Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
FULANO E SICRANO
FULANO, eu vou sair daqui com mais medo de você do que de SICRANO, com toda sinceridade. Estou sendo sincero porque você, sinceramente — e já digo isso publicamente —, o que eu queria lhe dizer é o seguinte:
"Nada justifica o que aconteceu."
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"Sou brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder"
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Este texto apresenta um mosaico de elementos culturais brasileiros que vão desde uma conversa fictícia entre "Fulano e Sicrano," até trechos musicais e narrativas literárias. Aqui estão os destaques e observações sobre o conteúdo:
Diálogo de "Fulano e Sicrano":
Representa um tom de sinceridade e reflexão, com uma frase marcante: "Nada justifica o que aconteceu."
Pode ser interpretado como uma crítica ou análise de relações interpessoais em cenários difíceis.
Música "Lero Lero" de Edu Lobo:
Uma celebração da identidade brasileira, com versos que misturam humor, resignação, e resistência.
Representa a astúcia e resiliência do brasileiro médio.
Letras poéticas que jogam com contradições do amor e da vida cotidiana.
Artigo sobre "Fulano, Beltrano e Sicrano":
Uma análise cultural ou explicativa da relevância dos personagens arquetípicos mencionados no cotidiano brasileiro.
Provavelmente explora o papel dessas figuras na música, literatura e linguagem popular.
Texto de Pedro Freire sobre "Malu":
Uma memória pessoal e narrativa sensível sobre a infância imersa no teatro itinerante.
Destaca o impacto do ambiente artístico na formação emocional e cultural de uma criança.
Faz um paralelo entre o rigor do teatro e a intensidade emocional vivida nos bastidores.
Reflexões Gerais:
Este conteúdo une expressões de cultura popular e alta, destacando a complexidade da identidade brasileira. A música, a prosa e as memórias compartilhadas formam um panorama rico de como as artes e a linguagem constroem e refletem a realidade social.
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Lero Lero
Edu Lobo
Letra: Original Favoritar Cifra
Sou brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Não guardo mágoa, não blasfemo, não pondero
Não tolero lero-lero, devo nada pra ninguém
Sou descansado, minha vida eu levo a muque
Do batente pro batuque faço como me convém
Eu sou poeta e não nego a minha raça
Faço versos por pirraça e também por precisão
De pé quebrado, verso branco, rima rica
Negaceio, dou a dica, tenho a minha solução
Sou brasileiro, tatu-peba taturana
Bom de bola, ruim de grana, tabuada sei de cor
Quatro vez sete vinte e oito nove´s fora
Ou a onça me devora ou no fim vou rir melhor
Não entro em rifa, não adoço, não tempero
Não remarco, marco zero, se falei não volto atrás
Por onde passo deixo rastro, deito fama
Desarrumo toda a trama, desacato satanás
Brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Diz um ditado natural da minha terra
Bom cabrito é o que mais berra onde canta o sabiá
Desacredito no azar da minha sina
Tico-tico de rapina, ninguém leva o meu fubá
Composição de Edú Lobo / Cacaso
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Fulano, beltrano e sicrano. Quem são esses caras? | Tá Explicado
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questões de cinema e de dor II
Toda ficção é memória
Relatos da criação de Malu, um filme que, sem pretender, realizou um processo de cura
Pedro Freire | Edição 219, Dezembro 2024
Uma das minhas primeiras memórias sensoriais é o cheiro de gasolina misturado ao do tecido do banco de uma Kombi velha. Era nesse banco que eu dormia durante as madrugadas em que viajava com meus pais pelo Brasil, em meio aos figurinos e cenários das peças que eles encenavam país afora. Durante a minha infância, os dois percorreram mais de cem cidades apresentando seus espetáculos.
A atriz Malu Rocha, minha mãe, me ensinou a gostar de teatro e admirar essa gente do teatro, que à tarde varre o palco e à noite está dialogando diretamente com Sófocles. Enquanto eu brincava na coxia com minha irmã, Isadora Ferrite, vinham do palco os sons abafados das vozes dos meus pais. Essas mesmas vozes brilhantes podiam se tornar, depois, berros insuportáveis. Na manhã seguinte, minha irmã e eu tínhamos que tomar muito cuidado para não fazer barulho e acordar mamãe, o que provocaria nela uma onda de mau humor intratável.
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