domingo, 27 de novembro de 2022

A BAHIA JÁ ME DEU...

A BAHIA ME DEU, O MUNDO JÁ ME TIROU *** *** Aquele abraço - Gilberto Gil ( legendado ) ***
*** busílis substantivo masculino cerne da questão ou do problema; dificuldade. "aí é que está o b." ********************************** ANDRÉ ESTEVES: PRESIDENTE DO BTG PACTUAL PAULO GUEDES: O G DO BTG *** *** OS DESAFIOS DA ECONOMIA E O DESENVOLVIMENTO NACIONAL Alckmin participa de Fórum Esfera com Campos Neto e empresários | CNN SÁBADO CNN Brasil 26 de nov. de 2022 No segundo dia de palestras e discussões no Fórum Esfera, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), participou de mesa junto com Roberto Campos, presidente do Banco Central, Roberto Campos, e o empresário Abílio Diniz. A mediação foi do âncora da CNN William Waack. https://www.youtube.com/watch?v=y4MufV_u5Lo *********************************************
*** domingo, 27 de novembro de 2022 Vinicius Torres Freire - Lula 3 ainda sem rumo econômico Folha de S. Paulo Fala do petista foi tida como sinal de que não há plano para a dívida Nenhuma pessoa sensata esperava que Fernando Haddad fosse ao almoço anual dos banqueiros para fazer um discurso de ministro da Fazenda ou que anunciasse diretrizes concretas da política para gastos e dívida do governo Lula 3. Foi o que disseram os próprios executivos financeiros que foram ao almoço da Febraban, na sexta-feira. O que chamou a atenção de várias dessas pessoas foi: 1. Haddad não deu sinal de que Luiz Inácio Lula da Silva tenha algo a dizer de diferente do que vem afirmando desde que deu sapatadas na ideia de controle do endividamento público; 2. Haddad falou de reforma tributária, inadimplência e estabilidade a fim de ocupar o tempo, de modo a não tratar de nenhum assunto espinhoso; 3. Haddad não teve autonomia para nada, "falou menos que a equipe da transição na economia"; foi para representar Lula do modo mais "neutro" possível, o que é "compreensível", mas insuficiente; 4. Haddad disse que a "qualidade" do gasto público precisa melhorar, o que ninguém discute. Mas, como foi "omisso" sobre a "quantidade", deu um "sinal desconfortável". Gente mais irritada disse que "Haddad e o PT estão fora da realidade". Que o governo do PT ainda está "perdido ou vai seguir o que o Lula disse depois da eleição". Gente mais analítica, por assim dizer, afirmou que o tempo do governo para publicar as diretrizes de um programa econômico e nomear uma equipe está acabando. Ainda assim, essas pessoas mais neutras dizem que, sem equipe, "não adianta especular" e que "ainda é possível corrigir tudo, basta querer". Dentro do PT e mesmo na finança, há lobbies pró-Haddad e a favor de Alexandre Padilha na Fazenda. Plantam notícias e comentários a favor de um ou outro. Donos do dinheiro gostariam mesmo de um economista-padrão e de alta reputação, um "liberal". Se não for o caso, de um "político do PT" que nomeasse equipe "liberal". A nomeação da equipe indicaria o que se vai fazer de essencial do problema econômico central do início de Lula 3. Isto é, qual o aumento de gasto federal, de saída, e daria uma diretriz para o controle do ritmo do endividamento (uma "meta" para a dívida pública e a regra de definição de gasto que será empregada a fim de se atingir esse alvo). A depender do tamanho da "PEC da Transição", esse ritmo pode ser explosivo ou, ao menos, pode elevar juros e dólar, prejudicando o crescimento. Lula insinuou que esse não é um problema central. Haddad não disse nada que pudesse atenuar os discursos do presidente eleito. Em entrevista a Alexa Salomão, desta Folha, Pérsio Arida, da equipe de transição, foi mais informativo. Praticamente enterrou a ilusão de que poderia ir para o governo. Contou sumariamente o que propõe sobre o tamanho da "licença para gastar". Não é a opinião do governo de transição para Lula 3. Mas é o que pensa uma pessoa preocupada com o endividamento e que procura assessorar o presidente eleito. Isto é, está lá para tentar uma solução realista em termos sociais, políticos e econômicos. O que propõe Arida? 1. O gasto federal em 2023 deve ser igual ao de 2022, em relação ao tamanho da economia, do PIB; 2. Se o PIB crescer 2,5% no ano que vem, a "licença para gastar", o gasto além do previsto pelo Orçamento proposto para 2023, deveria ser de uns R$ 135 bilhões (o rascunho da "PEC da Transição" ora prevê R$ 198 bilhões). É o mesmo número já sugerido por Nelson Barbosa, da equipe econômica da transição e ministro da Fazenda de Dilma Rousseff; 3. A "licença para gastar" dura enquanto não houver nova regra fiscal, que em tese vai definir limites para a despesa federal: no máximo dois anos. Se houver nova regra em 2023, para vigorar em 2024, a "licença" acaba em 2023; Supondo que o PIB cresça menos que 2,5% em 2023, o gasto extra deveria ser menor do que R$ 135 bilhões, diz Arida. Por ora, uma previsão de alta do PIB de 2,5% é muito otimista (por ora, as estimativas rondam o 1%). É um rumo para a discussão. No entanto, o comando do "governo de transição" para Lula 3 não veio a público para dar diretriz alguma. O discurso de Haddad tampouco. ***********************************************************************************
*** sábado, 26 de novembro de 2022 Marco Aurélio Nogueira* - As transições que nos desafiam O Estado de S. Paulo O governo Lula não poderá ser do PT. Sua melhor chance de sucesso é ser um governo de coalizão, plural e aberto a diversos partidos Não se fala de outra coisa. Todos querem saber como passaremos do governo Bolsonaro para o governo Lula. É compreensível. Motores potentes turbinam o evento: o espetáculo em si, a disputa por espaços políticos, a composição ministerial, a ansiedade. O novo governo está recebendo dados e ideias. O desenho é para que tudo dê certo. Mas até as pedras sabem que nada será fácil ou tranquilo. Antes de tudo, porque já não se vive mais nos anos dos primeiros governos petistas. Nem na economia, nem na política e na cultura. A época problematiza a democracia no mundo. Partidos não funcionam mais como antes. Políticos estão sendo substituídos por “engenheiros do caos”. Uma guerra cultural permanente fomenta uma versão não liberal e autoritária de governo, impulsionada por agitadores, mídias de opinião, redes de desinformação. Busca-se criar instabilidade e deslegitimar governos, explorando o que há de declínio da confiança social na política e na democracia. O trumpismo se liga ao bolsonarismo, que se liga ao putinismo, ao orbanismo, a formas variadas de negacionismo, de antiglobalismo, de ataques ao progressismo. No Brasil, este clima reverbera com intensidade. Desde a proclamação dos resultados eleitorais, o País assiste a manobras para criar incerteza e desafiar Lula. Há fumaça golpista no ar. Como se delineia um poder democrático, a tensão será inevitável. E terá de ser administrada. Sairemos de uma responsabilidade fiscal sem dimensão social para uma responsabilidade social com dimensão fiscal. Não é pouca coisa, haja vista a celeuma sempre que se toca no tema. A busca de uma âncora que regule a relação entre arrecadação, gastos e dívidas parece estar no horizonte do novo governo. Mas até agora não se sabe qual será ela. Não há consenso nem sequer entre os principais economistas da equipe de transição. Sem convergência, os riscos subirão ao palco. O governo Lula terá de construir estabilidade política e segurança institucional para não desandar. Para privilegiar o social, precisará acertar na economia, fazendo concessões ao “mercado” e à “austeridade fiscal”. Eleito com o apoio decisivo de forças de centro-esquerda, o governo precisará lidar com a tentação petista de hegemonizá-lo, via inserção generalizada de quadros partidários nos diversos escalões ministeriais. O governo Lula não poderá ser do PT. Sua melhor chance de sucesso é ser um governo de coalizão, plural e aberto a diversos partidos, no qual os espaços políticos sejam efetivamente compartilhados, não trocados por votos. Tal opção expressará melhor o resultado das urnas e dará maior flexibilidade, musculatura e legitimidade ao governo. Como Lula se dispõe a carregar o mundo nas costas, a realizar um programa de fôlego e impacto, precisará de múltiplos apoios. Erros e apetites desmesurados na formação do ministério, por exemplo, criarão animosidades e atritos, complicando a coordenação técnicopolítica e tensionando as relações Executivo-legislativo. O novo governo nascerá juntamente com um Congresso que não lhe é favorável. Há muitos senadores e deputados que farão oposição pela direita. Há o Centrão fisiológico, que venderá caro cada voto em favor do governo. O problema já está na mesa, pois o novo governo precisará ajustar o Orçamento agora, para manter o Bolsa Família. Nem sequer tomou posse, mas já trava um braço de ferro com o atual Congresso, do qual depende. A coligação que elegeu Lula não é majoritária nem no Senado nem na Câmara, mas pode ser reforçada com a incorporação dos partidos que o apoiaram no segundo turno, o que ainda não foi tentado. Um governo impulsionado pela democracia social está eticamente impossibilitado de aceitar “orçamentos secretos”, nem mesmo para conseguir aprovar a PEC da Transição, como vem sendo cogitado. Também não poderá se entregar aos esquemas de Arthur Lira para permanecer na presidência da Câmara. Manobras desse tipo podem viabilizar os primeiros passos do governo, mas terminarão por enredá-lo no jogo perverso do fisiologismo. Assimilar isso politicamente será mais fácil com o fortalecimento da articulação que elegeu Lula. Sem ela, o governo se enfraquecerá e a democracia voltará a correr riscos. Uma boa política, com bons operadores, é a chave para que se cumpra o que foi prometido. Lula não fará um governo de esquerda, com reformas estruturais impetuosas. A linguagem do poder mudará. A renda será mais bem distribuída. Haverá mais justiça, mais saúde e educação. Mas tudo virá de modo incremental, aos poucos, à base de negociações e entendimentos. Combate à fome e à exclusão social, educação e saúde, sustentabilidade e proteção ambiental, crescimento e emprego são metas nobres, indispensáveis, de interesse geral da Nação. Não são revolucionárias. Quando chegar 2023, teremos um novo governo. Passadas as comemorações, será a hora de arregaçar as mangas. Sem palanques, sem fervor ideológico e sem disputas estéreis. Ou seja, de forma positiva. Somente assim o País transitará para o futuro. *Professor titular de teoria política da Unesp ********************************************************
*** domingo, 27 de novembro de 2022 Luiz Carlos Azedo - Menos ambição e mais modéstia Correio Braziliense Os trilhos nos quais o novo governo deve e pode avançar são o fortalecimento da democracia, com respeito a suas instituições, e uma agenda ambiental de vanguarda. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito sem um programa de governo. Sua estratégia de campanha foi resgatar as realizações de seus dois mandatos, o que não foi suficiente para garantir sua eleição no primeiro turno, mas o deixou na cara do gol, no segundo. Para vencer, porém, teve que ampliar ainda mais as alianças e contar com a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro, que era maior do que a sua, para se eleger por estreita margem de votos. Sendo mais específico, Lula teve 3,5 milhões de votos a mais no segundo turno; Bolsonaro, 7 milhões. Com toda certeza, a candidata do MDB, senadora Simone Tebet, os partidos que o apoiaram no segundo turno tiveram um papel decisivo nessa transferência de votos. A chamada "terceira via" foi esmagada pela polarização no primeiro turno, mas não a ponto de não fazer alguma diferença no segundo. O drama de Lula ao assumir seu mandato é cumprir as promessas de campanha, principalmente o Auxílio Brasil/Bolsa Família de R$ 600 mil, que também serviu de plataforma para Bolsonaro junto às parcelas mais pobres da população, embora esse valor não tenha sido previsto no Orçamento da União de 2023. Lula gerou grande expectativa para os eleitores de baixa renda, principalmente as donas de casa, de que garantiria a comida na mesa, com direito a cerveja e picanha no fim de semana. Essa é a lembrança afetiva do seu governo no imaginário popular, como fora o frango a R$ 1 do Plano Real, na eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994. No fim do governo Lula, o país crescia a 7,5% em 2010, segundo dados do IBGE. O consumo das famílias, que se elevara continuamente ao longo dos anos, havia aumentado 7% somente em 2010. O crédito no setor público e privado era farto: chegara a R$ 1,7 trilhão, com crescimento de 20,5% naquele ano. As exportações cresceram 42,2% para o Mercosul, 39,3% para o bloco asiático, 26,2% para União Europeia e 23,2% para o mercado norte-americano. O saldo das reservas internacionais era de US$ 288,6 bilhões, com variação positiva de 20,7% sobre o exercício anterior. A dívida líquida total do setor público fora reduzida de 43,4% para 40,4% do PIB, equivalendo a R$ 1,47 trilhão. A taxa de risco-país ao final de 2010 era atraente para os investidores internacionais: 186 pontos. A taxa de desemprego e o aumento do salário real garantiram a eleição de Dilma Rousseff, Lula foi sucedido por "poste de saias", como diziam seus adversários e até alguns aliados. A proporção de desocupados entre os economicamente ativos era de 5,3% em 2010. Ao longo dos exercícios de 2006 a 2010, os rendimentos médios mensais efetivamente recebidos pelos trabalhadores também apresentam contínua elevação. O saldo do registro dos trabalhadores contratados com carteira assinada em 2010 foi favorável. A diferença entre os trabalhadores admitidos e desligados em 12 meses foi de 2,5 milhões, uma evolução de 7,7% a mais do que empregados em 2009. O porcentual de pisos salariais reajustados acima do índice oficial de inflação em 2010 fora de 93,8%, patamar acima do atingido em 2009, que ficou em 92,9%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O segmento mais beneficiado fora o rural, com ganho real em 100% dos casos. Na sequência, apareceram indústria (94,9%) e comércio (94,7%). No setor de serviços, 90,6% dos pisos salariais tiveram ganhos reais, ou seja, percentuais acima da 5,2%, a inflação oficial. Energia positiva Esse flashback demonstra que a retomada do fio da história a partir de 2010 é uma missão impossível. As condições são completamente diferentes, como disse na citada coluna. O ambiente econômico não permite que o governo Lula avance na área social como gostariam os seus eleitores; talvez por isso, sendo generoso na interpretação, Lula não tenha apresentado um programa na campanha: nas condições atuais, uma proposta espelhada em 2010 seria delirante; considerando a terra arrasada que herdará de Bolsonaro, decepcionante. Esse é o xis da questão da transição. Os dois primeiros anos de governo, fortemente contingenciados pela economia, serão de baixo crescimento e limitada mobilidade social, com um Congresso à espreita para chantagear o governo e uma oposição de extrema-direita estridente nas ruas Por isso, o trilho do novo governo Lula não pode ser o progressismo social, por falta de sustentabilidade, nem a agenda identitária da esquerda, devido ao conservadorismo da sociedade. Algum progressismo e avanço nos costumes deve haver, porém, devemos considerar o simples fato de que barrar a ofensiva reacionária do governo Bolsonaro já será uma mudança da água para o vinho. Os trilhos nos quais o novo governo deve e pode avançar são o fortalecimento da democracia, com respeito a suas instituições do Estado democrático, e a ampliação da participação da sociedade nas decisões governamentais, de um lado; e aí uma agenda ambiental de vanguarda, que aponte fortemente para o desenvolvimento da economia verde, que é onde o Brasil pode captar muitos recursos para investimento numa nova indústria. Entretanto, a pressão das desigualdades do país é enorme. Essa agenda precisa ser tratada com foco em tarefas exequíveis, como garantir a segurança alimentar; melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio; e combater a violência e o racismo estrutural. O verdadeiro divisor de águas da eleição foi a defesa da democracia. Para isso, é preciso um governo de ampla coalizão política, capaz de dar sustentação ao presidente eleito e uma agenda que devolva a normalidade e a esperança ao país. Essa é a energia positiva que o Brasil precisa para reencontrar seu caminho. ********************* 20.4HISTÓRIA Russinho, 1930: leader dos footballers do Brasil João Manuel Casquinha Malaia Santos 22 de fevereiro de 2011 O “Grande Concurso Nacional Monroe”, promovido pela Cia de cigarros Veado, que elegeu o “Leader dos footballers do Brasil” foi uma das maiores estratégias de publicidade ligadas ao futebol do início do século XX, dando uma demonstração inequívoca do potencial deste esporte para a propaganda. A referida companhia, ao lançar um cigarro novo no mercado – os cigarros Monroe – decidiu organizar um concurso para eleger o jogador mais popular do país. As cédulas de votação eram os maços vazios de qualquer cigarro da Cia. Veado. Na parte da frente desses maços, ao lado do selo de consumo do governo, havia um espaço para se colocar o nome do jogador e o do clube escolhido pelo consumidor. O concurso teve a parceria do jornal Diário da Noite, do Rio de Janeiro, onde ficava uma das urnas para o depósito dos votos. A outra urna ficava no escritório central da companhia de tabacos, na Rua da Assembléia, no centro da cidade. Fora do Distrito Federal, havia urnas em todas as sucursais estaduais da empresa e nas sedes do Diário de São Paulo, na capital paulista, e do Estado de Minas, na capital mineira. O jogador mais votado receberia um automóvel muito apreciado no período, uma “barata” da marca Chrysler. Já os consumidores concorreriam, além de prêmios, a um total de 7 contos de réis (7:000$000) em dinheiro, o equivalente a mais de dois anos do que se pagava em média por mês aos operários cariocas naquele ano1. ***
*** veado *** Cada clube escolheu aquele que deveria ser seu representante e não mediu esforços para que seu jogador fosse o escolhido e rapidamente, dois jogadores apareceram como os mais prováveis vencedores: Russinho, do Vasco da Gama, e Fortes, do Flamengo. Os empresários da colônia portuguesa trataram de se colocar à disposição da nova “causa vascaína” desde os primeiros dias. João Rosa Pereira de Almeida era sócio da fábrica de sabão “Portuguez”. O dono da fábrica contou ao repórter do Diário da Noite parte da estratégia para conseguir a vitória de Russinho, “seu amigo”. Uma das táticas consistia em comprar grandes estoques de cigarros e fornecê-los a seus funcionários a preço de custo. Assim, na visão de Almeida, seus trabalhadores fumavam “um óptimo cigarro por um preço mais ‘camarada’”2. Além disso, rifou seu carro, um Studebaker. Cada 30 maços de cigarros da Cia. Veado, em branco, valia uma rifa pelo automóvel. As casas do comércio e fábricas portuguesas colocaram urnas para aqueles que votassem em Russinho3. ***
*** russinho *** Apesar do grande apelo do concurso, João Canale, diretor da Cia. Veado, calculava que, no máximo, a empresa conseguiria vender um milhão de maços durante a duração da promoção. Como cada maço de cigarro custava em média 600 réis, a empresa conseguiria um adicional de 600 contos, que era pouco para cobrir as despesas do concurso com os três carros para os três primeiros colocados e mais relógios de luxo para aqueles que ficassem entre a 4ª e a 10ª posições. Canale afirmava que o que movia a sua empresa era o objetivo de “consolidar a colocação do [novo] produto” no mercado4. * Ouça o Jingle dos Cigarros Veado Jingle Cigarros Veado Porém, os números ultrapassaram, e muito, todas as expectativas. No começo de abril, faltando ainda mais de um mês para o encerramento da entrega dos votos, o número de carteiras contabilizadas já ultrapassava um milhão. O primeiro colocado era Fortes, com 351.694 votos, seguido por Russinho, com 339.834; Filó, representante de São Paulo e jogador do Corinthians, com 232.268. Os vascaínos intensificaram a campanha pela vitória de Russinho. Ao final do mês, durante um domingo repleto de jogos de futebol na cidade, os torcedores de diversos estádios cariocas foram surpreendidos por um monoplano sobrevoando os campos com a seguinte inscrição na parte de baixo: “VOTAE NO RUSSINHO”5. Durante o mês de maio, o número de carteiras contabilizadas era tão alto, que o periódico que patrocinou o concurso chegou a afirmar que os cariocas se envolviam mais na escolha do maior footballer do país do que na eleição para presidente, entre Julio Prestes e Getulio Vargas6. Realmente, os números finais do concurso dão uma idéia do que foi aquele pleito. Russinho ficou em primeiro lugar, com 2.900.649 votos. Fortes foi o segundo, com 2.048.483 votos, seguido por Filó, com 722.563, Friedenreich, com 319.050 e por Nonô, com 129.890. No total, seis milhões7 de carteiras de cigarros da Cia. Veado foram vendidas, e teve-se certeza de que o futebol poderia ser muito bem utilizado como forma de potencializar os lucros das empresas do período. A revista, fez uma reportagem ilustrada com muitas fotos do evento de premiação, dentre elas, algumas de Russinho e de situações que demonstram o envolvimento dos cariocas e de autoridades públicas com o referido concurso. O cronista da revista O Malho, ao final do concurso, destacava que “o exito imprevisto alcançado pelo ‘Concurso Monroe’ […] demonstrou, a par do grande espírito sportivo de nossa mocidade, a efficiencia da intelligencia alliada com a actividade humana a serviço da propaganda commercial”8. *** omalho1449_russinho O Malho. *** O Malho A grande popularidade de Russinho inspirou Noel Rosa a compor o samba “Quem dá mais?” , em referência ao jogador e ao seu clube. Os dirigentes vascaínos e a torcida do clube davam mais uma demonstração de sua força nos primórdios da organização profissional do futebol carioca. ________________________________________ [1] Fonte: Correio da Manhã, 2 de setembro de 1931. Tabelas apresentadas pelo Sr. Lindolfo Collor, Ministro do Trabalho, ao Sr. Getúlio Vargas, Chefe do Governo Provisório. Os valores são referentes ao pagamento por dia de trabalho, em setembro de 1931. O salário médio era apresentado como de 10$400 por dia, média de cerca de 250$000 ao mês. [2] Diário da Noite, 20 de janeiro de 1930. [3] Alguns dos locais eram a Casa Retroz, Casa Campos, de Raul e Antonio Campos, diretores do Vasco, Casa Sportman, de Raul Campos, o Armazem Cruzeiro, a Chapelaria Loureiro, a Chapelaria Leal e a Companhia Fly-Tox. Diário da Noite, 20 de janeiro de 1930. Posteriormente outras aderiram, como a Fábrica de Cerveja Brasil e o Restaurante Pennafiel. Diário da Noite, 17 de março de 1930. [4] Diário da Noite, 2 de abril de 1930. [5] O avião, pilotado por Arthur Cunha, passou pelo campo do Bonsucesso, durante o jogo Bonsucesso e Andarahy; por São Januário, durante o jogo Vasco da Gama e São Christovão; pelo campo do Flamengo, durante o jogo Flamengo e Syrio Libanez; pelo campo do Botafogo, no jogo deste clube contra o Bangu; no campo do SC Brazil, em seu jogo contra o Fluminense, além de passar pelo Jockey Clube e por campos dos subúrbios como o do Engenho de Dentro e do Modesto. Antes de aterrissar no Aeródromo de Ramos, passou ainda pela Igreja da Penha. Diário da Noite, 21 de abril de 1930. [6] Diario da Noite, 17 de maio de 1930. [7] Diário da Noite, 4 de junho de 1930. Vale lembrar que as eleições para presidente de 1º de março de 1930, tiveram a participação de pouco mais de 1.800.000 eleitores, daí a comparação do jornal entre a importância atribuída ao concurso e o pleito para presidente. [8] O Malho, 14 de junho de 1930. João Malaia Historiador, realizou tese de doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo sobre a inserção de negros e portugueses na sociedade carioca por meio da análise do processo de profissionalização de jogadores no Vasco da Gama (1919-1935). Realizou pós doutorado em História Comparada na UFRJ pesquisando as principais competições internacionais esportivas já sediadas no Rio de Janeiro (1919 - 2016). Autor de livros como Torcida Brasileira, 1922: as celebrações esportivas do Centenário e Pesquisa Histórica e História do Esporte. Atualmente é professor do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atua como pesquisador do Ludens-USP. <b>Como citar SANTOS, João Manuel Casquinha Malaia. Russinho, 1930: leader dos footballers do Brasil. Ludopédio, São Paulo, v. 20, n. 4, 2011. Leia também: https://ludopedio.org.br/arquibancada/russinho-1930-leader-dos-footballers-do-brasil/ *************************************************************************************** *** Gilberto Gil fala sobre a cultura da Bahia | 1987 *** Roda Viva "É nova, fogosa, ingênua por força disso mesmo", disse Gilberto Gil ao descrever a cultura baiana. O cantor esteve no #RodaViva, em 1987. Assista ao trecho! *** RÉGUA E COMPASSO *** *** como acha um esquadro na chapa com o compasso Edson Teodoro Compartilhar https://www.youtube.com/watch?v=WRfmdmtAses ********************************************* *** *** Noel Rosa - Quem dá mais? *** Noel Rosa Noel Pela Primeira Vez (Volume 2 CD 4 Faixa 11) Intérprete: Noel Rosa // Músicos: Orquestra Copacabana. Composição: Noel Rosa Ano de composição: 1932 Quem dá mais por uma mulata que é diplomada Em matéria de samba e de batucada Com as qualidades de moça formosa Fiteira, vaidosa e muito mentirosa? Cinco mil réis, duzentos mil réis, um conto de réis! Ninguém dá mais de um conto de réis? O Vasco paga o lote na batata E em vez de barata Oferece ao Russinho uma mulata Quem dá mais por um violão que toca em falsete Que só não tem braço, fundo e cavalete Pertenceu a Dom Pedro, morou no palácio Foi posto no prego por José Bonifácio? Vinte mil réis, vinte e um e quinhentos, cinquenta mil réis! Ninguém dá mais de cinquenta mil réis? Quem arremata o lote é um judeu Quem garante sou eu Pra vendê-lo pelo dobro no museu. Quem dá mais por um samba feito nas regras da arte Sem introdução e sem segunda parte Só tem estribilho, nasceu no Salgueiro E exprime dois terços do Rio de Janeiro Quem dá mais? Quem é que dá mais de um conto de réis? (Quem dá mais? Quem dá mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três!) Quanto é que vai ganhar o leiloeiro Que é também brasileiro E em três lotes vendeu o Brasil inteiro? Quem dá mais? Por Samuel Machado Filho: "'Samba humorístico' de Noel sem parceiro, subintitulado "Leilão do Brasil", e por ele gravado na Odeon em 2 de julho de 1932, disco 10931-A, matriz 4472. O Russinho a que se refere a letra foi eleito pelo Vasco da Gama como jogador de futebol mais popular do Brasil em 1930, ano de sua composição, sendo a "barata" o carro esporte da marca Chrysler que recebeu como prêmio." https://www.youtube.com/watch?v=9NJGfRb_s4w *********************************************** "LAMENTÁVEL" Gilberto Gil é hostilizado no Qatar; políticos se solidarizam Apoiadores do presidente Bolsonaro xingaram o cantor e sua mulher; Lula, Janja e Alckmin se manifestaram sobre o caso ***
*** Gérard Giaume/Reprodução/Twitter - @gilbertogil Gilberto Gil (foto) avaliou o caso como uma “coisa estúpida” decorrente do que chamou de “3º turno” das eleições *** PODER360 27.nov.2022 (domingo) - 12h43 O cantor Gilberto Gil e sua mulher, Flora Gil, receberam a solidariedade de políticos como o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de terem sido hostilizados verbalmente por um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), no Qatar, na 5ª feira (24.nov.2022). O vídeo do caso viralizou nas redes sociais durante o final de semana. O artista, que foi ministro da Cultura de 2003 a 2008, acompanhava o jogo da seleção brasileira contra a Sérvia na Copa do Mundo e foi abordado com xingamentos. No vídeo, os apoiadores do atual presidente xingam o cantor de “filho da puta” e o agradecem de forma irônica pela Lei Rouanet. Antes disso, gritavam: “Vamo Bolsonaro [sic].” Assista ao momento em que bolsonaristas abordam Gilberto Gil (1min10s): *** Neste domingo (27.nov), Gil agradeceu por meio de uma publicação no Instagram ao apoio que ele e sua mulher receberam. Avaliou o caso como uma “coisa estúpida” decorrente do que chamou de “3º turno”, se referindo às manifestações contrárias ao resultado do 2º turno das eleições realizadas no país. “Obrigado a todos pela corrente de solidariedade, aos amigos que ligaram e se manifestaram nas redes sociais. Amanhã [28.nov] estaremos torcendo pela seleção brasileira e por um Brasil sem ódio”, disse o cantor. Assista à manifestação do cantor sobre o caso (1min02s): *** *** No Twitter, a mulher do presidente eleito, a socióloga Janja, informou que falou por telefone com Gilberto Gil, a quem se referiu como “patrimônio da música brasileira”, e pediu que o agressor fosse identificado para que “responda pelo seu ato”. Também pelo Twitter, Lula citou o post de Janja para manifestar sua solidariedade a Gil e Flora. Afirmou que o cantor e ex-ministro é “um dos maiores brasileiros da história”. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse em seu perfil no Twitter que o episódio no Qatar foi “lamentável”. “Gilberto Gil é um gênio e símbolo da nossa cultura, que deve ser respeitado, como todos os brasileiros”, afirmou. Leia outras reações de políticos ao caso: https://www.poder360.com.br/brasil/gilberto-gil-e-hostilizado-no-qatar-politicos-se-solidarizam/ *********************************************************************************** *** Quem Dá Mais Antonio Marcos Eu quero me ver em 1996 Pois eu quero saber como vão ser as coisas por lá Eu preciso me ver em 1996 E dizer sim ou não aos processos de vida de lá Outro dia eu sonhei que estava numa arena gigante Era eu o mais caro objeto vendido em leilão Gargalhadas soavam por toda essa arena mercante E eu era um palhaço sem graça vendido em leilão E eu olhava tudo calado E eu levava fé nessa mão E eu ouvia os preços gritados E eu calava o meu coração (2x) Quem dá mais por um cara que ousou acreditar nos seus Quem dá mais por um homem que insiste na palavra Deus Quem dá mais por um louco que discorda do computador Quem dá mais por um velho ultrapassado que ainda crê no amor Fui vendido afinal como tudo no grande mercado Mas meu medo acabou quando alguém me tocando falou: Este povo um dia já foi por meu pai perdoado E eu também fui vendido, pregado e nada mudou compositores: JOSE ROBERTO MONTEIRO SURIAN álbum Focus - O Essencial De Antonio Marcos - Antonio Marcos Gravadora: RCA Records Label Ano: 1999 Faixa: 10 https://www.kboing.com.br/antonio-marcos/quem-da-mais/ ********************************************************** *** Reinaldo: Alexandre enquadra Valdemar e golpistas *** Rádio BandNews FM 24 de nov. de 2022 https://www.youtube.com/watch?v=UoL66lvxjP0 ********************************************
*** Sequência Ver novos Tweets Conversa Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel Há semelhanças notáveis entre o Novo e o partido Alternativa para a Alemanha (AfD).Ambas as agremiações tinham inicialmente um posicionamento conservador, pró-mercado e ligeiramente anti-establishment,mas faziam parte do mainstream democrático.Ambas acabaram se radicalizando🧵👇 8:41 PM · 26 de nov de 2022 ·Twitter Web App 853 Retweets 90 Tweets com comentário 7.249 Curtidas Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel · 20 h Em resposta a @OliverStuenkel Tanto quanto o Novo, o AfD, fundado em 2013, foi criado por pessoas que faziam parte da elite. Entre os fundadores do AfD, há professores universitários de economia e de direito e lideranças empresariais alemãs incomodadas com a postura pró-União Europeia de Angela Merkel. Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel · 20 h Bernd Lucke, um dos fundadores, tinha convicções políticas relativamente parecidas com as de João Amoêdo, pessoa-chave na criação do Novo. Lucke saiu do partido em 2015, dizendo que discordava profundamente das correntes anti-democráticas que haviam tomado conta do partido. Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel · 20 h João Amoêdo, que anunciou sua desfiliação do Novo ontem, disse que o partido agora "ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia", praticamente a mesma justificativa usada por Bernd Lucke em 2015 ao anunciar sua saída do AfD. Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel · 20 h Há várias diferenças, é claro. O AfD é muito mais radicalizado hoje e está sob observação do serviço de inteligência do Estado alemão, que descreve uma corrente do partido como "um movimento extremista de direita contra a ordem básica democrática livre". Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel · 20 h Enquanto políticos não-radicalizados, como Romeu Zema, permanecem no Novo, quase todos os políticos de linha semelhante à do governador de MG saíram do AfD, que começou a atrair número crescente de xenófobos, seguidores de teorias da conspiração e admiradores de Vladimir Putin. Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel · 20 h Além disso, como lembra @jeanstruck , o AfD conta com 81 deputados no parlamento da Alemanha e mudou o cenário político alemão, enquanto o Novo não soube se consolidar como um dos principais partidos brasileiros. Oliver Stuenkel 🇧🇷 @OliverStuenkel · 20 h O recuo tanto de Bernd Lucke quanto de João Amoêdo sugere que é difícil ser um partido direitista com uma narrativa anti-establishment sem acabar sendo engolido for forças mais à direita, parte das quais não tem compromisso firme com a ordem democrática. https://twitter.com/oliverstuenkel/status/1596650501465964544?s=48&t=u0asjBf1jkuKJeSfpwAiUg ******************************************************************************************** "Se preparem para uma aula que vem aí." Pedro Doria Meio *** Bruno Wanderley dá aula da política brasileira nos últimos 10 anos | Conversas *** Meio 2 de nov. de 2022 Enfim, acabaram as eleições. Lula ganhou por pouco e tem um desafio imenso pela frente. No programa de hoje, o cientista político Bruno Wanderley Reis dá uma aula do que aconteceu no Brasil desde 2013 e conta quais são as chances de Lula conseguir reconstruir nossa República. __ CONVERSAS COM O MEIO https://www.youtube.com/watch?v=bZ1qlEnZPgg ********************************************** "QUANDO ALGUÉM TE CONVIDA PRA UMA FESTA CÓSMICA, VOCÊ VAI COM ALEGRIA." Escritor Jorge Caldeira toma posse na Academia Brasileira de Letras A cerimônia de posse do escritor e cientista social Jorge Caldeira foi realizada na sexta-feira, 25 de novembro, às 20h, no Petit Trianon, na sede da Academia Brasileira de Letras, no Centro do Rio. O evento, exclusivo para convidados, foi transmitido ao vivo pelo site da ABL e pelo canal de Youtube da instituição. Jorge Caldeira passou a ocupar a Cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo a Acadêmica Lygia Fagundes Telles, que faleceu no dia 3 de abril de 2022. Os ocupantes anteriores da Cadeira 16 foram: o crítico literário Araripe Júnior (fundador) – que escolheu como patrono o poeta Gregório de Matos -, Félix Pacheco e Pedro Calmon. O Acadêmico eleito Jorge Caldeira será recebido pelo Acadêmico Celso Lafer. Eleito para integrar a ABL no dia 7 de julho de 2022, Jorge Caldeira é escritor, doutor em Ciência Política e mestre em Sociologia e bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). É um especialista na história do Brasil. Nos últimos anos, dedicou-se a analisar a questão ambiental. No seu discurso de posse, ele ressaltou a importância da Academia Brasileira de Letras e citou a sua capacidade de eternizar uma obra e manter o equilíbrio entre a fala e a escrita: "Para restaurar o equilíbrio perdido, criar um futuro, é necessário tratar da natureza como um jardim. Como uma nova construção do homem. E lembrar que o Paraíso é descrito como jardim. Esse grande jardim pode ser o Brasil. O país tem a natureza mais produtiva do planeta. Precisa saber dar valor a ela, pensar nela. Só assim o homem brasileiro capturará, como dinheiro, o preço do carbono. Esta será a fonte de riqueza, numa economia de equilíbrio entre homem e natureza. Como se sabia desde sempre. Esta Academia Brasileira de Letras, organizada em torno de ritos milenares, é apropriada para momento. Mantém o equilíbrio entre fala e escrita, via o vocabulário ortográfico. Tem capacidade para fazer uma obra passar do nada para o cânone como fez com a de Gregório de Matos. Tem força para compilar, seja com dicionários ou coleções de fôlego. Coletivamente, encara o desafio de colocar "Brasil" em Letras, coisa que nenhum escritor isolado pode fazer", destacou. O ACADÊMICO Jorge Caldeira nasceu no dia 20 de dezembro de 1955, em São Paulo. Graduou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. É mestre e doutor em Ciência Política pela USP e autor de livros como Mauá, empresário do Império, do best seller A história da riqueza no Brasil, que analisa as bases e o desenvolvimento da nossa economia, costumes e governos. Também escreveu livros sobre Diogo Antônio Feijó, José Bonifácio, Noel Rosa, Ronaldo, Guilherme Pompeo, Júlio Mesquita e outros personagens citados em obras como “Brasil – A história contada por quem viu”, ”101 brasileiros que fizeram história” e “História do Brasil com empreendedores”. Atuou em diversas frentes do mercado editorial, como publisher da revista Bravo! Como jornalista, trabalhou nas revistas Bravo, Exame e Isto É, e no jornal Folha de S.Paulo, sendo porteriormente editor de todas elas. Foi também consultor do projeto Brasil 500 anos, da Rede Globo. 22/11/2022 https://www.academia.org.br/noticias/escritor-jorge-caldeira-toma-posse-na-academia-brasileira-de-letras ********************************************************************************************************* *** Entrevistas | Canal UM BRASIL Uma nova história da riqueza no Brasil, por Jorge Caldeira *** FecomercioSP Compartilhar 6 de jul. de 2018 O jornalista e escritor Jorge Caldeira fala ao UM BRASIL sobre o seu livro “História da riqueza no Brasil: Cinco séculos de pessoas, costumes e governos”. A obra utiliza uma abordagem metodológica inovadora, fazendo uma releitura da história brasileira por meio da antropologia e da econometria. Um novo olhar que confronta narrativas consagradas sobre a economia do País. Nesta conversa com Thais Herédia, Caldeira reconta a trajetória da produção nacional do Brasil Colônia até os dias atuais; refuta a noção de economia de subsistência, se apoiando em evidências de uma elevada produtividade de algumas etnias indígenas; e comenta os acertos e tropeços de políticas que moldaram nossa economia. Explica, ainda, como surgiu a identidade empreendedora do brasileiro. Para saber mais, acesse: umbrasil.com © FecomercioSP 2018. Todos os direitos patrimoniais relativos ao conteúdo desta obra são de propriedade exclusiva da FECOMERCIO-SP, nos termos da Lei nº 9.610/98 e demais disposições legais aplicáveis à espécie. A reprodução total ou parcial é proibida sem autorização. As opiniões expressas neste canal não refletem, necessariamente, a posição da FecomercioSP. https://www.youtube.com/watch?v=44VKY_emoPo *********************************************** *** GREG NEWS | CARTA AO LULA *** HBO Brasil Estreou em 25 de nov. de 2022 Confira o 19º episódio da sexta temporada do Greg News, com Gregorio Duvivier! Toda sexta, às 23h, você assiste a um novo episódio na HBO Brasil. Para ver o Greg News na íntegra: hbomax.com/br https://www.youtube.com/watch?v=cf_sHldG9c4 *********************************************

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