quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Em que toca você foi bulir


“Por cima uma laje, embaixo a escuridão,
é fogo, irmão, é fogo, irmão”


Testamento
Toquinho




Letra
(introdução)
D Am6/C B7 F7 A7 D6/9 Bm7 Em7 A7
D Am6/C B7 E7 A7 D6/9 A7/9(13)

D6/9(omit3) E7(9)/B
Você que só ganha pra juntar
Em7(9) A7(13) D6/9 Bm7 Em7 A7(9)
o que é que há, diz pra mim o que é que há
D6/9 E7(9)/B Em7(9) A7 D D6
você vai ver um dia em que fria você vai entrar
D D6 A7/4(9) A/G Am6/C
Por cima uma laje, embaixo a escuridão,
B7 E7 A7 D6/9 A7/9(13)
é fogo, irmão, é fogo, irmão
(recitado)
D
Pois é, amigo
Am6/C B7
como se dizia antigamente
E7(9) A7(13)
o buraco é mais embaixo
D6/9 Bm7 Em7 A7
e você, com todo o seu baú, vai ficar por lá
D6/9(omit3)
na mais completa e total solidão
Am6/C B7
pensando à beça que não levou nada,
E7(9) A7(13)
nadinha, nadinha do que você juntou
D6/9 A7/9(13)
só o seu terno de cerimônia!

D6/9(omit3) E7(9)/B
Você que só faz usufruir
Em7(9) A7(13) D6/9(omit3) Dm6/A A7/4E A7
e tem mulher pra usar ou pra exibir
D6/9(omit3) E7(9)/B Em7(9) A7 D D6
você vai ver um dia em que toca você foi bulir
D D6 A7/4(9) A/G Am6/C
A mulher foi feita pro amor e pro perdão
B7 E7 A7 D6/9 A7/9(13)
cai nessa, não, cai nessa, não

(recitado)
D
Pois é, amigo
Am6/C B7
você que está aí com a boneca do lado
E7 A7
crente que é o amo e senhor do material
D6/9 Bm7 Em7 A7
pode estar redondamente enganado
D6
no mais das vezes ela anda distante,
Am6/C B7 E7 A7
num mundo lírico e confuso, cheio de aventura e magia
D6/9 A7(13)
e você nem sequer toca sua alma

D6/9(omit3) E7(9)/B
Você que não pára pra pensar
Em7(9) A7(13) D6/9 Bm7 Em7 A7
que o tempo é cur - to e não pára de passar
D6/9(omit3) E7(9)/B Em7(9) A7 D D6
você vai ver um di - a que remorso, como é bom parar
D D6 A7/4(9) A/G Am6/C
Ver o sol se pôr ou ver o sol raiar
B7 E7/B A7 D6/9 A7/9(13)
e desligar, e desligar,

(recitado)
D
Mas você, que esperança,
Am6/C B7 E7
bolsa, títulos, capital de giro, public relations, e tomegravata!
A7 D6/9 Bm7 Em7 A7
commodities, CDBs, fundos de ações, e tome grava -ta!
D6 Am6/C B7
o amor sem paixão, o corpo sem alma, e tome gravata!
E7 A7(13)
Lá, um belo dia, o infarto
D6/9 A7(13)
ou pior ainda, o psiquiatra!

D6/9(omit3) E7(9)/B
Você que não gosta de gostar
Em7(9) A7(13) D6/9 Bm7 Em7 A7
pra não sofrer, não sorrir e não chorar
D6/9(omit3) E7(9)/B Em7(9) A7 D D6
você vai ver um di - a em que fri - a você vai entrar
D D6 A7/4(9) A/G Am6/C
Por cima uma laje, embaixo a escuridão,
B7 E7/B A7 D6
é fogo, irmão, é fogo, irmão
D D6 A7/4(9) A/G Am6/C
Por cima uma laje, embaixo a escuridão,
B7 E7/B A7 D6/9(omit3)
é fogo, irmão, é fogo, irmão

(final)
Composição: Toquinho/Vinícius de Moraes


Lavanderia de propina
DORA KRAMER
19 Junho 2016 | 05h 00

ESTADÃO

Políticos apanhados com a boca na botija adoram dizer que são vítimas das circunstâncias: do “sistema”, do modelo falido de governabilidade, das regras partidário-eleitorais defeituosas. Também gostam muito de pontificar sobre a urgência de uma reforma política como se fosse uma tarefa a ser cumprida pelo alheio, dado que não se mexem para tal.

Assim vão tocando a vida sem reformar coisa alguma – não obstante sejam por delegação popular os donos das ferramentas e do dever de observar o decoro –, desfrutando das benesses do dito sistema e do modelo em colapso que de maneira cruel obriga tão puras criaturas a recorrer a práticas ilícitas de financiamento eleitoral e, não raro, pessoal.

As acusações de que são alvo partem sempre de alguém desqualificado, mentiroso e irresponsável. Quando resultado de investigações, as denúncias são inconsistentes, “notícia velha” ou produto de manipulação política. Se os fatos produzem condenações, eram os julgadores mal intencionados, partícipes da conspiração que, evidentemente, representa uma ameaça à democracia, cujo arcabouço legal está sendo solapado.

A política é cheia de versões como essas, convenientes aos narradores. Se o que os delatores estão dizendo à força-tarefa for produto de imaginação ou de vingança, estão cientes de que poderão amargar um par (ou dezenas) de anos na cadeia. Sérgio Machado, por exemplo, não poderia cumprir sua sentença à beira da piscina de casa, em Fortaleza.

Mas, se estiveram dizendo a verdade, como a dinheirama circulante nas campanhas eleitorais indica, outras versões recorrentes cairão por terra. Aliás, já estão sendo reescritas à luz do sol e a poder de um jato que atingiu como raio a rotina de desfaçatez de suas excelências.

A mais notória dessas histórias para boi dormir é aquela das doações eleitorais “devidamente registradas na Justiça Eleitoral”. Um álibi para o crime que se afigurava perfeito até que as delações começassem a narrar o caso de outra maneira, mostrando que dinheiro legalmente contabilizado junto ao TSE não era necessariamente de origem limpa.

Era fruto de desvio de recursos públicos por intermédio de contratos superfaturados entre governos e empresas, na maioria empreiteiras. Os políticos faziam suas indicações – entre eles mesmos ou mediante a escolha de um técnico de conduta flexível – para determinados postos a fim de assegurar a execução da negociata garantida pelo dever de obediência dos indicados àqueles a quem deviam os cargos.

No sobrepreço do serviço estava incluída a propina que, então, poderia ir para o bolso dos mandantes ou para o cofre dos partidos que faziam o devido registro legal no TSE. Em outras palavras, além do crime de peculato os que andam caindo na malha da Lava Jato ainda davam-se ao desfrute de usar a Justiça Eleitoral como lavanderia das respectivas “roupas” sujas.

Sabe-se lá há quanto tempo vem sendo usado o estratagema que, se não se enquadra na modalidade criminal de lavagem de dinheiro, ao menos mereceria alguma forma de punição mais pesada que a simples vedação de doações por parte de pessoas jurídicas. É um escândalo paralelo. Filhote do que vem sendo desvendado como o maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia.

Sociedade ilimitada. Certas coisas só o tempo explica. No início do primeiro governo Lula, Marcelo Odebrecht estava para assumir a presidência da empresa. Durante um almoço, em São Paulo, falou do então presidente como quem se refere a uma divindade.

O homem perfeito, no lugar certo, na hora exata. Faria um governo irrepreensível. Na ocasião não ficou claro o motivo de amor tão incondicional. Hoje está explicado: era condicionado.



Jogo de Búlica

Buraco que se faz no chão, onde a bola de gude entra.


Bulir

Não bula aí, menina. Isso pode lhe machucar.


 
Bulir Com Tu
Falamansa



Se você pensa que chega de madrugada
Assim como quem não quer nada
Meu bem se enganou
Não adianta se deitar na rede
Porque a minha sede você não matou
Mas se você durmir
Eu vou bulir, eu vou bulir, bulir com tu
Eu vou bulir
Vou fazer tudo pra você perder o sono
Me tirar desse abandono
Eu vou me sacudir
Eu vou lá dentro e pego uma viola
E de repente faço um verso pra você sentir
Eu quero ver amanhecer o dia
Assim nessa agonia
Eu vou bulir

Eu vou bulir, bulir com tu, eu vou bulir
Eu vou bulir, bulir com tu, eu vou bulir
Eu vou bulir, bulir com tu, eu vou bulir
Eu vou bulir, bulir com tu, eu vou bulir
(4X)

Eu vou dormir, dormir com tu, eu vou dormir
Eu vou dormir, dormir com tu, eu vou dormir
Eu vou dormir, dormir com tu, eu vou dormir
Eu vou dormir, dormir com tu, eu vou dormir
Composição



Lava Jato devolve R$ 1 bi à Petrobras e dá "dicas" para eleitor escolher candidato
Vinícius Boreki
Colaboração para o UOL, em Curitiba 09/08/201810h46 > Atualizada 09/08/201812h25


Cerimônia de devolução para a Petrobras de R$ 1 bilhão da Operação Lava Jato

Na cerimônia de devolução de R$ 1 bilhão aos cofres da Petrobras, realizada nesta quinta-feira (9), em Curitiba, a escolha dos candidatos nas eleições de 2018 foi apontada como uma das principais soluções para que os problemas identificados pela Operação Lava Jato não se repitam.

O tom eleitoral dado ao evento foi capitaneado pelo coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, que afirmou que a sociedade precisa "assumir as rédeas" do combate à corrupção. O evento contou com representantes do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Petrobras, Receita Federal, entre outros.

"Cabe aos brasileiros estarem unidos nas eleições de 2018. Sem que a sociedade tome a postura correta, não haverá a troca de rostos corruptos no poder, perpetuando rostos criminosos de que estamos cansados. Esperamos que, em 2019, forme-se um congresso plural por meio da eleição de pessoas de passado limpo, compromisso com a democracia e que apoiem um grande pacote anticorrupção", diz Dallagnol.

Para tal, Dallagnol sugere que a população adote três critérios no momento de escolher os seus candidatos: passado limpo, compromisso com a democracia e apoio a um pacote de medidas de combate à corrupção.

"Que cada um vote de acordo com a sua preferência partidária. Não existe atalho contra a corrupção. Não adianta flertar contra soluções ditatoriais, a solução se dá por meio da democracia", avisou.

O valor de R$ 1,034 bilhão é oriundo de 17 acordos de colaboração premiada e 4 leniências (um modelo de colaboração premiada que envolve empresas). Duas situações somaram a maior parte dos recursos: o acordo com a Keppels Fels resultou em R$ 687,5 milhões, firmado em dezembro de 2017.

Outra parte substancial dos recursos se deve à delação do Zwi Skornick (R$ 87 milhões), engenheiro detido na 23ª fase da Operação Lava Jato, junto com Mônica Moura e João Santana (responsáveis pelas campanhas políticas presidenciais da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014) e de leniências.

Lobista, Skornick era conhecido entre integrantes da área de petróleo como o poderoso representante dos Keppel Fels, de Cingapura. Ele foi condenado em processo junto dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que atuaram em campanhas presidenciais do PT.

Skornick foi acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo contratos da empresa Sete Brasil Participações para o fornecimento de sondas para utilização pela Petrobras. O grupo Keppel, segundo a Justiça, pagou propinas no esquema de corrupção envolvendo contratos da empresa Sete Brasil Participações para o fornecimento de sondas para utilização pela Petrobras. O grupo Keppel, segundo a Justiça, pagou propinas no esquema. Parte dos pagamentos foi feita por transferências em contas secretas no exterior e outra parte foi para o PT.

Uma das contas que recebeu quantias era ligada ao casal de marqueteiros. Antes, o dinheiro passava por uma outra conta controlada por Skornicki.

Do total, R$ 259 milhões ainda estão na conta judicial da 13ª Vara Federal de Curitiba, e o restante já retornou, de fato, à estatal.

Desde o início da Operação Lava Jato, uma soma de R$ 2,5 bilhões foi devolvida à Petrobras, o equivalente a 20% do previsto nos acordos de leniência e colaboração firmados em todo o país – que totalizam cerca de R$ 12,3 bilhões.

"Quando se faz acordo com empresas e montantes elevados, a companhia precisa fazer uma programação financeira e os pagamentos podem ser parcelados. Isso explica a diferença entre o que foi recuperado e o montante total", afirma Dallagnol.

Recursos entram no caixa da Petrobras

O presidente da Petrobras, Ivan de Souza Monteiro, ressaltou que a companhia não se beneficiou dos crimes descobertos pela investigação. De acordo com ele, a estatal está comprometida em receber "cada centavo desviado".

Os recursos recuperados entram direto no caixa da empresa. "Não temos autoridade para restringir o uso, mas sugerimos que estimule o controle social e mecanismos para evitar a corrupção", diz Dallagnol.

Segundo a Receita Federal, os malefícios causados pela corrupção também se estendem à sonegação fiscal. De acordo com órgão, as investigações da Lava Jato resultaram em cobranças a pessoas físicas e jurídicas de aproximadamente R$ 17 bilhões. "Há, claramente, uma relação entre corrupção e sonegação fiscal", diz Gerson D'agord Schaan, coordenador-geral de pesquisa e investigação da Receita Federal.

Acordos com pessoas físicas

Homologados na Justiça Federal do Paraná:

Adir Assad - R$ 3.200,00
Dalton dos Santos Avancini - R$ 144.250,31
Edison Krummenauer - R$ 9.924.563,81
Eduardo Hermelino Leite - R$ 178.658,61
João Antônio Bernardi Filho - R$ 681.263,58
João Ricardo Auler - R$ 116.194,77
José Adolfo Pascowitch - R$ 10.585,09  
Luiz Augusto França - R$ 32.296,53
Marco Pereira de Souza Belinski - R$ 193.779,18
Milton Pascowitch - R$ 21.469,02
Salim Taufic Schahin - R$ 304.130,82 Vinicius Veiga Borin - R$ 32.296,53

Homologados no Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

Milton Taufic Schahin - R$ 9.337,62

Homologados no STF:

Otávio Marques de Azevedo - R$ 86.378,55
Paulo Roberto Costa - R$ 1.225.808,86
Paulo Roberto Dalmazzo - R$ 57.585,70
Zwi Skornicki - R$ 87.083.398,71

Acordos de leniência

Keppel Fels - R$ 687.515.847,20
Braskem - R$ 201.279.719,84
Carioca Engenharia - R$ 3.221,52
Camargo Corrêa - R$ 1.032.093,34

Renúncia voluntária

Glauco Colepicolo Legatti - R$ 44.470.860,17





Referências

https://youtu.be/AHRl3MGAZhY
https://www.cifraclub.com.br/toquinho/testamento/letra/
http://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2016/06/lavanderia-de-propina.html
https://youtu.be/3F_D337KBNA
https://www.letras.mus.br/falamansa/305440/
https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/b1/2018/08/09/9ago2018---cerimonia-de-devolucao-para-a-petrobras-de-r-1034-bilhao-no-ambito-da-operacao-lava-jato-na-sede-do-ministerio-publico-no-centro-em-curitiba-pr-nesta-quinta-feira-09-o-montante-se-1533825775015_615x300.jpg
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/08/09/lava-jato-recupera-r-1-bilhao-para-petrobras-diz-forca-tarefa.htm




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