1978
União da Ilha do Governador 1978
4/10 - O Amanhã Aroldo Melodia
Cartomante
Ivan Lins
Chico Buarque - Homenagem Ao
Malandro
Apesar de você - Chico Buarque
Topics Chomsky, David Hume, langauge, Immanuel Kant, linguistics, biology,Philosophy, Skinner, education, teaching, behaviorism, determinism, scientific method,
This program was broadcast on the BBC in 1978,
focusing on Chomsky's linguistic work.
2015
UNIÃO DA ILHA 2015 - Samba Campeão
Ivan Lins - Depende de nós (Rock in
Rio 2015)
Garanhuns Jazz Festival - 2015 -
Ivan Lins - Depois dos temporais
Chico Buarque – Palavra de Mulher
Chico Buarque – Carioca
Noam
Chomsky - Interview to the Portuguese national TV, May 2015
Publicado
em 16 de mai de 2015
Noam
Chomsky entrevistado pela RTP, Portugal, Maio de 2015
.
Luiz Sérgio Henriques -
Janeiro 2016
Chico
Buarque de Holanda é um artista fundamental do Brasil contemporâneo. Um
compositor talentoso, na trilha aberta por Tom Jobim, o maestro soberano; um
poeta/letrista múltiplo, conectado à tradição de Noel e Geraldo Pereira, bem
como à arte moderna “alta”, a mostrar, assim, que vivemos num tempo de misturas
e contaminações, em que popular e erudito se cruzam, se fertilizam e se
enriquecem. Villa-Lobos que o diga. E o programa moderno consistia, no fundo,
em distribuir biscoito fino para as massas.
Chico
Buarque é, também, um homem de esquerda, alguém que quase involuntariamente
associamos a ícones como Niemeyer ou Saramago — cujo generoso impulso
igualitário se misturou, até por razões geracionais, a arcaicas concepções
stalinistas. Durante o regime militar, Chico foi referência. Não só suas
metáforas políticas nos ajudavam a “ir levando”, como também seu talento
dramático e sua cabeça dialógica nos ensinavam a compreender o cotidiano
dos pedros pedreiros, a agonia de quem despencava dos andaimes,
o pudor das moças carolinas e januárias que nós, marmanjos, não nos cansávamos
de esperar que aparecessem em alguma inalcançável janela. Para não
falar das paixões de verdade, lancinantes, agora conjugadas no feminino.
Chico
é de esquerda e é petista. É amigo de Lula. Seu pai, um notável estudioso do
nosso país, veio de outra geração, mas ainda a tempo de estar entre os
fundadores do PT, certamente com outras expectativas e outros horizontes. Ser
petista, ou ter qualquer outra filiação, ou não ter nenhuma, é direito
insofismável de cada indivíduo na nova democracia brasileira. Nós, por exemplo,
desta página Esquerda democrática (e muitos
colaboradores de Gramsci e o Brasil) não somos petistas nem nos inscrevemos
entre os admiradores incondicionais de Luiz Inácio Lula da Silva. Permitimo-nos
até ter sérias cautelas, ainda que estas cautelas se expressem de modo variado.
Mesmo entre nós, a democracia tem muitas vozes, uma infinidade de vozes, e
justamente por isso a queremos tanto.
Chico,
homem publicamente reservado, raramente se expressa em termos diretamente
políticos. Aliás, como artista, não lhe pedimos e muito menos exigimos que se
expresse nesses termos. Quando o fez, como na última campanha, pareceu-nos agir
de modo um tanto... simplista. Tão sofisticado na arte, Chico mostra-se
previsível politicamente. Em 2014, avalizou o mito Dilma, quer na condição de
gerente invulgar (óbvia criação marqueteira), quer na dimensão ainda mais
profunda de “coração valente”, que remete à luta armada contra a ditadura.
Ambas as dimensões podem ser contestadas racionalmente do ponto de vista da
esquerda. De uma outra esquerda, naturalmente. E isso não tem nada demais nem
precisa ser manifestado aos gritos ou aos tapas, no “melhor” estilo da
boçalidade que não escolhe lado político para se fazer notar.
Um
episódio da vida cultural sob a ditadura, com dimensão de massa: Festival
Internacional da Canção, Maracanãzinho, 1968. Tempo de exaltação muitas vezes
insensata, uma parcela da classe média radicalizada apoiava a luta armada
contra o regime, constituía o caldo de cultura que favorecia este tipo de ação.
Pretendia “fazer a hora”, sem “esperar acontecer”. Tom e Chico, Cynara e Cybele
sobem ao palco, muito mais sob vaias do que sob aplausos, para cantar a suave
“Sabiá”. Música e letra belíssimas, que se encadeiam imediatamente à dolente
“Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, tantas vezes glosada na nossa literatura
(Oswald de Andrade e Cacaso, entre muitos outros, reescreveram o “poema do
lá”). Na canção, sob o lirismo pungente da “palmeira que já não há” e da “flor
que já não dá”, a ideia forte dos que definham no exílio, longe da pátria — em
qualquer exílio de qualquer pátria, pois, pedimos licença para lembrar,
ditaduras de esquerda também exilaram seus oponentes, assim como as ferozes
ditaduras latino-americanas da segunda metade do século passado.
Prestamos
a Chico Buarque a homenagem da nossa divergência na avaliação de muitas
situações em que, a nosso juízo, esquerda e liberdade não se conjugam nem
rimam. Não gostamos de nenhuma situação em que uma só voz se sobreponha à
mencionada pluralidade de vozes ou monopolize o espaço público, mesmo
que imagine falar em nome da justiça social. Com Chico Buarque, lamentamos
que este seja o país da delicadeza perdida, ainda que por certo atribuamos
diferente peso específico aos atores que contribuíram para estropiar a
delicadeza e dilapidar o espaço público. Mas contamos com Chico — com as
canções e os romances de Chico — para nos refinarmos espiritualmente e, quem
sabe, nos regenerarmos coletivamente, ressalvada para sempre a bem-vinda
diversidade.
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Luiz Sérgio Henriques é
o editor de Gramsci e o Brasil.
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Artigos relacionados:
Raízes do Brasil: do livro ao filme
Chico e o pandemônio da memória
Chico Buarque: a herança de Sérgio
Leite derramado: ficção e história
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Chico Buarque: a herança de Sérgio
Leite derramado: ficção e história
Fonte: Especial
para Gramsci e o Brasil.
1884
Por Alanna Maria
Veja
um resumo detalhado do livro escrito por Machado de Assis em 1884, “A Cartomante”.
| Foto: Reprodução
Machado
de Assis foi a grande influência literária para os maiores escritores. Até
mesmo Monteiro Lobato rendia-se aos encantos do autor, afirmando que “os outros
não alcançavam nem a cintura” do escritor.
Dono
de obras máximas da literatura, Machado de Assis teve seu conto “A
Cartomante” publicado em 1884, mais tarde sendo incluído no livro “Várias
Histórias” e em “Contos: Uma Antologia”. Ganhou adaptações
para o cinema nos anos 1974 e 2004.
A
narrativa da obra é pautada sobre um triângulo amoroso: Vilela, homem de 29
anos com porte mais maduro, casado com Rita, 30 anos com postura de uma dama
perfeita e afetuosa, e Camilo, um funcionário público ingênuo de 26 anos, além
da mulher que dá título ao romance: a cartomante tinha 40 anos e era uma
italiana morena e magra.
O resumo do livro
A
cena primordial para o prolongamento do enredo é uma sexta-feira de novembro de
1869. Em uma conversa com Rita, Camilo a pede para deixar de acreditar nas
afirmações da cartomante. O nome dessa personagem não é revelado no livro,
caracterizando, assim, a típica forma machadiana de escrever. A mulher era
misteriosa e cheia de falsas predições. Dizia sempre o que os outros queriam
ouvir. Era, portanto, uma mestra em mentir descaradamente. A cartomante servirá
para enganar as personagens principais.
Camilo
era amigo de longa data de Vilela. Este, então, casa-se com Rita que constrói
uma relação mais íntima com o rapaz. A razão principal para o adultério entre
eles é a morte da mãe de Camilo.
Camilo, moço inocente, tenta negar os seus
desejos, mas cai facilmente aos gracejos da mulher. Até então, o menino recebe
uma carta anônima a qual deixa claro que os amantes estavam prestes a serem
descobertos. Camilo foge de Rita, evitando-a. Preocupada, a mulher pede ajuda a
cartomante, temendo que o seu amado não a deseje mais.
O
jovem Camilo recebe uma carta de seu amigo Vilela. Este pede para que ele
apressasse em encontrá-lo na sua residência. Temendo o pior, Camilo decide
consultar-se com a cartomante. Ela o engana, assim como fez com Rita e a tantos
outros. Garante a ele que o seu futuro era de amor pleno. Quando chega à casa
de Vilela, ele está irreconhecível. Camilo percebe o corpo caído da amante,
Rita. Sem reação, o jovem é morto pelo próprio amigo com um tiro à queima
roupa. Vilela já o esperava para vingar a sua traição.
Visão e estilo de “A Cartomante”
Machado
nos remete, neste conto, a um enfoco pessimista da vida. Isso é enfatizado
através das mentiras proferidas pela cartomante e pelo fim trágico de duas
personagens. Do lado psicológico, ele faz uma jogada com a ingenuidade e
malícia de Camilo o qual trai o amigo fiel. Ainda faz uma crítica ferrenha
sobre os padrões de comportamento e situações humanas.
Há
presença de um enredo que envolve o leitor. Constantemente o narrador invoca o
público e o faz participar da trama, assim como usa metáforas e os
comportamentos pessoais das personagens são sempre conturbados.
(Atualizado
em 13/11/15)
A Cartomante - Machado de Assis
Filme: A Cartomante (1974)
Direção e roteiro: Marco Farias
Direção e roteiro: Marco Farias
Baseado no conto homônimo, em Várias Histórias.
Adaptação: Marco Farias, Salim Miguel, Eglê Malheiros.
Elenco: Maurício do Valle, Ítala Nandi, Ivan Cândido.
Adaptação: Marco Farias, Salim Miguel, Eglê Malheiros.
Elenco: Maurício do Valle, Ítala Nandi, Ivan Cândido.
Texto Integral
Ladrões de Bicicletas (Tradução)
Título
Original: Ladri di Biciclette
Título no Brasil: Ladrões de Bicicleta
Direção: Vittorio De Sica
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 1948
Duração: 91 min
País: Itália
Sinopse: Um
operário desempregado consegue uma vaga na prefeitura como colocador de
cartazes. Para retirar a bicicleta penhorada, a sua esposa empenha os lençóis.
Porém, no primeiro dia de trabalho têm a sua bicicleta furtada. Sai com seu
filho a procura nos revendedores de bicicletas usadas. Consegue avistar o
ladrão, perseguindo-o por toda Roma num dia de domingo, sem conseguir
prendê-lo.
Análise "Ladrões de
Bicicleta"-1
Análise "Ladrões de
Bicicleta"-2
O
movimento neo-realista italiano pode ter começado com Roma, cidade aberta de
Rossellini, porém é em Ladrões de bicicleta que o movimento atinge seu ápice e
causa a maior repercussão. Antonio Ricci, interpretado por Lamberto Maggiorani,
conhece este mundo e batalha por um emprego diariamente. Quando o trabalho
chega, porém, vem acompanhado de uma condição: possuir uma bicicleta. No
entanto, Antonio acabara de vender a sua bicicleta para conseguir sustentar a
família por mais algum tempo. Sem outra alternativa, Antonio e sua mulher
Maria, interpretada por Lianella Carell, penhoram vários outros bens para recuperarem
a bicicleta. No entanto, tragicamente, a bicicleta é roubada logo no primeiro
dia de trabalho. Desesperado, Antonio e seu filho Bruno (Enzo Staiola)
vasculham a cidade em busca da bicicleta, e por consequência, do emprego e do
sustento da família.
Em uma Roma parcialmente destruída, Vitorrio di Sica filmou apenas em externas e locações naturais, utilizando apenas atores não-profissionais. Com um ponto de partida quase banal, a história transforma-se em um grande retrato de uma sociedade destruída pela guerra e em uma tocante viagem aos sentimentos humanos. Em tempos de reconstrução e sofrimento uma simples coisa como uma bicicleta pode transformar-se em todo o mundo de um cidadão, e a perda de seu mundo pode levá-lo a atitudes desesperadas e quiçá necessárias.
Quando Antonio vai à polícia pedir ajuda, um policial pergunta ao atendente se houve alguma coisa, e ele retruca: "Não, é apenas uma bicicleta.". O sistema não compreende o interior de cada um. Para Antonio não é “apenas uma bicicleta”, é seu emprego, sua dignidade, sua recuperação, sua redenção, seu valor como ser humano. No entanto, tudo isto é indiferente para o sistema, para a polícia. Cada um daqueles policiais também tem seus sonhos, cada um dos cidadãos de uma Europa pós-guerra também tem seus desejos, muitas vezes impossíveis, e não é papel da sociedade ajudar a realizá-los.
Em sua busca desesperada pela bicicleta, Antonio recorre primeiramente aos métodos usuais, polícia, pontos de venda de bicicleta, porém, à medida que sua esperança diminui, sua racionalidade diminui proporcionalmente, e ele chega a recorrer a uma cartomante antes de tomar a final e drástica atitude de cometer o mesmo crime a que foi submetido. “Há uma cura para tudo, exceto a morte”, diz Antonio nos primeiros minutos do filme, mas não é capaz de manter este otimismo ao longo dele.
O roteiro, escrito a sete mãos, é único e genial no sentido de que nos mostra claramente personagens e ações plausíveis. Num tempo em que as pessoas estão acostumadas a assistir filmes como Senhor dos anéis e Matrix, em que os roteiros são quase maniqueístas na distinção de bom/mal, justiça/injustiça, os filmes neo-realistas funcionam como um tapa na percepção de heroísmo de cada um.
Segundo Kracauer, “nenhum documentário refletiria tão bem a situação da Itália do pós-guerra quanto Ladrões de bicicletas. O cinema narrativo permite que o espectador se identifique com a personagem, apreendendo o drama vivido na tela como se fosse seu próprio drama.” É por isso que o neo-realismo, e principalmente Ladrões de bicicleta, foi tão marcante na história do cinema.
Em uma Roma parcialmente destruída, Vitorrio di Sica filmou apenas em externas e locações naturais, utilizando apenas atores não-profissionais. Com um ponto de partida quase banal, a história transforma-se em um grande retrato de uma sociedade destruída pela guerra e em uma tocante viagem aos sentimentos humanos. Em tempos de reconstrução e sofrimento uma simples coisa como uma bicicleta pode transformar-se em todo o mundo de um cidadão, e a perda de seu mundo pode levá-lo a atitudes desesperadas e quiçá necessárias.
Quando Antonio vai à polícia pedir ajuda, um policial pergunta ao atendente se houve alguma coisa, e ele retruca: "Não, é apenas uma bicicleta.". O sistema não compreende o interior de cada um. Para Antonio não é “apenas uma bicicleta”, é seu emprego, sua dignidade, sua recuperação, sua redenção, seu valor como ser humano. No entanto, tudo isto é indiferente para o sistema, para a polícia. Cada um daqueles policiais também tem seus sonhos, cada um dos cidadãos de uma Europa pós-guerra também tem seus desejos, muitas vezes impossíveis, e não é papel da sociedade ajudar a realizá-los.
Em sua busca desesperada pela bicicleta, Antonio recorre primeiramente aos métodos usuais, polícia, pontos de venda de bicicleta, porém, à medida que sua esperança diminui, sua racionalidade diminui proporcionalmente, e ele chega a recorrer a uma cartomante antes de tomar a final e drástica atitude de cometer o mesmo crime a que foi submetido. “Há uma cura para tudo, exceto a morte”, diz Antonio nos primeiros minutos do filme, mas não é capaz de manter este otimismo ao longo dele.
O roteiro, escrito a sete mãos, é único e genial no sentido de que nos mostra claramente personagens e ações plausíveis. Num tempo em que as pessoas estão acostumadas a assistir filmes como Senhor dos anéis e Matrix, em que os roteiros são quase maniqueístas na distinção de bom/mal, justiça/injustiça, os filmes neo-realistas funcionam como um tapa na percepção de heroísmo de cada um.
Segundo Kracauer, “nenhum documentário refletiria tão bem a situação da Itália do pós-guerra quanto Ladrões de bicicletas. O cinema narrativo permite que o espectador se identifique com a personagem, apreendendo o drama vivido na tela como se fosse seu próprio drama.” É por isso que o neo-realismo, e principalmente Ladrões de bicicleta, foi tão marcante na história do cinema.
Yusanã Mignoni
Enviado
por Yusanã Mignoni em 21/08/2007
Código do texto: T616779
Código do texto: T616779
Enzo Staiola, il celebre bambino di
"Ladri di biciclette" e il suo incontro con Vittorio De Sica
Publicado
em 20 de fev de 2013
Enzo
Staiola, il celebre bambino di "Ladri di biciclette", ospite di
Nicola Ferrante nello spazio Arancio di Nel cuore dei giorni, ci racconta
l'incontro con il maestro Vittorio De Sica.
Licença
padrão do YouTube
02/07/2008 09h12
Redação SRZD-Carnavalesco
Aroldo Forde, o Aroldo Melodia, de
78 anos, um dos maiores intérpretes da história do carnaval carioca, morreu na
madrugada desta quarta-feira. O intérprete brilhou por muitos anos na União da
Ilha. Ele estava internado na Clínica Santa Maria Madalena, na Ilha,
e morreu de falência múltipla dos órgãos. O intérprete estava
internado desde o dia 26 de junho. Ele era casado com Maria de Lourdes há
42 anos e deixa sete filhos, 15 netos e dois bisnetos.
O
velório será a partir das 10h, desta quarta, na quadra da União da Ilha e
o enterro às 16h, no Cemitério do Cacuia, na Ilha.
Durante
36 anos, Aroldo cantou na União da Ilha. "Segura a marimba" era o
grito inicial de Aroldo Melodia na hora de cantar os sambas na Avenida.
Atualmente, o filho de Aroldo Melodia, Ito Melodia, é o intérprete oficial da
União da Ilha.
Em
2003, Aroldo Melodia foi enredo da Lins Imperial. O título do enredo era
"Segura marimba, Aroldo Melodia vem aí!".
Confira
a sinopse do enredo sobre Aroldo Melodia:
Segura
a Marimba! Haroldo Melodia vem aí!
Um mago me apareceu num sonho, me levou numa barca mágica, atravessando o mar pelas águas encantadas da Baía de Guanabara, que abriga sereias e cavalos marinhos alados, doando beleza para a paisagem constante até chegar na mais bela ilha do mundo, a única que reside em suas terras verdejantes uma escola de samba, a União da Ilha do Governador, palco de tantos shows, berço de poetas e seresteiros, sambistas e pagodeiros.
Ao chegar nesta ilha me apaixonei ao conhecer a figura ilustre que é o retrato vivo e moldura histórica da azul, vermelho e branco. Aroldo Melodia nascido na própria Ilha em 19 de abril de 1930, ainda menino se torna engraxate na Ribeira e mergulhador se jogando nas águas para capturar moedas atiradas ao mar, assim surge a voz que se espalha pelo vento e sopra na noite boêmia das gafieiras.
Um mago me apareceu num sonho, me levou numa barca mágica, atravessando o mar pelas águas encantadas da Baía de Guanabara, que abriga sereias e cavalos marinhos alados, doando beleza para a paisagem constante até chegar na mais bela ilha do mundo, a única que reside em suas terras verdejantes uma escola de samba, a União da Ilha do Governador, palco de tantos shows, berço de poetas e seresteiros, sambistas e pagodeiros.
Ao chegar nesta ilha me apaixonei ao conhecer a figura ilustre que é o retrato vivo e moldura histórica da azul, vermelho e branco. Aroldo Melodia nascido na própria Ilha em 19 de abril de 1930, ainda menino se torna engraxate na Ribeira e mergulhador se jogando nas águas para capturar moedas atiradas ao mar, assim surge a voz que se espalha pelo vento e sopra na noite boêmia das gafieiras.
Conquistando espaço até chegar à presidência do bloco Paraíso Imperial, dali
rompeu fronteiras e chega até a humilde União da Ilha, servindo de soldado para
toda guerra, chegando com a escola na Praça XI e fazendo então um casamento
perfeito Ilha e Aroldo, uma só paixão, uma mesma bandeira se misturando nas
cores quentes a figura de uma escola de samba se materializando na figura de um
homem, que viaja o Brasil a divulgar esta paixão.
Como uma carta de amor, que exala rosas jogadas nas águas de Iemanjá, sobre um veleiro que flutua como se repousasse nas ondas do mar. Nas andanças com divergências do samba, como uma viagem cedendo sua voz para abrilhantar o carnaval carioca, seja na Ilha, Mocidade, Santa Cruz, Caprichosos de Pilares ou Unidos da Ponte, sua bandeira é o samba, seu troféu é o microfone na Sapucaí, seu pagamento sempre foi o reconhecimento do público e os aplausos calorosos que alimentarão sua alma de esperança até os dias de hoje.
“Buscando no reino dos sonhos, na força e na fé pedi a proteção nas Lendas e festas das Yabás, somente elas para mandarem forças lá dos confins de Vila Monte, encontrei palavras para recitar poemas de máscaras e sonhos, como um folião apaixonado brinca o carnaval no domingo e só volta amanhã, feliz, pergunta a sorte o que será, e ela responde bom, bonito e barato, apostando na sorte no burro na cabeça e hoje choro mamãe eu quero Manaus, e com tanta mãe não posso ter medo de assombrações, faço pela vida um extra-extra para manter viva a vida que te quero viva, porque o mundo não pára, mundo de malandros do Robauto e por isso boto a boca no mundo, para que todos saibam quem foi Didi, o poeta de bar em bar, e de bar em bar mesmo ando eu bebendo umas e outras para ter certeza que sou mais minha ilha, mesmo sabendo que todo dia é dia de índio, não me importo pego carona na vigem encantadora da pintada encantada e aterrizo de volta a minha ilha, porém já cansado, mas vivo!
Com fôlego para lembrar de minha peripécias, e com orgulho digo pobre mas de cabeça erguida, tenho força para ver a minha União da Ilha, pois quando eu não mais puder desfilar, vou chorar!
Hoje, vestido de samba, brilho na roda de bambas, de braços dados com a Águia Imperial, me orgulho de ser lembrado e homenageado em vida no Carnaval, levo a lembrança de que não sou somente um mortal, e sim me tornei retrato do samba e minha voz ficará mantida na história do samba como: Aroldo Melodia, o imortal!
Jorge Caribé
Como uma carta de amor, que exala rosas jogadas nas águas de Iemanjá, sobre um veleiro que flutua como se repousasse nas ondas do mar. Nas andanças com divergências do samba, como uma viagem cedendo sua voz para abrilhantar o carnaval carioca, seja na Ilha, Mocidade, Santa Cruz, Caprichosos de Pilares ou Unidos da Ponte, sua bandeira é o samba, seu troféu é o microfone na Sapucaí, seu pagamento sempre foi o reconhecimento do público e os aplausos calorosos que alimentarão sua alma de esperança até os dias de hoje.
“Buscando no reino dos sonhos, na força e na fé pedi a proteção nas Lendas e festas das Yabás, somente elas para mandarem forças lá dos confins de Vila Monte, encontrei palavras para recitar poemas de máscaras e sonhos, como um folião apaixonado brinca o carnaval no domingo e só volta amanhã, feliz, pergunta a sorte o que será, e ela responde bom, bonito e barato, apostando na sorte no burro na cabeça e hoje choro mamãe eu quero Manaus, e com tanta mãe não posso ter medo de assombrações, faço pela vida um extra-extra para manter viva a vida que te quero viva, porque o mundo não pára, mundo de malandros do Robauto e por isso boto a boca no mundo, para que todos saibam quem foi Didi, o poeta de bar em bar, e de bar em bar mesmo ando eu bebendo umas e outras para ter certeza que sou mais minha ilha, mesmo sabendo que todo dia é dia de índio, não me importo pego carona na vigem encantadora da pintada encantada e aterrizo de volta a minha ilha, porém já cansado, mas vivo!
Com fôlego para lembrar de minha peripécias, e com orgulho digo pobre mas de cabeça erguida, tenho força para ver a minha União da Ilha, pois quando eu não mais puder desfilar, vou chorar!
Hoje, vestido de samba, brilho na roda de bambas, de braços dados com a Águia Imperial, me orgulho de ser lembrado e homenageado em vida no Carnaval, levo a lembrança de que não sou somente um mortal, e sim me tornei retrato do samba e minha voz ficará mantida na história do samba como: Aroldo Melodia, o imortal!
Jorge Caribé
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