“A síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvida por uma
vítima de sequestro.”
O
que é?
A
síndrome de Estocolmo é um estado psicológico em que a vítima de um sequestro
ou detida contra sua vontade cria laços afectivos com o seu ou os seus
raptores.
Às vezes julgo perceber esse
fenômeno principalmente em ex-militantes e afastados fundadores generosos da
agremiação política que se encontra empoderada há 13 anos em nosso país. Número
cabalístico e misterioso que coincide com o da legenda nas lides eleitorais.
De fato, o seqüestro a que foram
submetidos em suas crenças e ideologias por práticas que vão de encontro ao que
nos discursos originais propagavam parece os abalaram psicologicamente e
emocionalmente.
A
Tua Presença Morena
Caetano
Veloso
Não sendo minha especialidade
socorro-me mais uma vez para a generosa sapiência de abnegados estudiosos e
especialistas para possíveis esclarecimentos.
Como
surge a síndrome?
A
síndrome surge a partir de tentativas por parte da vítima de se identificar com
o(s) seu(s) captor(es). A partir desta situação, o prisioneiro desenvolve um
laço afectivo pelo(s) seu(s) raptor(es).
Esta
“solidariedade” pode muitas vezes tornar-se numa verdadeira relação de
cumplicidade, chegando muitas vezes as vítimas a defender os seus
sequestradores e mesmo a ajudá-los a fugir ao cumprimento da lei.
Recentemente
pudemos tomar conhecimento de mais um caso em que uma sequestrada desenvolveu a
síndrome de Estocolmo. Em Agosto de 2006 veio aos media a história de Natasha
Kampusch, sequestrada aos 10 anos, quando ia para a escola e que viveu durante
8 anos fechada numa cave de doze metros quadrados, à mercê do seu alegado
raptor, Wolfgang Priklopil.
A
jovem Natasha fugiu do seu raptor, que se suicidou momentos depois de se
aperceber da fuga da jovem.
Natasha
declarou que Wolfgang fazia parte da sua vida e que a sua morte não era
necessária. Disse ainda não ter perdido nada da sua juventude, pois assim
poupou ter começado a fumar, beber e ter falsos amigos; terá ainda declarado
ter tido relações sexuais com o sequestrador, mas não ter sido forçada a nada.
Um
caso mais antigo de síndrome de Estocolmo foi o de Patrícia Hearst que nos anos
70 foi raptada por um grupo de terroristas americanos que se chamava Symbionese
Liberation Army (SLA).
Como
resgate foi pedido à família de Patrícia que desse 70 dólares ou o equivalente
em alimentação a cada pobre da Califórnia, o que equivalia a 400 milhões de
dólares. Os Hearst disponibilizaram imediatamente 2 milhões, prometendo mais 4
milhões de dólares se a filha fosse libertada.
Foi
distribuída alguma comida a um programa de ajuda a pessoas necessitadas, mas o
SLA respondeu com uma mensagem gravada com Patrícia Hearst e com uma fotografia
da mesma na qual empunhava uma metralhadora. Na mensagem Patrícia dizia ter adoptado
o nome de “Tania” e ter juntado aos SLA.
Mais
tarde 5 membros do grupo incluindo “Tania” foram vistos numa gravação a
assaltar um banco.
Só
mais tarde todos os membros foram apanhados, mas até então Patrícia sempre lhes
deu “cobertura” e protecção.
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