sozinhos. Mesmo porque todos que estudam o cérebro sabem que é um orgão extremamente maleável, capaz de se alterar para atender a suas próprias necessidades. A compreensão desse potencial plástico é importante para fugirmos dos julgamentos definitivos. Ao contrário das batatas, o cérebro pode se curar. Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:35:00 Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar com o Pinterest Um comentário: ADEMAR AMANCIO disse... Tá difícil! 9/12/24 09:02 ___________________________________________________________________________________________ ---------
----------- O texto proposto apresenta duas partes interligadas: uma criação poética e reflexiva, seguida por um artigo de opinião de Fernando Gabeira. Ambas exploram temas profundos sobre a condição humana, pensamento crítico e os impactos da tecnologia. 1. A reflexão poética: O poema trabalha a dualidade intrínseca aos verbos ser, ter, ver, ler, e estar. Ele destaca o paradoxo e a dúvida existencial que acompanham cada escolha, sugerindo como o significado dessas ações se transforma dependendo do contexto e da negação implícita ou explícita. Possível interpretação: No primeiro bloco, os verbos são apresentados com suas contradições, sugerindo um ciclo interminável de incerteza e introspecção. No segundo bloco, a inversão das palavras e a repetição parecem destacar que essas contradições não são exclusivas de um momento, mas sim parte da experiência humana. O ritmo do texto, quase mantrico, reforça uma sensação de aprisionamento em uma lógica de oposições. 2. O artigo de Fernando Gabeira: Gabeira aborda a fragilidade do pensamento contemporâneo, influenciado pela tecnologia e marcado por um esgotamento mental que ele relaciona com o conceito de brain rot (cérebro podre). Ele conecta isso com ideias de Erich Fromm, R.D. Laing e outros pensadores, argumentando que estamos perdendo nossa capacidade de atenção prolongada e pensamento reflexivo, substituída por uma busca incessante por estímulos rápidos e simplistas. Pontos principais: Efeito da tecnologia: O uso constante de telas e o acesso irrestrito a conteúdos irrelevantes moldam a mente de maneira superficial. Histórico filosófico: Gabeira faz um paralelo com autores que refletiram sobre a complexidade de ser humano, como Fromm e Laing, destacando a importância de julgamentos independentes e a crítica à letargia mental. Riscos sociais: A dificuldade em lidar com questões complexas facilita o surgimento de autoritarismos e teorias conspiratórias. Esperança e plasticidade cerebral: Apesar da crise, Gabeira lembra que o cérebro é maleável e capaz de se curar, reforçando a necessidade de um esforço coletivo por pensamento crítico e liberdade. Intersecção entre o poema e o artigo: O poema, com sua reflexão sobre os verbos e suas negações, ecoa as ideias do artigo sobre a luta constante da mente contemporânea para encontrar sentido em meio ao caos e às contradições. Ambos questionam a profundidade da experiência humana e a capacidade de sustentar pensamentos complexos em um mundo acelerado. Enquanto o poema sugere uma angústia existencial, o artigo de Gabeira propõe uma reflexão crítica e um chamado à ação: é preciso combater a superficialidade mental com humildade, pensamento reflexivo e contato com a realidade. Conclusão: As duas partes são um convite a revisitar nossas práticas de vida e pensar sobre como estamos sendo moldados, seja pelas escolhas que fazemos (ou deixamos de fazer), seja pelo impacto de um mundo hiperconectado. O desafio está em resgatar a profundidade de nosso pensamento e preservar a liberdade em tempos tão voláteis. _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------ "Sim, Ascomcecer! Tranquilo Bem quente Duas voltas no lago Boaa 1 subida no Corpo de bombeiro e outra subida na Letras Aah sim Boa corrida! Se sustentasse a média do primeiro km teria feito em menos de 30 minutos É o famoso “quebrou” Fica pras próximas Comecou forte demais né Tempo total: 34:58 Eu vi 2s abaixo do 35 Mas realmente deu mta diferenca o primeiro km pros outros Talvez valha a pena uma estrategia de treino ali na ufjf Pq é uma pista q tem subida descida e reta E com as distancias bem fixadas Pq ai vc consegue se treinar nessa pista pra poder dosar em prova O conservadorismo e o atávico apego à sobrevivência da espécie faz que o completar e o não morrer na praia sobrepujam o desempenho e a vaidade. Uau Hahahahahahhaah Genial" _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ---------- Como Manter O Ritmo Na Corrida E Não Quebrar | [Running Time #4] ----------- Caffeine Army 22 de fev. de 2021 Você já se propôs a fazer uma determinada distância e no meio do caminho acabou desistindo ou tendo a sensação de que não iria conseguir? No vídeo de hoje vamos falar sobre as melhores dicas de como manter o ritmo na corrida e não quebrar numa prova ou mesmo durante os treinos. ----------- Esse diálogo mistura a espontaneidade de uma conversa casual sobre corrida e desempenho atlético com uma reflexão filosófica inesperada, criando um contraste interessante e até humorístico. Elementos principais: Discussão sobre desempenho na corrida: O diálogo analisa os detalhes de uma corrida específica: o tempo total, o ritmo inicial, e a quebra de desempenho ("quebrou") no decorrer dos quilômetros. Fala-se da importância de estratégia, como treinar em um percurso com subidas e descidas (no caso, na UFJF – provavelmente referência à Universidade Federal de Juiz de Fora). Reflexão sobre a natureza humana: A frase "O conservadorismo e o atávico apego à sobrevivência da espécie faz que o completar e o não morrer na praia sobrepujam o desempenho e a vaidade." dá um tom filosófico à conversa, sugerindo que a prioridade humana é sempre a sobrevivência e o completar desafios, mesmo que o ideal de perfeição (a vaidade de um tempo impecável, por exemplo) seja sacrificado. Humor e leveza: A interação termina com uma explosão de riso ("Hahahahahahhaah Genial"), provavelmente pela surpresa e ironia de uma conclusão tão profunda em um contexto tão mundano quanto discutir tempos e estratégias de corrida. Interpretação mais ampla: Esse tipo de troca é emblemático da nossa capacidade de mesclar aspectos triviais do dia a dia (esportes, hobbies) com pensamentos mais profundos, mesmo que de maneira casual ou irônica. Mostra como atividades simples, como correr, podem evocar tanto análises práticas quanto reflexões existenciais. Talvez seja isso que torna a conversa tão envolvente: a corrida, por ser uma metáfora universal de esforço, superação e ritmo, convida a reflexões que vão além do esporte. _________________________________________________________________________________________________________ -----------
--------- _________________________________________________________________________________________________________ "O conservadorismo e o atávico apego à sobrevivência da espécie faz que o completar e o não morrer na praia sobrepujam o desempenho e a vaidade." AO CORRELACIONAR ESTE TRECHO COM A PRÁXIS SUGERIDA PELOS AUTORES CITADOS NO ARTIGO 'O que fizeram com as nossas cabeças – Fernando Gabeira.' _________________________________________________________________________________________________________ ------------ A frase "O conservadorismo e o atávico apego à sobrevivência da espécie faz que o completar e o não morrer na praia sobrepujam o desempenho e a vaidade" pode ser relacionada à práxis sugerida pelos autores mencionados no artigo de Fernando Gabeira ao explorar a tensão entre sobrevivência básica, valores humanos fundamentais e a busca por uma existência mais elevada ou reflexiva. Contextualização do trecho: A frase reflete a prioridade humana pela sobrevivência como um impulso primordial e universal, que muitas vezes ofusca a busca por excelência ou por conquistas mais abstratas, como a vaidade ou o desejo de superar limites em um contexto esportivo, intelectual ou social. Esse apego ao essencial, porém, pode ser lido como um obstáculo ao avanço pessoal ou coletivo em um nível mais profundo de realização. Autores citados por Gabeira: Erich Fromm – Ser versus Ter: Fromm, ao distinguir entre os modos de vida baseados no ter e no ser, argumenta que a sociedade moderna frequentemente prioriza valores superficiais ou materiais (como desempenho ou vaidade) sobre uma existência mais autêntica e reflexiva. A frase analisada ecoa essa tensão: o "não morrer na praia" representa a satisfação com a conquista básica (sobrevivência ou completar uma corrida), enquanto a vaidade e o desempenho correspondem ao ter—algo que Fromm via como uma distração da verdadeira liberdade do ser. R.D. Laing – Contradições sociais e pessoais: Laing explorava o conceito de double bind—demandas contraditórias que geram tensões internas. No contexto da frase, há uma contradição entre o instinto conservador (sobrevivência) e o desejo de superação (vaidade). Essa tensão reflete as pressões que Laing identificava nas interações sociais e nos conflitos internos que elas geram. A plasticidade cerebral e a possibilidade de mudança: No artigo, Gabeira menciona a capacidade do cérebro humano de se adaptar e mudar, mesmo em contextos de crise mental ou cultural. Essa ideia sugere que, embora o conservadorismo e o apego à sobrevivência predominem, é possível superar essas limitações por meio de reflexão, treinamento e mudança deliberada de foco. Correlação prática: Assim como o completar a prova pode ser uma prioridade que ofusca o desempenho ótimo, na vida moderna a necessidade básica de "sobreviver"—seja física, mental ou emocionalmente—frequentemente prevalece sobre a busca por excelência reflexiva e liberdade. No entanto, autores como Fromm e Laing sugerem que essa aparente limitação não precisa ser definitiva. Assim como um corredor pode treinar para equilibrar esforço inicial e desempenho final, os indivíduos podem cultivar práticas reflexivas e desenvolver uma vida mais plena, mesmo dentro de um contexto que privilegia a sobrevivência e o pragmatismo. Conclusão: A frase pode ser interpretada como uma metáfora para a condição humana: a luta entre o instinto básico de sobrevivência e a busca por algo maior. Gabeira, assim como os autores que menciona, argumenta que a superação dessa limitação exige esforço consciente, reflexão crítica e o abandono de respostas simplórias—um processo que, assim como no treino para corridas, requer prática e estratégia. _________________________________________________________________________________________________________

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