quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Fato e fake de já-ir


Batendo a cachuleta...

...Com fatos e fakes!

Veja o que é #FATO ou #FAKE na entrevista de Jair Bolsonaro no Roda Viva
Candidato do PSL à Presidência foi entrevistado na TV Cultura.

Por G1, O Globo, Extra, CBN, Valor, GloboNews, TV Globo e Época
31/07/2018 19h06  Atualizado há 13 horas


candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, foi o entrevistado desta segunda-feira (30) do Roda Vida, da TV Cultura.
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações do deputado federal. Leia:

"Ulysses Guimarães votou em 11 de abril de 1964 em Castelo Branco para presidente. Eu te devolvo seu questionamento: Tancredo Neves foi eleito de forma democrática ou não? Então vocês não iam aceitar também Tancredo Neves, como não aceitam nenhum dos cinco militares. Então vamos fazer justiça. Era a regra em vigor. Era a Constituição que estava em vigor"


#NÃOÉBEMASSIM: Em 11 de abril de 1964, 12 dias após a deposição do presidente João Goulart, o Congresso se reuniu para a eleição do presidente e do vice-presidente da República. O general Castelo Branco foi eleito por 361 votos de deputados e senadores. O general Eurico Gaspar Dutra recebeu dois votos e o general e deputado Juarez Távora, três votos. Houve 72 abstenções. O senador mineiro José Maria Alkmin foi eleito vice-presidente. Segundo a ata da sessão, o então deputado federal por São Paulo Ulysses Guimarães votou, de fato, em Castelo Branco para a Presidência. E em Alkmin para a vice-presidência.

Já a informação dada pelo deputado sobre esta ser a regra estabelecida pela Constituição em vigor não é verdadeira. Em 9 de abril de 1964, dois dias antes da eleição indireta pelo Congresso, a Junta Militar formada pelo general Artur da Costa e Silva, o Tenente-Brigadeiro Francisco de Assis Correia de Mello e o vice-almirante Augusto Hamann Rademaker Grunewald baixou o Ato Institucional número 1.

O documento determinava em seu artigo 2º que o Congresso realizasse uma eleição indireta em até dois dias para a escolha do presidente e do vice-presidente que ficariam no poder até janeiro de 1966. Além disso, em seu artigo 7º, suspendeu "as garantias constitucionais ou legais de vitaliciedade e estabilidade". A Constituição em vigor, de 1946, previa a eleição direta para presidente em outubro de 1965, o que não ocorreu.

Já a eleição de Tancredo Neves à Presidência, em 1985, pelo Colégio Eleitoral, por outro lado, estava de fato em concordância com a Constituição em vigor na época, de 1967. A Emenda Constitucional de 1969 determinava nos artigos 74 e 75 que a eleição à Presidência seria realizada por um colégio eleitoral composto dos membros do Congresso Nacional e delegados das Assembleias Legislativas dos Estados.

"Eu não participei de nenhum (motim das polícias). (...) Não tem uma troca de mensagens minha com nenhuma pessoa (...) Nunca participei de greve, motim ou apoiei amotinado"

#NÃOÉBEMASSIM: Durante a greve da Polícia Militar do Espírito Santo, Bolsonaro divulgou um vídeo contraditório sobre a paralisação. “A Polícia Militar de lá não está em greve, sabemos disso, e confio plenamente nos policiais de lá, que sabem das suas responsabilidades. O que aconteceu foi que seus familiares bloquearam a saída de alguns batalhões”, disse na época.

Minutos depois, Bolsonaro se dirigiu ao vice-governador César Colnago, que comandava o estado enquanto o governador Paulo Hartung se recuperava de uma cirurgia: “Senhor vice-governador, abra imediatamente um canal de negociação com essa Polícia Militar maravilhosa que vocês têm aí”, afirmou.

Oficialmente liderado por familiares de policiais, o movimento cobrava das autoridades estaduais reajustes salariais e adicionais por periculosidade e jornada noturna. No vídeo, Bolsonaro mostrou apoio às demandas.

“Sabemos das dificuldades que os senhores (políticos) têm, mas os policiais também têm”, disse. “Vocês não podem se prevalecer da disciplina dos militares para subjugá-los. Sempre fizeram isso conosco, das Forças Armadas, ao longo de décadas e vêm fazendo até hoje.”

Ele ainda elogiou o capitão da reserva da PM e ex-deputado federal Lucinio Castelo de Assumção, que cerca de um mês depois foi preso suspeito de participar da greve. “Meu prezado amigo, Capitão Assumção, que sei que está preocupadíssimo com o que está acontecendo”, disse. Segundo Bolsonaro, o ex-colega de Câmara “faz muita falta para negociar”.

“O apelo que faço a todos vocês (governo e policiais) é que busquem uma maneira de solucionar o caso”, disse.

"Nós, militares, temos hora para chegar e não temos para sair. Nós não temos fundo de garantia, não temos hora extra, não temos direito a fazer greve"

#FATO: Ao falar sobre questões trabalhistas em relação aos militares, o candidato diz a verdade ao falar que eles não têm horário para sair. Segundo Exército Brasileiro, em seu site oficial, os militares têm disponibilidade permanente e não têm contagem de horas extras. "O militar se mantém disponível para o serviço ao longo das 24 horas do dia, sem direito a reivindicar qualquer remuneração extra, compensação de qualquer ordem ou cômputo de serviço especial". O militar também não pode se sindicalizar, participar de greves ou de qualquer movimento reivindicatório. Em relação ao fundo de garantia, a Constituição Brasileira deixa claro no artigo 7º, inciso VIII, a ausência do direito ao FGTS para os militares.

"Nunca disse isso (que queria ser vice do Aécio Neves). Eu não tinha força para ser vice dele. Eu era um ilustre desconhecido do baixo clero"

#FAKE: Na entrevista do Roda Viva, Jair Bolsonaro negou que tenha manifestado o desejo de ser vice na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014. No entanto, uma entrevista do parlamentar ao "Infomoney", publicada no dia 22 de maio do mesmo ano, mostrou a articulação do deputado federal, à época no PP, para se tornar candidato ao Planalto. Na entrevista, ele disse que, "ciente das dificuldades de viabilizar a candidatura pelo então partido", havia "uma vontade até então não declarada".

"Se eu não conseguir me candidatar, quero ser vice de Aécio Neves. Claro, nada disso nunca entrou em pauta e ninguém nunca falou sobre isso, mas seria uma grande honra para mim", disse Bolsonaro, em uma das perguntas feitas pelo "Infomoney", editadas em formato de pergunta e resposta.

Na entrevista, Bolsonaro ainda afirmou que simpatizava mais com Aécio, em comparação com os demais candidatos, por ser o "representante da direita". Bolsonaro, em nenhum momento, questionou a entrevista.

A "Infomoney" não publicou qualquer retratação, e a entrevista continua no ar com a mesma fala. Uma busca nas publicações do candidato no Twitter mostra que ele não respondeu aos questionamentos sobre o assunto feito por seus eleitores, desde 22 de maio de 2014 até 31 de julho de 2018. Bolsonaro também não publicou nada no período nem desmentiu que desejava compor uma chapa com Aécio Neves.

"Hoje em dia os caminhoneiros, os transportadores, arcam com prejuízo de R$ 1,5 bilhão por ano, fruto de roubo de carga no Brasil."

#FATO: Dados da Associação Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística mostram que foram registrados 25.970 casos de roubos de carga no Brasil em 2017, totalizando um prejuízo de R$ 1,570 bilhão. Segundo a NTC&Logística, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo somam, juntos, 81,56% das ocorrências. Segundo a associação, as cargas mais visadas são produtos alimentícios, cigarros, combustíveis, eletrônicos, produtos farmacêuticos, bebidas, têxteis e confecções, autopeças e produtos químicos.


G1 lança Fato ou Fake, novo serviço de checagem de conteúdos suspeitos
Seção vai identificar as mensagens que causam desconfiança e esclarecer o que é real e o que é falso. Apuração será feita em conjunto por jornalistas de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. Discursos de políticos também serão conferidos. Conheça os princípios e a metodologia.

Por G1
30/07/2018 04h30  Atualizado 30/07/2018 18h25
O G1 lança nesta segunda-feira (30) a seção Fato ou Fake. O objetivo é alertar os brasileiros sobre conteúdos duvidosos disseminados na internet ou pelo celular, esclarecendo o que é notícia (fato) e o que é falso (fake).
Jornalistas farão um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp. Participam da apuração equipes de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo.

Cada um desses veículos poderá publicar as checagens feitas em conjunto. Ao juntar forças entre as diversas redações, será possível verificar mais – e mais rápido. A atual editoria É ou não É, do G1, deixa de existir, para dar lugar ao Fato ou Fake.

Também haverá um "bot" (robô) no Facebook e no Twitter que responderá o que é falso ou verdadeiro, caso o assunto já tenha sido verificado pelos jornalistas da Globo. Além disso, por meio de um número de WhatsApp, usuários cadastrados poderão ver os links das checagens realizadas.

Especialistas afirmam que a disseminação de conteúdos falsos é um dos principais desafios a serem enfrentados hoje, pois ela prejudica a tomada de decisões e coloca em risco a democracia. O fenômeno da desinformação, inicialmente conhecido como das "fake news", foi visto em eleições nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, na Alemanha e, mais recentemente, no México.

A equipe do Fato ou Fake também irá checar discursos de políticos, conferindo selos às declarações (veja quais são ao final deste texto). O objetivo é confrontar as versões dadas como oficiais e impedir a difusão de rumores.

O trabalho do grupo – que não se resumirá ao período eleitoral – é destinado a apurar fatos comprováveis. Não serão abordadas opiniões nem dados lastreados em observações de tendências ou previsão de acontecimentos futuros.





Batendo a cachuleta...

...Com fatos e fakes!





Bota fora de Nhô Chico
Cornélio Pires

Caiu Nhô Chico morto, ao fim da janta,
Papou tatu ervado e foi caipora.
O povo segue o enterro, reza e chora:
- “Coitado de Nhô Chico Couro D’Anta!”

O avarento vivia de penhora.
Sovinaria nele era já tanta,
Que engastalhava o cuspe na garganta
Com pena de jogar o cuspe fora...

Mas Nhô Chico sabia tanto ensino!
Assunto o céu sereno e não atino
Por onde sobe ele e se agasalha...

Pasmo, vejo o caixão roxinho perto;
Nhô Chico está no corpo, de olho esperto,
Caçando aflito um bolso na mortalha...


Do livro O espírito de Cornélio Pires, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



Glossário

Bater a cachuleta:

No RS, "bateu a cachuleta", é a mesma coisa que "bateu as botas", "esticou as canelas", "subiu no telhado", morreu.



Nhô-chico:

[Popular] Forma reduzida (aferética) de sinhô; ioiô, senhor: Nhô Chico.

caboclo, a exemplo de Chico Mineiro , de Tonico e Francisco Ribeiro, Caipira de fato , de Adauto Santos, Siriema , de Mario Zan e Nhô Pai, Adeus campina da serra , de Cornélio Pires e Raul Torres, Curitibana , de Tonico, Tinoco e Pirigoso, Oi, vida minha , de Cornélio Pires, e Cuitelinho , música
Em Cristianismo, Patriotismo e Nacionalismo



Bota-fora:

bo·ta·-fo·ra |ó| 

substantivo masculino de dois números
1. Despedida que se faz aos que vão viajar.
2. Lançamento de um navio à água.
3. [Popular]  Desperdício.
4. .Atividade.



Ervado:

1. Coberto de erva (ex.: terreno ervado).
2. Envenenado por ervas (ex.: flecha ervada).
3. [Brasil, Informal]  Que está cheio de dinheiro. = ENDINHEIRADO
4. [Brasil, Informal]  Que está sob o efeito de erva (.maconha) ou álcool. = MACONHADO




Caipora:

cai·po·ra |ó| 

substantivo masculino
1. [Brasil]  Fosforescência, fogo-fátuo.
adjetivo de dois gêneros
2. [Brasil]  Azarento, infeliz em tudo que intenta.
substantivo de dois gêneros
3. [Brasil]  Pessoa que, na crença popular, prejudica o regular andamento dos negócios de outrem.
substantivo feminino
4. [Brasil]  Má sorte. = AZAR, INFELICIDADE



Mortalha:

mor·ta·lha 

substantivo feminino
1. Lençol ou túnica que envolve um cadáver.
2. Tira de papel fino que embrulha o tabaco do cigarro.





Já-ir / Now-Go mostra a vida. Uma mulher que vive, que tem que ir. A morte. O tempo.

Referências

https://g1.globo.com/fato-ou-fake/noticia/2018/07/31/veja-o-que-e-fato-ou-fake-na-entrevista-de-jair-bolsonaro-no-roda-viva.ghtml 
https://g1.globo.com/fato-ou-fake/noticia/2018/07/30/g1-lanca-fato-ou-fake-novo-servico-de-checagem-de-conteudos-suspeitos.ghtml
http://www.oconsolador.com.br/ano9/423/joias_da_poesia_comtemporanea.html
https://www.dicionarioinformal.com.br/bater+a+cachuleta/
https://www.dicio.com.br/nho/
"bota-fora", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/bota-fora [consultado em 01-08-2018].
"ervado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/ervado [consultado em 01-08-2018].
"caipora", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/caipora [consultado em 01-08-2018].
"Mortalha", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/Mortalha [consultado em 01-08-2018].
https://youtu.be/tnWL4V0Pg1s

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