Manoel de Barros: em que acreditar senão no riso?
Heitor
Gomes / Fraseador (Manoel de Barros)
FRASEADOR
Manoel de Barros
in, Memórias Inventadas (VII)
Editora Planeta
São Paulo, 2003
Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta
nasceu de treze. Naquela ocasião escrevi uma carta aos meus pais, que moravam
na fazenda, contando que já decidira o que queria ser no meu futuro. Que eu não
queria ser doutor. Nem doutor de curar, nem doutor de fazer casas, nem doutor
de medir terras. Que eu queria ser fraseador.
Meu pai ficou meio vago depois de ler a carta. Minha
mãe inclinou a cabeça. Eu queria ser fraseador e não doutor. Então, o meu irmão
insistiu: - "Mas se fraseador não bota alimento em casa, nós temos de
botar uma enxada na mão desse menino prá ele deixar de variar".
A mãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuou
meio vago. Mas não botou enxada.
Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta
nasceu de treze. Naquela ocasião escrevi uma carta aos meus pais, que
moravam na fazenda, contando que eu já decidira o que queria ser no meu futuro.
Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor de fazer casa nem
doutor de medir terras. Que eu queria era ser fraseador. Meu pai ficou meio
vago depois de ler a carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Eu queria ser fraseador
e não doutor. Então, o meu irmão mais velho perguntou: Mas esse tal de
fraseador bota mantimento em casa? Eu não queria ser doutor, eu só queria ser
fraseador. Meu irmão insistiu: Mas se fraseador não bota mantimento em
casa, nós temos que botar uma enxada na mão desse menino pra ele deixar de
variar. A mãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas não
botou enxada.
Memórias
inventadas: a Infância / Manoel Barros. São Paulo: Planeta, 2003.
"Fraseador",
de Manoel de Barros #saraunarede
Fraseador
Fraseador
O
Fraseador
“teatro do bolhão De e com Pedro Lamares”
Bolhão
Bolhão e um substantivo.
O nome ou substantivo é o tipo de palavras
cujo significado determina a realidade. Os substantivos denominam todas as
coisas: pessoas, objetos, sensações, sentimentos, etc.
O QUE SIGNIFICA BOLHÃO EM PORTUGUÊS
Mercado do Bolhão
O Mercado do Bolhão é um dos mercados mais
emblemáticos da cidade do Porto, em Portugal. A sua construção caracteriza-se
pela sua monumentalidade, própria da arquitectura neoclássica. Os vendedores no
mercado distribuem-se por dois pisos. Existem quatro entradas principais a
diferentes cotas: a entrada sul dá acesso ao piso térreo é feito pela Rua
Formosa, as entradas laterais pela Rua de Sá da Bandeira e pela Rua Alexandre
Braga dão acesso a um patamar intermédio com escadarias que ligam ambos os
pisos, e finalmente, a entrada norte pela Rua de Fernandes Tomás, que dá acesso
directo ao piso superior. O Mercado do Bolhão é vocacionado sobretudo para
produtos frescos, sobretudo alimentares. Os vendedores estão divididos em
diferentes secções especializadas, designadamente: zona de peixarias, talhos,
hortícolas e florais. Na parte exterior do edifício existem lojas de outras
variedades, como vestuário, cafetaria, perfumarias, tecidos, etc. O edifício do
mercado foi homologado como imóvel de interesse público em 22 de Fevereiro de
2006. Em 2013 foi classificado como monumentos de interesse público.
13
falas de Lula que revelam seu verdadeiro caráter
“O ex-presidente da República Federativa do Brasil,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), perdeu a chance de ficar calado em momentos de
pura infelicidade.”
transverberar
verbo
1.
transitivo direto
deixar passar (cor, luz etc.); refletir.
"a vidraça transverberava a iluminação da
rua"
2.
intransitivo
traspassar um meio; transluzir.
"através das árvores, a claridade solar
transverberava na floresta"
3.
transitivo direto e pronominal
mostrar(-se) claramente; manifestar(-se),
revelar(-se).
"seu rosto transverberava felicidade"
Origem
⊙
ETIM lat. transverbĕro,as,āvi,ātum,āre 'perfurar de lado a lado'
Manuel
Bandeira - O Lutador [Poema]
“Leitura de "O Lutador", poema de Manuel
Bandeira, encontrado no livro "Belo belo", publicado pela Global
Editora - @GlobalEditora
Buscou no amor o bálsamo da vida,
Não encontrou
senão veneno e morte.
Levantou no deserto a roca-forte
Do egoísmo, e a roca em
mar foi submergida!
Depois de muita pena e muita lida,
De espantoso
caçar de toda sorte,
Venceu o monstro de desmedido porte
— A ululante Quimera
espavorida!
Quando morreu, línguas de sangue ardente,
Aleluias
de fogo acometiam,
Tomavam todo o céu de lado a lado,
E longamente, indefinidamente,
Como um coro de
ventos sacudiam
Seu grande coração transverberado!
5º
Ciclo de conferências | Os poetas pelos poetas: Manoel de Barros: em que
acreditar senão no riso?
Referências
https://youtu.be/0p8KVxyYkpw
http://casaderafael.blogspot.com.br/2013/09/fraseador-manoel-de-barros-conto.html
https://youtu.be/TFHyiBsNrmM
https://natrodrigo.wordpress.com/category/manoel-de-barros/
https://youtu.be/rvQYGqUdgSY
https://natrodrigo.wordpress.com/category/manoel-de-barros/
https://youtu.be/rvQYGqUdgSY
https://www.youtube.com/watch?v=rvQYGqUdgSY
https://staticserver2.com/edu/static/pt/800/mercado-do-bolhao.jpg
https://educalingo.com/pt/dic-pt/bolhao
https://youtu.be/B6wN-1ZK17c
https://www.youtube.com/watch?v=B6wN-1ZK17c&feature=youtu.be
https://www.google.com.br/search?q=transverbera%C3%A7%C3%A3o+significado&oq=transverberado!&aqs=chrome.1.69i57j0l5.2838j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8#dobs=transverberar
https://youtu.be/odT-ksqGKoI
https://youtu.be/ryy9QPN8oOs
http://wp.clicrbs.com.br/aldobrasil/files/2010/10/memarias-inventadas-para-crianaas-capia.jpg
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