Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 31 de dezembro de 2024
PARALELOS
PARALELOS
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Nada ali indica que um ano novo começa. E não começa nem no céu nem no chão do planeta: começa no coração. Começa como a esperança de vida melhor que entre os astros não se escuta nem se vê nem pode haver: que isso é coisa de homem esse bicho estelar que sonha (e luta). Ferreira Gullar
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terça-feira, 31 de dezembro de 2024
Poesia | Ano novo, de Fernando Pessoa
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Fernando Pessoa – Ano Novo
Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento
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Cadeia de Markov - Conceitos Fundamentais
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Prof. Francisco Rodrigues
Estreou em 31 de mai. de 2020
Nesse vídeo, vamos aprender sobre o que é uma cadeia de Markov, como calcular as probabilidades e modelar processos em que o tempo é uma variável aleatória discreta.
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Rosalynn Carter no Brasil, 1977
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Memória Audiovisual Brasileira - MAB
8 de fev. de 2015
A primeira-dama norte-americana Rosalynn Carter visita o Brasil durante governo do presidente Geisel. Na ocasião, desagradou os militares ao se reunir com grupos que denunciavam as torturas e violações de direitos humanos promovidas pelo regime.
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PARALELOS
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Principais paralelos da Terra.
Os textos transcritos de Murilo Mendes (Isidoro da Flauta) e Mário de Andrade (“E estamos embebedados pela cultura européia, em vez de esclarecidos”) oferecem pontos de contato importantes no que diz respeito à busca pela identidade cultural brasileira e à crítica à dependência de modelos estrangeiros. Vamos analisar os paralelos entre esses autores e seus contextos:
1. A valorização do Brasil autêntico
Murilo Mendes em Isidoro da Flauta
O texto de Murilo Mendes enaltece a figura de Isidoro da flauta como um símbolo da música e da cultura popular brasileira, destacando suas características singulares, como sua "intemporalidade" e sua ligação visceral com a música. Isidoro é um representante de uma cultura viva e orgânica, que nasce do povo e transcende as imposições culturais externas.
Mário de Andrade na citação
A frase de Mário aponta para uma alienação cultural, na qual a dependência de modelos europeus obscurece as características genuínas da cultura brasileira. Mário foi um defensor fervoroso da valorização do que é brasileiro, promovendo, por exemplo, manifestações culturais como o samba, as danças populares e a literatura regional.
Paralelo: Ambos os autores buscam resgatar o valor do que é genuinamente brasileiro, seja na figura de Isidoro, um músico popular e pacífico, ou na crítica à "embriaguez" cultural que afasta o Brasil de suas raízes.
2. A relação com a cultura europeia
Murilo Mendes
Embora Isidoro da Flauta seja profundamente brasileiro, Murilo Mendes não deixa de citar referências europeias como Rimbaud e compositores italianos (Porpora e Caldara). Ele parece sugerir que o contato com a cultura europeia não é negativo por si só, mas deve coexistir com o reconhecimento da riqueza local, como simbolizado por Isidoro e sua flauta.
Mário de Andrade
A citação de Mário é mais crítica. Ele não rejeita a cultura europeia, mas denuncia a forma como ela é absorvida de maneira acrítica, impedindo um esclarecimento e uma emancipação cultural. Para ele, é fundamental que o Brasil desenvolva uma relação de troca, não de submissão.
Paralelo: Ambos reconhecem o valor da cultura europeia, mas enquanto Murilo incorpora essas referências em harmonia com as brasileiras, Mário enfatiza a necessidade de romper com a dependência para construir algo autenticamente nacional.
3. O papel da música como símbolo cultural
Murilo Mendes
A música é central em Isidoro da Flauta, representando tanto a identidade cultural brasileira quanto uma força pacificadora e espiritual. A flauta de Isidoro transcende a materialidade e se torna um elo entre o popular e o sublime, o cotidiano e o eterno.
Mário de Andrade
Mário também atribui à música um papel central em sua obra, seja como pesquisador de manifestações populares, seja como poeta e escritor. Em Macunaíma, por exemplo, ele valoriza expressões musicais como o canto popular e os instrumentos regionais como símbolos da alma brasileira.
Paralelo: Ambos os autores veem a música como um elemento essencial na definição e celebração da identidade cultural brasileira, algo que nasce do povo e reflete a diversidade do país.
4. Crítica ao apagamento das culturas populares
Murilo Mendes
A escolha de Isidoro, um músico negro, como protagonista sugere um resgate da contribuição das culturas afro-brasileiras, frequentemente marginalizadas no Brasil. Isidoro é descrito como intemporal e resistente, uma figura que transcende o apagamento histórico.
Mário de Andrade
Mário também foi um defensor das culturas populares, especialmente as afro-brasileiras e indígenas, que ele considerava pilares da identidade nacional. Sua crítica à dependência europeia é, em parte, um chamado para valorizar essas culturas que resistem à homogeneização imposta pelos modelos estrangeiros.
Paralelo: Ambos os textos apontam para a importância de reconhecer as culturas populares como fontes legítimas de identidade nacional e resistência às imposições culturais externas.
5. Poética da identidade
Murilo Mendes
A narrativa de Isidoro da Flauta é poética, carregada de lirismo e mistério, mas também de referências concretas ao Brasil. É uma celebração da cultura local, que resiste ao tempo e às adversidades, uma música que transcende o contexto imediato e atinge a universalidade.
Mário de Andrade
Mário também utiliza a poesia e a literatura como ferramentas para explorar e celebrar o Brasil. Sua escrita, como em Paulicéia Desvairada ou Macunaíma, mescla o regional e o universal, mostrando que o Brasil pode dialogar com o mundo sem perder sua autenticidade.
Paralelo: Ambos fazem da arte uma ferramenta de afirmação cultural e de resistência contra o apagamento das identidades locais.
Conclusão
Murilo Mendes e Mário de Andrade convergem na valorização do que é autêntico e na crítica à alienação cultural causada pela dependência de modelos externos. Enquanto Murilo ilustra essa identidade através da figura lírica de Isidoro da Flauta, Mário o faz por meio de uma crítica explícita à "embriaguez" cultural. Ambos, no entanto, apontam para a mesma necessidade: a construção de uma cultura brasileira autônoma, que valorize suas raízes e dialogue com o mundo de maneira esclarecida e consciente.
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Rosalynn Carter no Brasil, 1977
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Memória Audiovisual Brasileira - MAB
8 de fev. de 2015
A primeira-dama norte-americana Rosalynn Carter visita o Brasil durante governo do presidente Geisel. Na ocasião, desagradou os militares ao se reunir com grupos que denunciavam as torturas e violações de direitos humanos promovidas pelo regime.
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Aqui está a imagem gerada para o cenário descrito. Caso precise de ajustes ou modificações, é só pedir!
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Roteiro Teatral: "Tropical Ironia"
Ato Único
Cenário:
Um salão do Palácio do Planalto. A decoração mistura o austero e o tropical: móveis de madeira escura, bandeiras do Brasil e dos EUA dispostas lado a lado, e uma pintura vibrante de um horizonte verde-amarelo ao fundo. O palco está dividido em duas partes: de um lado, um ambiente formal com uma mesa e cadeiras; do outro, uma pequena representação de uma cela, com grades enferrujadas e uma cama simples. Um holofote ilumina a cela esporadicamente.
Personagens Principais:
Rosalynn Carter – Elegante, firme e serena, carrega a convicção dos direitos humanos em cada gesto.
Ernesto Geisel – Sóbrio, fala com pausas calculadas, refletindo o controle de seu regime.
O Poeta – Um narrador onisciente que interage com os outros personagens por meio de monólogos líricos e irônicos.
Preso Político – Representa as vozes caladas pela ditadura, suas falas são carregadas de emoção e denúncia.
Cena 1: O Encontro
(Geisel e Rosalynn estão sentados frente a frente. Servidores discretos colocam café e água nas mesas. O Poeta surge de uma sombra no canto do palco, observando a cena.)
Poeta (recitando, irônico):
Dizem que o verde e o amarelo brilham,
Mas o brilho cega quem insiste em olhar.
Chega a visita do Norte, com olhos azuis,
Para ver o Brasil que insiste em cantar.
Rosalynn Carter:
Presidente, agradeço a recepção. Jimmy me pediu para trazer uma mensagem clara:
os direitos humanos não são privilégio, mas um direito universal.
Geisel (sereno, mas cortante):
Senhora Carter, a soberania do Brasil é tão verde quanto nossas florestas.
Respeitamos sua preocupação, mas a segurança nacional é prioridade.
Poeta (à plateia):
"Segurança nacional", diz o general,
Enquanto os gritos abafados vibram nas paredes de concreto.
Duas línguas aqui se enfrentam:
A da diplomacia e a do silêncio imposto.
Cena 2: A Cela
(A luz se desloca para a cela. O Preso Político, descalço e com roupas gastas, olha para o público como se encarasse Rosalynn. Ele fala como se estivesse lendo uma carta, sua voz frágil no início, mas ganhando força.)
Preso Político:
Senhora Carter, a sua chegada trouxe um sopro de ar,
Mas aqui, o ar é pesado.
Cada palavra dita se torna crime,
Cada sonho sonhado vira ameaça.
Quantos rostos mutilados a senhora precisará ver
Para entender o que se cala além dessas grades?
Poeta (aproximando-se da cela):
E no silêncio que ela carrega,
Está o peso de um continente.
O que vale mais: a bandeira que voa
Ou a vida que respira?
Cena 3: O Embate Poético
(Rosalynn se levanta, caminhando lentamente pela sala. Geisel a observa com uma expressão impenetrável. O Poeta, agora entre os dois, declama.)
Poeta:
De um lado, a diplomata,
Com flores e palavras macias.
Do outro, o militar,
Com botas pesadas e leis que ninguém via.
Rosalynn Carter (dirigindo-se a Geisel):
Presidente, é impossível ignorar os relatos.
Os homens que clamam por liberdade não podem ser vistos como inimigos.
Um governo forte não teme o diálogo.
Geisel (levantando-se):
Senhora Carter, entendo suas preocupações,
Mas quem vive no tropical aprende que há perigos na floresta.
Nem todas as vozes clamam por justiça;
Algumas querem apenas derrubar o tronco que sustenta o país.
Poeta (sarcástico):
Ah, os troncos que sustentam!
Será que eles também ouvem o estalo das costas
De quem carrega o machado?
Cena 4: O Epílogo
(A luz se apaga na parte formal e foca novamente na cela. O Preso Político fala em um tom de resignação, mas também de esperança. Rosalynn olha na direção da cela, como se pudesse ouvi-lo pela primeira vez.)
Preso Político:
Quem nos visita, que leve daqui não só o cheiro da terra,
Mas o peso de nossas lágrimas.
Que o canto do poeta alcance os que governam,
E que o futuro não precise mais de grades.
Poeta (finalizando):
E assim, o Brasil se despede da visita:
Com um sorriso tropical e um segredo amargo.
Pois, no fim, a diplomacia é um palco,
Mas os aplausos vêm do povo que espera a cortina cair.
(As luzes se apagam, deixando apenas uma faixa de luz sobre o Poeta, que olha para o público com um sorriso irônico.)
Poeta:
Abençoado por Deus? Sim.
Mas bonito por natureza? Só quando a verdade aparece.
(Cai o pano.)
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Paralelas
Belchior
Letra
Dentro do carro
Sobre o trevo
A cem por hora, ó, meu amor
Só tens agora os carinhos do motor
E no escritório em que eu trabalho
E fico rico, quanto mais eu multiplico
Diminui o meu amor
Em cada luz de mercúrio
Vejo a luz do teu olhar
Passas praças, viadutos
Nem te lembras de voltar, de voltar, de voltar
No Corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana, o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão
E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas
Em que foges do que é teu
No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça e grito, grito quando o carro passa
Teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu
No Corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana, o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão
Composição: Belchior.
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Senador Fernando Henrique Cardoso entrevistado por Mino Carta, 1985
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Memória Audiovisual Brasileira - MAB
11 de dez. de 2024
O senador, líder do governo e candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Henrique Cardoso (PMDB-SP), é entrevistado pelo jornalista Mino Carta em seu programa O Homem e Seu Tempo, em 1985. Os temas passam por cinema, filosofia, exílio, política e poesia.
Fernando Henrique Cardoso nasceu em 18 de junho de 1931, na cidade do Rio de Janeiro, em uma família de tradição militar. Formou-se em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e construiu uma sólida carreira acadêmica, que incluiu passagens como professor em renomadas instituições do Brasil e do exterior. FHC, como é amplamente conhecido, despontou como intelectual de destaque ao publicar estudos sobre desenvolvimento, desigualdade social e dependência, tornando-se um dos teóricos mais influentes da sociologia brasileira.
Na política, Fernando Henrique Cardoso iniciou sua trajetória no partido MDB (Movimento Democrático Brasileiro) durante o regime militar, atuando na oposição ao governo autoritário. Posteriormente, com a redemocratização, foi eleito senador e, em 1993, assumiu o Ministério da Fazenda durante o governo Itamar Franco. Ali, liderou a implementação do Plano Real, que controlou a hiperinflação e estabilizou a moeda brasileira, ganhando ampla popularidade e credibilidade política. Em seguida, foi eleito presidente do Brasil em 1994, sendo reeleito em 1998. Em seus dois mandatos (1995–2002), promoveu reformas estruturais, como a privatização de estatais, a modernização do Estado e a abertura da economia ao capital estrangeiro, apesar das críticas e controvérsias em relação a algumas de suas políticas.
Após deixar a presidência, FHC manteve ativa participação no debate público, seja por meio de palestras, artigos, entrevistas ou pela atuação em instituições voltadas para a promoção da democracia e do desenvolvimento. Recebeu diversos prêmios e honrarias internacionais, reforçando seu reconhecimento como intelectual e estadista. Sua trajetória continua a influenciar a vida política e acadêmica brasileira, sendo constantemente lembrado pela marca que deixou na estabilização econômica do país e nas discussões sobre políticas públicas.
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Mino Carta, nascido Domenico Carta em 1933, em Gênova, na Itália, mudou-se para o Brasil ainda criança, em 1946. Desde jovem, interessou-se pela comunicação e pelo jornalismo, ingressando em redações de veículos impressos e construindo, ao longo das décadas, um dos nomes mais influentes da imprensa brasileira. Passou por diversas publicações e foi cofundador de revistas de grande impacto nacional, como Veja, IstoÉ e CartaCapital, sempre se destacando pela ousadia editorial e pela busca de um jornalismo independente.
Ao longo de sua carreira, Mino Carta firmou-se não apenas como um jornalista de renome, mas também como um crítico atento da cena política e social do país. Sua atuação intensa e seu compromisso com a liberdade de expressão o levaram a enfrentar tanto pressões de ordem econômica quanto desafios de caráter político, especialmente durante períodos conturbados da história nacional. À frente da revista CartaCapital, mantém uma linha editorial crítica e reflexiva, pautada pelo jornalismo investigativo e por análises aprofundadas que influenciam o debate público no Brasil.
Mais sobre Fernando Henrique Cardoso:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernand...
Pessoas mencionadas
2 pessoas
Fernando Henrique Cardoso
Lula
https://www.youtube.com/watch?v=IZsEVixQa3c
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PARALELAS-VANUSA-VIDEO ORIGINAL DE 1975 ( HQ )
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wally bond
25 de jun. de 2012
VIDEO ORIGINAL. by: WALLYBOND-1111
Música
1 músicas
Paralelas
Vanusa
Amigos Novos e Antigos
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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Entre a Maré e o Rochedo: Reflexões sobre a Vida Individual e Coletiva no Cosmos
"Amigo, esta vida não tá boa
O sufoco vem à proa
Desse barco que é a vida"
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"Tempestade no Mar da Galileia" (1633), de Rembrandt van Rijn.
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Resumo:
O artigo "Cuidado: Ano-Novo à frente" de Fernando Gabeira e o samba "Rochedo" de Noca da Portela e Zé do Maranhão, interpretado por Beth Carvalho, exploram a relação entre a fragilidade do indivíduo e as forças maiores que moldam a existência coletiva. Gabeira analisa tensões políticas e sociais, enquanto o samba traduz poeticamente a luta pela sobrevivência. Ambos evocam imagens de conflito e resiliência, ligando-se ao humanismo universal de obras como "A Escola de Atenas", de Rafael Sanzio, que celebra o diálogo entre a busca individual e o progresso coletivo. Essa síntese propõe uma reflexão sobre a condição humana e sua posição no cosmos, marcada pela vulnerabilidade e pela esperança.
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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Cuidado: Ano-Novo à frente - Fernando Gabeira
O Globo
Investidores querem austeridade, muita austeridade. Mas já vimos, na Grécia, que essa fórmula tem limites
Tenho uma modesta bola de cristal. Às vezes ela embaça e perde o foco. Ainda assim, sugiro cuidado com o ano que entra.
Nos Estados Unidos, Trump promete deportação em massa e aumento das tarifas, além de uma pesada campanha contra a mídia. Dificilmente brasileiros escaparão da rede da deportação num bonde cheio de outras nacionalidades. O aumento de tarifas visa à China, mas Trump já mencionou outros países que estão na sua mira: Brasil e Índia.
Aqui dentro, o ano termina em sobressalto econômico. Há uma divergência entre as visões do governo e do mercado. Os investidores querem austeridade, muita austeridade. Mas já vimos, como na Grécia, que essa fórmula tem limites. O governo acha que a presença do Estado — gastando dinheiro, abrindo empregos, aumentando salários, aumentando consumo — faz rodar a máquina da economia. Lord Keynes aprovaria tudo isso, em certa conjuntura. O problema é que não estamos nela. Portanto, apesar de suas pretensões eleitorais, o governo tem limites.
Até que ponto veremos um nível de conciliação entre as duas visões conflitantes? A desconfiança acabou impulsionando o dólar às alturas, com reflexos possíveis no preço de combustíveis e alimentos. A ausência de um compromisso entre dois grandes atores acaba atingindo a vida dos que estão na planície.
Uma nova batalha se avizinha: a das emendas parlamentares. O STF quer que o dinheiro usado pelos deputados seja transparente e rastreável. Eles tentam escapar dessas regras. Um pagamento de R$ 4,2 bilhões foi bloqueado pelo ministro Flávio Dino. Quando os deputados voltarem de suas férias, a encrenca estará armada. Confrontarão o Supremo, porque não abrem mão de tanto dinheiro.
As emendas parlamentares são uma jabuticaba brasileira. Nas democracias ocidentais, os deputados aprovam ou rejeitam o Orçamento feito pelo Executivo. Só no Brasil administram diretamente parte do dinheiro. E que parte! Talvez chegue aos R$ 60 bilhões.
Em 2025, teremos o julgamento da tentativa de golpe. Está mais ou menos marcado para setembro. Se for televisionado, pode se tornar atraente como uma novela. Os detalhes sobre os quais escrevemos cotidianamente serão dramatizados na boca dos advogados.
Teremos a COP30 em Belém, no Pará. O primeiro encontro internacional sobre meio ambiente na Amazônia. O Brasil pretende afirmar sua posição de liderança na questão. No entanto é uma tarefa cheia de riscos. Grande parte dos problemas amazônicos permanece insolúvel.
As queimadas aumentam.
A inteligência artificial, tão falada, certamente fará coisas imprevisíveis no ano que vem. E o debate sobre o controle da internet continuará no Supremo, já que o Congresso prefere deixá-la como está. Esta pausa de fim de ano pode levar os ministros do STF a estudar mais o tema. Algumas intervenções, como as de Dias Toffoli, foram, digamos assim, preocupantes.
O grande poeta Drummond dizia que o último dia do ano não é o último dia da vida. Com minha experiência nas estradas brasileiras, diria que a ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão não é a última a desmoronar diante do descaso oficial.
Espero estar errado e que 2025 seja um ano de paz, prosperidade e que alguns sonhos pessoais se realizem — afinal, só eles podem desafiar mesmo as mais enevoadas bolas de cristal.
Em caso de absoluto desencanto, nem tudo está perdido. Os japoneses inventaram um método de desaparecer da vida cotidiana e começar noutro lugar, sem vestígios do passado. Cobram pouco mais de US$ 2 mil para dar outro nome, outra identidade e endereço. O nome é johatsu, evaporar.
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Correlações Diretas com a Proposta:
Vida Coletiva: Tal como na obra de Rafael, o samba e o artigo de Gabeira discutem como forças maiores e coletivas (sociedade, economia, natureza) moldam a existência individual.
Vida Individual: A expressão do medo e da fragilidade humana, seja na figura do marisco, no tom cauteloso de Gabeira ou nos pensadores representados por Rafael, dialoga com a necessidade de encontrar um sentido e um lugar no cosmos.
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Rochedo
Beth Carvalho
Letra
Está mais pra chorar do que sorrir
Está mais pra perder do que ganhar
Está mais pra sofrer que se alegrar
Está mais para lá do que pra cá
Amigo, esta vida não tá boa
O sufoco vem à proa
Desse barco que é a vida
E nessa briga da maré contra o rochedo
Sou marisco e tenho medo
De não ter uma saída
Composição: Noca da Portela / Zé Do Maranhão.
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STF mantém bloqueio definitivo de emendas de comissão que não obedecerem regras jurídicas, mas libera parte dos recursos
Decisão do ministro Flávio Dino autoriza empenho das emendas de comissão realizados antes do dia 23 de dezembro
29/12/2024 14:57 - Atualizado há 18 horas atrás
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ADPF854/DF
ARGUIÇÃODEDESCUMPRIMENTODEPRECEITOFUNDAMENTAL854 DISTRITO FEDERAL
VI- CONCLUSÃO
20. Sublinho que o devido processo legal orçamentário, de matriz constitucional, não comporta a “invenção” de tipos de emendas sem suporte normativo. A legítima celebração de pactos políticos entre as forças partidárias tem como fronteira aquilo que as leis autorizam, sob pena de o uso degenerar em abuso.
21. Obviamente não se trata de interferência judicial na sagrada autonomia do Poder Legislativo, e sim de sua adequação à Constituição e às leis nacionais. Este é um dever irrenunciável do STF: assegurar que não haja o império de vontades individuais ou a imposição de práticas concernentes ao constitucionalismo abusivo, de índole autoritária e apartada do interesse público.
22. Recordo que- por deliberação da Assembleia Nacional Constituinte- nem mesmo o máximo poder do Congresso Nacional- o de aprovar emendas constitucionais- é incondicional e imune ao controle jurisdicional. Por isso, mais do que inúteis ameaças ou consumação de “retaliações”, o diálogo institucional sincero e o cumprimento das normas jurídicas são as trilhas corretas a serem percorridas em favor dos legítimos interesses da Nação.
23. O Orçamento, por ser uma lei, é aprovado pelo Poder Legislativo e, de regra, executado pelo Poder Executivo, salvo quanto ao mencionado no art. 168 da Constituição Federal. Havendo respeito à saudável repartição de competências, o princípio da separação de poderes (cláusula pétrea) terá sua eficácia respeitada, com a convivência harmônica entre os departamentos autônomos que concretizam a Soberania Popular. ÀSEJ para providências, com urgência. Publique-se. Brasília, 29 de dezembro de 2024. Ministro FLÁVIODINO Relator Documento assinado digitalmente
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Com a Perna No Mundo
Emílio Santiago
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"Diz lá pra Dina que eu volto,que seu guri não fugiu
Só quis saber como é...qual é?
Perna no mundo e sumiu"
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ISIDORO DA FLAUTA
Nasci coisando, nasci com a música. Recordo-me perfeitamente ao ouvir nosso Orfeu número 1, Isidoro, flauteando na casa de meu pai, de Titiá e de Sinhá Leonor, tendo eu três anos de idade; Mamãe Zezé pianolando e cantando, mais tarde soube, árias de Porpora e Caldara.
Um homem de ouvido afeito cedo à visitação da música não suporta o mesmo normal desafinamento, quanto mais o cliquetis de espadas e ruído de bombas.
*
Isidoro da flauta é, por acaso, preto. Fino; música é com ele; Isidoro flauteia a vida inteira; seu canto menor aplaca por instantes ódio, inveja, libidinagens,alguns trovões. Que idade tem Isidoro? É intemporal, como tantos da sua resistente raça. Não pacifista, antes pacífico.
*
Cheira a domingo, é a flauta de Isidoro da flauta que se aproxima, uma pequena festa levantada no eco, jasmins-do-cabo orvalhando, o vácuo expulso, a evaporação da mágua, um sub-céu incorporado à curva do meu ouvido; segundo Rimbaud, um vento de diamantes.
*
No princípio quero pegar o som. Isidoro passa-me a flauta, é preta com uns enfeites prateados, reviro-a de todo jeito, Isidoro cadê o som, responde: o som está escondido na minha boca e no oco da flauta mas eu aperto ele com as mãos; Isidoro ri, sadio, parece que tem 64 dentes, branquíssimos. Isidoro cadê o som? Isidoro sem dúvida está mordendo o som. Corro para lá e para cá, vejo um começo de incêndio no morro do Imperador, julgo que o morro acendeu um fósforo. Cadê o som? Isidoro querendo me sossegar diz que o som correu para apagar o fogo mas vorta já.
*
Ninguém isola Isidoro da Silva da sua flauta. Não se diz mais: Isidoro, ou o preto Isidoro, se diz hoje e sempre Isidoro da flauta.
*
Lá das profundas da noite – rua perpendicular ao meu ouvido – vem a serenata andando, e eu com mãos acesas para pegá-la. Flauta, cavaquinho, violão. Não sei quem está no cavaquinho e no violão, só sei que Isidoro da flauta está na flauta. Ouço os pés da serenata chegando. Param de fronte ao número 467 onde mora dona Lucinda, viúva de porte majestoso, com seis filhas. A serenata será para todas, inclusive a viúva? Para as meninas garanto. Eu gosto da quinta, Marília, sonsa, atirada, sorriso moreno, que me aplica os olhos castanho-amarelados; a viúva costuma me dar beliscões, mas de simpatia. A serenata, passos vazios, afastou-se, reviro-me no travesseiro, nunca verei de perto o som, nem o tocarei. Por outro lado, segundo Gil Vicente, já vejo cousas que não vêm nem vão. Não ouço mais o tiquetaque do relógio, penso, na certa foi dormir. O ouvido se me abruma; faz frio, tenho os dentes descobertos.
In: Murilo Mendes. A idade do serrote. Sabiá, 1968
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Despertei / Pranto espantei // Levantei / Canto espalhei
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“E estamos embebedados pela cultura européia, em vez de esclarecidos.”
(Mário de Andrade)
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No princípio quero pegar o som. Isidoro passa-me a flauta, é preta com uns enfeites prateados, reviro-a de todo o jeito, Isidoro cadê o som, responde: o som está escondido na minha boca e no oco da flauta mas eu aperto ele com as mãos; Isidoro ri, sadio, parece que tem 64 dentes, branquíssimos. Isidoro cadê o som? Isidoro sem dúvida está mordendo o som. Corro para lá para cá, vejo um começo de incêndio no morro do Imperador, julgo que o morro acendeu um fósforo. Cadê o som? Isidoro querendo me sossegar diz que o som correu pra apagar o fogo mas vorta já. 1
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1 Ver "Isidoro da Flauta" e outros trechos de A idade do serrote, livro de memórias escrito entre 1965 e 1966 em Roma.
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Dino libera parte de emendas bilionárias a parlamentares, mas fala em 'balbúrdia'
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O POVO
29 de dez. de 2024 #stf #dino #camara
Em nova decisão sobre o impasse das emendas parlamentares, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou neste domingo (29) o pagamento de parte das chamadas emendas de comissão – que estavam bloqueadas por decisão do próprio magistrado.
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Léxico
Bal·búr·dia
Sofia Mariutti
19 de maio de 2019
Temas
Cultura
Sociedade
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Uma solução para quem quer “calar a balbúrdia do mundo”, conforme teria dito o sábio chinês T’ien Yi-heng, célebre no Pinterest, é “beber chá” .
As teorias quanto à origem da balbúrdia não são conclusivas. Há quem aponte para o céltico “balbord”: “tumulto”, “desordem”. Há quem afirme se tratar de um fenômeno oriundo das universidades. Outros insistem que seu berço são os aposentos infantis. O fato é que a palavra está registrada no português desde 1713, e sua etimologia mais provável — ainda que a balbúrdia nos faça pensar em manifestações resolutas de rebeldia — fala de hesitação.
Em latim, “balbus” era aquele que pronunciava mal e gaguejava; talvez fosse também meio fanho. Daí veio o nosso “balbo”, sinônimo de gago, assim como o verbo “balbuciar”. O mestre do balbucio é o bebê, que gosta de experimentar a linguagem dentro da boca. E como se deu esse salto da balbuciência para a balbúrdia? Quem fala aos tropeços cria uma baderna sonora de sons indistinguíveis. Singela baderna de bebês.
“Balbo” + “úrdia”. A terminação é rara, mas certamente pejorativa, como em “estúrdia” (leviandade), “palúrdio” (tolo) e “estapafúrdio” (disparatado). Vale se perguntar se a balbúrdia merece mesmo toda essa infâmia. Afinal, ela é tão balbuciante que hesita ao dizer o próprio nome, cheio de variações: balbúrdia, balburda, balborda ou balbórdia?
Sofia Mariutti é poeta e tradutora. Trabalhou como editora na Companhia das Letras entre 2012 e 2016. Em 2017, lançou pela Patuá a reunião de poemas “A orca no avião”, seu primeiro livro. Mestranda em literatura alemã pela USP, trabalha em 2019 na tradução da biografia de Franz Kafka para a editora Todavia.
domingo, 29 de dezembro de 2024
"TRÊS SILÊNCIOS"
UM APITO
Epifania, panacéia e balaustrada
Chinfrim
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A Voz do Morro
Zé Keti
Letra
Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei dos terreiros
Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem leva a alegria
Para milhões de corações brasileiros
Mais um samba, queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo de um país
Pelo samba, vamos cantando
Esta melodia de um Brasil feliz
Composição: Zé Kéti.
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La Grenade
Clara Luciani
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Madeira que Cupim Não Rói
Capiba
Letra
Significado
Traduções
Madeira do rosarinho
Vem a cidade sua fama mostrar
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original
Não vem pra fazer barulho
Vem só dizer... e com satisfação
Queiram ou não queiram os juízes
O nosso bloco é de fato campeão
E se aqui estamos, cantando esta canção
Viemos defender a nossa tradição
E dizer bem alto que a injustiça dói
Nós somos madeira de lei que cupim não rói
Composição: Capiba.
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GAMBIARRA
TRANSIÇÃO PELO CENTRO
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A ARENA SE TORNA PDS
O MDB se torna PMDB.
O PP foi abortado.
São fundados:
PTB
PDT
PT
E um PP do Tancredo.
O PP seria um partido que ficaria no meio, entre o PMDB e o PDS.
Seria essa transição pelo centro, mediando a transição de uma elite conservadora, e garantiria que não haveria revanchismo.
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Solness, o construtor eBook Kindle
por Henrik Ibsen (Autor), Leonardo Pinto Silva (Tradutor)
Formato: eBook Kindle
Uma das principais peças do dramaturgo Henrik Ibsen, considerado o pai do realismo no teatro moderno. Suas obras despertaram polêmica em sua época ao propor o debate sobre grandes questões morais da sociedade
Solness, o construtor, peça escrita na última fase da vida do autor, aborda temas como desejos irrealizados, paixões platônicas e crepusculares, a morte e a impotência.
Ibsen foi um dos abalos sísmicos que constituíram o grande terremoto trazido pelo modernismo à cultura ocidental. Nas palavras do crítico Aimar Labaki, autor do posfácio, "para além de uma obra teatral responsável pela fundação do drama moderno, o trabalho de Ibsen criou, na linha de Freud, Darwin, Marx e Einstein, a base do que seria a consciência do homem ocidental no século XX".
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Alguém Me Avisou
Dona Ivone Lara
Letra
Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho
Mas eu vim de lá pequenininho
Alguém me avisou pra pisar neste chão devagarinho
Alguém me avisou pra pisar neste chão devagarinho
Eu vim de lá
Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho
Mas eu vim de lá pequenininho
Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho
Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho
Sempre fui obediente
Mas não pude resistir
Foi numa roda de samba
Que eu juntei-me aos bambas pra me distrair
Quando eu voltar à Bahia
Terei muito que contar
Ó, padrinho, não se zangue
Que eu nasci no samba, não posso parar
Foram me chamar (ora, veja você)
Eu estou aqui, o que é que há?
Foram me chamar (ora, veja você)
Eu estou aqui, o que é que há?
Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho (oi, oi, oi, oi, oi, oi)
Mas eu vim de lá pequenininho
Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho
Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho
Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho
Mas eu vim de lá pequenininho
Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho
Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho
Sempre fui obediente
Mas não pude resistir
Foi numa roda de samba
Que eu juntei-me aos bambas pra me distrair
Quando eu voltar à Bahia
Terei muito que contar
Ó, padrinho, não se zangue
Que eu nasci no samba, não posso parar
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há?
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há?
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há?
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há?
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há?
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há?
Composição: Dona Ivone Lara.
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Alguém Me Avisou - Teresa Cristina canta Dona Ivone Lara (Sambabook Lives)
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"Mandaram me chamar, pois alguém queria ter comigo.
Oh, sim. Sou eu construtor.
Oh, é você Hilde? Temia que fossem Aline e o doutor.
Pois saiba que quem o teme são eles!
É assim que você pensa?
Sim, as pessoas dizem que o senhor teme as alturas...que tem medo de subir em andaimes.
Isso é uma outra questão.
Mas é verdade que o senhor tem esse medo?
Sim, é verdade.
Medo de cair no chão e se esborrachar no chão?
Não, não disso.
E medo de que então?
Tenho medo da desforra, Hilde.
Da desforra? (balança a cabeça) Não compreendo.
Sente-se. Para que lhe conte uma história.
Sim, conte-me já!
(Ela senta em um tamborete junto à balaustrada e olha-o com expectativa.)
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Três Apitos - Noel Rosa
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Gustavo Campos
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14 de ago. de 2010
Violão - Henrique Cazes
Voz - Cristina Buarque
Música
1 músicas
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Tres apitos
Henrique Cazes e Cristina Buarque
Sem tostao...a crise nao e boato
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Em Cabocla, Boanerges (Tony Ramos) perderá feio para Neco (Danton Mello) a eleição para prefeito de Vila da Mata. Humilhado nas urnas, o coronel chegará ao fundo do poço e terá que engolir o orgulho para se aliar aos antigos inimigos e se manter relevante na política.há 2 dias
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MAR, MANJO!
QUE O MAR "MAR" FEITO NÃO FIQUE BEM!
Á, ÉS É Ó!
Nós? Sós!
TRÊS SILÊCIOS: SILVA, FERNANDO E BARROS.
DOIS FEITOS DO MESMO BARRO.
"A POLÍTICA É COMO UMA ROLHA, POR MAIS QUE SE TENTE MANTÊ-LA NO FUNDO DO MAR ELA ELA TEIMA EM SUBIR À SUPERFÍCIE."
"VOCÊ É COMO UM JACARANDÁ: VERGA MAS NÃO QUEBRA."
"AMBOS TEIMOSOS, FEITOS DO MESMO BARRO."
"TRÊS SILÊNCIOS": o silêncio sobre a tortura e os torturadores; o silêncio sobre o apoio da sociedade à ditadura; o silêncio sobre as propostas revolucionárias de esquerda, derrotadas entre 1966 e 1973.
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MAR, MANJO!
Que o mar "mar" feito não fique bem!
Á, ÉS, É Ó!
Nós? Sós!
TRÊS SILÊNCIOS: Silva, Fernando e Barros.
Dois feitos do mesmo barro.
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A política é como uma rolha:
Por mais que se tente mantê-la no fundo do mar, ela teima em subir à superfície.
Você é como um jacarandá:
Verga, mas não quebra.
Ambos teimosos, feitos do mesmo barro.
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TRÊS SILÊNCIOS:
1. O silêncio sobre a tortura e os torturadores.
2. O silêncio sobre o apoio da sociedade à ditadura.
3. O silêncio sobre as propostas revolucionárias de esquerda, derrotadas entre 1966 e 1973.
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"Tudo deve mudar para que tudo fique como está"
"Avaliado no Brasil em 23 de abril de 2018
O Leopardo, única obra de relevância escrita por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, é uma narrativa esplendorosa da decadência siciliana com o fim do Reino da Sicília, ocorrido com a unificação Italiana promovida por Garibaldi.
O Choque de Gerações (D. Fabrizio e Tancredi) narram os anseios de manutenção dos privilégios aristocráticos do personagem principal, D. Fabrizio, com os anseios da juventude Republicana que pretende tomar a dianteira no processo político, para lhes garantir novos privilégios nesta Itália que se forma a partir de então.
O relacionamento familiar é profundamente explorado, com reminiscências do próprio Tomasi di Lampedusa, filho do Príncipe de Lampedusa, tendo ele próprio sido uma testemunha ocular do término da aristocracia siciliana e decadência da sociedade local."
Mario Miranda
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A obra-prima de Tomasi di Lampedusa
Salatiel Soares Correia
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Por Salatiel Soares Correia
em Livros
17/09/2022 - 20:49
Nicolau Maquiavel é o que se pode chamar de unanimidade entre os estudiosos da ciência política. Na verdade, com a publicação de seu pequeno grande livro, “O Príncipe”, foi considerado o fundador da ciência política moderna. A obra constitui uma lição de sabedoria sobre como a natureza humana se comporta diante do poder; sobre como as pessoas se revelam em sua essência diante do poder. Os ensinamentos contidos nos escritos do sábio de Florença ilustram o caminho que devem seguir os governantes para manterem seus principados.
O mal deve ser feito de uma só vez, ao passo que o bem deve ser feito aos poucos; deve-se ver a realidade tal como é, não como se deseja que seja; quem governa deve ser temido pelos adversários e amado por quem é o responsável pela sua manutenção no poder — o povo.
São ensinamentos como esses que fizeram de “O Príncipe” uma leitura de cabeceira de vários poderosos pelo mundo afora. Napoleão Bonaparte, ex-imperador da França; ChurchilL, ex-primeiro ministro da Inglaterra e Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República do Brasil e tantos outros que surfaram nas ondas do poder sempre tiveram esse clássico da ciência política bem perto de si.
Assim, se, por um lado, ser maquiavélico se relaciona a esperteza, astúcia, a aleivosia e a maldade, por outro, de uma maneira mais ampla, os ensinados de Maquiavel constituem uma lição para políticos no que diz respeito à arte de se manter no poder.
Outro importante aspecto enfatizado pelo sábio florentino em seus escritos se refere a um momento em que uma velha ordem de valores é contestada e as sociedades entram em conflito para que surja uma nova ordem, diferente da antiga. Para ele, “devemos convir que não há coisa mais difícil de se fazer, mais duvidosa de se alcançar, ou mais perigosa de se manejar do que ser o introdutor de uma nova ordem, porque quem o é tem por inimigos todos aqueles que se beneficiam com a antiga ordem, e como tímidos defensores todos aqueles a quem as novas instituições beneficiariam”.
Momentos assim são difíceis, não só porque geram instabilidades, mas sobretudo porque, na maioria das vezes, são como um pontapé numa já podre porta. Na maioria das vezes, tais situações exigem derramamento de sangue. É daí que surgem as guerras e as revoluções. A história está aí para nos mostrar que isso é uma verdade. Que o digam os estudiosos da Revolução Francesa, que bem sabem o que ela significou: a nova ordem, alicerçada no poder da razão, veio contestar o poder absoluto e divino da monarquia. Que o digam os pesquisadores da Segunda Guerra Mundial, que mudou o centro do poder da Europa para um novo país: os Estados Unidos.
Vale ainda ressaltar uma última reflexão maquiavélica que nos servirá aos propósitos destes escritos: a de que os príncipes que não percebem os ventos da mudança e não mudam seu modo de proceder têm um destino certo: a ruína.
As reflexões de Nicolau Maquiavel certamente foram úteis para que um conterrâneo seu elaborasse, quase cinco séculos depois, um dos maiores clássicos da literatura universal. Falo de “O Leopardo” (“Gattopardo”), de Tomasi di Lampedusa. O Gattopardo “bigodudo dançando na fachada do palácio, no frontão das igrejas, no alto dos chafarizes, nos azulejos das casas” se constituía no símbolo maior da opulência de uma nobreza que se via ameaçada pela mudança, pelos novos ventos da República. Posto isso, apresentemos primeiramente o autor, para, em seguida, abordarmos o conteúdo de seus seminais escritos.
Tomasi di Lampedusa pertenceu à nobreza italiana. Duque de Parma, príncipe de Lampedusa, lutou na Primeira Guerra Mundial. Viveu a maior parte de sua vida entre Roma e Palermo. Homem de grande cultura, tinha em mente escrever um romance sobre a decadência da nobreza da Sicília, desde os anos 1930, coisa que veio a concretizar-se somente 25 anos depois.
Lampedusa faleceu em 1957 sem conseguir publicar sua obra-prima. Motivo: editoras recusaram sua publicação. Certamente, dessa miopia editorial foi vítima outro grande escritor: Marcel Proust, com seu seminal romance, que se tornou um patrimônio da literatura universal. Trata-se de “Em Busca do Tempo Perdido”. Proust, assim como Lampedusa, teve inicialmente seus escritos recusados por uma grande editora francesa.
Postumamente publicado, o romance de Lampedusa se tornou um imenso sucesso, popularizado pelo gênio do cineasta italiano Luchino Visconti, num filme que ganhou a Palma de Ouro, do festival de Cannes, em 1963: “O Leopardo”. Alain Delon, Burt Lancaster e a bela Claudia Cardinale foram as estrelas desse grande sucesso que foi o romance de Lampedusa nas telas.
Tradição e decadência
Na transição do século 19 para o século 20, a Itália se constituía na época numa série de principados que se rivalizavam entre si, completamente desarticulados de uma unidade nacional. Nesse contexto, era evidente a decadência da nobreza, da mesma forma que se tornava visível a ascensão de uma nova classe, endinheirada, destituída de sangue azul, mas ávida por tê-lo — ou comprá-lo.
Tomasi di Lampedusa
O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa (Companhia das Letras, 384 páginas)
O ambiente em que se desenvolve a narrativa de Lampedusa revela um clima árido e ao mesmo tempo de pouca higiene, expresso em passagens como essas: “Don Fabrício encontrara 13 moscas no copo de granita”, “um pesado cheiro de fezes exalava tanto das ruas quanto do vizinho quarto dos cântaros”. Eis aí o retrato de uma classe em decadência, presa aos valores da tradição.
Do ponto de vista da história da Itália, estava em andamento no seio da sociedade uma revolução comandada pelo libertador Giuseppe Garibaldi, cujo objetivo, bastante claro, era unificar o Estado italiano. A nova ordem de valores trazia embutida em si práticas eminentemente iluministas, apregoados pela Revolução Francesa. Ou seja: liberdade, igualdade e fraternidade eram os valores que os comandados de Garibaldi defendiam, procurando com isso defender a igualdade de oportunidades para todos. Intencionava a nova ordem unificar da Sicília ao Reino da Sardenha, bem como nomear “alguns ilustres sicilianos como senadores do reino”.
Os novos ventos revolucionários expressavam no fundo uma luta entre a tradição e a modernidade. A tradição, representada por uma nobreza saudosista e arraigada aos seus valores; a modernidade, representada pelos valores liberais da revolução garibaldiana, que os novos ricos endinheirados logo entenderam e apoiaram.
É exatamente essa transição de uma velha ordem para uma nova que se desenrola no romance de Tomasi di Lampedusa. Um ambiente repleto de saudosismo, do velho, que se ia, mas, ao mesmo tempo, da astúcia daqueles que percebiam a necessidade de se adequar à nova ordem de valores, para assim sobreviver aos ventos da mudança. Viviam-se naquela época os tempos que ficaram conhecidos na história daquele país como “Rissorgimento”, que unificou o país até então imerso em pequenos reinos dominados por potências estrangeiras.
O romance em si
Os ventos originados da nova realidade revolucionária chegaram à Sicília especificamente no seio do Palácio Donnafugata, onde habitava uma família símbolo da nobreza decadente e apegada às tradições: os Salinas. Estes, se viram obrigados a lidar com um ambiente de mudanças, em cujo contexto uma nova ordem de valores estava em gestação.
Chefiava o clã o príncipe Fabrício de Salina, marido de Stella, uma mulher de moral quase vitoriana, muito arraigada às tradições. Tais características inerentes à personalidade da esposa de Don Fabrício diretamente refletiram, ao longo dos anos, no relacionamento do casal. Para o marido, a mulher era “prepotente demais, e velha demais também […] tive sete filhos com ela, sete; e nunca vi seu umbigo”.
Inteligente, dotado de espírito científico, Don Fabrício se constituía no símbolo maior daquela nobreza falida, impotente ante as mudanças trazidas pela revolução, com seus efeitos sobre a rígida estrutura social do reino da Sicília. Fabrício era consciente de que a monarquia trazia “os sinais da morte no rosto”. Igual clareza da decadência da nobreza e do surgimento de uma nova ordem em gestação tinha também o personagem mais astuto, no sentido maquiavélico, do romance de Lampedusa: Tancredi, sobrinho de Don Fabrício.
A astúcia de Tancredi o levou a perceber a necessidade de sobrevivência numa nova realidade. “Se nós não estivermos presentes [na revolução], eles aprontam a República. Se queremos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude. Fui claro?” Certamente, em torno dessa contradição, se centra o ponto alto da obra seminal de Tomasi de Lampedusa. Uma contradição percebida pelo astuto Tancredi e logo assimilada pela inteligência e racionalidade de Don Fabrício.
Para que tudo mudasse e permanecesse como estava, seria necessário cooptar integrantes da nova classe social. Esta, embora sem os títulos de nobreza dos Salina, detinha algo que eles já há muito não tinham: dinheiro. Dinheiro que possuía Don Calogero Sèdara, um plebeu rude, pai da bela Angélica, ávido por um título de nobreza. Refinada pelo dinheiro do pai, a filha de Don Calogero não deixava em certos momentos de evidenciar traços de sua origem.
A assimilação dessa nova ordem pela nobreza falida é expressa com riqueza de detalhes no momento em que Don Fabrício comenta com a mulher Stella a necessidade do casamento do sobrinho Tancredi com Angélica: “Dinheiro, porém, ela vai ter; dinheiro nosso, em grande parte, mas administrado até bem demais por Don Calogero; e Tancredi precisa muito disso: é um fidalgo, é ambicioso, é gastador”. Em outra passagem, o príncipe enfatiza sua admiração pela astúcia de seu dileto sobrinho. Manifesta essa admiração no momento em que repreende o filho, tonto e cego de ciúmes do brilhantismo do primo, “mas papai, o senhor na certa não pode aprovar: ele foi se juntar com aqueles canalhas que alimentam a desordem na Sicília; isso não se faz”, disse o Duque de Querceta ao pai que, furioso, prontamente lhe respondeu: “Melhor fazer bobagens do que passar o dia inteiro olhando o cocô dos cavalos! Gosto de Tancredi ainda mais do que antes. E, aliás, não são bobagens. Se você puder fazer seus cartões de visita com a inscrição ‘Duque de Querceta’ e se, quando eu me for, herdar algum dinheirinho, será graças a Tancredi e a outros como ele”.
A narrativa introspectiva de Lampedusa consegue extrair de seus personagens sentimentos secretos, tão comuns a nós seres humanos. Sentimentos que muitas vezes procuramos esconder nos subterrâneos de nossa alma.
Uma das filhas do príncipe, Concetta, simboliza no romance a mesma rigidez moral de sua mãe, Stella. Apaixonada por Tancredi, Concetta carrega ao longo da vida a incapacidade de flexibilizar emoções ante o amor não correspondido do primo, que opta por se casar com Angélica. Esta, além de despertar-lhe o desejo de eros, possuía o vil metal, que o falido sobrinho de Don Fabrício não tinha. Para que tudo continuasse como estava, foi preciso que tudo mudasse. Tudo mudar significa a velha ordem aderir aos ditames da nova ordem, representada pela unificação da Itália em torno de um novo centro de poder: Vitor Emanuelle. Nessa nova ordem, a política viria a preponderar sobre a nobreza. Nessa nova ordem, Tancredi mudaria de papel: de nobre, se tornaria político. E assim tudo continuava igual ao que era antes.
Vale enfim ressaltar os temores da igreja com o surgimento de uma nova ordem de valores. Lampedusa o faz na figura do padre Pirrone, que “discursava sobre os futuros e inevitáveis sequestros dos bens eclesiásticos; o fim do suave domínio da abadia nos arredores; o fim das sopas distribuídas durante os duros invernos”.
Os ensinamentos
Um livro, para ser considerado um clássico, tem de necessariamente obedecer a uma condição: de tempos em tempos, tem de suscitar a revisitação, pois seus escritos nunca envelhecem. Os clássicos nos ajudam a entender a vida e suas encruzilhadas. Alçar essas encruzilhadas à luz da razão certamente nos ajuda a viver melhor com nós mesmos e com as outras pessoas — sejam elas iguais ou diferente de nós.
“O Leopardo” (ou “Gattopardo”) é considerado, por essa razão, um clássico da literatura política. Quem o lê e entende a mensagem embutida nos escritos de Lampedusa, termina a leitura maior do que quando iniciou. É nesse sentido que os clássicos, na condição de clássicos, nos levam à reflexão e àquilo que disso resulta: o auto entendimento e a compreensão dos segredos da vida. O que importa na vida, como bem diz Guimarães Rosa, não é o fim nem o começo, mas a travessia que se faz ao longo dela.
Don Fabrício de Salina e seu dileto sobrinho Tancredi viveram esse mundo de mudanças. Perceberam as mudanças e tiveram astúcia para se adequarem a elas. Não se pode dizer o mesmo de Concetta e sua mãe, Stella. A rigidez moral e o apego aos valores da tradição as mantiveram presas às amarras do passado. Os valores do mundo mudaram, e elas não conseguiram dentro delas mesmas, se adequar a uma nova realidade. Stella morreu traída pelo marido, que já não se sentia por ela atraído; Concetta, tal como suas duas irmãs, permaneceu solteira e, no recanto de sua solidão, na velhice, guardava consigo lembranças do passado e de um amor não correspondido.
A vida é assim. O muno é assim. Basta cada um de nós transportar a sábia mensagem contida nos escritos de Lampedusa para o nosso dia a dia. No núcleo familiar, na vida social, nas organizações em que trabalhamos. Temos de conviver com todo tipo de gente: ambiciosos, ingênuos, astutos. Viver melhor passa por esse entendimento do comportamento do ser humano. Aqui, ou em qualquer parte do mundo, é fundamental sabermos como agir nos momentos em que as turbulências chegam. Viver melhor é compreender as mudanças do mundo e a elas se adequar. Nesse sentido, “O Leopardo” nos ajuda a entender os segredos da vida, em que o poder é a força motriz de tudo.
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Governo Sarney, a Constituinte, militares e mais com Fernando Limongi e Leonardo Weller | A Hora
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Transmitido ao vivo em 27 de dez. de 2024 A HORA COM TOLEDO E THAIS BILENKY
Nesta edição especial do A Hora, José Roberto de Toledo e Thais Bilenky entrevistam Fernando Limongi e Leonardo Weller, autores do livro Democracia negociada: política partidária no Brasil da Nova República.
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A HORA COM TOLEDO E THAIS BILENKY
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RODA VIVA | MARCELO RUBENS PAIVA | 23/12/2024
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Transmitido ao vivo em 23 de dez. de 2024 Roda Viva
O Roda Viva entrevista o escritor Marcelo Rubens Paiva.
Autor de “Ainda Estou Aqui”, Marcelo fala sobre a obra que deu origem ao filme de
Walter Salles Júnior e também sobre a sua vida.
Nesta edição, participam da bancada de entrevistadores: Adriana Ferreira Silva,
jornalista e escritora; Leonardo Cruz, editor-executivo no Jornal O Estado de S.
Paulo; Mariliz Pereira Jorge, colunista da Folha de S. Paulo e do Canal Meio;
Eduardo Graça, repórter especial de O Globo e Tom Farias, jornalista e escritor.
Com apresentação de Vera Magalhães, as ilustrações em tempo real são de
Luciano Veronezi.
Assista à íntegra:
#TVCultura #RodaViva #MarceloRubensPaiva #AindaEstouAqui #Brasil
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Walter Salles
Marcelo Rubens Paiva
Fernanda Torres
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questões vultosas I
Os imperdoáveis
São eles. Serão eles?
Fernando de Barros e Silva | Edição 219, Dezembro 2024
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Éantiga a intenção de Bolsonaro de assassinar presidentes e matar junto com eles a democracia. Em 1999, durante entrevista ao programa Câmera Aberta, da Band, ele já dizia: “Através do voto você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada. Você só vai mudar quando infelizmente nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo o trabalho que o regime militar não fez. Matando uns 30 mil. Começando com o FHC. Não deixar ele ir para fora, não; matando! Se vão morrer alguns inocentes, tudo bem, em tudo quanto é guerra morre inocente.”
O trecho é conhecido, mas ganha novos contornos à luz das revelações que constam do relatório final da Polícia Federal, um catatau de quase novecentas páginas esmiuçando a engrenagem do golpe de Estado que foi tramado em várias frentes por Bolsonaro e sua gangue antes, durante e sobretudo depois das eleições presidenciais, quando as urnas consagraram a vitória de Lula. (Leia a cronologia das ações golpistas aqui.)
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
Fernando de Barros e Silva
Fernando de Barros e Silva
É repórter da piauí
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A Noite Estrelada
Pintura de Vincent van Gogh
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"O passado que não passa.
Os não perdoáveis
Ainda são eles.
Ainda serão eles?"
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Los Desastres de la Guerra, conhecido em português como Os Desastres da Guerra, é uma série de 82 gravuras do pintor espanhol Francisco de Goya, realizada entre 1810 e 1815. O horror da guerra é amostrado especialmente cru e penetrante nesta série.
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Imagine um cenário onde a paleta viva e inquieta de Van Gogh se entrelaça com as sombras e silhuetas grotescas de Goya.
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"O Leopardo", o Brasil e a Persistência do Passado: Reflexões Sobre Mudança e Imobilidade
A frase célebre de “O Leopardo”, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa — "Se queremos que tudo permaneça como está, é preciso que tudo mude" —, ecoa como um leitmotiv histórico-cultural no Brasil. Essa máxima ressoa nas transições de poder político e nos movimentos de transformação aparente que perpetuam estruturas enraizadas.
Nos vídeos e artigos submetidos, a dialética entre mudança e continuidade é tangível. O debate conduzido por Fernando Limongi e Leonardo Weller no podcast "A Hora" revela as intricadas negociações políticas que consolidaram a Nova República. Sarney, Tancredo, Funaro e outros ícones transitam entre o desejo de renovação e a manutenção de interesses prévios. Esse ciclo de "mudanças negociadas" não só define, mas limita o alcance de reformas democráticas no Brasil.
No mesmo compasso, a entrevista com Marcelo Rubens Paiva no "Roda Viva" remete à memória coletiva e à importância de revisitar o passado, como faz o autor em suas narrativas biográficas. A obra "Ainda Estou Aqui" conecta histórias familiares ao trauma político, revelando o quanto o Brasil é marcado pelo espectro de injustiças não resolvidas. A lembrança, aqui, é não apenas um dever moral, mas uma ferramenta para resistir à repetição de tragédias.
O artigo de Fernando de Barros e Silva, por sua vez, nos confronta com uma persistência ainda mais corrosiva: o retorno de discursos autoritários e ameaças explícitas à democracia. Jair Bolsonaro, em declarações incendiárias, simboliza a continuidade de uma lógica política de eliminação — herança do regime militar —, que ressurge de forma adaptada, mas intacta em essência. A cronologia dos atos golpistas, detalhada no relatório da Polícia Federal, reforça a urgência de reconhecer que o passado não é um capítulo encerrado, mas uma força ativa no presente.
Ao integrar essas análises e relatos, a questão central emerge: mudança real ou ilusória? A frase final do artigo — "Os não perdoáveis. Ainda são eles? Ainda serão eles?" — é emblemática. Evoca o peso da responsabilidade histórica e a necessidade de enfrentar as raízes da desigualdade e do autoritarismo.
Concluímos que o Brasil vive uma eterna encruzilhada entre o desejo de transformação e a inércia estrutural. Para que "tudo mude", não basta alterar as formas; é preciso questionar o conteúdo, confrontar os legados históricos e abrir espaço para uma ruptura efetiva. Afinal, como nos lembra a máxima: nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que muda é progresso.
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Para refletir o momento político e social brasileiro no limiar de 2025, marcado por uma contínua tensão entre democracia e autoritarismo, a canção "Apesar de Você" de Chico Buarque (1970) oferece um paralelo poderoso. Apesar de ter sido composta em outro contexto de repressão — o regime militar —, suas palavras ressoam na atualidade ao expressar resistência, ironia e esperança em tempos difíceis.
Enquanto "Je ne t'aime plus" de Christophe traduz o desencanto e a ruptura íntima, "Apesar de Você" amplia esse sentimento ao campo coletivo, com uma mensagem que desafia o autoritarismo e afirma a inevitabilidade do retorno da liberdade.
Segue um trecho emblemático de "Apesar de Você", que conecta os contextos de 1964 e o Brasil contemporâneo:
"Hoje você é quem manda, falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda falando de lado
E olhando pro chão"
Essa música encapsula o espírito de resistência e o anseio por justiça que ainda ecoam, especialmente após eventos como o 8 de janeiro de 2023. É uma lembrança de que o Brasil já superou tragédias antes e que, "apesar de você", o amanhã pode ser de renovação.
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Uma canção contemporânea que dialoga com o espírito de resistência e crítica social presente em "Apesar de Você" é "La Grenade" de Clara Luciani (2018). Essa música francesa é um manifesto poderoso de autoafirmação e resistência, com uma intensidade que ecoa o enfrentamento de sistemas opressivos, mesmo que de maneira mais individual e simbólica.
Trecho de "La Grenade":
"Tiens, voilà, sous mon sein, la grenade
Sous mon sein, là, regarde
Sous mon sein, y'a la grenade
Tiens, voilà, sous mon sein, la grenade"
A letra emprega a metáfora da "granada" para expressar força, determinação e a iminência de uma mudança explosiva. Assim como "Apesar de Você", a canção de Clara Luciani sugere que aqueles que tentam subjugar os outros encontrarão resistência e enfrentarão consequências.
Diálogo com o contexto:
Enquanto Chico Buarque canta sobre a resistência coletiva frente à repressão ditatorial, Clara Luciani aborda a força individual como símbolo de empoderamento e insubordinação.
Ambas as canções compartilham a mensagem de que a liberdade e a dignidade não podem ser permanentemente suprimidas.
Assim, "La Grenade" é um hino contemporâneo de luta e afirmação que, embora enraizado no contexto pessoal, ressoa amplamente com os desafios sociais e políticos de nosso tempo.
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Nega Dina
Zé Keti
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A Dina subiu o morro do Pinto
Pra me procurar
Não me encontrando, foi ao morro da Favela
Com a filha da Estela
Pra me perturbar
Mas eu estava lá no morro de São Carlos
Quando ela chegou
Fazendo um escândalo, fazendo quizumba
Dizendo que levou
Meu nome pra macumba
Só porque faz uma semana
Que não deixo uma grana
Pra nossa despesa
Ela pensa que minha vida é uma beleza
Eu dou duro no baralho
Pra poder comer
A minha vida não é mole, não
Entro em cana toda hora sem apelação
Eu já ando assustado, sem paradeiro
Sou um marginal brasileiro
Composição: Zé Kéti.
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sábado, 28 de dezembro de 2024
SEMPRE VIVOS
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“Vivi, vivo e viverei, porque sou imortal”. Essas são as palavras inscritas na lápide do túmulo de Cairbar Schutel, em Matão (SP),
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"Os vivos seguem sendo governados pelos mais vivos."
Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé, foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro. Wikipédia
Nascimento: 29 de janeiro de 1895, Rio Grande, Rio Grande do Sul
Falecimento: 27 de novembro de 1971, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Formação: FAMED/UFRGS (Faculdade de Medicina)
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"É lucidez, desatino, de ver o próprio destino, sem poder mudar-lhe a sorte."
Na voz de Maria Bethânia incorporando o espírito das palavras do autor da letra e poeta.
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O navio flutua no mar porque a densidade média do sistema (o navio e o ar em seu interior) é menor do que a densidade da água, e o empuxo equilibra o peso do navio. Por mais massa que possua, é a densidade média que determina se ele afunda ou boia.
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Entenda porque um navio flutua e uma moedinha afunda: Tudo sobre o princípio de Arquimedes e Empuxo
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Verve Científica
Você já parou pra observar que uma pequena moeda, de poucos gramas afunda na água, enquanto que um enorme porta-aviões de aço, de milhares de toneladas, flutua? Nesse vídeo eu vou explicar como isso é possível ao apresentar o conceito de empuxo e o princípio de Arquimedes, o princípio científico (e ainda útil) mais antigo de todos. 16 de nov. de 2021
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Maldição
Amália Rodrigues
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Dever-se-á por termo às provas do próximo? com Carlos Campetti | Palestras Virtuais FEB
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FEB Lives
Transmitido ao vivo em 26 de jun. de 2022
Acompanhe semanalmente, aos domingos às 17h as palestras Virtuais da Federação Espírita Brasileira.
Dever-se-á por termo às provas do próximo? Será lícito abreviar a vida de um doente que sofra sem esperança de cura? Sacrifício da própria vida. Proveito dos sofrimentos para outrem. ESE, Capítulo V, itens 27 ao 31
Link de Acesso:
https://febtv.live/palestrasFeb
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"Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?" é a pergunta 27 do capítulo V do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, intitulado "Bem-aventurados os aflitos". A pergunta questiona se uma pessoa deve pôr fim às provas do próximo quando puder, ou se deve respeitar os desígnios de Deus e deixar que as provas sigam seu curso.
O livro O Evangelho segundo o Espiritismo explica as máximas morais de Cristo, sua concordância com o espiritismo e como aplicá-las na vida. O livro valoriza o poder do amor fraterno e a importância de deixar que ele guie a mente, o coração, as mãos e os passos.
No espiritismo, o dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, depois para com os outros.
27 Dever-se-á pôr termo às provas do próximo? O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO ALLAN KARDEC
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Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?
27. Deve alguém pôr termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso?
Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é consequência das vossas existências anteriores, são os juros da dívida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar.
Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”
Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa ideia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que, faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente.
Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh! considerai-vos sempre como instrumento para fazê-la cessar. Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade.
Bernardino, Espírito protetor.
(Bordéus, 1863.)
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2245/capitulo-v-bem-aventurados-os-aflitos/instrucoes-dos-espiritos/dever-se-a-por-termo-as-provas-do-proximo#:~:text=provas%20do%20pr%C3%B3ximo?-,Dever%2Dse%2D%C3%A1%20p%C3%B4r%20termo%20%C3%A0s%20provas%20do%20pr%C3%B3ximo?,deixar%20que%20sigam%20seu%20curso?
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Pão Nosso #042 - Sempre vivos
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NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo
Transmitido ao vivo em 21 de jul. de 2022
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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42
Sempre vivos
“Ora, Deus não é de mortos, mas, sim, de vivos. Por isso, vós errais muito.” — Jesus. (MARCOS, 12.27)
1 Considerando as convenções estabelecidas em nosso trato com os amigos encarnados, de quando em quando nos referimos à vida espiritual utilizando a palavra “morte” nessa ou naquela sentença de conversação usual. 2 No entanto, é imprescindível entendê-la, não por cessação e sim por atividade transformadora da vida.
3 Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte — a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime.
4 É chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação Eterna.
5 Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros. 6 Em razão disso, a Igreja Católica Romana criou, em sua teologia, um céu e um inferno artificiais; 7 diversas coletividades das organizações evangélicas protestantes apegam-se à letra, crentes de que o corpo, vestimenta material do Espírito, ressurgirá um dia dos sepulcros, violando os princípios da Natureza, 8 e inúmeros espiritistas nos têm como fantasmas de laboratório ou formas esvoaçantes, vagas e aéreas, errando indefinidamente.
9 Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro. 10 Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente.
11 Não te esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem adivinhos. São irmãos que continuam na luta de aprimoramento. 12 Encontramos a morte tão somente nos caminhos do mal, onde as sombras impedem a visão gloriosa da vida.
13 Guardemos a lição do Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é Deus dos vivos imortais.
Emmanuel
Texto extraído da 1ª edição desse livro.
https://bibliadocaminho.com/ocaminho/TX/Pn/Pn42.htm
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O donatismo (cujo nome advém de Donato de Casa Nigra, bispo da Numídia e posteriormente de Cartago) foi um culto religioso cristão, considerado herético e cismático pelo catolicismo. Surgiu nas províncias do Norte de África na Antiguidade Tardia. Iniciou-se no início do século IV e foi extinto no final do século VII.[1] Os autores que mais influenciaram os donatistas, em termos de doutrina religiosa, foram São Cipriano e Tertuliano.[2]
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O DONATISTA
Lá pelos anos de 1912 a 1913, manifestava-se nas sessões dirigidas por Eurípedes, um espírito de excepcional cultura filosófica, que se denominava - O Donatista.
Evidentemente, procedia do Grupo dos Donatos, bispos da Igreja Romana, que se desmembraram de sua grei religiosa, fundando uma seita nova.
Como se sabe o cisma perturbou sobremaneira a Igreja, da África, durante todo o século IV.
Os dissidentes foram condenados por vários concílios e perseguidos por Diocleciano. Voltaram eles novamente ao seio da Igreja, vencidos sem convicções. (36)
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(36) Ver Enciclopédia e Dicionário Internacional W.M.
O DONATISTA
EURÍPEDES
O HOMEM
E A MISSÃO
CORINA NOVELINO
pp. 101-103
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Viva com naturalidade.
Estar em paz com a vida é
nunca oferecer o próprio
coração.
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Do Fundo do Meu Coração (part. Adriana Calcanhotto)
Erasmo Carlos
Letra
Significado
Traduções
Eu, cada vez que vi você chegar
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido eu disse: Nunca mais
Mas, novamente estúpido, provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não, não volte nunca mais pra mim
Acabe com essa droga de uma vez
Não, não volte nunca mais
Eu, toda vez que vi você voltar
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que sim
Mas já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que sim
Mas já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não, não volte nunca mais pra mim
Acabe com essa droga de uma vez
Não, não volte nunca mais
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca mais
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos
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Uma frase
"Espero que você se cure daquilo que não fala para ninguém."
Eu desejo, do fundo do meu coração, que você se cure daquilo que não compartilha com ninguém. Sei que há dores e fardos que carregamos em silêncio, talvez por medo, por vergonha ou simplesmente porque não encontramos as palavras certas para expressar.
Quero que saiba que, mesmo sem dizer nada, eu me importo profundamente. O que você guarda dentro de si, esse peso invisível que ninguém vê, eu desejo que seja aliviado. Que a vida, com sua infinita sabedoria, encontre uma maneira de trazer paz ao seu coração, de curar essas feridas ocultas sem que você precise expô-las ao mundo.
Eu desejo que você sinta, mesmo que só por um instante, o conforto de saber que não está sozinho, que existe amor e compreensão à sua volta, mesmo quando tudo parece tão solitário. Que você possa encontrar a força para superar esses desafios internos e que, aos poucos, essa cura venha, como uma brisa suave que apaga as cicatrizes e devolve a leveza ao seu ser.
Esse é o meu desejo para você: que, no silêncio, você encontre a paz e a cura que tanto precisa. E que, um dia, possa olhar para trás e perceber que, mesmo sem falar, foi profundamente compreendido e amado.
CURADORIA- Nando
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Cego de Jericó: o salto que faz a diferença
“O cego jogou o manto, deu um salto e foi até Jesus” (Mc. 10,50)
Jesus encontrou-se com um cego chamado Bartimeu à margem do caminho de Jericó, no momento em que se aproximava da cidade com seus discípulos e uma grande multidão:
Descrição
Bartimeu
Mendigo e cego, sentado à beira do caminho, pedindo esmolas
Jesus
Interrompe a caminhada para ouvir o grito do cego, que dizia: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim!”
Multidão
Repreende o cego para que se cale, mas ele grita ainda mais
Jesus
Chama o cego, que se levanta e vai até ele
Jesus
Pergunta ao cego o que ele quer que ele faça
Bartimeu
Responde: “Mestre, que eu possa ver de novo”
Jesus
Diz: “Vai, a tua fé te salvou”
Bartimeu
Recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho
A história do encontro de Jesus com Bartimeu é relatada em Lucas 18:35-42, Mateus 20:29-32 e Marcos 10:46-52.
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Maldição
Maria Bethânia
Letra
Significado
Traduções
Maldição (fado)
Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido,
Somos dois gritos calados,
Dois fados desencontrados,
Dois amantes desunidos.
Por ti sofro e vou morrendo,
Não te encontro, nem te entendo,
A mim odeio sem razão:
Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças,
Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia,
Canto e choro todo dia,
Sou feliz e desgraçada.
Que sina a tua, meu peito,
Que nunca estás satisfeito,
Que dás tudo... e não tens nada.
Na gelada solidão,
Que tu me dás coração,
Não é vida nem é morte:
É lucidez, desatino,
De ler no próprio destino
sem poder mudar-lhe a sorte...
Composição: Alfredo Duarte / Armando Vieira Pinto.
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Beatriz Felizardo - Maldição
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Beatriz Felizardo
"Maldição" é uma canção interpretada por Maria Bethânia, presente no álbum "Drama – Anjo Exterminado" de 1972. A composição é creditada a Alfredo Duarte e Armando Vieira Pinto.
Alfredo Duarte:
Alfredo Rodrigo Duarte, conhecido artisticamente como Alfredo Marceneiro, foi um renomado fadista e compositor português, nascido em Lisboa em 1891 e falecido em 1982. Sua carreira foi marcada por contribuições significativas ao fado, tanto como intérprete quanto como compositor. Entre suas composições, destaca-se "Maldição", em parceria com Armando Vieira Pinto.
IMMUB
Armando Vieira Pinto:
Armando Vieira Pinto foi um poeta e letrista português, conhecido por suas colaborações no universo do fado. Embora haja menos informações disponíveis sobre sua biografia, sua parceria com Alfredo Duarte resultou em composições notáveis, como "Maldição".
DISCOGRAFIA DISCOS DO BRASIL
A canção "Maldição" foi interpretada por diversos artistas ao longo dos anos, incluindo Amália Rodrigues e Eugénia Melo e Castro, evidenciando sua relevância no repertório da música portuguesa e brasileira.
Para apreciar uma interpretação contemporânea de "Maldição", confira o vídeo a seguir:
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Jericó: Cidade onde Jesus fez milagres e jejuou por 40 dias e noites - JCTV - 26/09/2019
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REDEVIDA
27 de set. de 2019
Luciana Martins e Paulo Júnior conhecem a região da cidade de Jericó, uma das mais antigas do mundo, onde Jesus realizou muitos milagres e fez jejum durante 40 dias e 40 noites no deserto.
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ISRAEL 01 | MAR da GALILEIA e CAFARNAUM - Por onde Jesus andou | Série Viaje Comigo
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Viaje Comigo
Estreou em 30 de jul. de 2020 ISRAEL
Jesus passou boa parte da sua vida da região do Mar da Galileia. Foi ali que ele fez os primeiros milagres e reuniu os primeiros discípulos. Não é a toa que Cafarnaum ficou conhecida como a "Cidade de Jesus". Hoje, as ruínas dessa cidade de pescadores é parada obrigatória para quem visita Israel! Quer conhecer os lugares por onde Jesus andou? Então, Viaje Comigo!
00:00 Início
01:09 MAR da GALILEIA e CAFARNAUM
07:39 Gold Trip
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Porque o Navio não Afunda?
André MenesesBy André Meneses
19 de fevereiro de 2016Updated:13 de julho de 2023Nenhum comentário4 Mins Read
Quando observamos um imenso navio no mar, nos vem uma pergunta:
Porque o navio flutua na superfície e não afunda?
Porque isso acontece?
Porque é oco e sua densidade média (considerando a parte de aço e a parte cheia de ar) é menor que a densidade da água.
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Porque ele encontra-se em equilíbrio, parcialmente imerso e sujeito a ação de duas forças de mesmo módulo e contrárias, o peso P e o empuxo E, exercido pela água.
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Quando coloca-se um corpo totalmente mergulhado na água (ou outro líquido),duas forças atuam sobre ele: uma é o seu próprio peso ( P ) a outra é o empuxo ( E ).
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Os navios não afundam por que possuem densidade menor que a da água.
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E O QUE É EMPUXO?
Força que empurra, que atua como elemento de impulsão.
Pressão que se exerce lateralmente por parte de uma estrutura sobre outra.
Empuxo, é uma força vertical, dirigida para cima, que qualquer líquido exerce sobre um corpo nele mergulhado.
Mergulhando-se uma pedra em um líquido qualquer, temos a sensação de que ela parece mais leve, isto ocorre devido ao empuxo que “empurra” a pedra para cima e precisamos uma força menor para sustentá-la.
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POR QUE OCORRE EMPUXO?
Ocorre empuxo porque a pressão do líquido na parte inferior do corpo é maior do que na superior.
QUAL O VALOR DO EMPUXO?
O valor do empuxo que a água exerce sobre um corpo nela mergulhado é igual ao peso da água deslocada pelo corpo.
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O QUE É DENSIDADE?
Densidade é o termo usado na química para nomear a relação entre a massa de um determinado material e o volume que ele ocupa. Ficou difícil entender? Vamos explicar melhor. A densidade é usada para determinar quanto daquela matéria pode ser colocada em uma determinada unidade de volume. Por exemplo, vamos considerar o leite e o mercúrio. A primeira substância possui uma densidade menor do que a da segunda, de forma que podemos concluir que em um mesmo volume teremos mais matéria de mercúrio do que de leite.
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A densidade é uma propriedade intensiva e específica dos materiais que é calculada pela relação entre a massa e o volume.
Densidade ou massa específica de um corpo é a relação entre sua massa e seu volume.
A densidade nos dará a informação se a substância da qual o corpo é feito é menos compacta ou mais compacta. Unidade: g/cm3.
Substância
Densidade
Água
0,997 g/cm³
Leite integral
1,03 g/cm³
Álcool etílico
0,789 g/cm³
Mercúrio
13,6 g/cm³
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
matemático e filósofo grego Arquimedes
Matemático e filósofo grego Arquimedes.
AFUNDAR OU FLUTUAR
O que acontece se o peso do corpo é maior que o empuxo? (P>E)
A resultante dessas forças estará dirigida para baixo e o corpo irá afundar. Neste caso a densidade do corpo é maior que a do líquido.
Quando o peso do corpo é menor que o empuxo (P < E)
Quando o peso do corpo é menor que o empuxo, a força resultante está direcionada para cima, fazendo com que o corpo se desloque para a superfície do líquido. Ao emergir, o corpo desloca um volume menor de líquido, o que reduz o empuxo sobre ele.
No caso de um navio, ele encontra equilíbrio ao permanecer parcialmente submerso, ajustando o empuxo ao peso do navio. Nesse cenário, a densidade do corpo é menor que a densidade do líquido.
E quando o peso do corpo é igual ao empuxo (P = E)?
Quando o peso do corpo é igual ao empuxo, não há força resultante, e o corpo permanece em repouso na posição onde foi abandonado. Isso ocorre porque a densidade do corpo é igual à do líquido.
Por exemplo, em um submarino estacionário no meio da água, seu peso é igual ao empuxo, e sua densidade média é igual à densidade da água do mar.
O princípio de Arquimedes
De acordo com Arquimedes, “a força de empuxo exercida sobre um corpo imerso em um fluido é igual ao peso do fluido deslocado”. Essa é a definição da força de empuxo gerada por um corpo submerso.
Fórmula para pressão em líquidos
A pressão em um ponto dentro do líquido é calculada pela equação:
P = Pᵀᵀᵀ + υgh
Onde:
P é a pressão em um determinado ponto;
Pᵀᵀᵀ é a pressão atmosférica;
υ é a massa específica do fluido;
g é a aceleração da gravidade;
h é a profundidade do ponto.
Comportamento do corpo em relação ao empuxo e ao peso:
Quando o empuxo é maior que o peso, o corpo sobe com aceleração.
Quando o empuxo é menor que o peso, o corpo desce com aceleração.
Quando o empuxo é igual ao peso, o corpo permanece parado, flutuando, como é o caso de navios.
Fonte:
Por que o navio não afunda?
André Meneses
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