Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 22 de dezembro de 2024
GUERRA E PAZ
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Feliz Natal!
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1 - 12 - 25
25 - 12 - 24
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Um feliz duplo 25 twist carpado!
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1 x 2 = 2
2 x 2 = 4
2 = 1 x 2
4 = 2 x 2
2 + 4 = 1 x 2 + 2 x 2 = (1 + 2) x 2 = 3 x 2 = 3 x (1 + 1)
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Música | Mônica Salmaso - Menina, Amanhã de Manhã
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Menina, Amanhã de Manhã
Monica Salmaso
Letra
Significado
Traduções
Menina , amanhã de manhã
Quando a gente acordar quero te dizer
Que a felicidade vai desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Na hora ninguém escapa
De baixo da cama ninguém se esconde
A felicidade vai desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Menina, ela mete medo
Menina, ela fecha a roda
Menina, não tem saída
de cima, de banda ou de lado
Menina, olhe pra frente
menina, todo cuidado
Não queira dormir no ponto
Segure o jogo, atenção de manhã
Menina a felicidade
É cheia de praça, é cheia de traça
É cheia de lata, é cheia de graça
Menina, a felicidade
É cheia de pano, é cheia de peno
É cheia de sino, é cheia de sono
Menina, a felicidade é cheia de ano,
É cheia de eno
É cheia de hino, é cheia de onu
Menina, a felicidade
É cheia de an, é cheia de en
É cheia de in, é cheia de on
Menina, a felicidade é cheia de a,
É cheia de é, é cheia de i, é cheia de ó
É cheia de a, é cheia de é,
É cheia de i, é cheia de ó
Composição: Perna / Tom Zé.
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"'Fiscal' sempre pareceu, desde menino, coisa de fingimento, roubo e moleza."
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domingo, 22 de dezembro de 2024
Turbulência e esperança - Luiz Sérgio Henriques
O Estado de S. Paulo
Vivemos entre a incompletude radical das soluções locais e a precariedade dos instrumentos multilaterais criados a duras penas
Frases e reflexões de Antonio Gramsci, um clássico moderno, costumam correr livremente na barafunda das redes sociais, e não por acaso. Uma delas é particularmente expressiva e trata de transições turbulentas, como a que o sardo viveu há cem anos e como a que agora vivemos nós. É quase certo que já tenhamos lido aqui e ali sua definição de “interregno” – um tempo estranho e incerto, nebuloso até, em que o velho morreu e o novo ainda não nasceu. Um tempo por isso mesmo povoado de monstros e anomalias políticas. Palavras de fogo, certamente, cuja utilidade presente não é preciso ressaltar.
Naturalmente, para ele a novidade histórica, apesar da sua reconhecida fineza analítica, teria o perfil delineado pelos acontecimentos que se desdobravam desde 1917, ou seja, a ruptura com o capitalismo. Seu paradigma era o de algum tipo de revolução, ainda que severamente danificado pelas dificuldades próprias do Ocidente político e pela emergência de uma enorme reação conservadora – o fascismo, do qual, como é bem sabido, se tornaria prisioneiro.
Paradoxalmente, soltos e dispersos na hipermodernidade, estamos em condição relativamente mais desfavorável. Não podemos nos escorar, nem sequer de modo problemático, numa filosofia da História que garanta futuro radioso. Homens e mulheres de esquerda que abraçaram com convicção a democracia constitucional – e assumem a necessidade de incorporar os valores do liberalismo – veem-se às voltas, na nova trincheira, com recuos e derrotas. A unificação do gênero humano, bem como a compreensão da interrelação de crises e desafios globais, são realidades que demoram a se impor e não se pode excluir que jamais se imponham de fato.
Vivemos dramaticamente entre a incompletude radical das soluções locais e a precariedade dos instrumentos multilaterais criados a duras penas. Permanece sem solução razoável a contradição entre a mundialização da economia, apesar de todos os passos para trás, e o âmbito nacional das decisões políticas. A História, retirados ao menos parcialmente seus determinismos, mostra-se novamente como uma tarefa em aberto, o que em princípio seria um convite auspicioso à criatividade. No entanto, no mesmo lance ela acaba por atemorizar a imaginação. É que em geral aparece sob a forma de perigos e ameaças inéditos, como a crise climática ou a ruptura que parece anunciar a inteligência artificial.
A revolução conservadora em curso retoma tópicos essenciais daquela outra já secular. Cada Estado-nação, sem excluir os mais poderosos, procura fechar-se em si mesmo, buscando um tempo heroico e uma identidade perdida – e, no mais das vezes, fictícios. A economia política de agora apregoa abertamente a atualidade de tarifas e barreiras comerciais que, segundo comprovada experiência, em outros momentos foram a antessala das guerras propriamente ditas. Neste quadro mesquinho, se algum simulacro de Welfare acaso se realizar, estará na melhor hipótese circunscrito aos pátrios limites, com exclusão de imigrantes e outros elementos supostamente alheios à pureza étnica ou cultural.
Com a segunda presidência Trump, entre as ilusões perdidas está a de que seu primeiro termo não passou de um parêntese casual. Internamente, não é difícil antever a pressão sistemática e deliberada sobre as instituições, abrindo certamente menos a possibilidade de um regime abertamente fascista do que a de uma destas arriscadas situações híbridas que têm assinalado o declínio relativo das democracias liberais. Externamente, para usar uma dicotomia relevante, Donald Trump equivalerá a um abandono das aspirações propriamente hegemônicas do país na ordem global baseada em regras, em benefício de uma visão puramente corporativa, dominada por ganhos econômicos imediatos.
Em tal horizonte corporativo, as alianças orientadas por valores comuns são postas em plano secundário ou desaparecem completamente. A consigna “primeiro a América” impede que se incorporem, no próprio cálculo, interesses e orientações de aliados tradicionais ou que se imaginem políticas de cooperação como as que aconteceram no pós-guerra, a exemplo do Plano Marshall ou das iniciativas para garantir o comércio e a resolução pacífica de conflitos.
O cosmopolitismo entra em crise, o multilateralismo se arruína e não é irrazoável pensar na multiplicação de pequenos Trumps, como os que rondam regularmente a União Europeia e também nuestra América. Isso sem falar na rede de autocratas em guerra permanente contra os direitos humanos, a universalidade do voto e as instituições responsáveis pelo controle do poder. Numa palavra, a rede mobilizada contra o legado das revoluções modernas, o que exige cada vez mais o firme compromisso histórico entre liberais e socialistas.
Nota: repetindo a fala do carpina para o retirante, no poema de João Cabral, não temos resposta às questões acima. No entanto, para os de boa vontade é tempo de renascimento. É tempo, pois, de celebrar a vida, que nunca deixa que se rompa o fio severino da esperança, “belo como um sim numa sala negativa”.
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"Desde a infância, 'Fiscal' trazia o ar de quem encarna o engano, a rapina e a pusilanimidade."
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domingo, 22 de dezembro de 2024
O dólar, entre o populismo e o patrimonialismo – Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
Assistimos um reality show de populismo e patrimonialismo, cujo resultado foi um grande estresse cambial, com a disparada do dólar, que continua acima dos R$ 6
O populismo sustenta-se no tripé liderança carismática, promessas além do exequível e críticas às elites. Não se pode dizer, porém, que o populismo seja o principal responsável pelas nossas desigualdades sociais e que, necessariamente, derive para o autoritarismo. Esse tipo de narrativa, ao contrário, justificou retrocessos políticos como o regime militar implantado a partir da destituição de João Goulart, em 1964.
Nosso populismo surge com Getúlio Vargas, a partir da Revolução de 1930, como resposta à república oligárquica. Sua retórica voltada ao trabalhador foi amparada por direitos sociais que incluíram os trabalhadores assalariados na vida política nacional, como a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e o reconhecimento dos sindicatos. Ao mesmo tempo, o golpe de 1937, que implantou o Estado Novo, consolidou a tese de que o populismo deriva para o autoritarismo, o que viria a ser desmentido pelo próprio Vargas, após voltar ao poder pelo voto, na crise que o levou ao suicídio, em 1954.
Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros também recorreram a narrativas populistas para mobilizar apoio e chegar ao poder, bem como Fernando Collor de Mello, em 1989. Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff também adotaram narrativas populistas, amparadas por programas de inclusão social, como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. O primeiro teve êxito ao enfrentar as elites do país; a segunda, fracassou ao adotar uma estratégia nacional-desenvolvimentista anacrônica diante da globalização e perdeu o poder. Nenhum dos quatros confirma a tese de que seu populismo desaguaria no autoritarismo.
Quem tentou esse caminho foi Jair Bolsonaro, que chegou ao poder pedalando o triciclo do carisma, do apelo às massas e do confronto com as elites. Depois de Jânio Quadros, é o maior representante do populismo de direita no Brasil, com retórica antissistema, apelo nacionalista e bandeiras reacionárias. Defendeu a volta do regime militar e os costumes tradicionais, para “salvar” a pátria e a família unicelular patriarcal.
Nosso populismo amálgama o mito “sebastianista” do salvador da pátria. Morto D. Sebastião em Alcácer Quibir, aos 24 anos, e tendo sido anexado pela Espanha em 1580, Portugal perdeu a opulência e a grandiosidade do início daquele século, juntamente com o melhor da sua juventude e do seu Exército. Como o corpo do rei nunca foi encontrado, o mito de que D. Sebastião estava vivo e voltaria um dia alimentou o nacionalismo português e o messianismo no Brasil. Teria aparecido durante a batalha que expulsou os franceses no Rio de Janeiro, em 1565; no reino Encantado da Pedra Bonita (1834-1836), em Pernambuco; e em Canudos (1893-1897), com Antônio Conselheiro.
Patrimonialismo
As promessas de reformas rápidas e profundas, com soluções simples para problemas estruturais complexos, hoje, são narrativas populistas anabolizadas pelas redes sociais. Fomentam a polarização e a desconfiança nas instituições democráticas; a tensão entre Executivo, Legislativo e Judiciário; a divisão profunda da sociedade, a descontinuidade de projetos estruturais e políticas de clientela; e, consequentemente, a instabilidade econômica e volatilidade do mercado.
O outro lado dessa moeda é o patrimonialismo, mais vivo do que nunca. Por definição, é um tipo de dominação tradicional na qual o governante utiliza o poder como extensão de sua própria casa. Como o Estado brasileiro antecedeu a nação, a administração pública colonial e imperial foi moldada por um sistema onde cargos públicos e privilégios eram concedidos como favores pessoais. Isso promoveu uma cultura que está em contradição com o regime republicano.
Fenômeno já muito estudado, o patrimonialismo brasileiro nasceu associado à figura do “homem cordial” e destaca o papel das relações pessoais e afetivas na dominação do espaço público, uma herança ibérica avessa à formalidade institucional, que mistura o público e o privado. O poder centralizado e burocrático serve a interesses privados e sustenta uma elite dirigente que controla o Estado em benefício próprio, a partir de uma estrutura patrimonialista herdada de Portugal.
Essa característica também marcaria o desenvolvimento capitalista e a modernização do país, sobretudo o nosso capitalismo de Estado, ou “de laços” visíveis a olho nu. O sociólogo Luiz Werneck Vianna, recentemente falecido, destacava o papel dessas raízes históricas (colonização portuguesa) e culturais (laços familiares e paternalismo) na resistência às relações institucionais impessoais e ao funcionamento do sistema político e administrativo em bases democráticas e modernas.
Nas últimas semanas, assistimos a um reality show de populismo e patrimonialismo, cujo resultado foi um grande estresse cambial, com a disparada do dólar, que continua acima dos R$ 6. A promessa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, feita pelo governo, e a gana pelo dinheiro das emendas parlamentares, de parte do Congresso, criaram um ambiente de incerteza econômica muito além do que seria razoável diante da realidade econômica do país.
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Nobel Prize-Winning Economist Paul Krugman on Retiring from NYT | Amanpour and Company
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- Mas você acha que ele pode querer isso?
- Sei lá, não faz diferença o que ele quer. Faz diferença o que ele vai fazer
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"Tem sido uma referência nestes anos todos."
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Amanpour and Company
19 de dez. de 2024 #amanpourpbs
After 25 years of sharp and often indispensable commentary on major issues shaping America and the world, economist and Nobel laureate Paul Krugman joins the show to discuss his final column for The New York Times. Krugman says he sees an erosion of optimism due to a collapse in trust of elites and institutions. The columnist sits down with Michel Martin for a fascinating look back and a discussion of what lies ahead.
Originally aired on December 19, 2024
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Guerra e Paz (War and Peace)
Romance por Liev Tolstói
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How to Read Tolstoy's War and Peace
Benjamin McEvoy
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"
— Gosto desse tal Pyle — disse eu a Phuong.
— Ele é tranqüilo — respondeu ela, e o adjetivo
que ela era a primeira a usar ficou gravado como um
apelido de colégio, até que ouvi o próprio Vigot
empregá-lo, sentado na Sureté com a sua viseira verde,
ao falar-me da morte de Pyle."
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"Gosto desse tal Pyle", disse eu a Phuong.
"Ele é tranquilo", respondeu ela, e o adjetivo que ela foi a primeira a usar ficou gravado como um apelido de colégio, até que ouvi o próprio Vigot empregá-lo, sentado na Sureté com sua viseira verde, ao falar-me da morte de Pyle."
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Fuzileiros navais confrontam marinheiros revoltosos no Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro
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Resumo do Conteúdo:
O trecho, extraído de O Americano Tranquilo de Graham Greene, explora uma interação entre o narrador, Phuong, e a caracterização de Pyle como uma pessoa "tranquila." O adjetivo, inicialmente atribuído casualmente, acaba por se fixar como uma marca identitária, ecoando até mesmo em diálogos relacionados ao trágico destino de Pyle.
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Resumo dos Demais Trechos
A Esquerda das “Soluções Positivas”
Marco Antônio Tavares Coelho, interlocutor do PCB junto a João Goulart, destaca a necessidade de posturas construtivas diante das crises. Na década de 1960, o PCB, apesar de ilegal, contava com representantes eleitos por outros partidos, como o PSD. A crise política, social e econômica impedia avanços, e as divisões dentro da esquerda comprometeram acordos que poderiam evitar o golpe de 1964.
Crise Política, Econômica e Social
Nos anos 1960, o Brasil enfrentava uma grave crise, marcada pela falta de maioria parlamentar do governo e pela oposição da UDN e do PSD. Propostas conciliatórias, como a de San Thiago Dantas, eram barradas por disputas internas. A ausência de consenso alimentou a instabilidade que culminou no golpe.
Eleição Presidencial de 1965
O veto à reeleição de João Goulart e as articulações para candidaturas de JK e Brizola revelavam impasses entre as forças progressistas. A falta de unidade entre PTB, PSD e o apoio limitado à candidatura de JK contribuíram para a vitória da oposição golpista.
Crise Econômica e Golpe de 1964
O agravamento da crise econômica no início dos anos 1960, com alta inflação, baixo crescimento e déficit fiscal, inviabilizou o Plano Trienal de recuperação econômica. O radicalismo de esquerda no PCB e sindicatos impediu apoio ao plano, enfraquecendo o governo e facilitando o golpe militar.
O Brasil de Hoje
Desde 2014, o Brasil vive uma crise fiscal que remete aos anos 1960, com desemprego elevado e recessão. A reflexão sobre as “soluções positivas” de Marco Antônio Tavares Coelho inspira a necessidade de propostas democráticas e eficazes para enfrentar os desafios atuais.
“This is What a Nuclear Strike Would Feel Like” (NYT Opinion Video)
O vídeo retrata os impactos devastadores de um ataque nuclear, com foco em suas consequências humanas e ambientais. A obra alerta para o risco crescente de um conflito nuclear e promove uma conscientização sobre os perigos da guerra moderna.
Solness, o Construtor
Trecho da peça de Henrik Ibsen (1892), que reflete sobre circunstâncias favoráveis e suas implicações para o indivíduo. Uma citação emblemática demonstra o quanto o acaso pode influenciar a vida.
O Americano Tranquilo – Reflexão sobre a Inocência
Em O Americano Tranquilo, Graham Greene analisa a complexidade da inocência, vista como algo perigoso e que exige defesa, ao invés de proteção. A metáfora da inocência como um “leproso mudo” enfatiza sua capacidade de causar dano involuntário.
Guerra e Paz – Leon Tolstói
A obra monumental de Tolstói mistura romance, épico e crônica histórica, narrando o impacto das guerras napoleônicas na Rússia. Com uma mensagem antibélica, Guerra e Paz reflete sobre a alma russa, os horrores da guerra e o amor em meio à destruição.
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A ESQUERDA DAS “SOLUÇÕES POSITIVAS”
O jornalista Marco Antônio Tavares Coelho era o interlocutor do antigo PCB junto ao então presidente João Goulart.
O PCB era na época um partido ilegal, seu registro fora cassado em 1947, no início da Guerra Fria.
Por isso, Marco Antônio Tavares Coelho fora eleito, em 1962, deputado federal pela Guanabara, atual estado do Rio de Janeiro, pelo PSD, partido centrista do ex-presidente Juscelino Kubistchek e dos então deputados Tancredo Neves e Ulysses Guimarães.
Estima-se que a pequena bancada do PCB era de cerca de 10 deputados, todos eleitos por outras legendas.
A CRISE POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL
O Brasil vivia nos anos 1960 uma crise política, econômica e social.
O governo era minoritário no Congresso, sustentado apenas pelo PTB, PSB e os 10 deputados do PCB, e, portanto, sem maioria parlamentar para aprovar seus projetos.
O PSD era o maior partido na Câmara, seguido pela UDN, de centro-direita, liderada pelo governador fluminense Carlos Lacerda, que fazia uma dura oposição a João Goulart.
San Thiago Dantas, ministro da Fazenda e deputado pelo PTB, defendia um acordo com o PSD, vetado pela ala liderado pelo deputado Leonel Brizola.
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
Havia, no campo do centro e da esquerda, um impasse sobre a eleição presidencial marcada para 1965.
O principal candidato era JK. Havia articulações em prol de João Goulart, apesar da Constituição vetar a reeleição. Brizola pôs na rua a sua campanha “Cunhado não é parente, Brizola para presidente”. Por seu parentesco com João Goulart, a lei também vetava a candidatura do deputado do PTB.
JK tentava um acordo com o PTB para repetir a dobradinha vitoriosa na eleição presidencial de 1955, quando ele e João Goulart foram eleitos presidente e vice.
Muito tempo depois, Marco Antônio Tavares Coelho, em entrevista ao jornalista Luis Carlos Azedo, no Correio Braziliense, dirá que se as esquerdas tivessem apoiado a candidatura de JK, o golpe de 1964 teria sido evitado.
CRISE ECONÔMICA E GOLPE DE 1964
Em 1962 a inflação havia chegado a 50,1% e o crescimento do PIB havia caído de de 7,7% em 1961 para 3,5%. O déficit nas contas do governo havia chegado a 36%.
Em dezembro de 1962, San Thiago Dantas e
Celso Furtado, ministro do Planejamento, apresentaram o Plano Trienal para tentar resolver a crise.
O plano foi rejeitado pelas esquerdas, pelo movimento sindical e pelo empresariado. A crise se agravou e criou as condições políticas para o golpe que depôs o presidente da República.
O PCB chegou a considerar o apoio ao plano, especialmente seus líderes mais moderados, como Marco Antônio Tavares Coelho, que defendia as “soluções positivas”. O deputado do PCB propunha que o partido saísse da postura de mera contestação e sempre apresentasse soluções para os problemas nacionais.
Tal posição levou a que San Thiago Dantas passasse a chamar o PCB de “a esquerda positiva”. Mas o velho Partidão ficou a reboque do radicalismo de esquerda, reinante na época, e terminou por não apoiar o plano, criticado também por seus líderes sindicais.
O BRASIL DE HOJE
Desde 2014 que as contas públicas do Brasil são deficitárias. A crise fiscal levou o país a uma das maiores recessões de nossa história, entre 2014 e 2016, com queda de cerca de 7% do PIB, 14 milhões de desempregados e jogou muitos brasileiros de volta à miséria.
Sempre me lembro de Marco Antônio Tavares Coelho e sua política “das soluções positivas”. Creio que as forças políticas democráticas e progressistas deveriam se inspirar nele e sempre apresentar soluções democráticas, criativas e socialmente justas para os problemas do país.
Cláudio de Oliveira, jornalista e cartunista.
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This is What a Nuclear Strike Would Feel Like | NYT Opinion
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The New York Times
21 de dez. de 2024
A flash. A roar. A ball of fire. In this Opinion Video, we show you what would happen if even just one tactical nuclear bomb was used today. Drawing on extensive interviews with scientists and military officials, this scenario is a precise imagining of what it would mean to experience a nuclear explosion. The risk of nuclear conflict is higher now than any time since the Cold War, and a single warhead could leave thousands dead, exponentially more wounded and ecosystems scarred for years.
Over the past year, NYT Opinion has been reporting on threat of nuclear war through our series At the Brink.
Read more here: nytimes.com/thebrink
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"
Veja o senhor...As circunstâncias me favoreceram."
Solness, o construtor
Peça em três atos, 1892
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"
Foi o meu primeiro impulso instintivo no sentido de
protegê-lo. Jamais me ocorrera que havia necessidade
ainda maior de proteger-me. A inocência, mesmo sem
falar, sempre solicita nossa proteção, quando seria muito
mais sensato que nos defendêssemos contra ela. A
inocência é como um leproso mudo que perdeu sua
campainha, e que anda pelo mundo sem intenção de fazer
o mal."
Graham Greene
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Guerra e paz
Edição Português por Leon Tolstói (Autor)
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'Segundo Leon Tolstói, Guerra e paz ?não é um romance, muito menos um poema, e menos ainda uma crônica histórica?, talvez justamente por ser um pouco de tudo isso. Guerra e paz é um romance monumental ao narrar a trajetória de uma ampla gama de personagens fictícios durante um período conturbado da História, um poema de caráter épico ao exaltar o espírito de luta do povo russo, e uma crônica histórica de proporções colossais ao reconstituir minuciosamente as campanhas militares napoleônicas do início do século XIX.Ora descrevendo os horrores do campo de batalha, ora relatando como a aristocracia russa era atingida pela destruição da guerra, ora mergulhando fundo na alma de seu povo para tentar descobrir o que o define, Tolstói imprimiu em Guerra e paz a marca de que só os grandes escritores são capazes: transformou seu texto em um manifesto antibélico e produziu uma das mais pujantes histórias de amor da literatura.'
Capa dura – 6 agosto 2012
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DUELO: DESAFIO
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Putin desafia EUA a "duelo" em Kiev entre mísseis hipersônicos russos e defesa ocidental
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EFE BRASIL
19 de dez. de 2024
Moscou, 19 dez (EFE).- O presidente russo, Vladimir Putin, propôs aos Estados Unidos nesta quinta-feira um "duelo" entre o novo armamento hipersônico da Rússia e os sistemas de defesa antimísseis ocidentais, cujo cenário seria a capital da Ucrânia, Kiev.
IMAGENS: YURI KOCHETKOV / CEDIDAS.
Edição e locução: Paulo Iannone.
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LINHAS CRUZADAS | É POSSÍVEL O MUNDO SEM GUERRA? | 19/12/2024
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Jornalismo TV Cultura
Estreou há 21 horas #TVCultura #LuizFelipePondé #AndresaBoni
No Linhas Cruzadas desta semana, Andresa Boni e Luiz Felipe Pondé vão discutir sobre a possibilidade de vivermos em um mundo sem guerras.
Eles vão apresentar quais foram os primeiros conflitos já registrados na história da humanidade e vão mostrar as piores consequências para quem vivenciou de perto uma guerra.
A discussão passa a apresentar o perfil dos humanos que comandam uma grande guerra e a pergunta que paira no ar é: Será que é possível um mundo sem guerra?
Não perca esta conversa no Linhas Cruzadas, todas as quintas às 22h.
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Mauro Vieira: 'Lula e Trump se entenderão bem, porque são nacionalistas' | Poder em Pauta
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CartaCapital
20 de dez. de 2024
Em 2024, o Brasil foi presidente rotativo e a sede da reunião de cúpula do G20, as vinte maiores economias do mundo. Em 2025, terá o mesmo papel nos Brics, grupo fundado por Brasil, Rússia, China e Índia, e ainda será o anfitrião da conferência anual das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre o clima. Os Estados Unidos participarão da COP30 em Belém? Mandarão uma delegação de alto nível ou apenas representantes de segunda escalão? Em janeiro, Donald Trump volta à Casa Branca e, na primeira passagem por lá, havia tirado os EUA do Acordo de Paris, gesto eloquente sobre a importância que ele dá ao debate sobre aquecimento global. O futuro presidente americano sinalizou nos últimos dias a intenção de cobrar mais tarifas de produtos brasileiros. Como será a relação entre Brasil e EUA, entre Lula e Trump? Qual o saldo da política externa em 2024? O que esperar dela em 2025? Sobre esses assuntos, o repórter André Barrocal entrevista o embaixador Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores.
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Here’s a summary and potential highlights:
1. Book Feature: Guerra e Paz by Leon Tolstói
Details: A monumental work blending historical narrative, poetic themes, and deep philosophical insights.
Publication Info: Hardcover, August 6, 2012.
Themes: Anti-war manifesto, Napoleonic wars, Russian aristocracy, and human resilience.
Key Takeaway: This classic remains one of the most significant contributions to world literature, emphasizing love and the futility of war.
2. Video Highlights
Putin's "Duel" Proposal
Summary: Russian President Vladimir Putin suggests a "duel" between Russian hypersonic missiles and Western missile defense systems, proposing Kyiv as the battleground.
Video: Watch on YouTube
Source: EFE Brasil.
Is a World Without War Possible?
Program: Linhas Cruzadas on TV Cultura.
Focus: Hosts explore the feasibility of a war-free world, delving into humanity's historical conflicts and their lasting impact.
Video: Watch on YouTube
Lula-Trump Relations
Insights by Mauro Vieira: Discussion on the interplay between nationalist leaders Lula and Trump amidst Brazil’s pivotal role in global summits.
Video: Watch on YouTube
Source: CartaCapital.
3. Geopolitical Insights
Brazil's Leadership in 2024: Hosting key international events, including G20 and BRICS, setting the stage for significant global diplomatic relations.
Outlook for 2025: Complex relations anticipated with Trump's return to office, including trade dynamics and climate policy debates.
Would you like help expanding on any of these topics, summarizing them differently, or creating a tailored discussion from this content?
"Segue um resumo e os possíveis destaques:"
1. Destaque do Livro: Guerra e Paz de Leon Tolstói
Detalhes: Uma obra monumental que combina narrativa histórica, temas poéticos e profundas reflexões filosóficas.
Informações de Publicação: Capa dura, 6 de agosto de 2012.
Temas: Manifesto anti-guerra, guerras napoleônicas, aristocracia russa e a resiliência humana.
Mensagem Principal: Este clássico permanece como uma das mais significativas contribuições à literatura mundial, enfatizando o amor e a futilidade da guerra.
2. Destaques dos Vídeos
Proposta de "Duelo" de Putin
Resumo: O presidente russo Vladimir Putin sugere um "duelo" entre os mísseis hipersônicos russos e os sistemas de defesa ocidentais, propondo Kyiv como o palco.
Vídeo: Assista no YouTube
Fonte: EFE Brasil.
É Possível um Mundo Sem Guerra?
Programa: Linhas Cruzadas na TV Cultura.
Foco: Os apresentadores exploram a viabilidade de um mundo sem guerra, analisando os conflitos históricos da humanidade e seus impactos duradouros.
Vídeo: Assista no YouTube
Relação Entre Lula e Trump
Insights de Mauro Vieira: Discussão sobre a interação entre os líderes nacionalistas Lula e Trump, no contexto do papel crucial do Brasil em cúpulas globais.
Vídeo: Assista no YouTube
Fonte: CartaCapital.
3. Perspectivas Geopolíticas
Liderança do Brasil em 2024: Sediando eventos internacionais importantes, como G20 e BRICS, estabelecendo o cenário para relações diplomáticas globais.
Perspectiva para 2025: Relações complexas são esperadas com o retorno de Trump à presidência, incluindo dinâmicas comerciais e debates sobre políticas climáticas.
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Os erros que cometemos e o que aprendemos com eles
Marco Antônio Coelho - Março 2004
O golpe de Estado de 1964 ficará em nossa História como um acontecimento de singular relevância. Os que colheram os louros da vitória, como os que carregam o fardo da derrota entendem que há 40 anos houve uma profunda mudança de rumos na vida nacional. Daí a importância de um exame mais acurado dos fatos que culminaram com a deposição de João Goulart em 1964. Como participei ativamente naqueles episódios, vejo-me obrigado a examinar a seguinte questão: quais os principais erros das forças derrotadas em 1964?
Creio que eles resultaram de uma análise incorreta da correlação de forças. Erro gravíssimo que nos levou a não traçarmos, como um elemento básico de nossa estratégia, a defesa da democracia. Que elementos caracterizam a falsidade daquela apreciação que deu origem a tão graves equívocos?
Para fundamentar minha tese, basta recapitular a evolução dos acontecimentos a partir de setembro de 1961. A derrota dos generais que tentaram impedir a posse de Goulart foi interpretada por nós como uma mudança profunda, de qualidade, na situação política do Brasil. E aquela análise foi calamitosa porque envolveu um juízo a respeito do papel das forças armadas na vida brasileira. Isto é, nos levou a considerar que elas não mais poderiam intervir na cena política, para defender um status quo injusto e antipopular, que secularmente beneficia um reduzido grupo de privilegiados.
Esse entendimento incorreto era reforçado por dois argumentos. Primeiro, que existia nas forças armadas um forte "esquema de oficiais nacionalistas" e, segundo, que o movimento dos sargentos era um obstáculo ao desencadeamento de um golpe. Ademais, exageravam-se os avanços da organização sindical e de sua capacidade de paralisar o país na eventualidade de um golpe militar. Não é verdade que essa foi a análise que proclamamos aos quatro ventos?
Além de lançarmos essa apreciação sobre o quadro militar, que tão só estava alicerçada em nossos desejos e sonhos, incorremos também no erro de não reconhecer que a vitória sobre a cúpula militar fora alcançada, em 1961, porque então defendíamos a exigência do respeito às normas constitucionais, porque naquela oportunidade desfraldamos com firmeza a bandeira da democracia. Não acentuamos também que o fracasso dos golpistas, naquele episódio, basicamente decorreu da divisão dentro das forças armadas, mas que esta ruptura na cadeia de comando militar se devia à pressão da opinião pública em favor da legalidade.
Com a posse de Goulart no Palácio do Planalto, passamos a viver uma situação inédita no Brasil, pois assumiu a presidência da República uma personalidade ligada às correntes populares e aos meios sindicais, e que dialogava abertamente com os comunistas. Panorama que resultava, em grande medida, de um fato inesperado, o gesto tresloucado da renúncia de Jânio, mas que era determinado também pela ascensão vigorosa das lutas populares e um impressionante processo de organização dos trabalhadores, como, até então, nunca sucedera em nosso país.
Em sendo assim, como não podia deixar de ser, esse cenário inédito turvou nossos juízos. De certa forma, houve uma embriaguez causada pelo capitoso vinho da vitória.
Assim chegamos à antevéspera do golpe. No curso de 1963 defrontamos um cenário ambivalente, complexo e contraditório. De um lado, os resultados do plebiscito, para decidir sobre a vigência ou não do parlamentarismo, nos favoreceram, mas eram mais ou menos previstos, porque a opinião majoritária dos brasileiros repudiava aquele remendo ad hoc da Constituição. E, naquela altura, os diversos aspirantes à presidência da República desejavam enterrar rapidamente o parlamentarismo de fancaria.
Então, Goulart assumiu os poderes vigentes no regime presidencialista. Porém, o quadro foi se modificando com rapidez, e o governo começou a perder o apoio de diversas forças políticas e sociais. Recorde-se que, nas eleições de 1962, para alguns governos estaduais, excluindo-se Pernambuco e o Estado do Rio, as correntes mais retrógradas venceram nas principais unidades da Federação. Ademais, naquela época, a viagem de Goulart aos Estados Unidos foi um duplo fracasso, pois não conseguiu amainar nossos conflitos com a mais forte potência do mundo.
Uma agenda foi apresentada por Goulart ao Congresso, formulando como pontos essenciais a realização de várias mudanças substanciais no país, na base de um plano elaborado por Celso Furtado. Mas tudo dependeria da aprovação do Poder Legislativo. E qual era a posição dos partidos no Senado e na Câmara do Deputados?
O PSD, partido com o maior número de votos nas duas casas do Parlamento, afinado com suas bases tradicionais, evoluiu para uma postura de resistência à política do governo. Tal fato ocorreu por duas razões: primeiro, porque não via com bons olhos as propostas radicais do governo, notadamente a reforma agrária; em segundo lugar, porque depreendeu que o governo estava preso numa armadilha e mais cedo ou mais tarde tumultuaria o processo da sucessão presidencial.
A UDN, que dispunha de grande força no Congresso e no cenário nacional, mobilizou-se de forma compacta na campanha contra Goulart, passando a realizar um trabalho de aliciamento de chefes militares para o golpe de Estado.
O PTB e os partidos e grupos de esquerda, em seu conjunto, eram influenciados pelas lutas populares e sindicais e consideravam como essencial acelerar o processo de mudanças fundamentais na vida brasileira. Por isso não firmaram uma posição nítida, unitária e vigorosa para enfrentar as ameaças que pairavam no horizonte. Recorde-se, por exemplo, que, dois meses antes do golpe, a direção do PCB declarou que esse partido situava-se como "oposição ao governo de Goulart", argumentando que este desenvolvia uma política de conciliação com setores políticos não comprometidos com as reformas.
Resumindo, por diversos razões, não havia a menor possibilidade de se obter no Congresso a aprovação das medidas solicitadas por Goulart. Em conseqüência, pairava no ar a suspeita de que o governo acabaria por intentar um golpe de Estado, a fim de impor "na marra", conforme se dizia, as reformas de base e mudanças constitucionais relacionadas com a eleição do futuro presidente da República.
Mas o que selou, em definitivo, a nossa derrocada foi um dado crucial na vida política brasileira - o encaminhamento da sucessão presidencial, que deveria acontecer em 1965. Como as correntes políticas se colocaram nessa questão? O governo Goulart via aproximar-se a hora da sucessão e não estava preparado para enfrentá-la. Não dispunha de candidato capaz de derrotar Carlos Lacerda. As forças populares vetavam o candidato do PSD (Juscelino Kubitschek), por considerar sua eleição como um retrocesso inconcebível. Leonel Brizola era inelegível e muito radical para diversas forças que compunham o governo. O mais grave, porém, foi o entendimento surgido de que a melhor solução seria a tentativa de reeleger João Goulart, o que não era permitido por normas constitucionais.
Assim, a nau da insensatez continuou a marcha para o desastre total. Sucedeu tudo o que poderia acontecer para desgastar e isolar o governo Goulart: em 1963, a inflação se transformou em hiperinflação, e houve um decréscimo do produto nacional per capita; os Estados Unidos começaram a estimular o golpe de Estado; houve também uma despudorada campanha contra o governo constitucional nos meios de comunicação, ofensiva financiada por empresas estrangeiras. Devido a essas atividades, nossos adversários obtiveram o apoio de amplos setores da população, assustados com a violenta pregação anticomunista, acionada por destacadas personalidades católicas. Enfim, todas as correntes reacionárias juntaram suas forças para desmoralizar o governo e com audácia deram pleno respaldo à conspiração nos quartéis.
O governo e as correntes populares reagiram de forma tumultuada e confusa. Erros sucessivos eram cometidos na condução dos assuntos administrativos e políticos. Ao invés de tranqüilizar a nação, o governo subia o tom das ameaças. Ao mesmo tempo, as ações aventureiras, como a revolta dos sargentos e dos marinheiros, isolaram os militares legalistas e o governo, pois justificaram as acusações de que partia do Palácio do Planalto a quebra da hierarquia e da disciplina nas forças armadas.
Na undécima hora, houve uma tentativa de evitar a tragédia: o projeto de San Tiago Dantas de estruturar a "Frente Ampla". Como é sabido, esse plano fracassou, pois foi impossível obter a concordância das forças progressistas e das correntes colocadas no centro do espectro político, como o PSD, em torno de um programa comum de reformas. Contudo, esse não foi o óbice que jogou por terra o projeto da "Frente Ampla". Ele estava previamente condenado ao insucesso por uma razão elementar: tudo dependia, na verdade, de um acerto sobre a sucessão presidencial. Ou seja, uma aglutinação de esforços em favor da candidatura de Kubitschek.
Por termos confundido as nuvens com Juno, o resultado foi inexorável e terrível. A conspiração dos golpistas foi rapidamente vitoriosa, conseguindo imobilizar ou neutralizar os militares que defendiam a legalidade, mesmo porque os generais já haviam conquistado previamente o respaldo de forças majoritárias no cenário político e no plano internacional, graças ao interesse direto dos Estados Unidos em impedir que o Brasil começasse a percorrer um caminho semelhante ao de Cuba.
Para se entender o contraditório quadro que facilitou o sucesso vertiginoso do golpe, não se pode esquecer que uma personalidade democrática, como Ulysses Guimarães, não combateu a deposição de Goulart. Dado que comprova como nós nos isolamos, abrindo os flancos para a ação dos golpistas, interessados vitalmente em impedir o avanço das lutas populares no Brasil.
De início, nos primeiros dias de abril, parecia até que apenas ocorrera a derrubada de um presidente da República, como sucedeu em 1945 (com Vargas) ou em 1955 (com a deposição de Carlos Luz e Café Filho). Logo, porém, ficou claro que as forças vitoriosas estavam empenhadas numa alteração profunda no regime político. A radicalidade do plano dos militares que assaltaram o Poder decorreu do fato de que as correntes reacionárias sentiram-se profundamente ameaçadas diante da iminência de medidas que atingiam seus interesses, face ao crescimento impetuoso das lutas populares e de um processo de organização dos trabalhadores nunca antes visto em nossa pátria. Assim, passo a passo os militares foram eliminando a ordenação constitucional de 1946, implantando uma ditadura militar, que sobreviveu durante mais de duas décadas.
O que aprendemos com o golpe de 64 e com a ditadura militar? Em minha opinião, nos anos de chumbo, vivendo dolorosas experiências, assistindo ao amordaçamento de milhões de brasileiras e brasileiros, vimo-nos forçados a aprender uma duríssima lição: a de que, acima de tudo, o essencial é a conquista de um regime democrático. E que essa é a questão sine qua non, inclusive para traçarmos a caminhada na direção de uma outra sociedade, uma sociedade melhor e mais justa.
Passados 40 anos, esse retrospecto provoca a emergência de sentimentos contraditórios. Há sensação de culpa, pois, nessa travessia dos tempos, inúmeros combatentes, homens e mulheres da melhor qualidade, não sobreviveram. Contraditoriamente, o país cresceu, não ficou paralisado, mas consolidou-se uma sociedade absurdamente injusta. Portanto, muitos anos foram perdidos na marcha pelo desenvolvimento social do Brasil, pela melhoria de imensas camadas de nosso povo, gente sofrida e espoliada.
Resta agora tão só um consolo, o de que muito aprendemos, especialmente, sobre o profundo significado da conquista de um regime democrático nestas terras, democracia ampla, sólida e estável. Esse é o consolo que hoje nos agasalha e que nos cumpre preservar.
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Marco Antônio Tavares Coelho é jornalista e editor-executivo de Estudos Avançados, órgão do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Comunista, foi eleito deputado federal em 1962. Seu mandato foi cassado em abril de 1964. Este texto foi preparado para um seminário promovido pelo Centro de Filosofia e Ciências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, intitulado "64 + 40: Golpe e Campo(u)s de Resistência", no dia 29 de março de 2004.
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Uma vida exemplar
Era possível evitar o golpe de 1964
Fonte: Especial para Gramsci e o Brasil.
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Herança De Um Sonho. As Memórias De Um Comunista Capa comum – 12 abril 2000
por Marco Antônio T. Coelho (Autor)
Trinta anos de luta. Uma década na clandestinidade, sem poder ver a mulher ou acompanhar o crescimento dos filhos. Missões secretas no Brasil e no exterior. Cadeia. Tortura. E, ao final, a expulsão do partido ao qual dedicou a vida. Essa história de um grande sonho, algumas vitórias e muitas derrotas, é contada pelo jornalista, ex-deputado e militante comunista Marco Antônio Coelho em Heranças De Um Sonho - As Memórias De Um Comunista, que a Editora Record acaba de lançar. São quatro décadas da história do Brasil vistas do subterrâneo. Um retrato da vida política do país - de Getúlio a Sarney -, mas da forma como ela foi vivida nas sombras, por um clandestino. Marco Antônio relata sua militância estudantil, seu ingresso no Partido Comunista, pelas mãos de Darcy Ribeiro, sua eleição para deputado federal pelo antigo estado da Guanabara (quando concorreu como candidato do PC, abrigado no PSD-PST), o golpe militar, o "exílio" em sua própria terra, a prisão e as torturas.
"O livro é um testemunho sobre episódios que vivi" - diz Marco Antônio - "e me fez recordar pessoas já falecidas que eu muito estimava: amigos, familiares e companheiros de luta. Não lamento as agruras, lamento apenas os erros que eu e outros tantos companheiros cometemos. Fui marcado pela rebeldia contra a injustiça social e a combatia com entusiasmo e paixão". Um entusiasmo que sobreviveu às derrotas e decepções. "Não me arrependo de minhas escolhas. A clandestinidade é uma experiência que não desejo para ninguém. O pior foi arrastar para essa vida dominada pela angústia e incerteza minha mulher e meus filhos, mas essa história precisava ser contada". Marco Antônio também fala de seu retorno à vida pública no longo período de redemocratização, o trabalho como jornalista e em órgãos do governo, e suas atividades no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. "Bela e comovedora", como diz o Ministro da Justiça, José Gregori, a história de Marco Antônio Coelho é o relato de uma época em que pessoas como ele não tinham voz. Um relato escrito "com a objetividade estóica de quem se propõe, acima de tudo, a testemunhar a verdade. E a verdade tem muitas faces", segundo as palavras do professor Alfredo Bosi.
"O livro de memórias de Marco Antônio Coelho é a história mais concisa e bem escrita que conheço sobre a militância comunista no Brasil. Pode-se agora avaliar com mais clareza o papel desempenhado por ela na educação e formação de uma boa parte dos quadros que estão hoje ocupando postos de direção na vida política do país. Por isso, e por sua qualidade literária, é uma leitura fascinante." - Armênio Guedes
"Esta é a história de um homem no seu tempo. A história pessoal e política de uma vida marcada pela dedicação à luta por um mundo melhor, de um homem moldado pela trajetória política do Brasil e do mundo. Exerceu bem as variadas funções, fossem legais ou clandestinas. A derrota política conduziu à tragédia pessoal. Teriam valido à pena a luta e o sofrimento? Sim. A derrota foi conjuntural. Os homens continuam a sonhar. Os que têm medo do futuro querem impedir que os homens sonhem. Não conseguirão. A vida de Marco Antônio Coelho - "Jacques" - servirá como estímulo e comprometimento para avançarmos na construção de uma sociedade melhor para todos nós." - Salomão Malina, presidente de honra do PPS "Bela e comovedora é a leitura do depoimento de Marco Antônio Coelho. Descreve o percurso de um brasileiro que fez uma opção ideológica conseqüente. A cepa ancestral mineira não o impediu que se tornasse militante comunista com todas as conseqüências que isso lhe trouxe clandestinidade, exercício de um mandato de Deputado Federal, num período de democracia aberta e tortura nos anos fechados. Sua história se desenvolve em quarenta anos de um Brasil múltiplo que conheceu luz e sombra e que cobrou duro preço dos que, com honestidade, embora a meu juízo, por equívoco, escolheram a via de uma mudança radical. Sua opção ao que entendia ser sua causa, exigiu-lhe um devotamento de sacerdote sem batina. Não demonstra nenhum tipo de decepção, embora seja vigoroso na crítica às palavras de ordem irrealistas que seu partido, inúmeras vezes, adotou. A democracia atual que considero firme e gradativamente à procura de ser mais justa e inclusiva, foi obra comum que absorveu o esforço e o ideal de inúmeras correntes políticas. Mesmo as que tinham idéias fora do lugar, com sua luta e sacrifício, ajudaram a torná-la possível." - José Gregori, Ministro da Justiça
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Era possível evitar o golpe de 64
Marco Antônio Coelho - Março 2014
O advogado e jornalista Marco Antônio Tavares Coelho, nascido em Belo Horizonte, em 1926, é o único remanescente da cúpula do PCB em 1964, quando houve o golpe militar que destituiu João Goulart. Era deputado federal pelo estado da Guanabara. Teve o mandato cassado, logo após o golpe; foi preso e barbaramente torturado pelos militares em 1975. Nesta entrevista ao Correio, conta que o secretário-geral do PCB, Luiz Carlos Prestes, defendia a reeleição do presidente João Goulart e rejeitava a volta ao poder do ex-presidente Juscelino Kubitschek, o que considera um erro. Revela também que tentou organizar uma resistência armada ao golpe, mas as metralhadoras e os fuzis prometidos por Darcy Ribeiro, chefe de gabinete de Jango, nunca chegaram. "A saída foi cair na clandestinidade e reorganizar o partido, que, naquele momento, ficou desorientado." (Entrevista dada a Luiz Carlos Azedo, Correio Braziliense, sexta-feira, 28 de março de 2014)
O golpe de 1964 era inevitável?
Não concordo, o golpe poderia ter sido evitado. Mas, para isso, as forças progressistas deveriam ter outro comportamento. Algumas coisas facilitaram o golpe, embora nada o justifique ou o legitime.
Quais foram as causas do golpe?
Foram várias. Em primeiro lugar, é necessário que se leve em conta que a reação, desde a jogada em que quiseram impedir a posse do presidente João Goulart, em 1962, vinha sendo derrotada. Os ministros militares que lançaram o protesto contra a posse do Jango, após a renúncia de Jânio Quadros, foram obrigados a recuar. Eles nunca se conformaram e se articularam para dar o golpe.
Havia uma situação de radicalização política e crise econômica na época. Por que eles destituíram o presidente Jango?
Naquele momento, havia uma grande campanha das forças progressistas pelas reformas de base, substanciais para enfrentar a crise econômica, mas elas eram consideradas subversivas. Não eram. Por exemplo, a questão da reforma agrária. O San Tiago Dantas e eu preparávamos um projeto de reforma agrária que não violasse as normas constitucionais, mas havia setores que queriam uma reforma mais radical. O Francisco Julião, criador das Ligas Camponesas, lançou um movimento cujo slogan era "Reforma agrária na lei ou na marra". Era uma dualidade que nós, do PCB, não queríamos aceitar. Houve outros erros das forças progressistas, que precipitaram os acontecimentos.
A sucessão de Jango em 1965, por exemplo?
Realmente, estava em curso a discussão sobre a sucessão presidencial. Em 3 de janeiro de 1964, o Luiz Carlos Prestes, secretário-geral do PCB, deu uma declaração de que o candidato deveria ser o próprio presidente Jango, que não poderia ser candidato. Por cima de todo mundo, lançou essa proposta num programa de televisão, mas isso não era constitucional. Dentro do próprio partido, havia camaradas que não concordavam com a candidatura de Juscelino Kubitschek, que o PSD estava articulando. Se nós tivéssemos recuado e apoiado a candidatura do Juscelino, o golpe seria evitado.
O PCB estava preparando um golpe?
Havia elementos no partido que pensavam dessa forma. O grosso do partido, porém, estava lutando pela legalidade, esse era o nosso problema fundamental. Declarações como essa, de que não seria possível a candidatura de Juscelino, porque seria um retrocesso político, estimularam os golpistas. Por causa disso, o PSD passou a fazer oposição ao governo Jango.
O que aconteceu em 31 de março?
Fui acordado com uma informação de Belo Horizonte, de que a 4ª Região Militar havia se levantado. Em vez de ir para a Câmara, fui para o centro de comunicações do Exército. Lá, recebi informações de que muitos elementos estavam aceitando o golpe, inclusive no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. De lá, segui para uma reunião do secretariado do Comitê Central, na Rua Álvaro Alvim (na Cinelândia, Rio de Janeiro), da qual participaram Prestes, Giocondo Dias e Dinarco Reis, todos ex-militares. Nessa época, Carlos Marighella já não fazia parte do secretariado e fazia agitação lateral.
O que foi discutido?
Na reunião, informei que havia me encontrado com o tenente-coronel Joaquim Inácio Baptista Cardoso, que era comandante da Divisão Blindada do Rio de Janeiro. Ele me contou que acabara de ser solto. Nós sabíamos que quem poderia resolver as coisas era essa divisão. Ele havia sido preso pelos golpistas e destituído do comando de sua tropa, a situação já era irreversível. Prestes propôs que eu fosse me encontrar com o Jango, o que só aconteceu no dia seguinte, em Brasília, com a recomendação de que seria indispensável a demissão do general Amaury Kruel do comando do II Exército. O Jango falou: "Bobagem, ele é muito amigo, acabei de nomear o filho dele representante do Loyd Brasileiro em Nova Orleans, nos EUA". Fiquei calado, mas nunca mais me esqueci disso. Kruel aderiu ao golpe.
Por que não houve resistência?
Depois de comunicar à direção a resposta de Jango, dirigi-me ao Hotel Nacional para uma reunião com dirigentes e sindicalistas do partido aqui de Brasília, cujo objetivo era preparar a resistência armada ao golpe. O Darcy Ribeiro, que era o chefe de gabinete de Jango e um velho amigo, havia se comprometido a me entregar fuzis e metralhadoras e até me passou uma lista de políticos da UDN e ministros do Tribunal de Justiça que deveriam ser presos. Walter Ribeiro, um dos nossos camaradas do Comitê Central assassinado pela ditadura, era ex-tenente do Exército e orientava os preparativos. Mas não houve distribuição de armas. O grosso do Exército em Brasília já apoiava o golpe de Estado.
Depois que o Jango resolveu ir para o Rio Grande do Sul, em 1º de abril, o senhor foi para onde?
Nós esperávamos que ele resistisse no Rio Grande do Sul. Pretendíamos ir para Trombas e Formoso, em Goiás, onde havia uma guerrilha de camponeses. Mas, como não tínhamos armas, achamos melhor cair na clandestinidade. Alguns colegas da Câmara resolveram pedir asilo nas embaixadas. Alguns foram presos, como Julião. Meu apartamento já havia sido invadido. Mas eu tinha experiência de luta clandestina, decidi ir para São Paulo, por Belo Horizonte e Paracatu, com ajuda da família. Lá, me encontrei com Giocondo Dias e começamos o trabalho de reorganização do partido. Essa clandestinidade durou até 14 de janeiro de 1975, quando fui sequestrado e preso pelo Exército, no Rio de Janeiro.
O senhor foi muito torturado?
Só não fui assassinado como outros companheiros que viviam isolados na clandestinidade porque tinha um compromisso familiar. Pretendia jantar com minha mulher e meu filho, na casa de Helena Besserman, em 16 de janeiro, aniversário do Marquinhos (o jornalista Marco Antônio Tavares Coelho Filho). Teresa sabia que eu só não apareceria se estivesse preso e, por isso, quando não apareci, houve uma mobilização de parentes e amigos para denunciar o meu sequestro e me localizar. Informado, o senador Pedro Simon (MDB-RS) denunciou minha prisão no Senado. Eu era um ex-deputado como Rubem Paiva, que já havia sido assassinado. Quando fui transferido para a Rua Tutoia, em São Paulo, o cardeal Evaristo Arns soube do meu caso e foi lá me visitar. Não puderam me matar.
Cerco e aniquilamento
Após vitória do MDB nas eleições de 1974 - elegeu 16 dos 21 novos representantes dos estados no Senado, entre eles Itamar Franco (MG), Orestes Quércia (SP), Iris Rezende (GO), Mauro Benevides (CE), Paulo Brossard (RS) e José Richa (PR) -, a cúpula do PCB ficou eufórica. "O Orlando Bonfim havia viajado para o exterior e eu escrevi o editorial da Voz Operária que recomendava apertar o cerco contra a ditadura, quando a hora era de recuar. Eles é que apertaram o cerco para nos aniquilar", conta Marco Antônio Tavares Coelho. No mês seguinte, ele foi preso, numa operação na qual também "caíram" as gráficas do PCB.
Uma delas, em São Paulo, foi montada pelo ex-deputado comunista, com US$ 5 mil que recebera do ex-presidente João Goulart, no Uruguai, onde foi visitá-lo três meses após o golpe, em nome do PCB, para ajudar a demover o ex-governador Leonel Brizola de tentar invadir o Rio Grande do Sul pela fronteira. "Seríamos massacrados." Nessa gráfica, era impresso o clandestino Notícias censuradas, com a colaboração do jornalista Milton Coelho da Graça, que recolhia as matérias que haviam sido proibidas pelos militares nas redações do Rio de Janeiro e de São Paulo.
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Uma vida exemplar
Os erros que cometemos e o que aprendemos com eles
Fonte: Correio Braziliense, 28 mar. 2014.
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sábado, 21 de dezembro de 2024
SACUDIR O PÓ
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Noite Ilustrada - VOLTA POR CIMA - Paulo Vanzolini
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luciano hortencio
20 de jan. de 2014
Noite Ilustrada - VOLTA POR CIMA - Paulo Vanzolini.
Álbum:
Nova História da Música Popular Brasileira - Adoniran Barbosa - Paulo Vanzolini.
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Pão Nosso #071 - Sacudir o pó
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NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo
Transmitido ao vivo em 8 de dez. de 2022
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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E se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó de vossos pés. – Jesus. (Mateus, 10:14.)
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Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a poeira das sandálias, em se retirando desse ou daquele lugar de rebeldia ou impenitência. Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de palavras vazias.
O ensinamento, porém, é mais profundo. Recomenda a extinção do fermento doentio.
Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito nas bases da vida, em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no caminho de nossas experiências comuns.
Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem; entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós.
Se alguém te não recebeu a boa-vontade, nem te percebeu a boa intenção, por que a perda de tempo em sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona os problemas espirituais. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente.
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Sacudir o pó
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"É de notar-se a presença dos irmãos e dos parentes de Eurípedes, já então, conversos ao Espiritismo, assinalando expressivamente o salutar magnetismo, que a pessoa e o trabalho de Eurípedes provocavam no âmbito familiar."
Corina Novelino
Eurípedes - o Homem e a Missão
p.90
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A conversão de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo
O jovem Eurípedes Barsanulfo tinha três grandes desafios no início da sua vida adulta. Os três desafios eram os seguintes: a doença de sua mãe, que era um enigma tanto em termos de diagnóstico como de tratamento; a crença no Espiritismo de seu querido tio, “Sinhô Mariano”, o qual deveria ser dissuadido dessa opinião; e as bem-aventuranças de Jesus, as quais ele não tinha encontrado explicação lógica para o seu sentido profundo, que julgasse satisfatória.
Eurípedes Barsanulfo, com 22 anos (1902), já era um intelectual reconhecido na região de Sacramento, ou seja, em todo o triângulo mineiro e circunvizinhanças. De fato, nesta idade, Eurípedes já ocupava cinco cargos relevantes: Jornalista; vereador; secretário da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP); Professor e diretor do Colégio denominado “Liceu Sacramentano”.
De fato, nesta época, em torno de 1902, o trabalho de Frederico Peiró na divulgação do Espiritismo no triângulo mineiro já ganhava significativa notoriedade. Foi Frederico Peiró o responsável pela orientação espírita de Sinhô Mariano para que este, juntamente com vários colaboradores, fundasse o Centro Espírita Fé e Amor. Realmente, a comunidade liderada por Sinhô Mariano estava enfrentando dificuldades para administrar fenômenos mediúnicos de efeitos físicos bastante ostensivos, os quais fizeram com que uma determinada residência fosse tida pela população realmente como uma “casa mal-assombrada”.
Certo dia, no ano de 1903, Sinhô Mariano hospedou-se na casa de Eurípedes Barsanulfo (que estava com 23 anos), dividindo o quarto com o sobrinho. Eurípedes, que aguardava a oportunidade para interrogar o tio sobre sua crença espírita, começa a inquiri-lo e contra-argumentá-lo com a sua grande erudição. Cada tentativa de explicação dos princípios espiritistas que Sinhô Mariano elaborava era redarguida por uma série de citações e análises filosófico-religiosas bastante eruditas por parte de Eurípedes. Aparentemente, o debate tem um vencedor e esse era Eurípedes Barsanulfo. Mas, Sinhô Mariano, humilde e sábio, conclui a discussão com um comentário desconcertante e ao mesmo tempo desafiador para o sobrinho. O tio afirma que não tinha condições culturais para debater como o culto sobrinho, mas que conhecia quem tinha condições para isso; neste momento, Sinhô Mariano entrega a Eurípedes o livro “Depois da Morte”, de Léon Denis. Eurípedes abre o livro e lê a folha de rosto da obra e fica profundamente interessado no seu conteúdo. E começa a ler naquela noite mesmo. Aliás, passa a noite lendo a obra.
Após a primeira e rápida leitura da obra de Léon Denis, Eurípedes comenta sucintamente com seu tio Mariano o impacto que aquela obra causara em seus valores intelecto-morais. O tio, então, dá a obra de presente para Eurípedes (até, então, a priori, o livro tinha sido apenas emprestado). Eurípedes Barsanulfo lê, por segunda vez, “Depois da Morte”. Desta vez, mais lenta, detida e pormenorizadamente. O abalo inicial de suas convicções ganha maior proporção.
De fato, Eurípedes encontra no livro de Léon Denis conceitos filosóficos sobre a vida e a morte que lhe parecem corretos, e encontra, na reencarnação, nas energias e na responsabilidade de cada um a causa para os desequilíbrios físicos, morais e sociais. Mesmo ainda com algumas dúvidas, mas já abalado na sua fé anterior, Barsanulfo parece estar disposto a conhecer outras obras espíritas e a comparecer às sessões espíritas.
Vale lembrar que Allan Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, afirma que as ideias inatas (e/ou rapidamente adquiridas) a respeito do Espiritismo denotam realização de evolução espiritual prévia. De fato, o próprio Léon Denis havia adquirido e lido “O Livro dos Espíritos” com aproximadamente 18 anos e somente essa leitura constituiu o marco decisivo de sua conversão ao Espiritismo, semelhantemente ao que aconteceria posteriormente com Doutor Bezerra de Menezes no Brasil.
No início do ano de 1904, após as supracitadas duas leituras atentas de “Depois da Morte” de Léon Denis (a primeira delas mais rápida e a segunda mais lenta e cuidadosa, a qual se constituiu em verdadeiro estudo metódico da obra do célebre “filósofo do Espiritismo”, Léon Denis), Eurípedes já travava contato com outras obras espíritas.
Eurípedes, então com 24 anos, decide visitar o centro espírita dirigido por seu tio Mariano. A experiência seria decisiva para Eurípedes Barsanulfo. De fato, Eurípedes presenciou parentes analfabetos incorporando Espíritos ilustres (mediunidade psicofônica), e mesmo falando línguas estrangeiras (Glossolalia ou Xenoglossia) e proferindo conceitos filosóficos com grande amplitude de conhecimentos. A partir dali, decide definitivamente tornar-se espírita e ajudar no esclarecimento e no amparo aos necessitados, vislumbrando novas possibilidades de ação na caridade, a partir das novas perspectivas de ação no bem que os primeiros passos no Espiritismo já permitiam que percebesse.
De fato, em determinado momento, Eurípedes reflete mentalmente e lança um desafio telepaticamente: “Se os mortos vivem e se o Espiritismo tem fundamentação real, que o Espírito de João Evangelista se manifeste e explique as Bem-Aventuranças através de Aristides”.
Importante frisar que Aristides era um médium analfabeto, com sérias limitações intelectuais, conforme muitos relatos de biógrafos e estudiosos da vida de Eurípedes Barsanulfo.
Aristides levantou-se e começou a discorrer sobre as bem-aventuranças imortais do sermão da montanha de Jesus. Aquela teria sido a mais bela preleção que Eurípedes Barsanulfo havia ouvido em sua vida até aquele momento. No fim da exposição, Aristides, que estava claramente atuando como médium psicofônico, enuncia o nome do autor espiritual daquela palestra: “João Evangelista”.
Doutor Bezerra de Menezes, desencarnado há poucos anos, também se manifesta e saúda a Eurípedes Barsanulfo de forma muito carinhosa, demonstrando que sua chegada ao grupo e, principalmente, ao Espiritismo, já era bastante aguardada pelos mentores espirituais. O próprio Doutor Bezerra anuncia que o mentor espiritual de Eurípedes Barsanulfo iria se manifestar através da mediunidade psicofônica. E isso ocorre com o Espírito em questão afirmando que era Vicente de Paulo. Eurípedes, chocado, pergunta se ele seria o autêntico “São Vicente de Paulo”, ao que o Espírito responde afirmativamente, explicando que, apesar de saber que Eurípedes dirigia uma instituição que levava seu nome (a Sociedade São Vicente de Paulo – SSVP), ele, Eurípedes, necessitava juntar-se àqueles amigos espirituais no trabalho dentro do movimento espírita. A reunião prossegue com manifestações espirituais maravilhosas concluindo a conversão definitiva de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo. Poucos meses depois Eurípedes já coordenava reuniões espíritas em Sacramento.
Após a impactante reunião, Eurípedes procura um homem que era portador de hanseníase e o cura através de seu magnetismo superior. Posteriormente, através da terapêutica espírita curaria sua mãe, alcançando a obtenção de dois de seus objetivos, ou seja, a explicação racional das Bem-Aventuranças de Jesus e a cura dos males que importunavam sua própria mãe. Só não conseguiu converter seu tio “Sinhô Mariano” ao Catolicismo, pelo contrário, converteu-se ao Espiritismo, tendo em seu tio Mariano, juntamente com Léon Denis por meio de sua obra, uma verdadeira “Porta de Damasco” ou, se preferirem, um verdadeiro “Ananias”, em uma referência analógica à Conversão do Apóstolo Paulo ao Cristianismo.
Posteriormente, no ano de 1907, o próprio Espírito luminoso de Maria de Nazaré teria aparecido para Eurípedes Barsanulfo em um momento muito difícil, em que ele não tinha alunos e nem professores, considerava-se falido e pensava em fechar o “Liceu Sacramentano”. Maria de Nazaré recomenda que ele mude o nome da escola para “Colégio Allan Kardec”, que ensine o “Evangelho de Seu Filho” e que “dê aulas de astronomia”. Ela protegeria o trabalho com seu “Manto” e nada faltaria. Assim foi feito. Os alunos e os professores voltaram e o trabalho de amor e educação continuou ininterruptamente durante toda a vida do “Apóstolo Sacramentano”; aquele que foi chamado por Jorge Rizzini, no título de sua excelente obra biográfica, “O Apóstolo da Caridade”.
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Dolores E Suas Desilusões / Coração Em Desalinho
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Zeca Pagodinho
7.438.333 visualizações 11 de abr. de 2012
Music video by Monarco, Mauro Diniz, Juliana Diniz performing Dolores E Suas Desilusões / Coração Em Desalinho. (C) 2012 Universal Music Ltda
Música
1 músicas
Dolores E Suas Desilusões / Coração Em Desalinho (Ao Vivo)
Monarco, Mauro Diniz, Juliana Diniz
Zeca Apresenta: O Quintal Do Pagodinho
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Instruções dos Espíritos.
Deixai que venham a mim as criancinhas.
18. Disse o Cristo: “Deixai que venham a mim as criancinhas.” Profundas em sua simplicidade, essas palavras não continham um simples chamamento dirigido às crianças, mas, também, o das almas que gravitam nas regiões inferiores, onde o infortúnio desconhece a esperança. Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravizados e os viciosos. Ele nada podia ensinar à infância física, presa à matéria, submetida ao jugo do instinto, ainda não incluída na categoria superior da razão e da vontade que se exercem em torno dela e por ela.
Queria que os homens a ele fossem com a confiança daqueles entezinhos de passos vacilantes, cujo chamamento conquistava, para o seu, o coração das mulheres, que são todas mães. Submetia assim as almas à sua terna e misteriosa autoridade. Ele foi o facho que ilumina as trevas, a claridade matinal que toca a despertar; foi o iniciador do Espiritismo, que a seu turno atrairá para ele, não as criancinhas, mas os homens de boa vontade. Está empenhada a ação viril; já não se trata de crer instintivamente, nem de obedecer maquinalmente; é preciso que o homem siga a lei inteligente que se lhe revela na sua universalidade.
Meus bem-amados, são chegados os tempos em que, explicados, os erros se tornarão verdades. Ensinar-vos-emos o sentido exato das parábolas e vos mostraremos a forte correlação que existe entre o que foi e o que é. Digo-vos, em verdade: a manifestação espírita avulta no horizonte, e aqui está o seu enviado, que vai resplandecer como o Sol no cume dos montes.
João Evangelista.
Paris, 1863.
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2061/capitulo-viii-bem-aventurados-os-que-tem-coracao-puro
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LEITURA - Deixai vir a mim as criancinhas - Cap 8 - O Evangelho Segundo o Espiritismo
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Espiritismo BR
29 de mar. de 2023 Allan Kardec - Evangelho Segundo o Espiritismo
Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capitulo 8 - Bem Aventurados os Puros de Coração
Deixai vir a mim as criancinhas - Instruções dos Espíritos
Item 18: João o Evangelista - Paris 1863
Item 19: Um Espírito Protetor - Bordeaux 1861
Codificado por Allan Kardec.
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Creia que pode e já estará
podendo. A fé verdadeira não
teme obstáculos.
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Coração Em Desalinho
Zeca Pagodinho
Letra
Significado
Traduções
Numa estrada dessa vida
Eu te conheci, ó flor
Vinhas tão desiludida
Mal sucedida por um falso amor
Dei afeto e carinho, como retribuição
Procuraste um outro ninho
Em desalinho ficou o meu coração
Meu peito agora é só paixão
Meu peito agora é só paixão
Tamanha desilusão
Me deste, ó flor
Me enganei redondamente
Pensando em te fazer o bem
Eu me apaixonei, foi meu mal
Agora, uma enorme paixão me devora
Alegria partiu, foi embora
Não sei viver sem teu amor
Sozinho curto a minha dor
Numa estrada dessa vida
Eu te conheci, ó flor
Vinhas tão desiludida
Mal sucedida por um falso amor
Dei afeto e carinho, como retribuição
Procuraste um outro ninho
Em desalinho ficou o meu coração
Meu peito agora é só paixão
Meu peito agora é só paixão
Tamanha desilusão
Me deste, ó flor
Me enganei redondamente
Pensando em te fazer o bem
Eu me apaixonei, foi meu mal
Agora, uma enorme paixão me devora
Alegria partiu, foi embora
Não sei viver sem teu amor
Sozinho curto a minha dor
Sozinho curto a minha dor
Sozinho curto a minha dor
Composição: Monarco / Ratinho.
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Poderes Três por Quatro
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Aqui está a imagem ilustrativa criada para "Poderes Três por Quatro – O Brasil em Curto-Circuito", representando de forma metafórica os três poderes do Brasil e suas lutas de poder. Ela captura a dinâmica caótica e simbólica da política brasileira.
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O Dólar Sob Controle: O Teatro Fiscal Brasileiro
Na manhã de quinta-feira, o dólar se rebelou. Bateu em R$ 6,30 antes do café. O Banco Central, com pressa e desespero, lançou mão de dois leilões extraordinários, despejando US$ 8 bilhões no mercado. No final do dia, a moeda americana se rendeu, caindo para R$ 6,12. Vitória provisória de um combate interminável.
Enquanto isso, no Congresso, um espetáculo diferente. A Câmara aprovava a PEC do ajuste fiscal com 348 votos. As mudanças incluíram cortes no abono salarial e no Fundeb. O governo cedeu onde podia, reduzindo salários de servidores e acenando com economia de bilhões – no futuro.
Na prática, um jogo de xadrez com peças trocadas. O Tesouro recompra títulos, o Banco Central vende dólares. Um aperto fiscal que promete economia, mas entrega promessas vagas.
E o real? No campo de batalha, perdeu a guerra para a especulação antes de o BC intervir. Para onde vamos? Rumo à próxima crise, se a matemática não bater.
A cena econômica é clara: um dólar teimoso, um governo hesitante e um país tentando conter o inevitável.
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Meio-Dia em Brasília - 20/12
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A jabuticaba está lá, brilhando, no pé da árvore.
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Jabuticabeira: significado, propriedades e benefícios
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Emendas Parlamentares, a Grande Jabuticaba – Fernando Gabeira (Estilo Graham Greene)
O Brasil é um país onde tudo é complicado e nada funciona. Deputados comem o Orçamento como se fosse sobremesa. R$ 49 bilhões controlados por eles. O que mais você espera de uma democracia que se perde no meio de tantos recursos? No mundo lá fora, o Congresso fiscaliza, debate. Aqui, ele manda. A transparência no "orçamento secreto"? Que piada. Só um bode na sala.
Lula prometeu acabar com isso. Ótimo. Mas, no fim, o problema continua. O Presidente não tem controle sobre nada. Os deputados sabem disso. Por isso, sugam cada centavo, cada emenda, cada favor. E aí, emendas individuais. Não é mais sobre o país. É sobre o reduto.
A jabuticaba está lá, brilhando, no pé da árvore. E ninguém vai tirá-la. O orçamento do Brasil? Fragmentado. Ineficiente. Um prato cheio para a corrupção. No fundo, isso tudo é o reflexo de um país que nunca aprendeu a governar. E que nunca vai aprender.
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Clarice Lispector: veja fotos da escritora, que completaria 100 anos em dezembro
O Globo
25/09/2020 - 04:18
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Receitas de Entrevistas – Ruy Castro
Clarice Lispector. 83 entrevistas. Manchete. Fatos&Fotos-Gente. 1968-77. Famosos, mas sem brilho. O interesse estava em Clarice, não nos entrevistados. Ela era mais interessante.
Justino Martins, o chefão. Sensível à literatura, amigo de Gide, Genêt, Colette. Sob sua batuta, Manchete ganhou qualidade. Rubem Braga, Sabino, Paulo Mendes Campos. E Clarice.
Em 1972, uma nova série na revista. "As Obras-Primas que Poucos Leram". Clássicos. Homero, Flaubert, Joyce. Resumo, perfil, época. Mais fotos.
Em 1968, vi Clarice na redação, ao lado de Justino. Ele dava as ordens: "Pergunte ao Nelson Rodrigues se é de esquerda ou direita." "A Alceu Amoroso Lima, o que acha da pílula?" "Vinicius de Moraes, por que troca de mulher tanto assim?"
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Receitas de entrevistas – Ruy Castro
Folha de S. Paulo
Justino Martins sugeria a Clarice Lispector perguntas a fazer aos seus entrevistados para a Manchete
"Clarice Lispector Entrevista" é um livro lançado há pouco pela editora Rocco, organizado pela britânica Claire Williams, perita na escritora. Compõe-se de 83 entrevistas feitas por Clarice publicadas nas revistas Manchete, em 1968-69, e Fatos&Fotos-Gente, em 1976-77, com grandes nomes de então. Clarice era cult, mas sem muito público, e tinha de se virar como tradutora, cronista ou ghost writer de famosos. Nessas entrevistas, aprende-se mais sobre ela do que sobre os entrevistados —o que não tem importância, já que ela é mais interessante do que a maioria deles.
Não por coincidência, Manchete e Fatos&Fotos-Gente tinham o mesmo diretor naqueles dois períodos: Justino Martins, talvez o maior revisteiro da imprensa brasileira, mas homem sensível à literatura e, em seus tempos de correspondente em Paris, nos anos 1950, amigo de André Gide, Jean Genêt e Colette. Nada de surpreendente, portanto, que, à frente de revistas comerciais e de grande tiragem, Justino (1917-83) as enobrecesse com escritores que admirava. E Manchete, que já tinha Rubem Braga, Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos entre os colaboradores fixos, ganhava mais um com Clarice.
Em jovem, trabalhei sob as ordens de Justino como repórter, redator e chefe de Redação. Em 1972, vi-o criar na Manchete uma série de artigos semanais sobre literatura, "As Obras-Primas que Poucos Leram", cada qual destacando um clássico segundo ele mais conhecido do que lido, como "A Odisseia", de Homero, "Madame Bovary", de Flaubert, "Ulisses", de Joyce. Em generosas oito ou dez páginas, os artigos resumiam a trama do livro, davam um perfil do autor e descreviam o panorama da época, tudo com o habitual show de fotografias da Manchete. Foram quase 300 artigos até 1977.
Em começos de 1968, vi várias vezes uma atenta Clarice à mesa de Justino na Redação da Manchete, na rua Frei Caneca. Ele lhe dava dicas para as entrevistas: "Pergunte ao Nelson Rodrigues se ele é de esquerda ou de direita"; "Ao Alceu Amoroso Lima o que ele acha da pílula"; "Ao Vinicius de Moraes por que ele troca tanto de mulher".
Assim como fazia comigo.
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A política é a arte da sacanagem . Entrevista de Ruy Castro
Por Secretaria Geral -21 de novembro de 2017
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Receitas de Entrevistas – Ruy Castro
"Clarice Lispector Entrevista", organizado por Claire Williams, reúne 83 entrevistas feitas por Clarice em 1968-77, publicadas nas revistas Manchete e Fatos&Fotos-Gente. Essas entrevistas revelam mais sobre Clarice do que sobre os entrevistados, o que é irrelevante, pois ela é mais interessante que a maioria deles.
O responsável pelas revistas era Justino Martins, grande admirador de literatura, amigo de André Gide, Jean Genêt e Colette. Sob sua direção, Manchete se destacou com escritores como Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. Justino, sempre atento à literatura, trouxe Clarice para colaborar.
Em 1972, Justino iniciou uma série chamada "As Obras-Primas que Poucos Leram", explorando clássicos como A Odisseia e Madame Bovary. Em 1968, vi Clarice em sua redação, recebendo dicas de Justino para suas entrevistas: "Pergunte ao Nelson Rodrigues se ele é de esquerda ou direita"; "Ao Alceu Amoroso Lima, o que acha da pílula"; "Ao Vinicius de Moraes, por que ele troca tanto de mulher."
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Shakespeare Brasileiro
TOTUS MUNDUS AGIT HISTRIONEM - TODO MUNDO É UM HISTRIÃO
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SONETO 18
>Sonetos>SONETO 18
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Como hei de comparar-te a um dia de verão?
És muito mais amável e mais amena:
Os ventos sopram os doces botões de maio,
E o verão finda antes que possamos começá-lo:
Por vezes, o sol lança seus cálidos raios,
Ou esconde o rosto dourado sob a névoa;
E tudo que é belo um dia acaba,
Seja pelo acaso ou por sua natureza;
Mas teu eterno verão jamais se extingue,
Nem perde o frescor que só tu possuis;
Nem a Morte virá arrastar-te sob a sombra,
Quando os versos te elevarem à eternidade:
Enquanto a humanidade puder respirar e ver,
Viverá meu canto, e ele te fará viver.
Shall I compare thee to a summer’s day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer’s lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm’d;
And every fair from fair sometime declines,
By chance or nature’s changing course untrimm’d;
But thy eternal summer shall not fade
Nor lose possession of that fair thou owest;
Nor shall Death brag thou wander’st in his shade,
When in eternal lines to time thou growest:
So long as men can breathe or eyes can see,
So long lives this and this gives life to thee.
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Odorico Paraguaçu, a pandemia e a vacina
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"A vida é uma obra de arte perfeita, infinitamente incomensurável, mas representada de maneira imperfeita, com nenhuma chance de igualar-se à criação."
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"A realidade é uma escolha, não um resultado."
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“ - Há tanta probabilidade de que venha ao apartamento como a qualquer outra parte.”
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O Desafio da Dupla Renovação do PT – Maria Hermínia Tavares
O futuro do PT está em debate. A derrota nas eleições municipais e a incerteza sobre a candidatura de Lula em 2026 aumentam a urgência. O PT sempre foi menor que seu líder, Lula, cuja liderança popular ultrapassou as fronteiras da esquerda. O partido, que nunca teve maioria no Congresso, dependeu de Lula para agregar coligações e formar uma base ampla.
Sem Lula, o PT terá que lidar com sua minoria, repensar as alianças e construir pontes com o centro e parte da direita. O partido carece de propostas para aglutinar forças políticas e atingir os brasileiros pobres e remediados. O PT foi essencial para a agenda reformadora da Constituição de 1988, mas agora precisa de uma nova agenda social, fiscalmente viável, capaz de responder a demandas como saúde, educação, segurança e trabalho.
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
O desafio da dupla renovação do PT - Maria Hermínia Tavares
Folha de S. Paulo
Liderança construída por Lula ultrapassa de longe as fronteiras dos partidos da esquerda
O futuro do PT está em discussão dentro e fora do partido. Os magros resultados das eleições municipais e a incerteza quanto a uma nova candidatura de Lula em 2026 imprimem sentido de urgência ao debate sobre os rumos da agremiação que é o centro de gravidade das esquerdas no país. As questões a enfrentar não são simples.
A primeira delas é que o partido sempre foi menor que seu líder. Raízes nos sindicatos e nos movimentos sociais nunca lhe deram maioria eleitoral. Permanece, inabalável, a distância entre os votos obtidos pela legenda para cargos subnacionais, assim como nas disputas para o Congresso, e aqueles mobilizados por Lula, quando perdeu e ganhou contendas presidenciais, em nome próprio ou ao fazer sua sucessora.
No seu melhor momento, o PT ocupou pouco mais de 20% das cadeiras da Câmara; somado a seus aliados de esquerda, chegou a 1/3 dos deputados. Dito de outro modo, Lula construiu uma liderança popular que ultrapassou de longe as fronteiras das esquerdas. Essa liderança resulta de uma trajetória política única e exemplar e, nessa medida, difícil de reproduzir. Uma liderança que, por ser potente nas urnas, conseguiu agregar as esquerdas em torno sua legenda e formar coligações a sua direita.
O PT sem Lula no comando terá de lidar com seu tamanho real –minoria que encolheu nos últimos anos–, repensar as formas de agregar as esquerdas e, sobretudo, construir pontes firmes no campo mais vasto do centro e de uma parcela da direita.
Aí reside o segundo problema: o partido carece de propostas capazes de aglutinar forças políticas centristas e falar à massa dos brasileiros pobres e remediados. Na oposição, nos governos locais e depois no plano federal, o PT foi fundamental para fazer avançar a agenda reformadora que implementou —e levou ao limite ditado pelo Orçamento, aquilo que o economista Samuel Pessoa chamou de pacto social da Constituição de 1988. Tratou-se de transformar o sistema de proteção social universalizando a educação e a atenção básica na saúde; reestruturando a assistência social tradicional; construindo um gigantesco programa de transferência de renda; levando luz elétrica ali aonde não havia chegado; forjando as estruturas legais e burocráticas das políticas ambientais; garantindo aos povos indígenas o direito às suas terras e formas de vida; tornando as elites menos homogeneamente brancas por meio de ações afirmativas.
Em alguns casos, os governos da coalizão petista aprofundaram políticas iniciadas antes; em outros, inovaram. Hoje são praticamente aceitas por políticos de todos os quadrantes, não mais se prestando a distinguir as esquerdas e mobilizar o eleitorado. Quem as iniciou deixou de importar.
Assim, ao PT não basta falar —com justificado orgulho— de um passado que ajudou a construir. Precisa encontrar uma nova agenda social, fiscalmente viável e apta a responder às demandas por qualidade na saúde e na educação; por segurança pública; por proteção ao trabalho para quem está à margem da CLT —e que trate o problema ambiental como questão de justiça. Em suma, trata-se de edificar um novo progressismo e encontrar todos quantos possam traduzi-lo para a massa dos eleitores.
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Praça dos Três Poderes
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Choques e Consequências: Entre o Bolso do Paletó e o Museu a Céu Aberto
Belo Horizonte: primeira metrópole planejada do Brasil. Tentaram preservá-la, torná-la um museu. A cidade de Niemeyer e Pampulha. Bonita, limpa, e perdida no tempo. Picasso disse: “A arte tira a poeira da alma.” Mas, no caso, o que tira é a poeira do passado.
O estudante olha pela janela. Na estante, o livro: Choque do Futuro. Fora da janela, o choque do presente, o caos político que arrasta tudo, sem piedade. O “choque do passado” mineiro se encontra com o “choque do presente” da nova capital, a nova face da velha política.
No bolso de um paletó, uma bomba. Tudo orquestrado. Lira e seus líderes, com o governo ao fundo. O STF pede transparência, mas o jogo continua nas sombras. Emendas escondidas, golpes disfarçados de decisões legítimas. A política, como a arte, exige um olhar cuidadoso – quem olhar mais de perto verá as rachaduras.
O governo? Cúmplice ou refém? Talvez seja um jogo que não tem mais regra. As causas correm, as consequências chegam – inevitáveis, impiedosas. O parlamentar sorri: “O jeito certo é o que foi feito. Não tem outro.” O jogo segue, ninguém parece surpreso.
As palavras de Zeca Diabo, para Odorico Paraguaçu, se aplicam aqui: “As consequências sempre vêm seguindo na carreirinha das causas.” Não há como escapar. O governo dança, a bomba no bolso explode – não importa quando.
“A realidade é uma escolha, mas não o resultado.”
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Museu a céu aberto: Conceito e poética
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"A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, em segundo turno, o projeto de lei 911/2024. Com 30 votos favoráveis e 10 contrários, o projeto autoriza a instalação de painéis luminosos de LED na Praça Sete, no centro da capital."
CÂMARA APROVA PROJETO ‘TIMES SQUARE DE BH’ QUE PERMITE INSTALAÇÃO DE PAINÉIS DE LED NO CENTRO
Itatiaia
A herança bendita.
- Eles estão todos alegres e felizes. Aguarde presidente para ver a bomba que estou deixando no bolso do seu paletó.
- Damares: relaxe e goze!
https://x.com/i/status/1869753879971381475
https://x.com/medicoliberdade/status/1869753879971381475?s=48&t=gKyEEumLB0aAdrne2uBPCw
Falar isso na TV Cultura é deixar todo mundo caladinho escutando só não é melhor que fazer isso no 247, KKKKK
https://x.com/i/status/1869791243955515861
https://x.com/tumultobr/status/1869791243955515861?s=48&t=gKyEEumLB0aAdrne2uBPCw
"Vamos trabalhar, vamos falar serio"
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Ma rapaizzzzzz.... masuqueisso?
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Pacote fiscal e venda de dólares seguram o câmbio – Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
O dólar chegou a R$ 6,2955, às 10h11, mesmo após o leilão de US$ 3 bilhões promovido pelo BC. Novo leilão de US$ 5 bilhões fez a moeda americana cair
Depois de uma semana tensa, em que o dólar bateu todos os recordes, a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) com novas regras para o abono salarial e que prorroga a desvinculação de receitas da União, pela Câmara, e dois leilões extraordinários de dólares no mercado à vista, num total de US$ 8 bilhões, promovidos pelo Banco Central, jogaram a cotação da moeda americana para baixo, domando o mercado.
O BC fez seis intervenções no mercado de câmbio em uma semana. Na abertura desta quinta-feira, o dólar chegou a alcançar o patamar de R$ 6,30. No fim da tarde, graças às decisões do Congresso e à firme intervenção do BC, o dólar à vista fechou a sessão com queda de 2,29%, a R$ 6,1243 na venda. Já o Ibovespa encerrou o pregão com alta 0,34%, a 121.187,91 mil pontos.
Na quarta-feira, o BC já havia vendido US$ 3 bilhões, mas o impasse na votação do ajuste fiscal pela Câmara e uma trapalhada do próprio Ministério da Fazenda, que anunciou um leilão de recompra de títulos, levaram o mercado a dobrar a aposta contra o real. Nesse dia, o Tesouro Nacional não vendeu títulos da dívida e recomprou apenas 10% do volume proposto em papéis já emitidos no leilão extraordinário de títulos prefixados com juros semestrais (Notas do Tesouro Nacional - Série F - NTN-F).
A proposta de recompra de NTN-F de 4 milhões de papéis, distribuídos nos mesmos vencimentos, mandou sinais trocados para o mercado. Enquanto o BC queimava US$ 3 bilhões para segurar o dólar, o Tesouro anunciava a intenção de injetar mais dinheiro no mercado, com a recompra dos títulos. Apenas 10% da oferta foi aceita, no valor de R$ 340,8 milhões, 100 mil papéis para cada prazo, a taxas de 15,47% (jan/29), 15,170% (jan/31), 14,84% (jan/33), 14,71% (jan35). Resultado: o mercado ignorou as intervenções do BC, que enxugou gelo, e a especulação levou a melhor.
Na terça-feira, o BC já havia feito dois leilões, aceitando o total de quase US$ 3,3 bilhões. Na segunda-feira, vendera US$ 1,623 bilhão e, na última sexta-feira, US$ 845 milhões. Os dois leilões desta quinta-feira foram a maior venda de dólares em um único dia da série histórica do BC, iniciada em 1999, quando o câmbio flutuante foi adotado no país. Nesta quinta-feira, na abertura, a moeda dos EUA chegou a atingir a marca de R$ 6,2955, às 10h11, mesmo após o leilão de US$ 3 bilhões promovido pelo BC. Entretanto, com o novo leilão de US$ 5 bilhões, no começo da tarde, o dólar começou a cair.
Abono e Fundeb
A aprovação da PEC do pacote de corte de gastos obrigatórios do governo pela Câmara serviu para reduzir as incertezas em relação ao ajuste fiscal, ainda que tenha sofrido alterações, por um placar de 348 votos a favor e 146 contra. No primeiro turno, foram 354 votos a favor, 154 contra e duas abstenções. O pacote precisa ser aprovado pelo Senado, que começou a apreciá-lo na noite de desta quinta-feira.
Foram rejeitados dois destaques, relacionados às mudanças no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). A PEC altera o abono salarial, que passará a ser reajustado pela inflação e não pelo aumento real do salário mínimo, e prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU).
Nas negociações, pressionado pelo Judiciário, o governo aceitou a flexibilização do dispositivo que estabelece o teto dos salários dos servidores públicos em R$ 44 mil. Para evitar a derrota da PEC, o governo concordou com que o relator do texto na Câmara, Moses Rodrigues (União Brasil-CE), enfraquecesse as verbas que podem ficar fora do teto de supersalários de R$ 44 mil. No lugar da lei complementar sobre verbas autorizadas a ficar fora do teto, o dispositivo será regulamentado por lei ordinária, que exige maioria simples.
Apesar do avanço, o pacote aprovado é considerado, pelos analistas econômicos, insuficiente para garantir o equilíbrio fiscal. O acesso ao abono salarial, uma espécie de 14º salário pago a trabalhadores de baixa renda, exigirá que o trabalhador tenha recebido dois salários mínimos do ano-base (R$ 2.640).
Atualmente, o abono é pago anualmente, no valor de até um salário mínimo, a trabalhadores que receberam até dois salários mínimos no ano-base do abono e trabalharam com carteira assinada por ao menos 30 dias no ano-base. A mudança representará uma economia de R$ 100 milhões em 2025; que subirá para R$ 600 milhões, em 2026; e R$ 2 bilhões, em 2027.
Uma nova categoria para contabilizar a contribuição da União ao Fundeb também foi criada. A mudança no fundo teria o impacto R$ 4,8 bilhões, em 2025, porém, devido às alterações na proposta original, a economia será menor.
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Conclusão
"Não Quero Piedade" é um grito de autenticidade em tempos de relacionamentos muitas vezes marcados por conveniência. A mensagem é clara: é melhor enfrentar a dor da verdade do que viver a ilusão de um amor superficial.
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Não Quero Piedade
Trio Parada Dura
Letra
Significado
Traduções
Por favor não venha com mentiras pelo amor de Deus
As mentiras e falsas promessas nos fazem chorar
Se você não me quer eu aceito a realidade
Prefiro ouvir uma triste verdade
Do que mil mentiras para me agradar
Você nunca fez um sacrifício pelo nosso amor
Não reclamo mas me deixa triste seu modo de agir
Só espero que os seus carinhos não sejam forçados
Se for necessário morro apaixonado
Mas o nosso caso para por aqui
Não, não quero piedade
Amor pela metade
É pouco pra nós dois
Não, não repare meu jeito
Desculpe querida, mas eu não aceito
Ser feliz agora e sofrer depois
Composição: Ronaldo Adriano / Barrerito / Zé da Praia.
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