“Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos a tua voz!”
“Quando o anúncio da morte do
Presidente apareceu, a surpresa foi geral. Nada a fazia prever.
A Censura tinha publicado contra
ele um artigo violentíssimo, em que o dava como o mais corrupto dos chefes de
Estado que até aí tínhamos tido. O artigo não tinha meias-palavras. O título
gritava: Presidente Ladrão!”
Medeiros e Albuquerque
93. A MORTE DO PRESIDENTE
Quando
o anúncio da morte do Presidente apareceu, a surpresa foi geral. Nada a fazia
prever.
A
Censura tinha publicado contra ele um artigo violentíssimo, em que o dava como
o mais corrupto dos chefes de Estado que até aí tínhamos tido. O artigo não
tinha meias-palavras. O título gritava: Presidente Ladrão!
Assim
que a notícia da morte se divulgou, a redação fez recolher os números da
primeira edição e imprimiu a segunda, cujo artigo editorial clamava, não menos
sinceramente, o que se devia pensar do homem que morrera: O fim de um homem de
bem!
Antes
de eu ser nomeado ministro, era meu costume das 4 às 5 "fazer a
Avenida". Passeava lentamente. Conversava com os amigos. Detinha-me em
alguns pontos em que habitualmente se reuniam pessoas de certa notoriedade.
Feito,
de súbito, ministro, quis continuar o mesmo programa: não usava automóvel. De
bonde ou de ônibus vinha todos os dias, à hora antiga, fazia o mesmo trajeto,
as mesmas paradas. Com receio de esquecer alguém, cuja fisionomia me escapasse,
assim que alguém me fitava um pouco demoradamente, parecendo cobrar-me um
cumprimento, eu tomava a iniciativa de fazê-lo.
Todas
as manhãs visitava alguma das oficinas do Governo. Ia sem me fazer anunciar.
Providenciava sobre tudo o que pudesse trazer bem-estar para os operários. E a
verdade era que estavam agora sadios, limpos, bem-arranjados.
Os
operários, a princípio, me tinham acolhido com certa desconfiança. Depois,
pouco a pouco, já se animavam; já me faziam reclamações, de que eu tomava nota
e a que atendia sempre que era possível. Tinha formalmente proibido os
empregados superiores da Estrada de me acompanharem. Ia sempre só. Acabara por
ser acolhido como um camarada. Se alguém me falava em pessoa doente na família,
eu tomava nota, decorava-a e quando, dias depois, reaparecia não deixava de
indagar do estado do doente, para o qual, sempre que o podia, obtinha entradas
em hospitais, cuidados particulares.
A
verdade é que, para cultivar a minha popularidade crescente, trabalhava muito.
Nesse
dia, eu passava pela frente de um grande jornal, quando vi afixar um boletim:
Morte do Presidente da República. A notícia dizia concisamente que o Chefe do
Estado sucumbira a um colapso cardíaco, absolutamente inesperado.
Dentro
de mim, a consciência gritou: foste tu que o mataste! Mas felizmente os gritos da
Consciência não são ouvidos pelos circunstantes...
Ninguém
compreendera por que eu fora nomeado ministro - e logo ministro da Viação. Só
eu mesmo o sabia. Tudo resultara de um plano hábil e terrível, que tivera
sucesso.
Um
belo dia, o Presidente da República havia recebido uma carta anônima. Ela lhe
dizia que o autor queria que ele nomeasse para o cargo de Ministro da Viação um
dos nomes da lista que se seguia. E vinha, por ordem alfabética, uma série de
25 nomes. Entre eles estava o meu: o único aceitável. Os outros eram de
operários comunistas, de tipos sem compostura, de inimigos pessoais do
Presidente. Eu era aí uma espécie de "carta forçada". A ter de se
fazer a escolha naquele menu, não havia remédio senão tomar-me.
O
missivista prevenia o Presidente que, a partir daquele dia até que ele fizesse
a nomeação, iria matando várias pessoas gradas. Para que ele visse que essa
ameaça não era vã, preveni-lo-ia sempre com antecedência do que ia morrer.
Começaria por homens notáveis, indiferentes ou inimigos do Chefe do Estado,
passaria a parentes desse e acabaria, se fosse preciso, por ele mesmo.
Chamavalhe a atenção para que a sua demora em ceder à intimação custaria um
número de vidas cada vez maior. E acabava anunciando: Hoje mesmo ou amanhã
morrerá o Senador Eustorgio.
O
Presidente achou a carta sem importância, amassou-a e ia jogá-Ia ao cesto de
papéis inúteis, quando se l embrou de fazer perguntar para o Senado se o
Senador Eustorgio lá estivera.
Disseram-lhe
que sim.
Ele
amassou o papel e deu-lhe o destino natural. Mas, uma hora depois, o telefone
retiniu e a notícia chegou:
-
Acabava de morrer o Senador Eustorgio.
-
De quê? Não se sabia de quê. Fora o caso de repente. Acreditava-se que tivesse
sido do coração.
O
Presidente fez buscar o cesto de papéis sujos, que já um contínuo tinha tirado,
procurou a carta e guardou-a.
É
difícil descrever o estado em que ficou.
Ele
era um homem alto, seco, nervoso, muito arrebatado. Nada disse a ninguém sobre
a carta, que guardara cuidadosamente na sua carteira; mas multiplicou os
interrogatórios sem resultado. Sabia-se apenas que o Senador Eustorgio estivera
no Senado, muito bem-disposto, muito alegre. No caminho para casa, queixou-se
de uma pontada, tomou um automóvel, chegou quase sem poder falar e pouco depois
falecia.
O
Presidente estava assombrado. Mas o seu assombro chegou ao cúmulo, quando, no
dia imediato, alguém telefonou ao seu secretário para lhe transmitir este
recado:
-
Diga a S. Exa. que hoje é a vez do Deputado Malta.
E
poucas horas depois chegava a notícia de que o Deputado Malta morrera
exatamente do mesmo modo que o Senador Eustorgio.
Os
olhos do Presidente arregalaram-se de um espanto enorme. Sentiu-se mal. Foi
preciso que, a custo, o reanimassem.
Nenhum
dos dois mortos era seu grande amigo. Mas o que enchia o Presidente de terror
era que a ameaça da carta se estava cumprindo.
Chamou
o chefe de Polícia e, embora sem lhe falar na carta que recebera, sugeriu que
talvez os dois políticos tivessem sido vítimas de crimes, pedindo-lhe que visse
se a família do deputado recém-falecido consentia na sua autópsia.
A
sugestão do chefe de Polícia foi, porém, repelida com indignação. A família
opôs-se absolutamente. O médico da casa declarou terminantemente que fora de
uma crise cardíaca.
O
Presidente, já então certo de que se tratava de uma série de crimes, vivia em
um estado de nervosismo extraordinário. Copiou a lista dos candidatos, impostos
a sua escolha para o Ministério da Viação e ordenou à polícia que os vigiasse
de perto.
Quanto
a mim, ninguém era mais fácil de vigiar. Minha vida era simples e regular. Ia
diariamente ao meu escritório onde não recebia ninguém suspeito e não tratava
senão de negócios da minha profissão.
Por
outro lado, todos sabiam - os jornais o haviam noticiado - que eu ia partir
para a Europa. Já reservara a passagem a bordo de um vapor alemão. Já pagara o
sinal.
-
De onde vinha então a ameaça?
O
Presidente enlouquecia de preocupação.
No
dia imediato uma carta expressa lhe dizia apenas:
"Hoje
é o Ministro Simeão Chaves, do Supremo Tribunal."
Como
a carta, embora expressa, fora retida algum tempo na portaria do Palácio
Presidencial, chegou quando, minutos antes, viera a notícia fúnebre.
O
horror do Presidente foi indescritível. Ninguém aliás o compreendia, porque a
ninguém ele revelara a carta que recebera.
Viu,
porém, que precisava agir. Mandou que chamassem imediatamente o ministro da
Viação em exercício e, quando este, sem adivinhar o motivo do chamado
urgentíssimo, apareceu, ele lhe disse:
-
Vou nomeá-lo Ministro do Supremo Tribunal.
O
Ministro era formado em Direito. Nunca, porém, ninguém pensaria na sua
indicação para tal cargo. Ele menos que ninguém. Acabou, porém, aceitando.
Feito
isso, o Presidente mandou um ajudante de ordens convidar-me a ir ao Palácio.
O
ajudante me encontrou em casa, de pijama, lendo os jornais da tarde.
Transmitiu-me o convite do Presidente, sem compreender-lhe a razão de ser. Eu
mostrei-me espantadíssimo. No entanto, o Chefe de Estado me recebeu com estas
palavras:
-
O sr. sabe provavelmente para que o mandei convidar. Eu repliquei com energia:
-
Absolutamente, não. Se o Cardeal-Arcebispo me mandasse convidar, eu não teria
maior surpresa.
O
Presidente me disse então do que se tratava: convidava-me para Ministro da
Viação e prometia-me toda a autonomia.
Era
isso o que mais lhe pesava. Porque a carta cominatória exigia que ele desse ao
ministro o máximo de autonomia, aprovando todos os seus atos, sem discutir. E
isso não podia deixar de repugnar ao seu caráter dominador e autoritário.
Objetei
a minha incompetência, tive a dose precisa de modéstia, mas acabei aceitando. E
nessa mesma noite as notícias estranhas das estranhas nomeações encheram de
espanto a cidade.
Anos
antes, viajando no interior, eu estivera em relações com um velho caboclo que
se especializara em curar dentaduras de cobras. Por outro lado, divertia-se a
caçá-las e espremer-lhe o veneno em um frasquinho de rolha de vidro, que
mantinha cuidadosamente fechado.
O
vidro teria talvez umas trinta gramas de capacidade. Mas o caboclo
freqüentemente o apontava, dizendo: "com isto se poderia matar todo homem
vivente criado por esse mundo inteiro."
-
Qual, João Francisco! Você está exagerando.
Ele
sustentava, porém, o contrário - e era quem tinha razão.
Certa
noite, vieram dizer-me que estava à morte. Fui vê-lo. Assisti-lhe aos últimos
momentos e quando ia saindo notei o frasquinho, meti-o no bolso do colete e
trouxe-o, sem que ninguém me visse.
Muito
depois, eu vim a conhecer um operário polaco, muito hábil, mas já velho, que
empreguei em minha casa. Era hábil, inteligente e cheio de idéias
revolucionárias. Foi ele que me construiu uma espécie de espingarda de ar
comprimido, cujo tubo não excedia o diâmetro de um milimetro e o comprimento de
um metro. Tinha o formato de uma bengala, uma bengala simples, que não chamava
em nada a atenção. Vi que se lhe poderia pôr como projétil um pedaço de agulha
das que se usam nas seringas de injeções hipodérmicas - dois centimetros
apenas.
Experimentei.
Atirando a um metro de distância, o projétil minúsculo era no espaço quase
invisível e enterrava-se bem, mesmo em uma tábua.
Enchi
a agulha com o veneno ofidico e saí um dia para fazer a experiência. Postei-me
ao lado do animal que puxava uma carroça de limpeza pública, parei naturalmente
e, quando fingia acender o cigarro, calquei a mola e a agulha partiu,
enterrando-se no animal, que fez enrugar o pêlo, como para espantar alguma
mosca.
Afastei-me
então e observei.
Menos
de dez minutos após o animal deixou-se cair. Aproximei-me então cuidadosamente
e quando o vieram buscar já ele estava morto. Por quê? Ninguém sabia. Só então
me abri com Franz.
Aceitei
os seus planos de revolução comunista e disse-lhe o que tinha a fazer. Em
primeiro lugar, mudar-se. Eu lhe dei o necessário para alugar casa. Dei-lhe uma
lista dos que deviam ser eliminados: nunca mais de um por dia.
-
Como atacá-los.
Ele
seguiria pela rua a vítima do dia, e quando estivesse a uns cinqüenta
centime-tros de distância, com a bengala carregada na mão horizontalmente,
apoiaria na mola, que ficava no meio, e a agulha partiria a enterrar-se nas
nádegas ou nas costas da vitima. Por mais depressa que esta se voltasse não
poderia acusar ninguém. Ninguém se lhe encostara. Franz seguiria naturalmente o
seu caminho.
Expliquei-lhe
então como iamos conseguir, grau por grau, o governo.
O
Ministério da Viação era o das Estradas de Ferro, do grande operariado.
Convinha começar por ele. Depois, eu faria, pelo mesmo processo, com que o
Presidente se batesse pela minha candidatura para seu sucessor, e eliminaria,
se tanto fosse preciso, os meus competidores. Franz era inteligente.
Compreendeu tudo muito bem. Tinhamos mesmo previsto várias complicações, que
não ocorreram.
No
dia da minha nomeação, ele me apareceu. Estava um pouco alcoolizado. Isso me
deu a noção do perigo daquele cúmplice que podia comprometer-me. Vi que era
preciso eliminá-lo. Dei-lhe para isso a beber, não um cálice, mas um copo de
licor fortíssimo. Lembrei-lhe que, como estávamos comemorando o primeiro passo
para o advento da revolução à moda russa, era justo beber Kummell Russo. E foi
disso que lhe enchi o copo. Uma dose formidável. Mas ele ingeriu tudo sem
pestanejar. Pedi-lhe então que se sentasse na rua do lado de fora do portão do
meu quintal, esperando por mim para sairmos juntos, mais tarde.
Ele
obedeceu e adormeceu prontamente. Quando o vi em pleno sono, apliquei-lhe o
mesmo processo que ele tão bem aplicara aos outros. No sono, sentindo a picada,
levou apenas a mão para coçar o ponto machucado. Ali ficou, ali morreu. A
polícia considerou a sua morte um caso de alcoolismo agudo.
As
minhas relações com o Presidente eram boas. Via, porém, que ele nunca me
sorria. Dando-lhe quaisquer papéis a assinar, eu os explicava e pedia sempre a
sua opinião. Ele, porém, me replicava:
-
O que o Sr. quiser. .. O que o Sr. quiser... E assinava.
Nesse
dia, porém, eu lhe levara um regulamento novo das Estradas de Ferro, em que
instituía a semana de cinco dias. Nenhum operário trabalharia mais de dez horas
por dia, nem mais de cinco dias por semana.
O
Presidente ficou vermelho, congestionado, sem poder falar. Via-se que ele
estava assombrado. Nem pôde dizer a sua frase habitual.
Fui
cordato e cortês. Expliquei ao Presidente que em muitos serviços nos Estados
Unidos já se aplicava a semana de cinco dias: dois dias de descanso para cinco
de trabalho. Expus-lhe como se faria o revezamento dos trabalhadores e como
isso, de certo, o tornaria popular com o operariado.
Ele
não dizia uma palavra. Parecia que um trismus fortíssimo lhe cerrava os queixos
e o impedia de emitir qualquer som.
Por
fim, conseguiu vencer-se e disse-me apenas:
-
Eu assino. .. Eu assino. .. Deixe aí.
E
estendeu-me a mão, despedindo-me.
Eu
via perfeitamente o que se passava no seu espírito. A medida lhe repugnava
profundamente, mas ele tinha medo de negar a assinatura e tornar-se assim
responsável por alguma nova morte. Depois, eu soube que após a minha saída ele
se levantou, começou a passear no vasto salão de um lado para outro até que
caiu morto.
Quando
voltei ao Palácio, por ter visto a notícia sinistra, colegas me pediram
notícias. Eu fora a última pessoa que falara ao Presidente.
Disse-lhes
- e era verdade - que não tínhamos tido a menor questão, o menor desacordo; mas
que já havia notado o seu estado pouco normal.
No
dia seguinte, não era mais Ministro. Foi talvez para não me conservar que o
vice-presidente, ao assumir o poder, renovou todo o ministério.
-
Recomeçar? Achar outro cúmplice?
Tive
medo de mim mesmo. Acabo de entornar o frasco de veneno. A tentação podia
voltar.
MEDEIROS
E ALBUQUERQUE
Biografia
“Medeiros
e Albuquerque (José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque),
jornalista, professor, político, contista, poeta, orador, romancista,
teatrólogo, ensaísta e memorialista, nasceu no Recife, PE, em 4 de setembro de
1867, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de junho de 1934. Em 1896 e 1897,
compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira de
Letras. É o fundador da cadeira n. 22, que tem como patrono José Bonifácio, o
Moço.
Era
filho do dr. José Joaquim de Campos de Medeiros e Albuquerque. Depois de
aprender as primeiras letras com sua mãe, cursou o Colégio Pedro II. Em 1880,
acompanhou o pai em viagem para a Europa. Em Lisboa, foi matriculado na Escola
Acadêmica, e ali permaneceu até 1884. De volta ao Rio de Janeiro, fez um curso
de História Natural com Emílio Goeldi e foi aluno particular de Sílvio Romero.
Trabalhou inicialmente como professor primário adjunto, entrando em contato com
os escritores e poetas da época, como Paula Ney e Pardal Mallet. Estreou na
literatura em 1889 com os livros de poesia Pecados e Canções da
decadência, em que revelou conhecimento da estética simbolista, como testemunha
a sua “Proclamação decadente”.
Em
1888 colaborou no jornal Novidades, ao lado de Alcindo Guanabara. Embora
tivesse entusiasmo pela ideia abolicionista, não tomou parte na propaganda.
Fazia parte do grupo republicano, e, nas vésperas da proclamação da República,
foi a São Paulo em missão junto a Glicério e Campos Sales. Com a vitória da
República, foi nomeado, pelo ministro Aristides Lobo, secretário do Ministério
do Interior e, em 1892, por Benjamin Constant, vice-diretor do Ginásio
Nacional. Foi professor da Escola de Belas Artes (desde 1890), vogal e
presidente do Conservatório Dramático (1890-1892) e professor das escolas de 2.
grau (1890-1897). É o autor da letra do Hino da República.
Simultaneamente
às atividades de funcionário público, exercia as de jornalista. Durante o
período florianista, dirigiu O Fígaro. Foi nesse jornal que teve ocasião
de denunciar a deposição que se tramava em Pernambuco do governador Barbosa
Lima. Em 1894, foi eleito deputado federal por Pernambuco. Medeiros estreou na
Câmara conseguindo a votação para lei dos direitos autorais.
Em
1897, foi nomeado diretor geral da Instrução Pública do Distrito Federal.
Estando na oposição a Prudente de Morais, foi forçado a pedir asilo à Embaixada
do Chile. Demitido do cargo, foi aos tribunais defender seus direitos e obteve
a reintegração.
Voltou
também à Câmara dos deputados, formando nas fileiras de oposição a Hermes da
Fonseca. Durante o quatriênio militar (1912-1916), foi viver em Paris. De volta
ao Brasil, defendeu a entrada do Brasil na 1ª Guerra Mundial na Europa, em
campanha que contribuiu para o rompimento de relações do Brasil com a
Alemanha.Ocupou a Secretaria Geral da ABL de 1899 a 1917. Foi autor da primeira
reforma ortográfica ali promovida em 1902.
Por
ocasião da campanha da Aliança Liberal, esteve ao lado do governo Washington
Luís. Vitoriosa a revolução de 30, refugiou-se na Embaixada do Peru. De 1930 a
1934, dedicou-se às atividades de colaborador do diário da Gazeta de São
Paulo e de outros jornais do Rio de Janeiro e às suas atividades na
Academia, onde fazia parte da Comissão do Dicionário e era redator
da Revista. Empenhou-se nos debates então travados em torno da
simplificação da ortografia. Era um grande defensor da idéia da simplificação,
e seu último artigo na Gazeta de São Paulo, publicado no dia de sua morte,
versou sobre esse assunto. Na imprensa, escreveu também sob os pseudônimos Armando
Quevedo, Atásius Noll, J. dos Santos, Max, Rifiúfio
Singapura.
Recebeu
os acadêmicos Augusto de Lima, Ataulfo de Paiva e Fernando Magalhães.”
Informativo
da Academia Brasileira de Letras
http://www.academia.org.br/academicos/medeiros-e-albuquerque/biografia
Hino da Proclamação da República
(Dourados MS)
Hino à Proclamação da República do
Brasil
Letra:
Medeiros e Albuquerque
Música:
Leopoldo Augusto Miguez
A Morte de João Pessoa Cavalcanti
de Albuquerque e a Revolução de 1930
Referência
file:///C:/Users/User/Desktop/Os%20100%20Melhores%20Contos%20de%20Crime%20e%20Mist%C3%A9rio%20da%20Literatura%20Universal%20-%20Fl%C3%A1vio%20Moreira%20Da%20Costa%20(3).pdf
http://www.academia.org.br/academicos/medeiros-e-albuquerque/biografia
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