Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
ESCUiTAIS
"ESCUiTAIS"
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Para que o inesperado não faça uma surpresa...
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Vivendo na distopia – Fernando Gabeira
O Globo
Não cabe mais a pergunta ingênua: onde vamos parar? Já estamos numa situação inaceitável
Escassos dezembros. Outros meses também não se repetirão muito. Mas o clima de fim de ano sempre nos força a um balanço, ao suspiro de como passa rápido o tempo, ao espanto com as surpresas da vida.
Considero-me feliz por ter passado um fim de semana colado à TV, vendo o fim de uma longa ditadura, as pessoas festejando nas ruas de Damasco, os presos saindo das masmorras, bandeiras, gritos, exilados preparando a volta.
Pensei em escrever sobre a Síria. Na verdade, estou lendo o livro de Clarissa Ward, uma repórter de TV que conta suas incursões clandestinas para documentar a oposição a Bashar al-Assad. À noite, depois de enviar suas reportagens, ela costumava se indagar como os americanos receberiam aquilo, na hora do jantar, ou mesmo levando as crianças para a cama. Tudo tão distante.
Imagina escrever sobre a Síria para o Brasil, sobretudo para nossa cidade envolta numa onda de violência arrasadora. Há algum tempo, o Rio tem uma Faixa de Gaza, e as pessoas já morrem baleadas dentro de hospitais, como a médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello. Ela foi atingida por um tiro de pistola. Bala perdida, como tantas outras que acham corpos inocentes.
Vivemos numa cidade distópica, e o absurdo de seu cotidiano se espalha para o Brasil com incrível rapidez. Em São Paulo, a PM joga o homem de uma ponte; na Bahia, um vereador joga dinheiro pela janela na chegada da Polícia Federal. Nas comunidades do Rio a polícia combate uma quadrilha forte de ladrões de carro, dirigida por Fernandinho Beira-Mar, que está encarcerado há 23 anos. Em Brasília, deputados fazem uma rebelião para manter suas emendas sem rastreabilidade e transparência.
Não cabe mais a pergunta ingênua: onde vamos parar? Já estamos numa situação inaceitável, e as elites ainda não descobriram que é preciso desvendá-la com urgência. E finalmente fazer alguma coisa; antes que as pessoas deixem de se importar com o que é real e o que é fantasia, antes que simplesmente deem as costas para os acontecimentos. Vamos usar uma tática de avestruz? Fogos ou bombas? Os gatos são mais sábios, correm dos dois.
Vivemos o momento em que a dívida da redemocratização com uma política democrática e eficaz de segurança precisa ser paga, ou ela ameaça devorar a própria democracia. Não sei se a pura criação de um sistema nacional de segurança pública, associando governos federal e estaduais, resolverá o problema. No momento, a ideia caminha muito lentamente. Um projeto desse tipo demanda discussão ampla. Secretários de Segurança fazem sugestão. Ótimo. Alguns governadores rejeitam a ideia com medo de perder autonomia.
Pode chegar um momento em que a maioria dos estados aceita o projeto. Por que não realizá-lo apenas com os que aceitam? Por que não antecipá-lo com governos que pedem socorro, como o Rio de Janeiro? As pesquisas mostram que, ao lado da economia, a segurança é o problema central para a maioria dos brasileiros. Por que não tratá-lo com a urgência necessária?
Sempre haverá alguém argumentando que a violência é um fenômeno superficial com causas profundas. Por que não defender essa tese abertamente, apontar as causas e os caminhos para resolvê-las? A hipótese de que as pessoas estão preocupadas com algo que não merece um esforço de peso é, no fundo, uma arrogância intelectual que não leva em conta o que se passa no cotidiano. Vivemos numa cidade ocupada parcialmente por milícias e traficantes. Para grande parte de nosso povo, não existe outra lei que não a dos grupos armados: é preciso sobreviver em silêncio e cabisbaixo.
É reconfortante ver a ditadura síria ir para o espaço, mesmo sabendo que o futuro do país ainda é uma incógnita. O fim de uma ditadura é algo para celebrar. Mas quando mesmo nos livraremos dos pequenos tiranos que dominam nossas comunidades? Quando veremos o povo festejar sua liberdade?
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👆Fogos ou bombas? Os gatos 🐈⬛ gatos 🐈 gatos 🐱 são mais sábios. Correm dos dois.
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Cuitelinho | Pena Branca e Xavantinho
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Programa Ensaio
7 de jun. de 2019
No programa, Pena Branca e Xavantinho interpreta a música 'Cuitelinho'.
Programa exibido em 10/02/2010.
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Significado de Escuitar
verbo transitivo
[Antigo] Ver escutar.
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Vivendo na distopia – Fernando Gabeira
O Globo
Não cabe mais a pergunta ingênua: onde vamos parar? Já estamos numa situação inaceitável
Escassos dezembros. Outros meses também não se repetirão muito. Mas o clima de fim de ano sempre nos força a um balanço, ao suspiro de como passa rápido o tempo, ao espanto com as surpresas da vida.
Considero-me feliz por ter passado um fim de semana colado à TV, vendo o fim de uma longa ditadura, as pessoas festejando nas ruas de Damasco, os presos saindo das masmorras, bandeiras, gritos, exilados preparando a volta.
Pensei em escrever sobre a Síria. Na verdade, estou lendo o livro de Clarissa Ward, uma repórter de TV que conta suas incursões clandestinas para documentar a oposição a Bashar al-Assad. À noite, depois de enviar suas reportagens, ela costumava se indagar como os americanos receberiam aquilo, na hora do jantar, ou mesmo levando as crianças para a cama. Tudo tão distante.
Imagina escrever sobre a Síria para o Brasil, sobretudo para nossa cidade envolta numa onda de violência arrasadora. Há algum tempo, o Rio tem uma Faixa de Gaza, e as pessoas já morrem baleadas dentro de hospitais, como a médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello. Ela foi atingida por um tiro de pistola. Bala perdida, como tantas outras que acham corpos inocentes.
Vivemos numa cidade distópica, e o absurdo de seu cotidiano se espalha para o Brasil com incrível rapidez. Em São Paulo, a PM joga o homem de uma ponte; na Bahia, um vereador joga dinheiro pela janela na chegada da Polícia Federal. Nas comunidades do Rio a polícia combate uma quadrilha forte de ladrões de carro, dirigida por Fernandinho Beira-Mar, que está encarcerado há 23 anos. Em Brasília, deputados fazem uma rebelião para manter suas emendas sem rastreabilidade e transparência.
Não cabe mais a pergunta ingênua: onde vamos parar? Já estamos numa situação inaceitável, e as elites ainda não descobriram que é preciso desvendá-la com urgência. E finalmente fazer alguma coisa; antes que as pessoas deixem de se importar com o que é real e o que é fantasia, antes que simplesmente deem as costas para os acontecimentos. Vamos usar uma tática de avestruz? Fogos ou bombas? Os gatos são mais sábios, correm dos dois.
Vivemos o momento em que a dívida da redemocratização com uma política democrática e eficaz de segurança precisa ser paga, ou ela ameaça devorar a própria democracia. Não sei se a pura criação de um sistema nacional de segurança pública, associando governos federal e estaduais, resolverá o problema. No momento, a ideia caminha muito lentamente. Um projeto desse tipo demanda discussão ampla. Secretários de Segurança fazem sugestão. Ótimo. Alguns governadores rejeitam a ideia com medo de perder autonomia.
Pode chegar um momento em que a maioria dos estados aceita o projeto. Por que não realizá-lo apenas com os que aceitam? Por que não antecipá-lo com governos que pedem socorro, como o Rio de Janeiro? As pesquisas mostram que, ao lado da economia, a segurança é o problema central para a maioria dos brasileiros. Por que não tratá-lo com a urgência necessária?
Sempre haverá alguém argumentando que a violência é um fenômeno superficial com causas profundas. Por que não defender essa tese abertamente, apontar as causas e os caminhos para resolvê-las? A hipótese de que as pessoas estão preocupadas com algo que não merece um esforço de peso é, no fundo, uma arrogância intelectual que não leva em conta o que se passa no cotidiano. Vivemos numa cidade ocupada parcialmente por milícias e traficantes. Para grande parte de nosso povo, não existe outra lei que não a dos grupos armados: é preciso sobreviver em silêncio e cabisbaixo.
É reconfortante ver a ditadura síria ir para o espaço, mesmo sabendo que o futuro do país ainda é uma incógnita. O fim de uma ditadura é algo para celebrar. Mas quando mesmo nos livraremos dos pequenos tiranos que dominam nossas comunidades? Quando veremos o povo festejar sua liberdade?
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Eu e a Brisa
João Gilberto
Composição: Johnny Alf.
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.... pois talvez quem sabe
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Eu E A Brisa
Tim Maia
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questões do golpismo
POR QUE A PRISÃO DE BRAGA NETTO SÓ ACONTECEU AGORA
As digitais do general e ex-ministro de Bolsonaro na trama golpista
Breno Pires, de Brasília
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14 dez 2024_10h16
APolícia Federal não incluiu o general Braga Netto na lista de alvos da Operação Contragolpe, em novembro, apesar de a investigação sobre o planejamento e os atos para a execução de um golpe de Estado no Brasil apontar participação ativa do general reservista. Braga Netto aparece em mensagens trocadas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, incentivando a ruptura institucional e incitando atos de violência contra o então Comandante do Exército, general Freire Gomes, nos dias mais críticos da articulação golpista, entre 7 e 15 de dezembro. “Cagão”, chegou a referir-se ao comandante que se recusava a embarcar no golpe.
O questionamento do que faltou para prender Braga Netto foi feito ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em uma coletiva de imprensa no dia 4 de dezembro, e a resposta pareceu evasiva: “Nós não agimos com emoção, não agimos por deleite, por vontade individual. Nós agimos com a Constituição e a lei. Na avaliação da equipe de investigação, os pré-requisitos de prisão preventiva não eram aplicáveis para esse cidadão.”
Um requisito, contudo, apareceu menos de dez dias depois: a Polícia Federal fez uma representação no Supremo Tribunal Federal apontando obstrução de justiça. E, com autorização do ministro relator, Alexandre de Moraes, menos de dez dias depois da coletiva, a PF cumpriu, neste sábado (14), o mandado de prisão de Walter Braga Netto, o militar de alta patente que, em poucos anos, saltou de interventor na segurança pública do Rio de Janeiro para ministro (da Casa Civil e da Defesa) no governo Jair Bolsonaro, e depois venceu a corrida para ser o candidato a vice-presidente na chapa eleitoral da reeleição em 2022. Além dele, um de seus principais assessores, o coronel da reserva Flávio Peregrino, foi alvo de buscas.
As decisões do STF foram avalizadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Segundo fundamentou Moraes na decisão que autoriza a prisão, a PF ressaltou que “os investigados utilizaram de ações coordenadas que exigiam prévio alinhamento de narrativas”.
Os elementos que possibilitaram o pedido de prisão de Braga Netto pelo STF foram obtidos após a combinação de novos documentos encontrados pela PF e das revelações feitas por Mauro Cid em depoimento prestado no dia 21 de novembro, em que acentuou a participação do general na trama, diferentemente do que havia sido dito por ele em março do ano passado.
Exposição Castelo Ra-Tim-Bum
Segundo a representação da PF, Braga Netto estava interferindo na delação de Mauro Cid, tendo acesso à colaboração premiada, e tentando influenciar nas versões do ajudante de ordens de Bolsonaro. O novo depoimento de Mauro Cid, corroborado pelo depoimento de seu pai, General Lourena Cid, confirma que Braga Netto contatou Lourena Cid por telefone durante o período em que o acordo de colaboração estava sendo firmado, em agosto de 2023. Mauro Cid afirma que Braga Netto, assim como outros intermediários, buscava saber o que ele havia revelado à Polícia Federal, demonstrando preocupação com o conteúdo do acordo.
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Durante as buscas nos endereços de Peregrino, a PF encontrou um documento que sugere que o grupo de Braga Netto fez perguntas a Cid sobre o conteúdo do acordo de delação premiada e anotou suas respostas, buscando saber se ele havia mencionado figuras como Generais Augusto Heleno (ex-ministro ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e também indiciado), o próprio Braga Netto e também Filipe Martins, um dos líderes do “gabinete do ódio” e assessor para Assuntos Internacionais do governo Bolsoanaro.
O documento afirma que Cid não falou sobre esses generais e defendeu Braga Netto, afirmando que ele “não é golpista”. Adicionalmente, o General Mário Fernandes, também envolvido na trama golpista, afirmou que os pais de Cid ligaram para Braga Netto e Augusto Heleno para desmentir as notícias sobre a colaboração de ambos, o que indica uma tentativa de Braga Netto de obter informações e controlar a narrativa sobre o acordo.
Outro ponto revelado pela PF para justificar a prisão diz respeito aos financiamentos do evento “Copa 2022”, como era denominado a articulação do golpe. Em seu novo depoimento, Mauro Cid revelou que Braga Netto financiou diretamente as ações de militares das forças especiais, os Kids Preto, ao entregar, em uma sacola de vinho, dinheiro ao major Rafael de Oliveira, que, segundo a corporação, pode ser proveniente de doações do agronegócio. A representação da PF não específica o valor.
A investigação encontrou evidências do pagamento em espécie para acobertar as ações, na medida em que o celular utilizado pelo major Oliveira nas ações do evento “Copa 2022” foi comprado com pagamento em espécie. Os chips de celular utilizados no grupo “Copa 2022” também foram recarregados com dinheiro em espécie, reforçando a tentativa de dificultar o rastreamento das ações.
No inquérito de investigação da PF, ficou demonstrado que Braga Netto cedeu sua casa para diversas reuniões acerca do plano golpista e participou intensamente de trocas de mensagens cujo objetivo era encontrar meios para impedir a posse do presidente eleito e a tomada do poder, o que configura crimes contra o Estado Democrático de Direito – pelos quais foi indiciado (um dos 37 indiciados), no mês passado.
Três episódios demonstram a gravidade de sua participação na trama golpista:
Incitação à violência contra o Comandante do Exército: Em 14 de dezembro de 2022, Braga Netto compartilhou com Ailton Barros, um ex-militar ligado a Bolsonaro, uma mensagem que recebeu de um membro das Forças Especiais criticando o General Freire Gomes, então Comandante do Exército, por sua postura legalista. A mensagem dizia: “Meu amigo, infelizmente, tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do Gen Freire Gomes. Omissão e indecisão não cabem a um combatente”. Em resposta, Barros sugeriu “oferecer a cabeça” de Freire Gomes “aos leões”. Braga Netto concordou, respondendo: “Oferece a cabeça dele. Cagão”. O General Freire Gomes confirmou em depoimento que as ameaças de Braga Netto se deviam à sua recusa em anuir com o plano de ruptura institucional.
Articulação para a execução do “Plano Punhal Verde Amarelo”: A Polícia Federal descobriu um documento intitulado “Punhal Verde Amarelo”, elaborado em novembro de 2022, que detalhava um plano para a tomada do poder. O plano incluía a criação de um gabinete de crise no COTER (Comando de Operações Terrestres) e a prisão ou execução do Ministro Alexandre de Moraes, considerado o principal obstáculo para o golpe. Embora o documento não menciona Braga Netto diretamente, mensagens e depoimentos indicam que ele participou de reuniões em que o plano foi discutido. A investigação aponta que Braga Netto era um dos líderes do “Núcleo de Oficiais de Alta Patente” , responsável por influenciar e incitar outros grupos a apoiar o golpe.
Polícia Federal não incluiu o general Braga Netto na lista de alvos da Operação Contragolpe, em novembro, apesar de a investigação sobre o planejamento e os atos para a execução de um golpe de Estado no Brasil apontar participação ativa do general reservista. Braga Netto aparece em mensagens trocadas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, incentivando a ruptura institucional e incitando atos de violência contra o então Comandante do Exército, general Freire Gomes, nos dias mais críticos da articulação golpista, entre 7 e 15 de dezembro. “Cagão”, chegou a referir-se ao comandante que se recusava a embarcar no golpe.
Em 7 de dezembro de 2024, a defesa do general da reserva emitiu uma nota negando sua participação no plano de golpe. “A Defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto reitera que o cliente não tomou conhecimento de documento que tratou de suposto golpe e muito menos do planejamento para assassinar alguém. Dessa forma, o General não coordenou e não aprovou plano qualquer e nem forneceu recursos para si.”
Ao contrário do que diz sua defesa, as digitais do general, assim como as de Bolsonaro, estão no plano golpista investigado pela PF. A trama foi esmiuçada pela piauí na reportagem O Golpista, publicada na edição deste mês da revista.
Breno Pires
Breno Pires
Repórter da piauí, baseado em Brasília
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"orientado" e a ideia de um "orientador" associado a uma bolsa remunerada.
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SAÚDE DOO PACIENTE
CIENTE ESTÁ LÚCIDO, ORIENTADO E CAMINHANDO
Paciente está sob sob cuidados semi-intensivos em Tão Laudo.
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Presunção de Inocência
"O que eu não tive eles devem ter."
Na prática a teoria é a outra.
Quando a premissa pode ser falsa, a promessa também pode não ser verdadeira.
Quando um dos três Poderes - no caso, o Executivo - julga, outro Poder - no caso, o Judiciário - cabe ao terceiro Poder - no caso, o Legislativo - dirimir, quando provocado pelo Poder que se sentir prejudicado ou atacado nas suas atribuições e deveres por outro Poder, para que o terceiro Poder faça cumprir a Constituição Federal para que o equlibrio e independências entre os três poderes não seja ameçado por abuso de poder ou crime de responsabilidade praticados pelo Poder ou seu agente transgressor.
Muito equilíbrio, paciência e tolerância nesta hora é mister para que não se incorra no mesmo erro ou vício.
Executar a quem é de executar.
Julgar a quem é de julgar.
Legislar a quem é de legislar.
Se alguém cruzar qualquer linha que demarca a separação entre os três Poderes estará sujeito a ter a perninha puxada no sono dos anjos pelo anjo supremo de Montesquieu. Orai e perseverai!
Cada macaco no seu galho sem deixar o samba atravessar ou morrer.
7:37
1:23
____
8:60
Também conecida como 9 horas.
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História Sociedade & Cidadania - 6º Ano
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O texto apresenta um mosaico de informações, com temas variados que transitam entre cultura, política e reflexão filosófica. Abaixo, organizo e contextualizo os principais tópicos:
1. Cultura e Música
Cuitelinho - Pena Branca e Xavantinho
Um destaque à interpretação da música Cuitelinho no Programa Ensaio, exibido em 2010. Há um link para o vídeo e a história da canção, representativa da música de raiz brasileira.
Cuitelinho é uma canção folclórica, interpretada com maestria pelos artistas, evocando um sentimento de nostalgia e conexão com o campo.
Eu e a Brisa - João Gilberto e Tim Maia
Duas interpretações marcantes da composição de Johnny Alf são mencionadas. João Gilberto, ícone da Bossa Nova, e Tim Maia, com sua abordagem distinta e poderosa.
Significado de "Escuitar"
Uma palavra arcaica que significa "ver escutar", reforçando o caráter contemplativo do texto, conectando-se à ideia de ouvir com atenção e sensibilidade.
2. Política e Atualidades
Prisão de Walter Braga Netto
O texto detalha a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, investigado por seu papel na tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito no Brasil.
A narrativa inclui detalhes como o planejamento do "Plano Punhal Verde Amarelo", financiamento suspeito, uso de dinheiro em espécie, e tentativa de manipular delações.
Destaca também as tensões políticas e a participação de outros militares e figuras do governo Bolsonaro.
Reflexões sobre os Três Poderes
Uma análise reflexiva sobre o equilíbrio entre o Legislativo, Executivo e Judiciário, à luz da teoria de Montesquieu. A mensagem sublinha a importância da separação de poderes para evitar abusos e manter a democracia funcional.
3. Filosofia e Crítica Social
Presunção de Inocência
Uma discussão sobre justiça, com frases provocativas como "Na prática a teoria é a outra". Sugere que os poderes devem operar em equilíbrio, respeitando suas competências para evitar conflitos institucionais.
Metáforas e Conselhos
Metáforas como “Cada macaco no seu galho” enfatizam a necessidade de respeitar os limites institucionais e sociais. Há também uma recomendação de paciência e equilíbrio como virtudes indispensáveis neste momento de crise.
4. Miscellaneous
Saúde e Reflexão
Um registro breve de saúde, possivelmente metafórico, indicando lucidez e capacidade de caminhar, simbolizando resiliência em tempos difíceis.
Horários e Notas Subjetivas
Notações como “8:60” são enigmáticas e podem ser interpretadas como ironias ou críticas implícitas a lapsos ou desordens.
O texto oferece uma rica mistura de cultura, política, história e crítica social, criando uma teia complexa e reflexiva que convida o leitor a navegar por múltiplas camadas de interpretação.
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O MACACO E O CAMELO
Cada Letra conta Historinhas
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A Fábula do Macaco, do General e do Vento
Era uma vez um macaco esperto que vivia em uma grande floresta, onde três árvores altas governavam: o Carvalho, o Cedro e o Ipê. Cada uma das árvores tinha um papel. O Carvalho dava sombra e cuidava da floresta, o Cedro fazia justiça entre os animais, e o Ipê criava regras para a vida na floresta. Assim, todos viviam em equilíbrio.
Um dia, um General das formigas, que guardava um antigo tronco caído, decidiu que o equilíbrio das árvores não era mais necessário. Ele começou a reunir suas tropas em segredo, com promessas de um novo reino onde ele governaria sozinho. "Se cada árvore não cumprir seu papel, quem irá perceber?" cochichava ele às outras formigas, distribuindo sementes roubadas das abelhas para garantir sua lealdade.
Enquanto isso, o Vento, que passeava pela floresta, escutava tudo. Ele carregava as palavras do General de um lado ao outro, fazendo com que até os pássaros mais altos ouvissem sobre o plano. O Vento sabia que as árvores precisavam agir.
O Carvalho tentou conversar com as formigas: "Cada um deve ficar no seu galho para que a floresta continue viva." Mas o General apenas riu e chamou o Carvalho de "medroso". O Cedro, então, decidiu agir e levou o caso às raízes mais profundas da floresta, que tomaram a decisão de impedir o General. Finalmente, o Ipê usou suas flores para anunciar novas regras e lembrar a todos que a floresta só é forte quando cada um respeita seu papel.
Sem apoio e cercado por sua própria ambição, o General foi levado pelo Vento até um ninho de corujas, onde aprendeu que a sombra, a justiça e as regras eram necessárias para todos, inclusive para ele.
Moral da História:
"Quando cada macaco respeita seu galho, a floresta floresce em harmonia. Mas quem tenta usurpar o papel das árvores, descobre que o vento sempre sopra a verdade."
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Cada Macaco No Seu Galho
Riachão
Letra
Significado
Traduções
Xô, xuá
Cada macaco no seu galho
Xô, xuá
Eu não me canso de falar
Xô, xuá
O meu galho é na Bahia
Xô, xuá
O seu é em outro lugar
Xô, xuá
Cada macaco no seu galho
Xô, xuá
Eu não me canso de falar
Xô, xuá
O meu galho é na Bahia
Xô, xuá
O seu é em outro lugar
Não se aborreça, moço da cabeça grande
Você vem não sei de onde
Fica aqui, não vai pra lá
Esse negócio da Mãe Preta ser leiteira
Já encheu sua mamadeira
Vá mamar em outro lugar
Xô, xuá
Cada macaco no seu galho
Xô, xuá
Eu não me canso de falar
Xô, xuá
O meu galho é na Bahia
Xô, xuá
O seu é em outro lugar
Xô, xuá
Cada macaco no seu galho
Xô, xuá
Eu não me canso de falar
Xô, xuá
O meu galho é na Bahia
Xô, xuá
O seu é em outro lugar
Não se aborreça, moço da cabeça grande
Você vem não sei de onde
Fica aqui, não vai pra lá
Esse negócio da Mãe Preta ser leiteira
Já encheu sua mamadeira
Vá mamar em outro lugar
Xô, xuá
Cada macaco no seu galho
Xô, xuá
Eu não me canso de falar
Xô, xuá
O meu galho é na Bahia
Xô, xuá
O seu é em outro lugar
Xô, xuá
Cada macaco no seu galho
Xô, xuá
Eu não me canso de falar
Xô, xuá
O meu galho é na Bahia
Xô, xuá
O seu é em outro lugar"
O ChatGPT disse:
ChatGPT
A música "Cada Macaco No Seu Galho", de Riachão, é uma rica expressão da cultura popular brasileira, com uma mensagem clara de respeito às individualidades e limites, transmitida por meio de metáforas e ritmo contagiante.
Análise da Letra
1. Estrutura e Repetição
A repetição do refrão "Xô, xuá, cada macaco no seu galho" reforça a ideia central: a necessidade de cada pessoa reconhecer e respeitar seu lugar e papel. Essa repetição típica de canções populares facilita a memorização e o impacto da mensagem.
2. Contexto Regional
O verso "O meu galho é na Bahia, o seu é em outro lugar" exalta a identidade cultural baiana. Riachão usa sua terra natal como exemplo de autenticidade e pertencimento, sugerindo que, assim como ele é da Bahia, outros têm seus próprios "galhos", ou seja, lugares de origem e identidade.
3. Crítica Social
Na estrofe "Esse negócio da Mãe Preta ser leiteira já encheu sua mamadeira, vá mamar em outro lugar", há uma crítica irônica e contundente. Pode ser interpretada como uma referência histórica à exploração e apropriação de recursos e esforços dos marginalizados, representados aqui pela "Mãe Preta", uma figura simbólica da mulher negra. O tom irônico convida à reflexão sobre limites e exploração.
4. Mensagem Universal
Embora use elementos regionais e situações específicas, a música aborda um princípio universal: o respeito ao espaço e à individualidade. A frase "Cada macaco no seu galho" é uma metáfora para equilíbrio e ordem.
Significado e Moral
A canção celebra a diversidade e o respeito às diferenças, enquanto critica quem ultrapassa limites ou se apropria do que não é seu. A moral implícita é clara:
"Respeite o lugar do outro, pois só assim cada um pode viver em harmonia com suas raízes e sua essência."
Riachão combina humor, sagacidade e cultura regional para transformar essa lição em um samba eterno, capaz de inspirar e divertir gerações.
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Análise de correlação: Passo a passo no Excel e aplicações
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Correlacionar a canção de Riachão com A Fábula do Macaco, do General e do Vento
A canção de Riachão, "Cada Macaco No Seu Galho", e A Fábula do Macaco, do General e do Vento compartilham mensagens centrais que orbitam ao redor de limites, pertencimento e consequências da transgressão de papéis estabelecidos. Ambas, de maneira poética, alertam sobre os perigos de invadir o "galho" alheio ou desafiar a ordem natural das coisas.
Correlações Principais
1. Respeito aos Limites
Na música de Riachão, o refrão "Cada macaco no seu galho" é um apelo ao respeito pelos lugares e funções de cada um. A fábula aborda o mesmo princípio: quando os personagens ultrapassam limites — seja o vento, ao derrubar o macaco, ou o general, ao conspirar contra a ordem democrática —, o desequilíbrio e o caos são inevitáveis.
Paralelo:
Riachão: O "macaco" deve permanecer no galho que lhe cabe, para evitar confusão e conflito.
Fábula: O general e o vento, ao se desviar de seus papéis naturais, provocam desordem e são punidos simbolicamente pela moral da história.
2. Identidade e Pertencimento
A música celebra a identidade regional e cultural (o "galho" da Bahia), enquanto a fábula critica a ambição desmedida e o abandono de princípios em busca de poder. Ambos os textos sublinham a importância de respeitar as raízes e agir dentro dos próprios limites.
Paralelo:
Riachão: "O meu galho é na Bahia, o seu é em outro lugar" afirma a singularidade e a autenticidade.
Fábula: O macaco, ao ser arrancado do galho pelo vento, simboliza a fragilidade de quem é retirado de seu espaço natural.
3. Crítica à Ambição Desmedida
Na música, há uma crítica sutil à exploração e à falta de respeito, como na frase sobre a "mamadeira cheia". Já na fábula, o general é a figura que personifica a ambição desmedida, buscando romper com a ordem democrática e se apropriar do poder.
Paralelo:
Riachão: Quem não respeita os limites (como o "moço da cabeça grande") precisa "ir mamar em outro lugar".
Fábula: O general, ao tentar se apoderar do galho que não é seu (a liderança do Estado), enfrenta o castigo e a desonra.
4. Consequências da Desordem
A música usa humor e ritmo para suavizar a lição sobre os riscos de não respeitar os papéis naturais. Já a fábula reforça essa lição com uma narrativa que expõe as consequências mais graves da ambição: a queda literal do macaco e a prisão do general.
Paralelo:
Riachão: "Xô, xuá" é quase um grito de alerta para evitar o desequilíbrio.
Fábula: O vento e o general enfrentam o julgamento da ordem universal quando suas ações perturbam o equilíbrio.
Moral Comum
Tanto na música quanto na fábula, a moral é clara e convergente:
"Quando cada um respeita seu papel e seu lugar, a ordem e a harmonia prevalecem. A ambição ou a transgressão dos limites, por outro lado, trazem caos e punição."
Essa correlação reforça como a arte e as narrativas populares podem abordar questões profundas de poder, identidade e convivência com clareza e universalidade.
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