O Catete é aqui?
1954 que não terminou ou ...
2015 que não começou?
O espectro do impeachment do Catete
volta a rondar o Planalto?
Muitas perguntas, poucas respostas
convincentes...
Ontem se disse que a luz de um carisma iluminou um poste.
Hoje, o espectro daquele carisma ameaça abalroar o poste.
Ontem um carisma que emitia luz.
Hoje o espectro de um carisma.
Ontem um poste apagado que se acendeu.
Hoje um poste pisca-pisca que se apaga.
Ontem se disse que a luz de um carisma iluminou um poste.
Hoje, o espectro daquele carisma ameaça abalroar o poste.
Ontem um carisma que emitia luz.
Hoje o espectro de um carisma.
Ontem um poste apagado que se acendeu.
Hoje um poste pisca-pisca que se apaga.
“O
que foi, torna a ser. O que é, perde existência.
O palpável é nada. O nada assume essência.” Goethe
O palpável é nada. O nada assume essência.” Goethe
Pequenos Grandes Furtos e Violações
de Princípios Democráticos?
The peaceful development of any
revolution is, generally speaking, extremely rare and difficult, because
revolution is the maximum exacerbation of the sharpest class contradictions;
but in a peasant country, at a time when a union of the proletariat with the
peasantry can give peace to people worn out by a most unjust and criminal war,
when that union can give the peasantry all the land, in that country, at that
exceptional moment in history, a peaceful development of the revolution is
possible and probable if all power is transferred to the Soviets. The struggle
of parties for power within the Soviets may proceed peacefully, if the Soviets
are made fully democratic, and "petty thefts" and violations of
democratic principles, such as giving the soldiers one representative to every
five hundred, while the workers have one representative to every thousand
voters, are eliminated. In a democratic republic such petty thefts will have to
disappear. V. I. Lenin The Russian Revolution And Civil War They Are Trying To
Frighten Us With Civil War September 29, 1917
O desenvolvimento pacífico de
qualquer revolução é, em geral, extremamente raro e difícil, porque a revolução
é a exacerbação máxima das contradições de classe mais agudas; mas num país camponês,
numa altura em que a união do proletariado com o campesinato pode dar a paz aos
povos desgastados por uma guerra muito injusta e criminosa, quando essa união
pode dar ao campesinato toda a terra, naquele excepcional momento na história
do país, um desenvolvimento pacífico da revolução é possível e provável, se
todo o poder é transferido para os sovietes. A luta de partidos pelo poder
dentro dos Sovietes pode decorrer pacificamente, se os soviéticos são feitos
inteiramente democráticos, e "pequenos furtos" e as violações dos
princípios democráticos, tais como dar aos soldados um representante para cada
quinhentos, enquanto que os trabalhadores têm um representante para cada mil
eleitores, são eliminados. Em uma república democrática tais “pequenos furtos”
terá que desaparecer. V. I. Lenin A revolução russa e a guerra civil Eles estão
tentando nos assustar Com Guerra Civil 29 set 1917
Plágio, Homenagem ou só Marketing Político?
Plágio, Homenagem ou só Marketing Político?
Josias
de Souza
19/12/2015 07:11
"Oficialmente,
o delagado Josélio Azevedo de Sousa, da Polícia Federal, ouviu Lula como
testemunha. Na prática, submeteu-o a um interrogatório de investigado clássico.
Intimado, Lula compareceu perante a autoridade policial na última quarta-feira
(16). Deu-se na sede da PF, em Brasília. O depoimento foi divulgado nesta
sexta-feira. Ocupa nove páginas. O conteúdo revela um personagem em apuros.
Crivado de interrogações sobre o escândalo da Petrobras, Lula manteve a fábula
do “eu não sabia”. Mas suas contradições denunciam a dificuldade de manter o
velho enredo.
No
pedido que enviou ao STF para interrogar Lula, o delegado Josélio anotara que,
“na condição de mandatário máximo do país” na época do assalto à Petrobras,
Lula “pode ter sido beneficiado pelo esquema, obtendo vantagens para si, para
seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base
de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida
estatal.” Por isso queria ouvi-lo. E caprichou nas perguntas.
O
doutor quis saber de que matéria-prima é feita a coligação partidária que dá
suporte aos governos do PT. Lula tentou distrair o delegado com um conto da
carochinha. Disse que o apoio que sua gestão recebeu foi “baseado na afinidade
dos partidos com o programa de governo elaborado nas duas campanhas”
presidenciais que venceu.
Antes
que a inquirição virasse comédia, o delegado puxou Lula de volta para o drama
que o assedia. E o interrogado foi ajustando o lero-lero à realidade. Lula
afirmou que, “numa política de coalizões, presume-se que haja a distribuição de
ministérios e cargos importantes do governo para os partidos políticos que
compõem a base de apoio.”
O
delegado injetou na conversa o nome de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da
Petrobras, preso no Paraná sob acusação recolher propinas na estatal em nome do
PT. Lula não se deu por achado. Disse não ter nada a ver com a nomeação de
Duque. E acomodou a encrenca no colo do grão-petista José Dirceu, também preso
por ordem do juiz paranaense Sérgio Moro.
Segundo
Lula, o nome de Duque foi submetido ao crivo da Casa Civil da Presidência,
então chefiada por Dirceu. Nessa época, Lula chamava Dirceu de “capitão do
time” de ministros. “Cabia à Casa Civil receber as indicações partidárias e
escolher a pessoa que seria nomeada”, disse o morubixaba do PT ao delegado.
O
doutor Josélio perguntou se Duque era o homem do PT na diretoria da Petrobras.
Lula disse não saber “se foi o PT ou outro partido” que o indicou. Realçou que
não conhecia Duque. E quanto a Nestor Cerveró, outro ex-diretor da Petrobras
preso? No caso de Cerveró a memória de Lula fez questão de prestar-lhe socorro:
“Foi uma indicação política do PMDB.”
Lula
repetiu que não participou do processo de escolha dos diretores da Petrobras.
Espremido, afirmou que a escolha dos nomes passava pela costura de acordos
políticos. Acrescentou que os acordos “eram feitos normalmente pelo ministro da
área, pelo coordenador político do governo e pelo partido interessado na
nomeação.”
A
Petrobras pende do organograma do Ministério de Minas e energia. A ministra “da
área” era Dilma Rousseff. Mas Lula se absteve de mencionar-lhe o nome. O
delegado perguntou quem era o coordenador político do governo. Lula respondeu
que teve vários coordenadores ao longo dos seus dois mandatos. Empilhou quatro
nomes: Tarso Genro, Jaques Wagner, Alexandre Padiha e Aldo Rebelo. Alegou não
se lembrar qual deles tratou das nomeações de Renato Duque e de Nestor Cerveró.
De
tanto o delegado escarafunchar, Lula acabou caindo em algo muito parecido com
uma contradição. Reconheceu que a palavra final sobre as nomeações era dele.
Depois de ter jogado a responsabilidade sobre os ombros de Dirceu, o
interrogado explicou que os partidos negociavam suas nomeações com diversos
atores —os ministros da área, o coordenador político…— “nao somente com o
ministro-chefe da Casa Civil.”
Foi
nesse ponto do depoimento que Lula acabou premiando a insistência do delegado
com o reconhecimento de que, “ao final do processo”, o fisiologismo desaguava
no gabinete presidencial. Ouvido, Lula “concordava ou não com o nome
apresentado”. Para não ficar mal no inquérito, Lula apressou-se em dizer que
baseou suas escolhas em “critérios técnicos que credenciavam o indicado”. Deu
no petrolão.
Vários
delatores da Lava Jato disseram que Lula negociou diretamente com José Janene,
então líder do PP na Câmara, a permanência do corrupto confesso Paulo Roberto
Costa na diretoria de Abastecimento da Petrobras. Mas Lula disse ao delegado
Josélio que “nunca tratou com qualquer liderança de qualquer partido sobre a
indicação de algum nome para cargo na administração pública.” Hã, hã.
A
certa altura, o delegado voltou a um tema que abordara no início da inquirição.
Afinal, quais diretores da Petrobras foram indicados pelo PT? E Lula
escorregou. Depois de dizer que não sabia que partido havia pendurado Renato
Duque na diretoria da estatal petroleira, Lula afirmou que o personagem “talvez
tenha sido uma indicação do PT.”
Lula
responsabilizou-se pessoalmente, de resto, pela nomeação de dois personagens
que passaram pela presidência da Petrobras: os petistas José Sérgio Gabrielli e
José Eduardo Dutra. O segundo já morreu. Mas Gabrielli continua na alça de mira
da força-tarefa da Lava Jato.
O
delegado inquiriu Lula também sobre João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT
preso no Paraná e já condenado em sentença de Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato.
Lula disse que sua relação com Vaccari no partido “foi pequena, já que, em
1996, deixou a presidência do PT.” Quando virou presidente da Repúlica, aí
mesmo é que “passou a ter menos contato”. Lorota.
Em
2003, no alvorecer do primeiro reinado de Lula, Vaccari presidia o Sindicato
dos Bancários de São Paulo e exercia a atribuição de secretário de Finanças da
CUT, o braço sindical do PT. Na fase de composição do governo, o petismo quis
fazer de Vaccari presidente da Caixa Econômica Federal. Dois obstáculos
barraram as pretensões de Vaccari: o nariz torcido de Antonio Palocci, então
ministro da Fazenda, e a falta de diploma universitário. Os estatutos da Caixa
exigem que o presidente tenha passagem pelos bancos de uma universidade. E
Vaccari não preenchia esse quesito.
Para
não deixar o companheiro ao relento, Lula abrigou-o no Conselho de
Administração de Itaipu Binacional. Então ministra de Minas e Energia, de cujo
organograma pende a estatal, Dilma não opôs resistência. E Vaccari foi alçado a
uma das sinecuras mais cobiçadas da República. A posição de conselheiro de
Itaipu lhe exigia pouco trabalho (uma reunião a cada dois meses) e rendia
remuneração mensal na casa dos R$ 20 mil. Vaccari só deixou o posto depois que
a Lava Jato o pendurou de ponta-cabeça nas manchetes.
Numa
fase em que amigos podem se converter em delatores, Lula cuidou de afagar
Vaccari no depoimento ao delegado Josélio. Lembrou que “ele assumiu a
tesouraria do partido em 2010”. E disse que “soube pela direção do partido que
ele fez um excelente trabalho à frente da Tesouraria do PT.” Mais: “Todos os
membros da direção do partido, inclusive seu presidente, Rui Falcão, declararam
a qualidade do trabalho desempenhado por Vaccari no comando da tesouraria do
PT.” A Lava Jato demonstra que, sob Vaccari, a tesouraria do PT, tão elogiada
por Lula, contém o anabolizante das propinas extraídas da Petrobras.
O
delegado perguntou a Lula a que atribui a condenação de Vaccari na Lava Jato. O
interrogado atribuiu o infortúnio às delações premiadas. E disse confiar numa
reversão da sentença em instâncias superiores do Judiciário. Lula disse não
acreditar que Vaccari tenha obtido “vantagens indevidas a partir de contratos
celebrados pela Petrobras”. Por quê? “Ele é conhecedor da legislação.” Então
tá!
Incômodo
como maquininha de dentista, o delegado conduziu o interrogatório para José
Carlos Bumlai, o pecuarista que tinha passe livre no Planalto e terminou na
cadeia. Lula disse que o conheceu na campanha presidencial de 2002. Reconheceu
que mantém com o suspeito uma “relação de amizade''. Chegou mesmo a hospedá-lo
“algumas vezes” na Granja do Torto, em Brasília —com o meu, o seu, o nosso
dinheiro. Mas disse jamais ter tratado com Bumlai de assuntos relacionados com
“dinheiro ou valores.”
Bumlai
é acusado de corrupção. Pegou empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin. Em
depoimento, disse ter repassado a verba ao PT. O financiamento jamais foi pago.
Em troca do perdão da dívida, Bumlai intermediou um contrato do Grupo Schahin
com a Petrobras. Coisa de R$ 1,6 bilhão. Lula, naturalmente, não sabia.
A
alturas tantas, o delegado perguntou a Lula por que pessoas que integraram o
seu governo são alvejadas por inquéritos que tramitam no STF. Lula atribuiu o
fenômeno a três fatores: “o processo de transparência e aprimoramento dos
órgãos de fiscalização e controle, […] ocorrido ao longo dos últimos doze anos;
b) à imprensa livre; e c) a um processo de criminalização do PT. Hummm…
Lula
não disse, mas a criminalização do PT é obra do próprio PT. Revolucionário, o
partido descobriu uma fórmula inédita de combate à corrupção. O PT escancara os
roubos cometendo-os. Por sorte, algo de diferente sucede no Brasil:
ex-presidente da República interrogado assim, como uma testemunha suspeita, é
coisa nunca antes vista na história desse país."
POR
BEATRIZ BULLA E GUSTAVO AGUIAR
18/12/2015,
22h40
"À Polícia Federal, ex-presidente afirmou que
'processo de escolha não contava com sua participação'
O
ex-ministro José Dirceu está preso preventivamente em Curitiba. Foto: Henry
Milleo/Gazeta do Povo
O ex-presidente Lula atribuiu a José
Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil do seu governo, responsabilidade pela
indicação de diretores da Petrobrás. Em depoimento à Polícia Federal na
quarta-feira, 16, Lula disse que “cabia à Casa Civil receber as indicações
partidárias e escolher a pessoa que seria nomeada”.
Dirceu chefiou a Casa Civil durante
parte do primeiro mandato do petista, entre 2003 e 2005, quando estourou o
escândalo do mensalão – Dirceu foi condenado a 7 anos e onze meses de prisão no
mensalão e está preso desde 3 de agosto como alvo da Operação Lava Jato, que
desmontou esquema de propinas na estatal petrolífera.
Investigadores já suspeitavam que Dirceu havia
indicado o engenheiro Renato Duque – preso da Lava Jato desde março – para a
Diretoria de Serviços da estatal petrolífera. Mas Dirceu sempre negou. “Que o
nome de Renato Duque foi levado à Casa Civil da Presidência da República, à
época chefiada por José Dirceu”, disse Lula à PF.
O ex-presidente disse que “não sabe se foi o PT ou
outro partido politico que indicou Renato Duque para assumir a Diretoria de
Serviços”. Afirmou que “não conhecia Renato Duque e que não participou do
processo de escolha do nome de Renato Duque”.
Sobre o ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás,
Nestor Cerveró, que também foi preso na Lava Jato e já está condenado a 17 anos
de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente disse. “Que acha
que Nestor Cerveró foi uma indicação politica do PMDB; que Nestor Cerveró era
um funcionário de carreira da Petrobrás.”
Lula eximiu-se de qualquer responsabilidade na
indicação dos diretores da Petrobrás. Ele afirmou que “o processo de escolha
dos nomes dos diretores não contava com sua participação”.
“Que o declarante recebia os nomes dos diretores a
partir de acordos políticos firmados; que este processo de acordos políticos
era feito normalmente pela ministro da área, pelo coordenador politico do
Governo e pelo partido interessado na nomeação; que teve vários coordenadores
políticos ao longo de seus oito anos de mandato; que pode citar Tardo
Genro, Jacques Wagner, Alexandre Padilha, Aldo Rebelo, etc; que não se recorda
qual destes articuladores políticos tratou das nomeações de Renato Duque e
também de Nestor Cerveró.”
Sobre outro ex-diretor
que a Lava Jato pegou – Paulo Roberto Costa (Abastecimento) -, o ex-presidente
disse que ‘seu nome foi apresentado pelo Partido Progressista’. “Como nos
demais, o nome de Paulo Roberto Costa foi levado à Casa Civil para deliberação
e posterior e posterior nomeação pelo declarante; que os nomes dos indicados
pelos partidos não eram levados diretamente ao declarante; que, como explicado, o processo de • escolha
passava pela discussão com os diversos envolvidos no aspecto politico e não
somente com o ministro-chefe da Casa Civil; que, ao final deste processo, o
declarante concordava ou não com o nome apresentado, a partir dos
critérios técnicos que credenciavam o indicado.”
A PF quis saber de Lula se ele conversou com o
ex-deputado José Janene (PP/PR, morto em 2010) sobre a indicação de Paulo
Roberto Costa para assumir a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás – Janene é
apontado como o mentor do esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás. O
ex-presidente disse que ‘nunca conversou’ com Janene ‘a respeito de qualquer
assunto’.
Lula também afirmou que nunca tratou com os deputados
Pedro Henry e Pedro Corrêa sobre a indicação de Paulo Roberto Costa. “Nunca
tratou com qualquer liderança de qualquer partido sobre a indicação de algum
nome para cargo da administração pública; que os nomes eram apresentados pelo
Governo, ou seja, pelos articuladores políticos que levavam O nome à Casa Civil
da Presidência.”
Lula disse que ‘nunca se sentiu pressionado pela
Partido Progressista a fim de que Paulo Roberto Costa fosse nomeado diretor de
Abastecimento da Petrobrás’. Ele declarou que o PMDB ‘nunca ofereceu apoio
político ao Governo a fim de manter Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de
Abastecimento, e se ofereceu tai apoio isto não chegou ao conhecimento do
declarante’.
A PF indagou de Lula sobre quais diretores da
Petrobrás foram indicados pela PT. “O declarante afirma que talvez Renato Duque
tenha sido uma indicação do PT.”
Ele saiu em defesa do
ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli. Neste caso disse que ‘foi uma
indicação pessoal sua’. “Que indicou José Sérgio Gabrielli para ser
diretor financeiro da Petrobrás em razão do mesmo ser um economista altamente
capacitado e por ser alguém de sua confiança; que, da mesma forma, a indicação de José Sérgio
Gabrielli para assumir a presidência da companhia foi uma escolha do
declarante.”"
21/12/2015
- 03h00
Ricardo
Noblat
"Renan
Calheiros é tudo, menos bobo. Enquanto mereceu a confiança de Michel Temer,
disse-lhe coisas impublicáveis sobre Dilma. Tão logo achou mais vantajoso
trocar de lado, aliou-se à Dilma e contou-lhe o que ouviu de Temer.
Estaria
bem se não estivesse encrencado na Lava-Jato. Responde a seis inquéritos contra
três de Eduardo. Mas os de Eduardo nós conhecemos bem; os de Renan, pouco. Por
que será?
Lula
é tudo, inclusive bobo quando lhe interessa. À Polícia Federal, em depoimento
na semana passada, confessou que lhe passaram a perna mais uma vez como já
acontecera no caso do mensalão.
Nomeou,
sim, os diretores que roubaram a Petrobras, mas nada teve a ver com a sua
indicação. Foram indicações políticas bancadas pelos chefes da Casa Civil dos
seus dois governos, José Dirceu e Dilma Rousseff.
É
aqui que Renan e Lula se encontram, porém não só. Se precisar, traem a pretexto
de que a política real se faz também com traições. De outra forma ela não seria
possível.
E
em defesa de suas biografias, entregam sem remorsos os que lhes serviram com
lealdade. A entrega é mais especialidade de Lula do que de Renan, e marca
notável de sua trajetória política.
A
situação de Renan é pior do que a de Lula. Ele é investigado pela Lava Jato.
Lula, por ora, não passa de informante. Renan é acusado de ter recebido propina
em negócios da Petrobras.
Lula
de nada é acusado. É suspeito de muita coisa. Mas ninguém diz que é. O juiz
Sérgio Moro costuma dizer que não investiga pessoas, mas fatos. Por meio deles
chega às pessoas. Cuide-se, Lula!
Embora
no olho do furacão, Renan imagina salvar-se do pior, que seria a cassação do
seu mandato seguida de prisão, buscando o apoio de Dilma. Um precisa do outro.
Renan
pode barrar no Senado o pedido de impeachment. Mas Dilma nada pode garantir a
Renan, nem mesmo um telefonema para Moro. Talvez garanta que o governo o
ajudará a preservar o mandato.
Por
Lula, Dilma e o ministro da Justiça têm agido às sombras. Há pouco mais de 10
dias, o ministro voou de madrugada a Curitiba e, ao chegar, logo se reuniu com
agentes da Polícia Federal.
Estava
preocupado com Lula e com um dos filhos dele que embolsou mais de R$ 2 milhões
para copiar textos da internet a título de consultoria prestada a uma empresa.
O que o ministro disse e ouviu não se sabe.
Em
seguida, foi Lula que voou a Brasília para depor em segredo. O que ele disse e
ouviu já se sabe. O que disse serviu para reforçar os traços mais perversos do
seu caráter – ou da falta dele.
José
Dirceu perdeu o emprego, o mandato de deputado e a liberdade para que Lula
continuasse no poder como o presidente enganado pela organização criminosa que
se apoderou de parte do aparelho do Estado.
Nem
por isso Lula deixou de entregá-lo pela segunda vez – desta no caso do assalto
à Petrobras. Por tabela entregou Dilma, que substituiu Dirceu na Casa Civil.
Outro
dia, ele já havia entregado Dilma no caso de três Medidas Provisórias suspeitas
de terem sido compradas para beneficiar a indústria automobilística. Lula disse
que não as assinou. Mentiu. Assinou uma delas, e Dilma as outras.
Se
doravante o impeachment for ladeira a baixo, Renan e Lula ajudarão a
enterrá-lo. Do contrário, Renan o levantará como o capitão do time que celebra
a conquista de um título.
E
Lula, fingindo-se de indignado, irá para a reserva à espera de ser convocado de
novo para jogar."
Lula, José Dirceu e Dilma Rousseff (Foto:
Divulgação)
HISTÓRIA,
05/08/2004
JOSÉ GOMES TALARICO, JORNALISTA E PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LIBERDADE DE IMPRENSA DA ABI
JOSÉ GOMES TALARICO, JORNALISTA E PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LIBERDADE DE IMPRENSA DA ABI
Artigo publicado na edição n.º 49 da Revista JC
“O
crime ocorrido na noite de 9 de agosto, em Copacabana, na rua Toneleros, que
atentando contra Carlos Lacerda morreu o major Rubens Vaz, da Aeronáutica.
Lacerda retornava em companhia do filho, Sérgio e de Rubens Vaz, seu segurança,
de uma conferência no Externato São José, da Tijuca. Ao descer na frente do
edifício que morava, do outro lado da rua saiu em sua direção um mulato
empunhando revolver e atirando. Rubens Vaz se interpõe contra o agressor e cai
ferido, Lacerda é também atingido. O mulato foge tomando um táxi na rua Paula
Freitas que estava a sua espera. Os feridos são levados ao Hospital Miguel
Couto, mas o major chegou ali morto.
Um
vigilante municipal que se encontrava no local, anotou o número da chapa do
táxi, fornecendo a informação à polícia. Era um táxi que fazia “ponto” na rua
do Catete, nas aproximidades do Palácio do Catete. O motorista detido informou
que fora contratado pelo investigador Climério de Almeida, da guarda pessoal da
Presidência da República, Climério alertado fugiu tomando rumo ignorado. O
inquérito da Polícia passou para o Ministério da Aeronáutica. Os órgãos de
comunicação, jornais, emissoras de rádio e televisão fazem ampla divulgação dos
fatos. Debates no Congresso Nacional.
O
presidente Getúlio Vargas dissolveu a guarda e ordenou que Gregório Fortunato e
demais elementos a ele subordinados fossem apresentados aos encarregados do
inquérito no Galeão. Abrindo o Palácio aos encarregados do IPM. São arrolados
como envolvidos com Gregório Fortunato: deputado Euvaldo Lodi, presidente da
Confederação Nacional da Indústria, deputado Danton Coelho, ex-presidente do
PTB, general Mendes de Moraes, ex-prefeito do Rio de Janeiro, Victor Costa,
diretor da Rádio Nacional, Arquimedes Manhães e Roberto Alves, secretário do
presidente.
No
primeiro depoimento de Gregório apontou o general Mendes de Moraes que o
influenciaram na execução do atentado. Euvaldo Lodi valendo-se da imunidade
parlamentar não atendeu a convocação. Danton Coelho igualmente recusou-se a
depor. Benjamin Vargas compareceu ao Galeão acompanhado de Oswaldo Aranha,
eximiu-se de qualquer responsabilidade no atentado. Era imputado entretanto, de
ter conhecimento do crime. O general Mendes de Moraes nega o seu envolvimento,
assim como os demais relacionados.
Um
antigo motorista do general confirma que Mendes de Moraes tivera relações com
Gregório. Em conseqüência, o presidente do IPM, coronel Edil de Oliveira
reitera a intimação ao general Mendes de Moraes, que continuou recusando
atender a sua convocação. O Ministro da guerra, general Henrique Teixeira Lott
e o chefe do Estado do Maior, general Fiúza de Castro pressionam Mendes de
Moraes. A acareação não seria realizada no Galeão e sim no Ministério da
Guerra. O general aquiesce. Gregório ao ser interrogado quem o induzira ao
atentado, declarou o general Mendes de Moraes. Este em ato continuo levantou-se
já com uma arma em punho, mas foi contido. Com a balburdia e confusão, a
acareação foi suspensa e não mais reconvocada.
O
inquérito na Polícia e no judiciário civil é encerrado com os julgamentos:
-
Gregório Fortunato condenado a 25 de prisão; Alcino João Nascimento, o
mulato-pistoleiro a 33 anos; Climério de Almeida, também condenado a 33 anos;
João Antônio Soares, ligado à Climério na articulação do atentado a 26 anos; Nelson
Raimundo de Souza, motorista que serviu Climério, inclusive na sua fuga, a 11
anos; João Valente de Souza, secretário da guarda, a 2 meses.
O
general Mendes de Moraes, argüindo incompetência da Justiça comum para
processá-lo ou julgá-lo, conseguiu absolver-se.
A
campanha contra Getúlio Vargas se desenvolveu no Congresso Nacional. O deputado
Aliomar Baleeiros propôs o impeachment contra o Presidente da
República e o deputado Afonso Arinos, líder e em nome da UDN, PL (libertador),
PR e PDC, colocam o projeto na ordem do dia. Ao ser votado a deposição é
derrotada por 136 votos contra 37.
O
vice-presidente Café Filho nessa situação mantinha-se numa dúbia posição. Havia
proposto a renúncia de Getúlio e a sua. E mantinha encontros secretos com os
dirigentes udenistas, acertando ao assumir a Presidência, uma composição
governamental com a UDN e partidos aliados.
Diante
dos libelos contra a presidente e os rumores insistentes de golpe, das
hostilidades da Aeronáutica ter efetuado vôos rasantes de jatos sobre o palácio
como advertência, Oswaldo Aranha na companhia de Danton Coelho e Miguel
Teixeira foram falar com Getúlio Vargas. O presidente disse aos velhos amigos
que diante da situação que estava vivendo, a solução menos ruim era o
sacrifício pessoal. Já tinha dito à Café Filho ao lhe propor a renúncia: daqui
só me tirarão morto.
Nesse
mesmo dia teve outra visita, a do marechal Mascarenhas de Moraes, chefe do
Estado Maior das Forças Armadas. A ele afirmou: “em 1945, eu estava no governo
mantido pela vontade das armas. Atualmente, fui eleito pelo povo e não posso
sair enxotado. Não renuncio e só saio morto e o meu cadáver servirá de protesto
contra injustiça”.
A
bravura pessoal de Getúlio Vargas era reconhecida. Valente até a inconsciência
do perigo. Frio, calculista, mas humanista. Estava com 71 anos, embora
envelhecido mantinha-se resoluto.
Depois
dos encontros com os velhos amigos e com o Marechal, decidiu convocar uma
reunião imediata do Ministério. Presentes os Ministros do Estado, com exceção
de Vicente Raó, que estava em São Paulo, os chefes dos gabinetes civil e
militar, auxiliares mais próximos. Presentes também o interventor Ernani do
Amaral Peixoto e seu irmão, deputado Augusto do Amaral Peixoto, seus filhos
Alzira, Lutero e Maneco, o deputado Doutel de Andrade como assessor de João
Goulart, que levou consigo o jornalista Murilo Marroquim e José Talarico,
acompanhante do Ministro do Trabalho.
O
presidente ao abrir a reunião pediu para ouvir os Ministros sobre a situação.
Deu primeiro a palavra aos Ministros militares. O general Zenóbio da Costa
declarou que poder-se-ia resistir, mas isso custaria sangue, muito sangue e o
resultado seria incerto. Dos 80 generais que serviam no Rio de Janeiro, 37 já
haviam assinado o manifesto de apoio aos brigadeiros. O Ministro da Marinha,
Almirante tinham Renato Guilhobel disse que a Marinha não pensava em
levantar-se nem em depor o presidente, mas vários almirantes tinham assinado o
manifesto dos brigadeiros. Epaminondas dos Santos titular da pasta admitiu que
a situação na Aeronáutica era incontrolável.
Após
a exposição dos Ministros militares, José Américo de Almeida exortou o
presidente a que afugentasse com um grande gesto os espectros que o rondavam,
sombrios e ameaçadores, admitindo a renúncia que deveria ser acompanhada de um
manifesto à nação, expondo seus motivos. Apolônio Sales disse que a decisão
pertencia ao presidente e que o acompanharia até o fim, disposição repetida por
Hugo de Araújo Faria, Mário Pinotti e Edgard Santos. Tancredo Neves propôs que
a situação fosse submetida ao Congresso Nacional e aos governadores dos
Estados, não sendo acolhida, tendo em vista os acontecimentos, assim este
expressou sua solidariedade ao presidente.
O
presidente pediu que os pronunciamentos fossem mais conclusivos, a fim de que
ele pudesse tomar uma resolução que representasse, em suma, os pensamentos do
Ministério. O general Zenóbio da Costa declarou que não hesitaria em prender os
generais sublevados e colocar as tropas na rua, repetindo que haveria
derramamento de sangue. Alzira Vargas interrompeu o Ministro para declarar que
os generais assinantes do manifesto eram apenas 13, todos sem comando e por
isso incapazes de se rebelar. Danton Coelho, Ernani do Amaral Peixoto, general
Caiado de Castro e Maneco Vargas se manifestaram pela resistência.
Oswaldo
Aranha falou por último, dizendo que no seu ponto de vista só havia três
soluções: a primeira seria a resistência pessoal, ao preço da própria vida e a
qual se declarava solidário, a segunda àquela que o presidente desejava evitar,
seria um balanço de forças fiéis para rechaçar militarmente qualquer tentativa
contra a Constituição, e afinal restava a solução da renúncia, mas esta seria
uma decisão de foro intimo.
A
essa altura, com os ânimos exaltados o general Zenóbio da Costa, retirou-se da
reunião, declarando que iria organizar a resistência. O presidente que até
então ouvira todos em absoluto silêncio, tomou a palavra e declarou: “Já que o
ministério não chega a nenhuma conclusão, eu vou decidir. Determino que os
Ministros militares mantenham a ordem pública. Se conseguirem, eu apresentarei
o meu pedido de licença. Caso contrário, os revoltosos encontrarão aqui dentro
do palácio o meu cadáver.” E retirou-se da sala.
O
general Zenóbio da Costa ainda foi alcançando por Oswaldo Aranha que informou a
decisão do presidente Getúlio Vargas.
Os
Ministros julgaram conveniente redigir um comunicado anunciando ao povo a
decisão adotada. “Deliberou o presidente Getúlio Vargas com integral
solidariedade dos seus Ministros, entrar em licença, passando o governo a seu
substituto legal, desde que seja mantida a ordem respeitados os poderes
constituídos e honrados os compromissos solenemente assumidos perante a
nação pelos oficiais-generais das nossas forças armadas. Em caso contrário
persistiria inabalável no seu propósito de defender suas prerrogativas
constitucionais com o sacrifício, se necessário de sua própria vida”.
O
presidente Getúlio Vargas se recolheu aos seus aposentos. Às 6 horas da manhã,
dois militares chegaram ao palácio levando uma intimação para Benjamin Vargas a
comparecer imediatamente à base Aérea do Galeão, a fim de depor perante a
comissão que investigava o atentado da rua Toneleros. Benjamin negou-se a
cumprir a ordem sem consultar seu irmão, o presidente. Este determinou que: “se
quiserem o meu depoimento que o façam aqui.” Dias depois o coronel Edil de
Oliveira e os membros do IPM, negaram que tivessem expedido a referida
intimação, concluindo-se que fora uma tentativa de seqüestro. Um ardil
para agarrarem Benjamin, apontado como protetor de Gregório.
Alzira
também procurou o pai para informar que oficiais do Exército pediam autorização
para prender Eduardo Gomes, Juarez Távora e outros e outros
conspiradores. O presidente argumentou que a medida seria inútil àquela
altura, estando à espera da resposta a seu pedido de licença.
O
general Zenóbio da Costa voltou ao Ministério da Guerra, lá encontrou generais,
almirantes e brigadeiros que decidiram que o pedido de licença constituía
deposição. Getúlio Vargas não mais voltaria ao poder.
O
General Moraes Ancora, comandante da 1º Região Militar, telefonou para Benjamin
Vargas relatando a decisão de depor o presidente. Benjamin voltou ao aposento
transmitindo a informação recebida. O presidente não mais descansou. Saiu do
quarto para o seu gabinete de trabalho. Ao retornar, o camareiro notou que o
presidente segurava algo pesado no bolso do pijama. Às 8h e 30min
ouviu-se um estampido. Dona Darcy, Alzira, Spartaco Vargas e o tenente
Fitipaldi que se encontravam no 1º andar, correram para o 2º andar. Oswaldo
Aranha também subiu pelo elevador privativo e eu fui em sua companhia.
Depararam-se
com o corpo do presidente recostado na cabeceira da cama, o seu braço direito
caído de lado e no chão o revolver. Na mesinha junto à cama um manuscrito: “A
sanha dos meus inimigos deixo o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter
feito pelos humildes tudo o que desejava”.
João
Goulart que não viajara vai ao Palácio do Catete, levando consigo a carta que
recebera no dia anterior do presidente que lhe recomendara seguir imediatamente
para Porto Alegre e lá a abrisse. Ao seu lado Oswaldo Aranha leu a carta em voz
alta, qualificando-a como a “Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas”.
O
corpo embalsado no ataúde é colocado no hall de entrada do Palácio do
Catete, transformado em câmara ardente. O impacto provocado pelo suicídio e a
divulgação pelos órgãos de comunicação levaram milhares de pessoas,
trabalhadores e gente humilde ao palácio.
Na
manhã de 25 de agosto, o corpo foi levado ao Aeroporto Santos Dumont, carregado
nos ombros, em cortejo que reuniu a maior multidão da história do Rio de
Janeiro e traslado para São Borja.
Durante
o cortejo, houve incidentes do povo com os contingentes da Aeronáutica e
da Polícia Militar. Pretendendo impedir que a multidão acompanhasse o
corpo no interior do aeroporto, os soldados dispararam tiros e atiraram a
cavalaria sobre as pessoas. Um sem número de vítimas, fatos omitidos pelos
órgãos de comunicação sob censura baixada nessa data pelo governo da Guanabara.
Manifestações
populares sucederam em todo o país, sobretudo nas capitais. No Rio de Janeiro
ocorreram numerosos atos de repúdio, denunciando o envolvimento norte-americano
na morte de Vargas, bem como as responsabilidades da UDN e dos partidos
oposicionistas. Grupos percorreram as ruas da cidade, rasgando cartazes de
propaganda eleitoral dos candidatos antigetulistas. As sedes dos jornais O
Globo, Tribuna da Imprensa e Rádio Globo foram atacadas, dois caminhões de O
Globo incendiados. Foram desferidos ataques à Embaixadas dos Estados Unidos e
ao prédio Standat Oil, rechaçados à bala por soldados, ferindo
populares. Os edifícios da Ligth e da Telefônica também atacados. Em
São Paulo, uma multidão tentou depredar o prédio dos Diários Associados. Em
Porto Alegre queimaram as sedes de dois jornais antivarguistas – O Estado do
Rio Grande do Sul, o Diário de Notícias e a Rádio Farroupilha. Depredaram ainda
um banco e o Consulado Norte-americano. Em Belo Horizonte e no Recife
também ocorreram manifestações.
Em
26 de agosto, Getúlio Vargas foi sepultado no túmulo de sua família. Acorrem à
São Borja, milhares de pessoas que saíram de todos os recantos do Estado e de
Santa Catarina para participarem do sepultamento.
João
Goulart, Tancredo Neves e Oswaldo Aranha, por último preferiram emocionantes
discursos de exaltação a Getúlio Vargas.
A
morte de Vargas marcou profundamente a vida política nacional. A UDN e os
partidos aliados tornaram-se governo com Café Filho. Entretanto, viu-se
obrigada a recuar diante da reação popular. A UDN esperava uma grande vitória
nas eleições de outubro de 1954 acabou sendo a principal derrota.
Novo
alento à aliança PSD-PTB, a despeito de suas divergências ideológicas. E a
sucessão presidencial elege Juscelino Kubitscheck de Oliveira e João Goulart,
derrotando mais uma vez o brigadeiro Eduardo Gomes.”
Muita calma nessa hora
Fumaças nos olhos diversionistas?
O petróleo é nosso e o Pré Sal!
Um corvo da UDN e outro tucano do PSDB
Afonso Arinos da UDN e Miguel Reale
Jr. do PSDB nos impeachment.
UDN e PSDB com respectivas bandas
de música
Moralismos udenistas lá atrás e
peessedebistas agora
Antigetulismo e AntiLulismo
Pais dos Pobres e Mães dos Ricos
Filhos levados aqui e acolá
Um Carlos Sampaio cá e um Aliomar Baleeiro
lá
Amigos interesseiros e companheiros
oportunistas...
Que ninguém se iluda. A
coincidência entre semelhança e igualdade é praticamente impossível na
natureza, na vida e na história.
Originais?
Somente OS DO SAMBA, com Mussum no ritmo, em Canto Chorado,
com toda a sofrência de Billy Blanco.
Que não nos deixa mentir
Delicadamente o Tira Poeira, mas aí já são outras músicas.
Muita calma nessa hora!