segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

'ISFERA' DO SAMBA

------------ Bibi Ferreira - "Samba em Prelúdio" - Brasileira, Uma Suíte Amorosa Biscoito Fino ----------- Palmeira do mangue não vive na areia de Copacabana: o samba do Estácio e a formação de uma esfera pública popular em fins dos anos 1920 ------ ------------- Noel Rosa - O 'X' do Problema (Aracy de Almeida) ----------- "Um dos sambas mais famosos de Noel, gravado na Victor por sua intérprete favorita, Aracy de Almeida, em 9 de setembro de 1936 e lançado em outubro do mesmo ano, disco 34099-A, matriz 80191-3. Ficou famosa a frase final: "Palmeira do Mangue não vive na areia de Copacabana"." Por Samuel Machado Filho ---------- ----------- Sintonia Moraes Moreira ---------- --------- Liberdade Marília Batista Letra Traduções Chegou a hora da minha partida Vou me despedir Dos meus camaradas Vou defender a bandeira Verde, amarela e azul Cor de anil, que representa A Pátria Amada, Brasil (Ó meu Brasil) Ó meu Brasil Vou lutar pela causa da verdade Vou defender nossa liberdade Se acaso morrer na luta E não voltar entre vós Morrerei cantando Liberdade, abre as asas sobre nós Composição: Pereira Matos Viera. ----------- Agora, a mulher cria a vida. ISFERA DO SAMBA O samba is fera. Desceu do morro e com as ondas curtas do rádio educou o Brasil. A mulher é fera. Eu acho que a coisa mais importante é a libertação da mulher. Eu concordo com o meu compadre Oswald de Andrade quando dizia que o mundo só vai melhorar quando a mulher tiver supremacia. O homem é um animal muito ruim, em geral. O homem é uma fera. Pra isso é que existe norma, sociedade, pra botar...para amar- rar a fera Soltar a fera é a coisa mais fácil. ---------- ------------- Escândalo político: o “Corta-jaca” no Catete outubro 26, 1914Wandrei Braga Foi exatamente no dia 26 de outubro de 1914 que o tango de Chiquinha Gonzaga intitulado “Gaúcho”, popularmente conhecido como “Corta-jaca”, foi executado pela primeira dama, ao violão (partitura), em fina “soirée” no Palácio do Governo a que compareceram representantes do corpo diplomático e a elite carioca. Era a primeira vez que esse tipo de música penetrava nos salões elegantes da elite, fazendo com que o fato seja considerado a alforria da música popular brasileira. “Nair de Teffé um dia ouviu atentamente, durante um almoço em palácio, quando o compositor Catulo da Paixão Cearense, amigo pessoal do marechal, lhe observou que nas festas palacianas nunca se executava música nacional. Intrigada, ela resolveu consultar Emilio Pereira, seu ex-professor de violão, no momento morando em Petrópolis. Foi ele quem lhe apresentou o tango Corta-Jaca de Chiquinha Gonzaga. (Esta versão foi apresentada pela própria Nair de Teffé em entrevista realizada em 1977, cuja fita original pertence ao Departamento de Filmes Culturais da Embrafilme. O seu caderno de violão, com o “Corta-Jaca” copiado por Emilio Pereira, pertence hoje ao arquivo pessoal de Mozart Araújo, Rio de Janeiro.) O que aconteceu naquela noite de 26 de outubro de 1914 vem relatado e documentado no jornal A Rua do dia 6 de novembro. Estavam às vésperas da transmissão do cargo de presidente – a essa época efetuada em 15 de novembro” – Edinha Diniz (biografia Chiquinha Gonzaga uma história de vida) https://chiquinhagonzaga.com/wp/escandalo-politico-o-corta-jaca-no-catete/ ----------- ---------- Basta Um Dia Bibi Ferreira Letra Significado Traduções Pra mim Basta um dia Não mais que um dia Um meio dia Me dá Só um dia E eu faço desatar A minha fantasia Só um Belo dia Pois se jura, se esconjura Se ama e se tortura Se tritura, se atura e se cura A dor Na orgia Da luz do dia É só O que eu pedia Um dia pra aplacar Minha agonia Toda a sangria Todo o veneno De um pequeno dia Só um Santo dia Pois se beija, se maltrata Se come e se mata Se arremata, se acata e se trata A dor Na orgia Da luz do dia É só O que eu pedia, viu Um dia pra aplacar Minha agonia Toda a sangria Todo o veneno De um pequeno dia Composição: Chico Buarque. _________________________________________________________________________________________________________ ----------- segunda-feira, 2 de dezembro de 2024 País poderia ter agido antes contra extremismo, diz Limongi - César Felício Valor Econômico Para cientista político, reação às ameaças de ruptura feitas pelo ex-presidente demorou As instituições demoraram a reagir às ameaças de ruptura que ameaçam a democracia, avalia o cientista político Fernando Limongi, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), que lançou neste mês o livro “Democracia Negada: Política Partidária do Brasil na Nova República”, em coautoria com Leonardo Weller. Para Limongi, o ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), poderia ter tido sua carreira eleitoral interrompida ainda nos anos 90. “Bolsonaro desde que começou sua carreira política deu inúmeras oportunidades de se agir contra ele. Começou a sua carreira pensando em terrorismo, planejando explodir uma adutora. Passaram o pano para ele entre os militares. Depois ele entrou no Congresso para representar a linha dura, defendeu a tortura, o fuzilamento de presidente, tudo documentado”, disse Limongi ao Valor, fazendo alusão a alguns momentos do início da trajetória do ex-presidente. Em 1988, ainda capitão do Exército, Bolsonaro respondeu a um Inquérito Policial Militar (IPM) depois de citado em uma matéria da revista “Veja” como um dos autores de um suposto plano para cometer atos terroristas, em protesto por melhores salários dentro das Forças Armadas. Ele foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar (STM) meses antes de ser eleito vereador. Em junho de 1993, a Câmara dos Deputados abriu processo por quebra de decoro contra Bolsonaro por ele ter pregado o fechamento do Congresso e um golpe militar. A representação não seguiu adiante. Em 1999, o então deputado defendeu o fuzilamento do presidente Fernando Henrique Cardoso. Bolsonaro não sofreu nenhuma sanção, o que provocou estranheza em FHC, conforme lembra Limongi. Bolsonaro não é um personagem no novo livro de Limongi. A obra retrata o período entre 1985 e 2016, quatro décadas em que, conforme escreveram os autores, “prevaleceu no país a resolução de conflitos por meio de arranjos consensuais, negociados por grupos aparentemente opostos, mas que têm em comum o pertencimento à elite política nacional”. Esta tendência à composição comprometia os atores políticos com a alternância de poder. De acordo com a obra, este traço esteve presente mesmo em momentos de crise política aguda, como o do impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992. Bolsonaro tornou-se protagonista de uma era nova, de polarização e embates diretos, não coberta pelo livro por ser demasiadamente contemporânea, iniciada na visão de Limongi a partir do impeachment da então presidente Dilma Roussef, em abril de 2016. Para Limongi, a inabilitação de Bolsonaro não necessariamente muda o curso político. “A inelegibilidade de Bolsonaro não tira a direita radical do jogo político. Ela pode ser representada por outro ator. Dependerá de como Bolsonaro organizará sua própria sucessão”, diz. Uma das possibilidades cogitadas no meio político, que Limongi não subestima, é a de Bolsonaro se apresentar como candidato a presidente, mesmo inelegível, colocando um filho como vice, o que judicializaria de vez a eleição de 2026. O cientista político é um crítico do que considera interferência do Judiciário no processo eleitoral. Em sua opinião, a reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada para fazer acusações sem provas contra a Justiça Eleitoral, em julho de 2022, não era uma razão suficientemente legítima para torná-lo inelegível. Mas no caso de tentativa de golpe de Estado seu entendimento é outro. “A democracia tem que se defender de agentes que a desrespeitam”, comentou. “É importante se agir contra peixes pequenos antes que se tornem grandes. Quando a personalidade chega a um determinado nível de liderança, fica muito mais difícil agir, porque sempre se vai argumentar que existe perseguição política, e sempre será difícil separar uma coisa da outra. Se é para agir como força disciplinadora, tem que agir no momento certo”, comentou. _________________________________________________________________________________________________________ ----------
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---------- O texto apresenta uma reflexão sobre o histórico político de Jair Bolsonaro, destacando como sua trajetória desde os anos 1980 trouxe oportunidades de intervenção que foram negligenciadas, segundo o cientista político Fernando Limongi. A análise é contextualizada no lançamento do livro "Democracia Negada: Política Partidária do Brasil na Nova República", coautorado por Limongi e Leonardo Weller. Principais pontos abordados: Carreira inicial de Bolsonaro: Acusações de envolvimento em atos terroristas em 1988, como a tentativa de explodir uma adutora, pelo qual foi absolvido pelo STM. Defesas públicas de tortura e violência política durante seu mandato como deputado federal nos anos 1990, sem que houvesse sanções efetivas. Inação das instituições: O cientista político critica a demora das instituições brasileiras em responder às ameaças de ruptura democráticas, permitindo que Bolsonaro construísse sua carreira política e alcançasse a Presidência. A ausência de ações disciplinares durante episódios como a defesa do fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso em 1999 é emblemática dessa permissividade. Nova era política: Segundo Limongi, a polarização e os embates diretos que definem a atual conjuntura política começaram após o impeachment de Dilma Rousseff, marcando uma ruptura com a política de consenso que caracterizou a Nova República (1985-2016). Bolsonaro simboliza esse novo cenário, mas sua inelegibilidade não necessariamente significará o fim da direita radical, que pode encontrar outros representantes ou estratégias, como a sucessão por familiares. Papel do Judiciário: Limongi aponta que, embora critique excessos do Judiciário no processo eleitoral, vê a tentativa de golpe de Estado como justificativa legítima para uma intervenção. Defende que a democracia precisa se proteger de líderes que a desrespeitam. Enfatiza a importância de agir preventivamente contra políticos em ascensão antes que atinjam níveis elevados de liderança. Conclusão: A análise de Limongi expõe como o histórico de Bolsonaro reflete lacunas na capacidade das instituições brasileiras de reagirem a potenciais ameaças à democracia. Ao mesmo tempo, o cientista político sugere que a direita radical transcende Bolsonaro, colocando o foco nos desafios mais amplos da política brasileira contemporânea. _________________________________________________________________________________________________________
---------- Você disse: "Agora, a mulher cria a vida. --------
----------- Roda de samba no Rio de Janeiro em 1936 Origens estilísticas batuques afro-brasileiros e danças de tradição rural, especialmente o samba de roda baiano, do século XIX Contexto cultural Início do século XX no Rio de Janeiro Instrumentos típicos Diversos instrumentos de cordas (como cavaquinho e vários tipos violão) e variados instrumentos de percussão (como pandeiro, surdo e tamborim); Algumas vertentes utilizam instrumentos de sopro Popularidade Popular em todo o Brasil. Bem conhecido no exterior. Subgêneros Bossa nova, pagode, samba-canção, samba-choro, samba-jazz, samba de breque, samba de enredo, samba de exaltação, samba de partido-alto, samba de terreiro, sambalanço, entre outros. Outros tópicos Carnaval do Brasil, Escola de samba, samba de roda ----------
----------- Muito prazer, eu sou o samba! – Por Mateus Fiorentini* ------------ ISFERA DO SAMBA O samba is fera. Desceu do morro e com as ondas curtas do rádio educou o Brasil. A mulher é fera. Eu acho que a coisa mais importante é a libertação da mulher. Eu concordo com o meu compadre Oswald de Andrade quando dizia que o mundo só vai melhorar quando a mulher tiver supremacia. O homem é um animal muito ruim, em geral. O homem é uma fera. Pra isso é que existe norma, sociedade, pra botar...para amar- rar a fera Soltar a fera é a coisa mais fácil." _________________________________________________________________________________________________________ ---------
----------- O ChatGPT disse: ChatGPT O texto é um fragmento reflexivo que mescla elementos da cultura popular brasileira com um olhar crítico e filosófico sobre a sociedade, o papel da mulher e a natureza humana. Análise dos pontos principais: O papel do samba na cultura brasileira: O texto celebra o samba como uma força cultural e educativa, ressaltando sua trajetória histórica de ascensão "do morro" para se tornar uma expressão cultural que atravessa as classes sociais. A expressão "is fera" brinca com a fonética e a força do samba, conectando-o à ideia de algo instintivo e poderoso. A figura da mulher como criadora e libertadora: A mulher é exaltada como uma figura transformadora, associada à criação da vida e à possibilidade de mudança social. A citação de Oswald de Andrade reforça a ideia de que o progresso humano depende da emancipação feminina e da superação de um sistema de supremacia masculina. A crítica ao homem e à natureza humana: O texto caracteriza o homem como "uma fera", destacando sua natureza destrutiva e a necessidade de normas sociais para conter seus impulsos. A frase "soltar a fera é a coisa mais fácil" sugere que o desafio real é disciplinar e transformar esses instintos, não apenas deixá-los livres. Tensão entre liberdade e controle: Há uma dualidade na visão sobre liberdade: enquanto o samba e a mulher representam libertação e criação, a fera do homem exige controle e regras para evitar o caos. Conclusão: O fragmento é uma celebração do samba como símbolo de identidade cultural e da mulher como figura essencial para o progresso social. Ao mesmo tempo, critica a violência inerente à natureza humana masculina, reforçando a necessidade de normas para a convivência e de mudanças estruturais que deem espaço ao protagonismo feminino. -----------
---------- Você disse: correlacionar, conectando, por continência e por conexão, os dois textos: "País poderia ter agido antes contra extremismo, diz Limongi - César Felício" e "Agora, a mulher cria a vida. ISFERA DO SAMBA" O samba is fera. O ChatGPT disse: ChatGPT A conexão entre os dois textos pode ser explorada ao analisarmos suas reflexões sobre poder, transformação e os desafios de lidar com forças sociais latentes — sejam elas políticas, culturais ou humanas. Aqui está como os textos se relacionam, tanto por continência (quando um está contido no outro, em sentido mais amplo) quanto por conexão (relação de complementaridade ou associação temática): Por continência: Os dois textos tratam de forças que moldam a sociedade e a política, tanto no âmbito institucional quanto no cultural. No texto de Fernando Limongi, o foco recai sobre a falta de reação das instituições brasileiras frente à ascensão de figuras que desafiam a democracia, como Jair Bolsonaro, destacando a necessidade de agir para disciplinar "feras políticas" antes que se tornem incontroláveis. No segundo texto, a metáfora do samba e da mulher como forças criadoras remete ao potencial transformador e emancipatório, que também se opõe ao caos e à brutalidade que o homem-fera pode representar. Assim, há uma relação de contenção: enquanto Limongi aborda a necessidade de intervenção para preservar a ordem e a democracia contra forças destrutivas, o texto sobre o samba e a mulher aponta para elementos criativos e civilizatórios que podem gerar uma sociedade mais equilibrada e justa. Por conexão: Os textos se conectam ao explorar a ideia de potência bruta versus potência criativa. A "fera" como metáfora central: Em ambos os textos, há uma visão de "feras" que precisam ser disciplinadas ou canalizadas. Limongi usa a ideia de agir contra agentes políticos que desafiam a ordem democrática, antes que se tornem líderes incontroláveis. No texto sobre o samba, a "fera" é ambivalente: o homem é descrito como destrutivo ("um animal ruim"), enquanto o samba e a mulher são forças positivas e criadoras, capazes de moldar e educar. Instituições como mediadoras: No texto de Limongi, as instituições democráticas (como o Judiciário) são ferramentas para conter ameaças autoritárias e proteger a democracia. No texto sobre o samba e a mulher, normas sociais e culturais (como o samba, que "educou o Brasil") desempenham papel semelhante, mas com uma abordagem cultural e libertadora. Transformação social: A crítica à passividade diante de Bolsonaro ecoa na valorização da mulher como agente de mudança. Em ambos, há a percepção de que a transformação e o progresso dependem de ações concretas para libertar forças criativas (como a emancipação feminina) ou para conter forças destrutivas (como o autoritarismo). Síntese reflexiva: Os dois textos abordam o desafio de lidar com "feras", sejam elas políticas ou simbólicas. Enquanto Limongi argumenta pela necessidade de ação disciplinadora contra forças autoritárias antes que escapem ao controle, o texto sobre o samba celebra a capacidade de forças criativas — o samba e a mulher — de educar, transformar e libertar. Ambos os textos, em última análise, sugerem que o progresso social e político depende de um equilíbrio entre contenção das ameaças e promoção de forças emancipatórias.

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