quarta-feira, 30 de novembro de 2022

BOA

Ah, por que você foi falso assim Assim tão desalmado What was I to do What can one do when a love affair is over *** *** How Insensitive (Insensatez) Frank Sinatra *** How Insensitive I must have seemed When she told me that he loved me How unmoved and cold I must have seemed When she told me so sincerely Why she must have asked Did I just turn and stare in icy silence What was I to say What can you say when a love affair is over Now she's gone away And I'm alone with the memory of her last look Vague and drawn and sad I see it still All her heartbreak in that last look How she must have asked Did I just stare in icy silence What was I to do What can one do when a love affair is over compositores: Antonio Carlos Jobim, Norman Gimbel, Vinicius De Moraes The Complete Reprise Studio Recordings (2003) - Frank Sinatra Gravadora: Ano: 2003 Faixa: 252 ********************************************************************************** "LÓGICO E SENSATO!" ***
*** quarta-feira, 30 de novembro de 2022 Vinicius Torres Freire - Um banqueiro comenta Haddad Folha de S. Paulo Ex-prefeito pode ser ministro ideal na Fazenda, mas o que importa é o plano Lula Por que parte da finança faz campanha contra Fernando Haddad no ministério da Fazenda? O dirigente de um bancão nacional responde, primeiro, que "isso não tem importância". "O mercado", empresários etc. não influenciam essas nomeações "faz mais de 50 anos", diz. Em seguida, o executivo ri e abre uma pastinha de cartolina com cópias de entrevistas antigas de Haddad, grifadas com marcador amarelo de texto. "Tem gente que implica com isso daqui", diz, e cita trechos. Nas entrevistas de 2018 quando ainda não era candidato a presidente, Haddad falava, por exemplo, em revogar parte da reforma trabalhista (como aquela que aumentou muito o risco de o trabalhador ter de pagar o custo de um processo e, assim, reprimiu o número de ações na Justiça). Noutra, diz que o PT atacaria o "patrimonialismo oligopólico" dos bancos e seus juros altos, o que poderia ser remediado com impostos maiores. Fala também em usar parte das reservas internacionais (poupança em moeda forte guardada no Banco Central) a fim de financiar investimentos públicos e usar estatais em planos de desenvolvimento. No mais, Haddad defendia reforma tributária parecida com a dos melhores projetos que andam por aí. Ao longo da campanha de 2018, falaria pouco sobre economia. É isso? Entrevistas velhas e vagas? Haddad não pode estar pensando outra coisa? Até pode, responde o banqueiro, "mas ninguém sabe o que ele pensa agora ou o que ele vai poder pensar". Isto é, não se sabe quanta autonomia teria Haddad ou quanto interesse ou capacidade teria de mudar opiniões de Luiz Inácio Lula da Silva. O executivo comenta que Lula parece "mais cheio de si" do que em 2002. Além do mais, fez discursos seguidos contra aqueles que cobram um programa de contenção de endividamento público. Diz que "Haddad não é muito fácil, ouve pouco, não é habilidoso como o [Antonio] Palocci", o ministro da Fazenda do Lula 1 mais "reformista", de 2003 a 2006. Observa ainda que Haddad parece desconfiado quando pedem que abra suas ideias e é "muito leal a Lula". Por outro lado, é "sem dúvida, o mais preparado dos que estão por aí, não só entre os que querem ser ministro". Mas isso também não resolve. "Sem programa, sem o plano fiscal e sem equipe, isso que falam dele é só fofoca". Por quê? Porque não se sabe o que Lula pensa e a força política que qualquer ministro da Fazenda terá para fazer mudanças e o "trabalho sujo" (contenção de gastos). Para o executivo, Lula 3 pode ter políticas econômicas diferentes, basta ter "fundamento técnico e gente para tocar", mas na "questão fiscal nunca tem o que inventar e a situação é ruim". Diz que está menos pessimista que os economistas, da casa e outros. "Dá para arrumar o fiscal. Sem fazer bobagem aí, o país cresce mais do que estão prevendo, a receita [de impostos] vai ser maior, a dívida [pública] sobe pouco, tem investimento privado engatilhado, as reformas já ajudaram um pouco, o país pode ficar mais calmo com Lula. Dá para levar". Basicamente, isso quer dizer que o gasto extra em 2023 deve ser comedido e que tem de haver uma nova regra de teto, um limitador para o crescimento da dívida (gasto menor que receita por muitos anos, começando logo). Qual seria o ministro da Fazenda ideal? "Pode ser também o Haddad ou outro. O pessoal [‘do mercado’] sonha com essa ideia de um economista de prestígio. Não adianta nada se não tiver capacidade política e apoio do Lula e do Congresso para fazer o básico". "Tem muita gente que posa de informada, mas o fato é que a gente não tem a menor ideia do que o Lula vai fazer. Isso é o que importa e dá medo". ******************************************************************************************** "RAPOSA COMENDO RAPOSA" ***
*** quarta-feira, 30 de novembro de 2022 Bruno Boghossian - Governando com raposas Folha de S. Paulo Presidente eleito antecipa acertos políticos e trabalha para atenuar riscos no Congresso Quem fez o prognóstico foi o próprio Lula, antes da campanha. "Temos que saber que, além de eleger o presidente da República, temos que eleger deputados e deputadas, senadores e senadoras. Se a gente não construir maioria, vai ficar fragilizado", disse o petista, em março. Lula soube na noite de 2 de outubro que essa fragilidade seria uma ameaça. A aliança liderada pelo PT não chegou nem perto de uma maioria no Congresso. Na Câmara, o bloco elegeu só 136 dos 513 deputados. O número não é distante do quadro de 2002. Naquele ano, Lula se elegeu com uma aliança de três partidos e 130 deputados. No poder, ampliou a coalizão: distribuiu cargos, formou uma base com quase 300 cadeiras na Câmara e emplacou um nome do PT na presidência da Casa. A pressão sobre Lula agora é maior do que há 20 anos. O Congresso tem um centrão bolsonarizado, que abraçou o antipetismo como bandeira eleitoral, e inchado, com 187 vagas na Câmara. Além disso, o Legislativo acumulou poder e depende menos da boa vontade do Planalto. O jogo duro dos partidos com a PEC da Transição foi o primeiro sinal dos riscos que Lula pode enfrentar a partir de 2023. O petista decidiu se mexer e fez dois lances nesta terça-feira (29) para tentar tapar os buracos da governabilidade. A primeira jogada foi o convite formal à União Brasil para ocupar cargos no governo. Ao lado de PSD e MDB, a legenda elevaria o bloco de Lula para 279 votos na Câmara. O segundo movimento foi o apoio do PT à reeleição de Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara, com a manutenção das verbas que abastecem redutos dos parlamentares. Aliados de Lula estimam que Lira carregue ao menos 50 votos do centrão para aprovar projetos do governo. Ainda em março, Lula disse a apoiadores que eleger parlamentares de esquerda era prioridade: "A gente não pode votar colocando raposa no nosso galinheiro. A desgraçada da raposa vai comer as galinhas". Depois de fazer as contas, o petista teve que convidar as raposas para jantar. ********************************************************************* JOSÉ FELICIANO IN CONCERT! AT THE LONDON PALLADIUM 1969 *** *** Maracangalha José Feliciano *** Eu vou prá Maracangalha Eu vou! Eu vou de uniforme branco Eu vou! Eu vou de chapéu de palha Eu vou! Eu vou convidar Anália Eu vou! Se Anália não quiser ir Eu vou só! Eu vou só! Eu vou só! Se Anália não quiser ir Eu vou só! Eu vou só! Eu vou só sem Anália Mas eu voi!...(3x) Eu vou só!...(16x) *** compositores: DORIVAL TOSTES CAYMMI
https://www.kboing.com.br/jose-feliciano/maracangalha/ ********************************************************* *** A história é émula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro.Miguel de Cervantes ***
*** Óleo sobre tela, arte pictórica de "Artes Paz" retratando o conflito Data 13 de março de 1823 Local Vila de Campo Maior, Piauí Desfecho Vitória portuguesa Beligerantes Flag of Brazil (1870–1889).svg Império do Brasil Flag of the United Kingdom of Portugal, Brazil, and the Algarves.svg Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves Comandantes Flag of Brazil (1870–1889).svg Luís Rodrigues Chaves Flag of Brazil (1870–1889).svg Francisco Inácio da Costa Flag of the United Kingdom of Portugal, Brazil, and the Algarves.svg João José da Cunha Fidié Forças 2.000 soldados 2 canhões 1.600 soldados 11 canhões Baixas 200 mortos e feridos[1] 542 prisioneiros[1] 19 mortos[1] 60 feridos[1] *** *** Maracangalha (Dorival Caymmi) - Zeca do Trombone ***
*** "... Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição." (MÁRIO DE ANDRADE) Perdidas gerações ***
*** "Nós estávamos dispostos a morrer e morremos." (CÉSAR QUEIRÓS BENJAMIN, Cesinha) *** É muito difícil se libertar de vícios adquiridos no movimento estudantil... ***
*** Análise – O risco político de um erro brutal no comando da economia Análise – O risco político de um erro brutal no comando da economia Pode ser que Haddad se torne ministro da Fazenda. Alguns dirigentes do PT parecem mais absorvidos pelas eleições de 26 do que preocupados com a difícil tarefa de governar o Brasil Carlos Melo, para Headline Ideias #ECONOMIA 29 de nov. de 22 5 min de leitura ***
*** O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acena na chegada ao prédio do governo de transição, em Brasília, em 28 de novembro. Fotos: Evaristo Sá/AFP *** O que vai pelas cabeças da direção do PT, talvez, nem seus membros saibam. Há muito, o partido deixou de ser uma unidade coordenada capaz de submeter suas diversas tendências a objetivos estratégicos. Esses eram os tempos de José Dirceu. Eles se foram. Conhecendo um pouco da história e da natureza política do partido e do Brasil, não é absurdo concluir que parte expressiva de seus dirigentes esteja, hoje, mais absorvida pelo calendário eleitoral (2026) do que preocupada com a dificílima tarefa que será governar o Brasil após as desventuras em série dos últimos anos. Suspeito que, mais que simples, haja um raciocínio simplório e pernicioso, cujo fio seria o seguinte: no governo da frente ampla sob Lula, serão potenciais “presidenciáveis” Geraldo Alckmin, Simone Tebet, Flávio Dino e, talvez, Marina Silva. O tempo dirá se o presidente Lula realmente não será candidato a reeleição. Como um organismo que vive para se reproduzir, enxergando a competição, a cultura hegemonista do PT tem feito soar suas sirenes do perigo. E, assim, por falta de nome com maior recall e visibilidade, setores do partido debruçam-se no desafio de fazer de Fernando Haddad o candidato em 2026. A estratégia não poderia ser mais manjada: a ocupação do mais vistoso espaço no governo, o ressuscitado Ministério da Fazenda. É muito difícil se libertar de vícios adquiridos no movimento estudantil... Cálculo grosseiro Tudo depende, é claro, de Lula, mas pode ser que Haddad se torne mesmo ministro da Fazenda: seu nome tem sido plantado nas mais diversas hortas da imprensa e pode, ao final, se consolidar como fato consumado. Em política, tudo pode ser. E os silêncios e sinais de Lula têm colocado oxigênio nesse balão. Mas, parece-me um cálculo grosseiro. Não se trata de discutir aqui a adequação de Haddad para o cargo, suas qualidades ou defeitos – certamente, sua escolha levaria a custos maiores, dada a desconfiança do mercado financeiro, o que não se dissipará tão cedo. Mas, a não ser que a intenção seja, ao final, queimar seu nome, o fato é que esse tipo de ânsia se configura como aqueles erros crassos que rondam a política e alteram o curso de processos que facilmente poderiam ter sido muito mais amplos e, talvez, eficazes ao final de tudo. É preciso compreender o quadro que será herdado por Lula: os problemas fiscais e econômicos são inúmeros; a crise no ambiente econômico internacional parece tão certa quanto perniciosa para países como o Brasil. Faltará dinheiro para quase tudo na mesma proporção em que as críticas, até mesmo no campo governista, serão abundantes – o governo sequer começou e elas, as críticas, já surgiram às mancheias. Fazenda: um manancial de ônus O mais provável é que a Fazenda venha a se provar um manancial de ônus muito mais vultosos e desgastantes do que geradora de bônus e realizações, pelo menos nos dois primeiros anos. ***
*** Ex-ministros do PT, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante chegam ao Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, onde trabalha a equipe de transição para o governo Lula 3.Ex-ministros do PT, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante chegam ao Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, onde trabalha a equipe de transição para o governo Lula 3. *** O raciocínio sustenta-se em várias hipóteses. A mais romântica dá conta de que a fortuna que levou Fernando Henrique Cardoso da Fazenda ao Planalto, em 1994, possa se repetir. Ingenuidade quixotesca. Em 1993-94, o mundo era outro, as condições do país eram outras e a qualidade dos quadros com que FHC pôde dispor– forjados nas ondas mundiais daquelas circunstâncias – também era outra. Independente da simpatia ou da aversão que o futuro ministro desperte no mercado financeiro, sua sina será de dizer “não” infinitas vezes mais do que poderá dizer “sim” – se é que poderá fazê-lo tão cedo. Inflação, dívida, emprego, recursos escassos, dispendiosas e indispensáveis políticas públicas, o ajuste geral da economia nacional, a crise internacional, o desafio da reforma tributária podem até torná-lo poderoso, mas nem por isso popular com corporações e sociedade em geral. Em tempos difíceis, só vontade política não resolve Muito mais inteligente seria definir o nome de quem não possua veleidade política e pretensão eleitoral, deixando ao petista, ao final ungido por Lula, algo mais gratificante e popular – e nem por isso desimportante – como a Saúde ou o Desenvolvimento Regional, por exemplo. Sim, o próximo governo não pode se limitar à rigidez fiscal. A responsabilidade em relação ao gasto público é condição sine qua non, mas bem longe de suficiente para estes tempos difíceis. A crença de que a simples “vontade política” bastaria é um erro que tem acompanhado a esquerda há séculos. Ao final, Lula poderá cometer um erro comparável à sua sucessão, em 2010. A herança deixada pelos tempos de postos Ipiranga levará ao desgaste e exigirá sacrifícios e resiliência. O rescaldo dos tsunamis recentes não permitirá comprar popularidade no curto prazo. A fama e a experiência de Lula não parecem casar bem com isso. Nem toda ousadia é genial. Carlos Melo, cientista político.Professor do Insper. #ECONOMIA Brasil Lula Transição política Fernando Haddad https://carlosmelo.headline.com.br/os-riscos-politicos-de-um-erro-brutal-no-comando-da-economia ************************************************************************************************** ****************************************************************** CNascimento27 2 de dez. de 2020 Maracangalha (Dorival Caymmi) - Zeca do Trombone || Do disco “Gafieira”, de Zeca do Trombone, 2001, Universal. || Zeca, trombone | Alfredo Galhões, teclado e arranjo | Zé Carlos, guitarra | Jorge Gomes, bateria | Eduardo Neves, flauta | Bororó, contrabaixo | Marcos Esguleba, percussão | Tunico Ferreira, percussão | Gordinho, surdo Música MÚSICA Maracangalha ARTISTA Zeca Do Trombone ÁLBUM Maracangalha https://www.youtube.com/watch?v=xVKS-sdeasc **************************************************** À Vera Zeca Pagodinho *** *** À Vera Zeca Pagodinho *** À vera joguei com você... ganhei Você chorou Eu falei que o jogo era à vera Eu falei que o jogo era à vera À vera porque você quis me derrotar Foi bola ou bulica você não soube ganhar E nesse jogo que é perde ou ganha Você com sua artimanha Não conseguiu me vencer Brincou com o meu amor virou chalaça Esqueceu que quando é amor não passa E agora chora, pudera Eu bem que te avisei Que o jogo era à vera Você não acreditou, já era Eu falei que o jogo era à vera Você não acreditou, já era compositores: Bidubi,Brasil,Luizinho Toblow,Elcio Do Pagode À Vera (2005) - Zeca Pagodinho Gravadora: Ano: 2005 Faixa: 2 https://www.kboing.com.br/zeca-pagodinho/a-vera/ ****************************************************
*** Coyoacán, Cidade do México | Juan Carlos Enríquez *** "PARA O BEM OU PARA O MAL" ***
*** GRANDE OU PEQUENA ***
*** Leia e veja a íntegra dos discursos de Lula após vitória nas eleições | Eleições 2022 | G1 Presidente eleito discursou em um hotel em São Paulo, após a confirmação da vitória. Depois, falou para milhares na Avenida Paulista. 31/10/2022 17h09 Atualizado há 4 semanas *** PÓS 30 DE OUTUBRO DE 2022 *** Lula faz primeiro discurso após ser eleito presidente Meus amigos e minhas amigas. Chegamos ao final de uma das mais importantes eleições da nossa história. Uma eleição que colocou frente a frente dois projetos opostos de país, e que hoje tem um único e grande vencedor: o povo brasileiro. Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou, acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias, para que a democracia saísse vencedora. Neste 30 de outubro histórico, a maioria do povo brasileiro deixou bem claro que deseja mais – e não menos democracia. Deseja mais – e não menos inclusão social e oportunidades para todos. Deseja mais – e não menos respeito e entendimento entre os brasileiros. Em suma, deseja mais – e não menos liberdade, igualdade e fraternidade em nosso país. O povo brasileiro mostrou hoje que deseja mais do que exercer o direito sagrado de escolher quem vai governar a sua vida. Ele quer participar ativamente das decisões do governo. O povo brasileiro mostrou hoje que deseja mais do que o direito de apenas protestar que está com fome, que não há emprego, que o seu salário é insuficiente para viver com dignidade, que não tem acesso a saúde e educação, que lhe falta um teto para viver e criar seus filhos em segurança, que não há nenhuma perspectiva de futuro. O povo brasileiro quer viver bem, comer bem, morar bem. Quer um bom emprego, um salário reajustado sempre acima da inflação, quer ter saúde e educação públicas de qualidade. Quer liberdade religiosa. Quer livros em vez de armas. Quer ir ao teatro, ver cinema, ter acesso a todos os bens culturais, porque a cultura alimenta nossa alma. O povo brasileiro quer ter de volta a esperança. É assim que eu entendo a democracia. Não apenas como uma palavra bonita inscrita na Lei, mas como algo palpável, que sentimos na pele, e que podemos construir no dia-dia. Foi essa democracia, no sentido mais amplo do termo, que o povo brasileiro escolheu hoje nas urnas. Foi com essa democracia – real, concreta – que nós assumimos o compromisso ao longo de toda a nossa campanha. E é essa democracia que nós vamos buscar construir a cada dia do nosso governo. Com crescimento econômico repartido entre toda a população, porque é assim que a economia deve funcionar – como instrumento para melhorar a vida de todos, e não para perpetuar desigualdades. A roda da economia vai voltar a girar, com geração de empregos, valorização dos salários e renegociação das dívidas das famílias que perderam seu poder de compra. A roda da economia vai voltar a girar com os pobres fazendo parte do orçamento. Com apoio aos pequenos e médios produtores rurais, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam às nossas mesas. Com todos os incentivos possíveis aos micros e pequenos empreendedores, para que eles possam colocar seu extraordinário potencial criativo a serviço do desenvolvimento do país. É preciso ir além. Fortalecer as políticas de combate à violência contra as mulheres, e garantir que elas ganhem o mesmo salários que os homens no exercício de igual função. Enfrentar sem tréguas o racismo, o preconceito e a discriminação, para que brancos, negros e indígenas tenham os mesmos direitos e oportunidades. Só assim seremos capazes de construir um país de todos. Um Brasil igualitário, cuja prioridade sejam as pessoas que mais precisam. Um Brasil com paz, democracia e oportunidades. https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/10/31/leia-e-veja-a-integra-dos-discursos-de-lula-apos-vitoria-nas-eleicoes.ghtml ******************************************************************
*** Nas entrelinhas: Com Lula, a grande política volta ao Congresso Publicado em 30/11/2022 - 08:29 Luiz Carlos AzedoBrasília, Comunicação, Congresso, Economia, Eleições, Ética, Governo, Memória, Militares, Partidos, Política, Política, Saúde, Trabalho, Violência De certa forma, a discussão sobre a PEC da Transição já é uma demonstração de que a sociedade está atenta e a grande política começa dar o ar da graça no noticiário dos jornais O PT e o PSB anunciaram, ontem, o apoio à reeleição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), num gesto que consolida a aliança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva com o Centrão para aprovar a PEC da Transição e, com ela, os recursos para viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 600, que volta a se chamar Bolsa Família, e mais R$ 150 por criança de até 6 anos. A PEC começou a tramitar no Senado, a partir de um projeto que garante esses recursos por quatro anos, mas dificilmente será aprovada por esse prazo. A tendência é de que PEC coincida com o novo mandato de Lira, na melhor das hipóteses, mas muitos parlamentares querem que os recursos sejam discutidos a cada aprovação do Orçamento da União. O mais positivo desse processo é que a “grande política” está de volta à relação entre o Executivo e o Congresso, embora o eixo de atuação do Centrão continue sendo a manutenção do “orçamento secreto” e exista mesmo uma tentativa de legitimá-lo institucionalmente como um grande jabuti nessa emenda constitucional. Isso, em tese, evitaria uma decisão contrária do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de um posicionamento da ministra Rosa Weber, que preside a Corte. Mesmo assim, como a Constituição tem a transparência como um de seus fundamentos, seria uma emenda constitucional muito discutível. Ou seja, o jabuti pode virar uma girafa. O “orçamento secreto” é o suprassumo da “pequena política” que pautou a relação entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso. Em grande parte, é responsável pela reprodução dos mandatos da maioria dos parlamentares reeleitos, com honrosas exceções. Como também foi o eixo da relação entre o presidente da Câmara e os líderes de bancada, a mediocridade e o fisiologismo tomaram conta das relações entre os partidos. Nesse ambiente, pontificaram os bolsonaristas mais radicais, a maioria dos quais se reelegeu e conquistou novos aliados, principalmente os do PL, partido de Bolsonaro, que fez a maior bancada na Câmara. Mesmo parlamentares que se destacaram pela competência foram arrastados nesse processo para posicionamentos incoerentes com a sua própria trajetória de vida. Esse transformismo se refletiu na redução das bancadas dos partidos da chamada “terceira via”, que não conseguiram romper a polarização e viram seus melhores quadros não se reelegerem, com exceção daqueles que aderiram a um dos lados da polarização. E onde entra a grande política? Entra na medida exata do desalinhamento entre a ampla coalizão de governo em formação pelo presidente Lula e a maioria conservadora do Congresso, que exigirá a realização de grandes debates e negociações à luz do dia para que a sociedade possa influenciar as decisões do Parlamento. Será uma mudança da água para o vinho. De certa forma, a discussão sobre a PEC da Transição já é uma demonstração de que a sociedade está atenta e a grande política começa dar o ar da graça no noticiário dos jornais. Além disso, a formação de três grandes blocos — o de centro-esquerda, o de centro e o de direita — fará com o a grande política se imponha nas negociações. Duas políticas Estão em jogo as grandes questões da atualidade na vida nacional. Por exemplo, a relação entre a questão fiscal e as desigualdades, que exige uma política econômica calibrada para combater a miséria absoluta e, ao mesmo tempo, domar a inflação. O problema do meio-ambiente e da necessidade de um novo modelo econômico, verde e sustentável. O mesmo ocorre em relação às Forças Armadas, que sofrem um inédito assédio bolsonarista para que não aceitem o resultado da eleição e impeçam a posse do presidente Lula. A volta do controle civil sobre o Ministério da Defesa e a preservação do profissionalismo, da hierarquia e da disciplina na caserna são outras questões de Estado. O mesmo raciocínio vale para a infraestrutura, a segurança pública, a saúde, a educação e a cultura. O marxista italiano Antonio Gramsci separa a “grande política” da “pequena política”, que seria aquela do dia a dia, da intriga, das disputas parlamentares, dos corredores e dos bastidores; enquanto a grande política estaria ligada à fundação e à conservação do Estado, à manutenção de determinadas estruturas econômico-sociais ou sua destruição. A pequena política, porém, também é associada à crítica de Friedrich Nietzsche ao nacionalismo, ao parlamentarismo e ao antissemitismo e contraposta à grande política. Para o filósofo, estaria relacionada ao enfraquecimento da vontade, do projeto milenar de domesticação das forças humanas advindo da filosofia grega e do cristianismo. Nessa abordagem filosófica, que foi utilizada por pensadores reacionários, a pequena política produziria um tipo humano baseado nos instintos gregários (medo, conforto, segurança e felicidade), a fim de se conservar. Para isso, sua racionalidade política mobiliza as forças humanas para que elas se concentrem em assuntos, ideais e objetivos supérfluos e se impossibilitem de superar os limites existenciais estabelecidos. As instituições (Estado, família, igreja, estabelecimentos de ensino e sindicatos) forjariam e educariam cotidianamente seus indivíduos para que eles voltem sua atenção para elas mesmas e, desse modo, se esgotem fisiologicamente, consumindo e esbanjando suas forças por meio da mediocridade. Qualquer semelhança com o projeto do governo Bolsonaro não é simples coincidência. Compartilhe: ************************
*** PoderData: Lula segue à frente e tem 40% no 1º turno; Bolsonaro vai a 30% Atual e ex-presidente oscilam positivamente em 1 mês; pesquisa testa cenários com João Doria e Eduardo Leite https://www.poder360.com.br/eleicoes/poderdata-lula-segue-a-frente-e-tem-40-no-1o-turno-bolsonaro-vai-a-30/ ****************************** PoderData: Lula segue à frente e tem 40% no 1º turno; Bolsonaro vai a 30% Atual e ex-presidente oscilam positivamente em 1 mês; pesquisa testa cenários com João Doria e Eduardo Leite *** PRÉ 30 DE OUTUBRO DE 2022 ***
*** sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022 Eleições 2022: Lula, uma aula de realpolitik - Demétrio Magnoli (FSP) Demétrio Magnoli Lula, uma aula de realpolitik O petista sempre foi, para o bem ou o mal, o mais convicto dos políticos realistas Demétrio Magnoli Sociólogo, autor de “Uma Gota de Sangue: História do Pensamento Racial”. É doutor em geografia humana pela USP. Folha de S. Paulo, 4/02/2022 https://www1.folha.uol.com.br/colunas/demetriomagnoli/2022/02/lula-uma-aula-de-realpolitik.shtml?pwgt=kr29fjig9jh9wjofasry3l0wyifone8xsxjiexuine17iww2&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwagift Realpolitik, termo de origem alemã, designa a política realista, fundada nos interesses objetivos e nas circunstâncias concretas, não em ideais ou princípios abstratos. Lula sempre foi, para o bem ou o mal, o mais convicto dos políticos realistas. Sua pré-campanha forma uma aula de realpolitik. Não vai aí uma crítica: de fato, pelo contrário, no atual cenário, seus gestos iniciais são monumentos à política democrática. "Golpista neoliberal" –assim, o manifesto furibundo firmado por antigos figurões petistas como Rui Falcão e José Genoino descreveu Alckmin, numa tentativa de implodir a chapa dos sonhos de Lula. O ex-presidente rebateu, ignorando olimpicamente as acusações ideológicas ("tenho confiança no Alckmin") e prometendo que o vice estará "em todo lugar junto do presidente" pois "faz parte da governança do país". Na política realista, inexiste lugar para a figura proverbial do "inimigo do povo". Por isso, Lula não abomina amplas alianças, inclusive com adversários de ontem. ***
*** O ex-presidente Lula - Carla Carniel - 29.jan.22/Reuters *** Passo seguinte, colocar a casa em ordem. Lula descartou a presença de Dilma Rousseff no palco iluminado de sua campanha, explicando que a sucessora escolhida a dedaço carece de "jogo de cintura" e da "paciência que a política exige". Em 2016, Dilma e tantos outros fingiram enxergar no impeachment um ato de machismo. Agora, porém, diante do oráculo intocável, o falso feminismo oportunista não ousou lançar mão da mesma chantagem. Ainda bem: nem o impeachment, nem a sentença de morte política pronunciada por Lula tem conexão com a identidade de gênero de Dilma. A ex-presidente foi excluída para proteger mensagens centrais da campanha. O candidato está dizendo que representa a unidade, contra Bolsonaro, e que não reproduzirá os catastróficos erros do passado. Mais: sagazmente, atribui à sucessora o papel de bode expiatório pelo populismo fiscal inaugurado no segundo mandato dele mesmo. É realpolitik na veia, com pitadas de maldade. Pragmatismo é o outro nome de Lula. No seu primeiro mandato, ele selecionou uma equipe econômica moldada para prosseguir a ortodoxia herdada de FHC. No Planalto, converteu os programas de transferência de renda preconizados pelo Banco Mundial em sinônimo de políticas sociais, desidratando (até demais!) as propostas reformistas de esquerda. Hoje, o PT fala sem parar de Bolsa Família mas quase emudece quando se trata de bens públicos universais como educação e saúde. Lula desviou-se do realismo apenas na hora dos pecados capitais de seu governo: o mensalão e o petrolão. Configurar maiorias parlamentares pelo financiamento corrupto de máfias partidárias foi um atalho desastroso para circundar o imperativo de fazer política – e, sobretudo, de enfrentar o tema da reforma política. O pacto de aliança com Alckmin, junto com a federação de partidos em construção, destina-se não só a obter o triunfo completo no primeiro turno como, ainda, a construir uma maioria minimamente estável no Congresso. As opções realistas adotadas por Lula sempre podem ser criticadas, como tudo mais (com a devida vênia, claro, dos comitês de jornalistas censores). Contudo, na sua natureza, contrastam positivamente com as duas versões de antipolítica personificadas por Bolsonaro e Moro. Bolsonaro nunca emergiu de seu caldeirão de delírios golpistas. Moro, uma sublegenda da direita antidemocrática, distingue-se do presidente pela ferramenta com a qual pretende subordinar as instituições: um Judiciário capturado pelo Partido dos Procuradores. Ambos recusam a política —ou seja, o jogo difícil da persuasão, das alianças e da costura de consensos majoritários. A cruzada de Bolsonaro é contra "comunistas" (isto é, todos que não o seguem); a de Moro, contra "corruptos" (ou seja, todos os adversários). Lula não faz cruzada, um conceito ausente no universo da realpolitik. https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/02/eleicoes-2022-lula-uma-aula-de.html ***********************************************************************************
*** Falou-lhes umas boas.[…] vou te morder, sim, mas não agora. Os cortesãos riram, essa é boa, ele vai morder, mas não agora, essa é boa, é muito boa” (MS); Essa é boa! Só falta agora dizer que é amigo íntimo do presidente. “Ele estava na missa de sétimo dia de Lacerda, na Candelária, quando escutou José Cândido Moreira de Souza […] dizer para alguém: ‘Puxa, esses milicos se livraram de boa, porque se o Carlos não tivesse morrido, ano que vem, eles iam ver o que era bom” (CA). ***
*** boa1 bo·a adj COLOQ Diz-se de mulher de corpo bem-feito, sexualmente provocante; boazuda: Ela é uma mulher exuberante, a típica mulher boa. sf 1 COLOQ Mulher de corpo bem-feito, sexualmente provocante; boazuda: Quem é ela? É uma boa que anda remexendo os quadris. 2 COLOQ Condição ou estado de quem sente prazer ou desfruta de conforto ou vantagem: Inicialmente, estava retraído; depois ficou numa boa. 3 IRON Situação difícil, embaraçosa ou trabalhosa; encrenca: “Ele estava na missa de sétimo dia de Lacerda, na Candelária, quando escutou José Cândido Moreira de Souza […] dizer para alguém: ‘Puxa, esses milicos se livraram de boa, porque se o Carlos não tivesse morrido, ano que vem, eles iam ver o que era bom” (CA). 4 IRON [mais usado no plural] Observação crítica ou ofensiva: Falou-lhes umas boas. 5 REG (RJ) Vcachaça, acepção 1. 6 REG (SP, S.) No jogo da víspora, a última partida, a fim de dar oportunidade àqueles que estão perdendo. interj 1 Exclamação de aplauso ou apoio para algo que foi dito. 2 ESP Exclamação de aplauso para uma jogada bem-sucedida. EXPRESSÕES Essa é boa, COLOQ: a) expressão usada para indicar zombaria: “[…] vou te morder, sim, mas não agora. Os cortesãos riram, essa é boa, ele vai morder, mas não agora, essa é boa, é muito boa” (MS); b) expressão irônica para indicar desaprovação ou indignação: Essa é boa! Só falta agora dizer que é amigo íntimo do presidente. Fazer uma boa, COLOQ: a) pregar uma peça; b) fazer algo que desagrada ou prejudique (alguém). Numa boa, COLOQ: em situação prazerosa, favorável ou vantajosa: “Mais tarde, já em seu escritório – o problema da batida fora resolvido ‘numa boa’” (EL2). ETIMOLOGIA lat bonam. https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/boa *********************************************************************************
*** GLOSSÁRIO Realpolitik Guilherme BuenobyGuilherme Bueno 7 de dezembro de 2019 | 18:05 in 0 Termo alemão que se refere à política de poder. Enfatiza políticas baseadas nas considerações de poder prático em detrimento das políticas baseadas nas considerações morais e éticas. Deste modo, realpolitik significa manutenção da segurança do Estado em um ambiente hostil e onde o poder e a política de poder são vistas como o principal objetivo dos líderes. Voltar para o Glossário PRAGMATISMO Karin GrazziotinbyKarin Grazziotin 27 de abril de 2021 | 22:11 in 0 Derivado do grego prágma, o termo pragmatismo significa fazer, denota ação, ato ou caso. O pragmatismo foi uma corrente filosófica desenvolvida nos Estados Unidos, ao final do século XIX e início do século XX, a partir do encontro de um grupo autodenominado The Metaphysical Club – uma referência crítica à metafísica clássica e ao mesmo tempo a defesa de uma metafísica pragmática. Faziam parte do grupo pensadores como William James, Charles Sanders Peirce, Oliver Wendell Holmes Jr e Nicholas Saint John Green. PRAGMATISMO 1 Charles Sanders Peirce | Fonte: Wikimedia Commons Essa corrente filosófica é compreendida como uma doutrina onde as ideias são instrumentos da ação, ou seja, só têm utilidade quando produzem efeitos práticos. Sua essência consiste na aplicação prática, no pensamento que se concretiza em ação. Dessa forma, para o pragmático, a verdade é tão somente aquilo que se concretiza como ação. A escola do pragmatismo se expandiu, ganhando adeptos em diversos países. Além dos EUA, possui representantes na Inglaterra, França, Itália, tendo também influenciado um ramo da filosofia alemã, a antropologia filosófica. Voltar para o Glossário ***
*** Charles Sanders Peirce | Fonte: Wikimedia Commons ****************************************************************** Realismo Guilherme BuenobyGuilherme Bueno 10 de dezembro de 2019 | 05:42 in 0 De acordo com Castro (2012, p. 311), o Realismo “é a luta do poder e pelo poder no meio social que vai se formando, gerando a perspectiva de desigualdade na esfera externa. A autotutela é outra marca associada ao Realismo, isto é, a constatação de que o detentor de poder e de domínio sobre os demais seres tende a possuir uma percepção de que pode ser autor e julgador dos seus atos autolegitimados”. Voltar para o Glossário **********************************************************************************************

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