sábado, 6 de dezembro de 2025

Adeus, Maria Candelária

Adeus, Maria Candelária “Falou tá falado! Como assim você não conhece o pedreiro Valdemar? Ou será que confunde com a imbatível Maria Candelária? — coisas do Brasil profundo, diria Wilson Batista.” 🎵 Maria Candelária — Blecaute Letra completa “No Brasil, abraçamos pela metade o ideal da lei para todos” O Judiciário mais forte do mundo Thaís Oyama — O Globo Sábado, 6 de dezembro de 2025
Alexandre de Moraes afirmou que “não há no mundo Poder Judiciário tão forte quanto o do Brasil”. A declaração, feita durante um evento recente, foi usada para justificar ataques sofridos pela instituição. Segundo ele, quanto mais forte o Judiciário, maiores os inimigos. Thaís Oyama discute o peso do adjetivo “forte”, historicamente associado a Estados centralizadores ou líderes autoritários, como Putin, Erdogan ou Orbán. Ela lembra que: O Judiciário brasileiro se tornou protagonista, muitas vezes ultrapassando limites de autocontenção. Moraes abriu precedentes: inquéritos de ofício, censura, prisões preventivas longas e decisões monocráticas expansivas. Gilmar Mendes reforça essa tendência ao restringir pedidos de impeachment de ministros. A justificativa recorrente — “defender a democracia” — normalizou excessos em nome de uma emergência que já passou. Oyama conclui: fingir surpresa agora é hipocrisia.
Roberto DaMatta — “No Brasil, abraçamos pela metade o ideal da lei para todos” O Estado de S. Paulo — 2 de dezembro de 2025 DaMatta analisa a dualidade cultural brasileira entre: Universalismo da lei Personalismo das relações Segundo ele, embora defendamos a “lei para todos”, aplicamo-la de forma desigual. O sistema jurídico: é complexo e repleto de tribunais e corregedorias; convive com o “jeitinho” e o particularismo; permite que juízes ajustem leis aos costumes das “casas-grandes e pequenas”; convive com corrupção e desperdício, apesar de altos salários e estrutura robusta. Resumo do argumento: O Brasil abraça a ideia de lei universal apenas pela metade, mantendo práticas sociais que contradizem a igualdade jurídica.
Moacyr Scliar Scliar relembra a marchinha Maria Candelária, de Blecaute, que caricaturava a funcionária pública preguiçosa que “trabalha de fazer dó”. O autor usa a música para discutir: estereótipos do funcionalismo público; a tênue fronteira entre público e privado no Brasil; os “cargos de confiança” e o paradoxo que criam; a injustiça de colocar todos os servidores sob o mesmo rótulo; o esforço real de trabalhadores da saúde pública. Ele defende: profissionalização do serviço público, carreira estruturada seleção transparente. E conclui com humor: Maria Candelária pode ir ao dentista e à modista — desde que financiada por um marido rico, não pelo serviço público. Cultura e Política: Genro, Assis Brasil e gestão cultural Scliar registra também: “Que Tarso Genro é um expoente da cultura brasileira e gaúcha, todo mundo sabia. Agora, ele confirma isso indicando Luiz Antonio de Assis Brasil como Secretário de Cultura.” Zero Hora — 26/10/2010
A Secretaria-Geral da Presidência: papel, história e ocupantes A Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR) possui status de ministério e presta assistência direta ao Presidente da República. Entre suas funções: Papel institucional Articulação com sociedade civil e movimentos sociais. Gestão administrativa, patrimonial e de pessoal da Presidência. Coordenação estratégica e publicações oficiais (Imprensa Nacional). Apoio na elaboração de mensagens ao Congresso e vetos presidenciais. Histórico Já foi fundida, desmembrada e reorganizada diversas vezes. Entre 2015 e 2016 integrou a Secretaria de Governo. No período Temer, foi recriada como pasta independente. Ocupantes Atual (2025): Guilherme Boulos, nomeado em outubro. Substituiu Márcio Macêdo. Listas completas podem ser consultadas em registros oficiais. De Bebianno a Boulos: dois momentos, dois governos Gustavo Bebianno — o “defenestrado” Ministro da Secretaria-Geral de Bolsonaro. Caiu em menos de dois meses. Envolvido no caso das “candidaturas-laranja” do PSL. Conflito direto com Carlos Bolsonaro precipitou sua saída. Guilherme Boulos — o articulado Líder social, deputado federal e figura central da esquerda. Nomeação estratégica de Lula para 2026. Visa fortalecer: movimentos sociais, articulação do governo, sua pré-candidatura à prefeitura de SP. Diferentemente de Bebianno, chega ao cargo sem crise. Interlúdio musical e cultural “Falou tá falado!” — Chico Buarque? “Não, Candelária, você não conhece o pedreiro Valdemar?” “Maria Candelária?” — Wilson Batista! Pedreiro Waldemar — Wilson Batista / Roberto Martins Você conhece o pedreiro Waldemar? De madrugada toma o trem da Circular. Faz tanta casa — e não tem casa pra morar. Constroi edifício que depois não pode entrar… Maria Candelária — Blecaute Maria Candelária, É alta funcionária, Saltou de paraquedas, Caiu na letra Ó. Começa ao meio dia… Às quatro assina o ponto e dá no pé. Que grande vigarista que ela é! Adeus, Maria Candelária Maria candelária "No Brasil, abraçamos pela metade o ideal da lei para todos"
sábado, 6 de dezembro de 2025 O Judiciário mais forte do mundo, por Thaís Oyama O Globo Faz tempo que ‘forte’ deixou de ser adjetivo inocente. Passou a servir de aposto a políticos como Trump, Putin, Orbán, Erdogan Alexandre de Moraes disse que “não há no mundo Poder Judiciário tão forte quanto o do Brasil”. O devaneio napoleônico do ministro do STF foi proclamado em evento nesta semana para explicar à plateia por que motivo o Judiciário sofre ataques contínuos de seus “inimigos”. É, segundo Moraes, uma reação proporcional à grandeza da instituição — que ele poderia ter enaltecido como “atuante", “independente”, “inquebrantável” ou outra dezena de adjetivos de que seu vasto vocabulário de juiz certamente dispõe. Preferiu dizer que é porque o Judiciário brasileiro é “forte” — segundo ele, o mais forte das galáxias. Faz tempo que “forte” deixou de ser um adjetivo inocente. Na tradição da ciência política que fala em “Estados fortes” e “Estados fracos”, os Estados Unidos da Guerra Fria eram o modelo de Estado fraco, por ser descentralizado e baseado no sistema de freios e contrapesos. O Estado forte por excelência era a União Soviética: centralizado, opaco, autoritário. Mais recentemente, o mesmo adjetivo passou a servir de aposto a políticos como Donald Trump, Vladimir Putin, Viktor Orbán e Recep Erdogan, salvadores da pátria dados a ostentação de virilidade, concentração de poder e variados graus de desdém pelas instituições — integrantes da casta dos “strongmen”, ou “homens fortes”. Como o Estado comunista e os líderes de inclinação iliberal, o Judiciário brasileiro é forte. Não fosse assim, o decano da Corte e aliado de Moraes, Gilmar Mendes, não se sentiria à vontade para usar de uma prerrogativa do Legislativo e tomar a decisão monocrática que dificulta o impeachment de ministros do STF, entre outras medidas, reduzindo a um único indivíduo o total de autorizados a pedir a abertura do processo — sendo esse único indivíduo o procurador-geral da República, hoje seu amigo e ex-sócio Paulo Gonet. Tão acintosa foi a decisão do decano que fez erguer um coro inaudito de protestos — acordou até os mortos. Mas, se acintosa, de inédita não teve nada. Foi Moraes quem abriu a picada — e não com um único golpe de facão. Quando, em 2019, passou a presidir um inquérito aberto de ofício — que criou a bizarra figura do ministro investigador, julgador e vítima potencial —, muita gente se calou porque os alvos eram os desprezíveis bolsonaristas, e o inquérito era um “instrumento excepcional de autodefesa da democracia”, segundo o então ministro Luís Roberto Barroso. Quando, no mesmo ano, Moraes censurou os sites da revista Crusoé e O Antagonista, por causa de uma menção ao colega Dias Toffoli feita pelo delator Marcelo Odebrecht, pouca gente protestou porque os atingidos eram veículos identificados com o lavajatismo e o antipetismo. Condescendência semelhante recepcionou diversas outras decisões de Moraes que se convencionou chamar de “controversas”, como mandados de busca e apreensão contra empresários por conversas — privadas — no WhatsApp; detenções em massa; longas prisões preventivas; e penas desproporcionais para os réus do 8 de Janeiro. A lista é longa, e a justificativa para ignorá-la era sempre a mesma: é preciso defender a democracia da ameaça bolsonarista. Passado o período excepcional, o STF deverá exercitar a tal “autocontenção”. Pois o período excepcional passou, Bolsonaro et caterva estão presos, e o decano do Supremo desafia o Legislativo à luz do dia a fim de blindar a si e a colegas da ameaça de impeachment — mais uma “excepcionalidade” com que o plenário da Corte deverá assentir no dia 12. — Nossa, estou chocado. Tem jogo nesse lugar! — disse o Capitão Renault, no filme “Casablanca”, ao simular perplexidade diante da “descoberta” de que havia jogatina no estabelecimento de que ele próprio era habitué. Sim, não é de hoje que tem algo de errado nesse lugar, e esse lugar é agora o Judiciário “mais forte do mundo”, segundo Moraes. Fingir surpresa, a esta altura, é hipocrisia.
Em resumo, DaMatta aponta uma falha estrutural na justiça brasileira, onde a lei universal não é aplicada de forma isonômica para todos, refletindo a persistência de um sistema desigual. According to Roberto DaMatta in the Estadão, the article "No Brasil, abraçamos pela metade o ideal da lei para todos" published on December 2, 2025, summarizes the Brazilian cultural duality between the universalism of law and the personalism of social relations. You can read the full article at Estadão.
Moacyr Scliar Numa época, fez grande sucesso no Brasil a marchinha carnavalesca, do compositor Blecaute, que falava de uma certa Maria Candelária. Quem era? “É alta funcionária”, informava a letra, acrescentando que Maria Candelária tinha entrado no serviço público “de paraquedas”, ou seja, por algum favor político. A seguir, entrava em detalhes sobre a atividade da Maria Candelária, que “trabalhava de fazer dó”. O expediente começava ao meio-dia; à uma da tarde Maria Candelária ia ao dentista, às duas, ia ao café, às três à modista; às quatro assinava o ponto e dava no pé. Concluía Blecaute: “Que grande vigarista que ela é”. A popularidade da música é explicável: corresponde à imagem que, desde há muito tempo, os brasileiros têm do funcionalismo público, uma imagem que vale a pena lembrar às vésperas do 28 de outubro, Dia do Funcionário Público, uma data instituída em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas. A imagem é exatamente esta: de uma pessoa que conseguiu uma boquinha, que é bem paga com dinheiro público, mas que não faz nada. Um estereótipo, que, como todos os estereótipos, é uma mistura de observação da realidade com preconceito puro e simples. Não há dúvida de que no Brasil a fronteira entre público e privado sempre foi tênue, algo que nos lembra as capitanias hereditárias. Não são poucos os políticos que tratam a administração como se fosse propriedade deles. A desculpa para isso está sintetizada na famosa expressão cargos de confiança, vagas que são preenchidas pela simples indicação do titular de uma pasta ou de alguém a ele ligado. É claro que, muitas vezes, esta é a solução para a falta de pessoal que é crônica no serviço público brasileiro; não são poucos os técnicos experientes que, à falta de um dispositivo melhor, foram recrutados dessa maneira. Mas vejam o paradoxo da própria expressão: se existem cargos de confiança, o que são os outros? Cargos de desconfiança? Desta maneira, introduz-se uma cisão na esfera pública, entre as lampeiras Marias Candelárias e o resto. Que, aos olhos de muitos, acabam sendo incluídos no rótulo geral da vagabundagem. Tremenda injustiça. Ao menos na área em que por muitos anos trabalhei, a saúde pública, isso não era verdade. Vi gente labutando arduamente em postos de saúde, em hospitais, em campanhas de vacinação, ganhando salários ínfimos, lutando contra a falta de recursos. Era gente que acreditava no que fazia, que transformava a saúde da população em uma verdadeira causa. Alguns dirão que se trata de casos excepcionais, que trabalho de verdade só na área privada. De novo, isso não corresponde à realidade. Temos empresas públicas que, sob qualquer critério de mercado, são bem-sucedidas e que atraem inclusive investidores estrangeiros. Esta discussão é importante, porque estamos às vésperas de uma troca de governo. A nova administração certamente manterá o rumo geral da economia, mas terá de fazer reformas diversas: a tributária e outras. Seria muito importante que a reforma do serviço público fosse incluída nesse rol. A palavra-chave aí é profissionalização. E profissionalização se consegue mediante um processo de seleção transparente e rigoroso e mediante uma carreira que envolva estímulos para o aperfeiçoamento pessoal. Quanto à Maria Candelária, ela pode continuar indo ao dentista (saúde oral é coisa importante), ao café, à modista, mas de preferência financiada por um marido rico. No Brasil que os brasileiros querem, não há lugar para Marias Candelárias no serviço público. Que Tarso Genro é um expoente da cultura brasileira e gaúcha, todo mundo sabia. Agora, ele acaba de confirmá-lo,com a indicação de Luiz Antonio de Assis Brasil para Secretário de Cultura. Grande nome, antecipando uma grande gestão. Zero Hora (RS), 26/10/2010
A frase "No Brasil, abraçamos pela metade o ideal da lei para todos" é o título de um artigo do antropólogo Roberto DaMatta publicado no jornal O Estado de S. Paulo (Estadão) em 2 de dezembro de 2025, na coluna "Cultura", onde ele critica a aplicação desigual da justiça no Brasil, destacando como o sistema jurídico muitas vezes cede a preferências relacionais e "jeitinhos", criando um carnaval de instituições que tentam, mas falham, em garantir a igualdade universal perante a lei, apesar da existência de muitos tribunais. Pontos-chave do artigo: Ideal vs. Realidade: O Brasil tem o ideal da lei para todos, mas na prática a abraça "pela metade", com um sistema complexo que permite ajustes e exceções. Sistema Jurídico Complexo: A profusão de tribunais e corregedores (vigilantes dos vigilantes) demonstra a resistência em aplicar a igualdade de forma plena e universal. "Jeitinho" e Particularismo: Juízes, com apoio político, ajustam as leis aos costumes das "casas-grandes e pequenas", priorizando o particular sobre o universal. Persistência de Problemas: A corrupção e o desperdício persistem porque o Judiciário, mesmo com altos salários, permite a neutralização das normas legais em favor de interesses específicos. Roberto DaMatta No Brasil, abraçamos pela metade o ideal da lei para todos O campo político oscila entre dois projetos: o de programar o País e o de garantir o seu comando permanente Roberto DaMatta No Brasil, abraçamos pela metade o ideal da lei para todos O campo político oscila entre dois projetos: o de programar o País e o de garantir o seu comando permanente SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PAPEL INSTITUCIONAL, HISTÓRICO E OCUPANTES DO POSTO A Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR) é um órgão com status de ministério que assiste diretamente o Presidente da República em suas funções, atuando como o principal canal de interlocução do governo federal com a sociedade civil e os movimentos sociais. Papel Institucional e Funcional O papel institucional da Secretaria-Geral evoluiu ao longo dos anos, mas suas competências centrais geralmente envolvem: Articulação Social e Participação Popular: É responsável por coordenar as relações políticas entre o Governo Federal e os diversos segmentos da sociedade civil, promovendo a participação popular na elaboração de políticas públicas e monitorando instrumentos de consulta. Gestão Interna da Presidência: Supervisiona e coordena atividades administrativas, gestão de pessoas, patrimonial e de suprimentos de bens e serviços no âmbito da Presidência da República, além de ser responsável pela Imprensa Nacional e pela publicação e preservação dos atos oficiais. Apoio ao Presidente: Funciona como um órgão de apoio direto ao chefe do Poder Executivo, auxiliando na gestão estratégica e administrativa da Presidência, embora suas atribuições específicas possam ser ajustadas por decretos a cada governo. Evolução Histórica Historicamente, a SGPR teve suas atribuições alteradas e, por vezes, foi fundida ou desmembrada de outras pastas. Em 2015, por exemplo, a Secretaria-Geral foi incorporada à recém-criada Secretaria de Governo (SeGov), que também absorveu a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Durante o Governo Temer, a SGPR e o GSI foram recriados como pastas independentes. No atual governo, a estrutura da Presidência conta novamente com a Secretaria-Geral e a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) como ministérios separados, cabendo à SRI a articulação política com o Congresso Nacional, partidos e entes federativos, e à SGPR a interlocução com a sociedade civil. Ocupantes do Posto A lista de ministros que ocuparam o cargo de Secretário-Geral da Presidência da República é extensa e variou com as mudanças na estrutura ministerial. O atual ocupante do cargo de Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República é Guilherme Boulos, que tomou posse em outubro de 2025, substituindo Márcio Macêdo. O histórico completo dos ocupantes pode ser encontrado em fontes oficiais e acadêmicas sobre a estrutura do governo brasileiro. Para mais informações institucionais, você pode consultar o portal oficial da Secretaria-Geral na internet. A Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR) é um órgão com status de ministério que assiste diretamente o Presidente da República em suas funções, tendo seu papel e estrutura alterados significativamente ao longo da história. Papel Institucional e Competências O papel principal da SGPR é assistir o Presidente da República em funções cruciais de gestão e articulação. Suas competências incluem: Articulação política e relacionamento com a sociedade civil. Coordenação de políticas de governo e, em certos momentos históricos, o relacionamento com o Congresso Nacional e partidos políticos (embora essa função esteja mais frequentemente ligada à Secretaria de Relações Institucionais). Gestão administrativa interna da Presidência da República, incluindo planejamento estratégico institucional, gestão de pessoas e administração patrimonial. Coordenação de atividades de relações públicas e comunicação estratégica da Presidência (em coordenação com a Secretaria de Comunicação Social - Secom). Auxílio na elaboração de mensagens do Poder Executivo ao Congresso Nacional e proposições de vetos presidenciais. Contexto Histórico A estrutura e as atribuições da SGPR sofreram diversas modificações ao longo dos anos. O órgão já foi transformado em Secretaria de Governo da Presidência da República e depois recriado, o que demonstra a flexibilidade de suas funções em diferentes gestões presidenciais. Historicamente, o órgão serve como um pilar de apoio administrativo e de coordenação interna e externa para o funcionamento eficiente do Poder Executivo Federal. Ocupantes do Posto (Ministros-Chefes) O titular da Secretaria-Geral da Presidência da República tem o cargo de Ministro de Estado. Atual ocupante: O atual Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República é Guilherme Castro Boulos, que assumiu o cargo em outubro de 2025. Ocupantes anteriores recentes (Governo Lula): Antes de Boulos, o posto foi ocupado por Márcio Macêdo, que deixou o cargo em outubro de 2025. Para uma lista completa e detalhada de todos os ministros que ocuparam o posto ao longo da história, você pode consultar a Biblioteca da Presidência da República ou páginas oficiais que mantêm o histórico de gestão. DE BEBIANO DEFENESTRADO EM MENOS DE 2 MESES NO POSTO DE JAIR BOLSONARO A BOULOS ADESTRADO EM MENOS DE NÃO SE SABE QUANTOS MESES A PERMANECER NO POSTO DE LUIZ INÁCIO A comparação entre a rápida saída de Gustavo Bebianno do governo de Jair Bolsonaro e a nomeação de Guilherme Boulos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva reflete dinâmicas políticas e estruturas de poder distintas. Gustavo Bebianno: O "Defenestrado" de Bolsonaro Gustavo Bebianno foi um dos primeiros ministros anunciados por Jair Bolsonaro e uma figura central na campanha presidencial de 2018, atuando como coordenador e presidente interino do PSL. Ele assumiu a Secretaria-Geral da Presidência em 1º de janeiro de 2019. Sua "defenestração" (expressão popular para demissão sumária e em desgraça) ocorreu em menos de dois meses no cargo, em fevereiro de 2019, sendo o pivô da primeira grande crise do governo. A crise foi motivada por suspeitas de uso de candidaturas "laranja" pelo PSL durante as eleições, mas a situação escalou após desentendimentos públicos e troca de acusações com Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que o chamou de "mentiroso". A exoneração foi oficializada em 18 de fevereiro, em meio a um "festival de plantações na mídia" e acusações mútuas, evidenciando a influência direta da família do presidente nas decisões ministeriais. Guilherme Boulos: O Ministro de Lula Guilherme Boulos, por sua vez, é uma figura proeminente da esquerda brasileira, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), deputado federal pelo PSOL-SP e pré-candidato à prefeitura de São Paulo. Ele foi anunciado por Lula em outubro de 2025 para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, substituindo Márcio Macêdo. Diferente do caso de Bebianno, a nomeação de Boulos faz parte de um movimento político deliberado: Articulação Política: A ida de Boulos para o ministério é vista como uma forma de fortalecer os laços do governo com os movimentos sociais e a base da esquerda, além de lhe conferir maior visibilidade e estrutura para sua campanha à prefeitura de São Paulo em 2026, com o apoio explícito do presidente Lula. Ausência de Crise Imediata: A posse de Boulos não ocorreu em meio a um escândalo ou desconfiança interna, mas sim como um rearranjo estratégico e planejado pelo governo. Perfil Diferente: Enquanto Bebianno era um advogado e figura de bastidor que ascendeu rapidamente a um posto de poder antes de cair em desgraça por conflitos internos, Boulos é um líder social e político com uma trajetória pública consolidada e uma base de apoio própria, que agora se integra formalmente ao núcleo do governo. Portanto, as duas situações são distintas. A saída de Bebianno foi abrupta e marcada por conflitos pessoais e suspeitas, enquanto a entrada de Boulos é um movimento calculado de articulação política e fortalecimento da base governista. - FALOU TÁ FALADO! - CHICO BUARQUE DE HOLANDA? - NÃO CANDELÁRIA, VOCÊ NÃO CONHECE O PEDREIRO VALDEMAR? - NÃO SERIA MARIA CANDELÁRIA? - WILSON BATISTA, OH XENTE! Pedreiro Waldemar Wilson Batista Voce conhece o pedreiro Waldemar? Não conhece? Mas eu vou lhe apresentar De madrugada toma o trem da Circular Faz tanta casa e não tem casa pra morar Leva marmita embrulhada no jornal Se tem almoço, nem sempre tem jantar O Waldemar que é mestre no oficio Constroi um edificio E depois não pode entrar Voce conhece o pedreiro Waldemar? Não conhece mas eu vou lhe apresentar De madrugada toma o trem da Circular Faz tanta casa e não tem casa pra morar Composição: Roberto Martins / Wilson Batista. Maria Candelaria Blecaute Maria candelaria É alta funcionaria Saltou de paraquedas Caiu na letra ó,ó,ó Começa aomeio dia Coitada da Maria Trabalha,trablha Trabalha de fazer dó Á uma vai ao dentista Ás duas vai ao café Ás tres vai a modista Ás quatro assina o ponto e da no pé Que grande vigarista que ela é

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