Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
POVO, PESSOAS E GENTE
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"... do Vôlei
pra Vida,
obrigada
Izabel..."
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Gente
Caetano Veloso
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Gente olha pro céu
Gente quer saber o um
Gente é o lugar
De se perguntar o um
Das estrelas se perguntarem se tantas são
Cada, estrela se espanta à própria explosão
Gente é muito bom
Gente deve ser o bom
Tem de se cuidar
De se respeitar o bom
Está certo dizer que estrelas
Estão no olhar
De alguém que o amor te elegeu
Pra amar
Marina, Bethânia, Dolores,
Renata, Leilinha,
Suzana, Dedé
Gente viva, brilhando estrelas
Na noite
Gente quer comer
Gente que ser feliz
Gente quer respirar ar pelo nariz
Não, meu nego, não traia nunca
Essa força não
Essa força que mora em seu
Coração
Gente lavando roupa
Amassando pão
Gente pobre arrancando a vida
Com a mão
No coração da mata gente quer
Prosseguir
Quer durar, quer crescer,
Gente quer luzir
Rodrigo, Roberto, Caetano,
Moreno, Francisco,
Gilberto, João
Gente é pra brilhar,
Não pra morrer de fome
Gente deste planeta do céu
De anil
Gente, não entendo gente nada
Nos viu
Gente espelho de estrelas,
Reflexo do esplendor
Se as estrelas são tantas,
Só mesmo o amor
Maurício, Lucila, Gildásio,
Ivonete, Agripino,
Gracinha, Zezé
Gente espelho da vida,
Doce mistério
compositores: Moraes Moreira, Abel Silva
Bicho (1977) - Caetano Veloso
Gravadora: Universal Music
Ano: 1977
Faixa: 3
https://www.kboing.com.br/caetano-veloso/gente/
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Percolação em redes isotropicamente direcionadas
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quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Luiz Carlos Azedo - O general e a gênese do golpismo castrense
Correio Braziliense
Desde de 1964, nunca houve tanta agitação a favor de um golpe militar como a que estamos assistindo desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ontem, Dia da Proclamação da República, seria apenas mais um dia em que gente muito fanática, defensora de uma intervenção militar, protestasse à porta dos principais comandos militares do país, entre os quais os do Planalto, em Brasília — onde reside a maioria dos generais de quatro estrelas —, e no Rio de Janeiro, que abriga o maior contingente militar do país. Seria apenas mais um dia de vigília bolsonarista, não fosse o Twitter do general Eduardo Villas Boas, uma indiscutível liderança militar, endossando as manifestações golpistas e pondo mais lenha na fogueira.
O ex-comandante do Exército poderia ter ficado na dele, mas não: decidiu surfar os protestos para reafirmar sua liderança junto aos descontentes com a derrota do presidente Jair Bolsonaro e, talvez, na tropa que está na ativa. “A população segue aglomerada junto às portas dos quarteis pedindo socorro às Forças Armadas. Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos poderes, ameças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral”, afirma.
Com isso, o velho general alimentou ainda mais as infundadas críticas e maliciosas suspeitas ao resultado das urnas, com a mesma ambiguidade com que Bolsonaro silencia diante do resultado oficial da eleição, e não reconhece publicamente a inequívoca vitória de Lula. Pelo custo e envergadura da mobilização, que ontem completou duas semanas, é evidente a existência de um forte movimento de extrema direita, organizado com o propósito de melar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Villas Boas critica a imprensa por não dar aos manifestantes a importância que gostaria: “Talvez nossos jornalistas acreditem que ignorando a movimentação de milhões de pessoas elas desaparecerão. Não se apercebem eles que ao tentar isolar as manifestações podem estar criando mais um fator de insatisfação. A mídia totalmente controlada nos países na Cortina de Ferro não impediu a queda do Muro de Berlim. A História ensina que pessoas que lutam pela liberdade jamais serão vencidas”, afirma.
Com fina ironia, inverteu o significado histórico de um velho bordão das esquerdas contra as ditaduras: “O povo unido jamais será vencido!”. No dia 29 de outubro, véspera da eleição, Villas Boas havia publicado um tuíter no qual traçou um cenário catastrófico em caso da vitória de Lula, o quem tudo a ver com a sua manifestação de ontem.
O golpe de 1889
Não poderia haver data mais simbólica para a manifestação e a posicionamento de Villas Boas. A Proclamação da República foi um golpe militar, que se apropriou do movimento republicano com o propósito de implantar uma ditadura, como acabou ocorrendo por duas vezes, na Revolução de 1930 e no golpe militar de 1964. O Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), principal chefe do Exército brasileiro, foi praticamente arrancado da cama, em 15 de novembro de 1889, para destituir a Monarquia.
Fora escolhido para liderar o levante militar pelos jovens oficiais liderados por Benjamin Constant (1836-1891), professor da Escola Militar da Praia Vermelha e expoente do Positivismo no Brasil, a doutrina que impregnou de tal forma a política brasileira que sua síntese até está bordada na bandeira nacional: “Ordem e Progresso”.
Democracia não é um valor universal no ideário positivista. O golpe foi rocambolesco. Reunidas as tropas no Campo de Santana, onde hoje está localizada a Praça da República e o Quartel General do Comando do Leste, Deodoro derrubou o gabinete do Visconde Ouro Preto e voltou para casa. Somante mais tarde, o velho e adoentado marechal foi convencido a assinar o documento que extinguiu a monarquia, que durava já 70 anos.
O imperador Dom Pedro II foi banido do Brasil com a família, e embarcou rumo à Europa na madrugada do dia 17 de novembro, sem entender direito as razões de sua queda. A população somente soube mais tarde desses acontecimentos. Para evitar uma guerra civil, dom Pedro II não quis resistir, após 49 anos de reinado. Sabia que elite brasileira estava insatisfeita desde o fim da escravidão, em 1888.
Entretanto, não acreditava que os militares (irritados com os salários e desprestígio desde a Guerra do Paraguai) e os cafeicultores (que exigiam indenizações pela abolição da escravatura) o destituíssem. Muito menos a Igreja Católica, apesar de insatisfeita com o padroado (sua prerrogativa de preencher os cargos eclesiásticos mais importantes) e o seu beneplácito (aprovação das ordens e bulas papais para que fossem cumpridas, ou não, em território nacional), que já haviam provocado uma crise com o Vaticano, de 1872 a 1875. É que os sacerdotes eram tratados como funcionários públicos, recebendo salários da Coroa — teoricamente não apoiaram um Estado laico, republicano.
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"...Vamos enfrentar em 2023 um cenário externo adverso. Causado pela recessão norte-americana que se avizinha e pelo aumento da taxa de juros nos Estados Unidos que tem um efeito ... é ... digamos... que percola por toda atividade econômica mundial. Também pelas dificuldades da China."
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Daniel Reisda CNN
15/11/2022 às 14:21 | Atualizado 15/11/2022 às 14:39
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O ex-presidente do Banco Central e do BNDES Pérsio Arida defendeu que o Brasil abra seu comércio ao mundo e realize as reformas de Estado e tributária, em fala durante evento em Nova York, nesta terça-feira (15).
Ao discursar a empresários, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e autoridades presentes no Lide Brazil Conference, Arida afirmou que o principal desafio econômico do país é crescer de forma “inclusiva e sustentável” e lamentou que o Brasil tenha decepcionado nesse quesito.
O economista, que foi um dos idealizadores do Plano Real, elencou três ações necessárias para que o país retome o crescimento, começando pela abertura de comércio com o mundo.
“O Brasil tem que abrir a sua economia, firmar o acordo do Mercosul com a União Europeia, entrar na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] e tomar as medidas necessárias para se integrar ao máximo na economia mundial. Esse é o caminho, inclusive, para ter mais produtividade e conseguir atrair mais capitais para o Brasil”, afirmou Arida.
Segundo o economista, a ideia de “cortar canais com o resto do mundo não faz sentido”. Ele integra a equipe econômica do grupo de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Ele mencionou o agronegócio brasileiro como “o nosso principal exemplo de sucesso” por possuir tecnologia e estar voltado essencialmente ao mercado externo. “É esse o nosso caminho. Não há economia que tenha se desenvolvido no mundo das economias emergentes sem ser uma economia aberta. O Brasil é uma economia fechada”, disse.
Ao abordar a reforma de Estado, Arida ressaltou que muitas mudanças atravessam questões culturais do país. “Sobretudo, na forma pelo qual o Estado é gerido”, pontuou.
Segundo ele, atualmente o Estado gasta muito, mas gasta mal, e é “percebido publicamente como ineficiente”. Em sua avaliação, é necessário revisar os gastos públicos para aferir se esses fazem sentido ou não no atual contexto.
“Há camadas e camadas de gastos que perderam muitas vezes o sentido, estão mal focalizados, podem ser eliminados, reduzidos de uma forma mais eficiente sem prejudicar a qualidade do serviço”, destaca Arida.
Ele acredita que o Brasil deveria repetir o Spending reviews, modelo aplicado em outros países para revisão de gastos de forma independente.
Arida também defendeu uma reforma da tributação para um modelo tributário “mais justo”. “Hoje é um fato que a tributação atinge desproporcionalmente os mais pobres”, disse.
“O Brasil tem um contencioso tributário que fala por si. O tamanho do contencioso tributário nos diz que nosso sistema funciona mal. Arrecada muito, mas funciona mal”, destacou o idealizador do plano real.
Para ele, as reformas já se mostraram importantes para o crescimento de outros países. “Se nós olharmos na América Latina, não tem nenhum motivo para o Chile crescer mais que o Brasil todos os anos nos últimos 20 anos. Exceto pelo fato de que o Chile fez reformas antes do Brasil”,
Arida mencionou que o país enfrentará um cenário externo adverso em 2023 diante da recessão nos Estados Unidos, com a alta na taxa de juros, e pelas dificuldades econômicas na China.
Apesar disso, o economista destacou que o país deve ter grandes ambições. “Não tenho a menor dúvida de que podemos e devemos ambicionar o nível mais alto de crescimento econômico”.
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Pérsio Arida
Reforma tributária
https://www.cnnbrasil.com.br/business/em-ny-persio-arida-defende-abertura-de-mercado-e-reformas-para-pais-crescer/
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Um Brasil
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quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Sergio Fausto* - Desintoxicação política
O Estado de S. Paulo
Extensa e complexa, a agenda de normalização do País deve ser enfrentada com serenidade, mas com firmeza
Levará tempo para dissipar o veneno que impregnou a atmosfera política brasileira nos últimos anos. A boa gestão da economia pelo futuro governo é condição necessária para que isso ocorra. Mas não é condição suficiente.
A impregnação vem de longe, ao menos desde 2014, quando se fez “o diabo” para reeleger Dilma e, em seguida, para apeá-la do poder. O processo ganhou intensidade e escala sem precedentes nos últimos quatro anos e atingiu seu ponto de saturação máximo nesta campanha eleitoral. As cenas vistas nos últimos dias mostram aonde chegou o delírio promovido pelo autoritarismo bolsonarista.
O ovo da serpente começou a ser chocado quando a disputa normal entre as forças democráticas se tornou uma luta destrutiva entre “nós” e “eles” e se acirrou a competição por mais recursos privados para o financiamento da atividade política, com as consequências conhecidas. A Lava Jato saiu dos trilhos, mas os esquemas de corrupção eram reais. A dura travessia do mandato presidencial que agora se encerra deve servir de lição definitiva para que o erro e o pecado não se repitam.
Além da antipolítica, o bolsonarismo mobilizou um anticomunismo primitivo e o temor à dissolução dos valores e da família tradicionais, instrumentalizando o cristianismo para ambos os fins. Criou fantasmas, inflados à base de notícias fraudulentas e distorções da realidade factual, para despertar sentimentos paranoicos de ameaça. A desinflação desses fantasmas é essencial para o País voltar à normalidade.
Toda paranoia requer um grão de verdade para ganhar asas e se descolar da realidade. A resistência do PT a chamar os regimes autoritários ditos de esquerda na América Latina pelo que são (ditaduras, nos casos de Cuba e Nicarágua, e quase ditaduras, no da Venezuela) e a criticar a violação de direitos humanos nesses países serviu de alimento para a mensagem infundada de que, com Lula, o Brasil caminharia para o socialismo. Para piorar, houve prodigalidade nos empréstimos estatais feitos a grandes empreiteiras brasileiras para a realização de obras nesses países. Juntando uma coisa e outra, a extrema-direita formou a dupla de ataque comunismo-corrupção. Desarticulá-la requer do novo governo deixar claro, por palavras e atos, que não se moverá, na política externa, por velhas paixões ou eventuais simpatias ideológicas (ao contrário do que fez o governo Bolsonaro).
Também em relação ao conservadorismo moral, trata-se de colocar a bola no chão. Na análise das pesquisas qualitativas que há muito tem feito com grupos evangélicos, a socióloga Esther Solano chama a atenção para o fato de que, entre eles, estão longe de ser uniformes as opiniões sobre gênero, sexualidade e família. Há unanimidade na rejeição ao que, aos olhos de mulheres pobres conservadoras, é percebido como uma tentativa de imposição de padrões morais estranhos ao universo ao qual pertencem. Mas existe amplo espaço de diálogo sobre temas como a violência contra as mulheres, as desigualdades de gênero no mercado de trabalho e a sobrecarga feminina no cuidado com crianças e idosos da família. O fortalecimento de políticas públicas voltadas para atenuar ou resolver esses problemas limitará as possibilidades de manipulação de temores de ordem moral pela extrema-direita. Além de implementá-las, o novo governo deve fazer a mediação política entre os grupos progressistas engajados com a agenda de gênero, sexualidade e direitos reprodutivos e a maioria mais conservadora na sociedade e, principalmente, no Congresso, para não cair em armadilhas como a do impropriamente chamado “kit gay”.
Outra tarefa inadiável será restabelecer a normalidade das relações entre civis e militares, que começou a sair dos eixos no governo Dilma Rousseff e descarrilou com Bolsonaro. De um lado, é preciso desmilitarizar o governo e, de outro, prestigiar as Forças Armadas como instituição do Estado brasileiro. Cicatrizar as feridas abertas pelo golpe de 1964 e pela violação de direitos humanos durante o regime autoritário levará tempo. Não se trata de esquecer o que ocorreu no passado, mas sim de concentrar a atenção no que é preciso fazer agora, sem agravar tensões contraproducentes.
Na mesma linha, importa despolitizar a Polícia Rodoviária Federal, reforçar a gestão profissional da Polícia Federal e restabelecer a autonomia da Procuradoria-Geral da República. A instrumentalização maior ou menor desses órgãos do Estado em favor do projeto político de Bolsonaro foi parte central da estratégia de ataque às instituições democráticas. Que o projeto tenha fracassado não exime de responsabilidade aqueles que dele participaram. Quem, comprovadamente, tenha atuado no financiamento e na organização de atos visando a ameaçar a ordem democrática e a integridade física de ministros do STF, coagir eleitores e jornalistas, entre outros crimes, deve sofrer as consequências do que fez, assegurados o pleno direito de defesa e a presunção de inocência.
Extensa e complexa, a agenda de normalização do País deve ser enfrentada com serenidade, mas com firmeza.
*Diretor-Geral da Fundação FHC, é membro do Gacint-USP
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Política: Quem manda. Por que manda. Como manda. (Resenha)
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Compreender o cenário político atual é extremamente complexo. Até os mais experientes jornalistas e cientistas políticos não conseguem compreender totalmente o que se passa, visto que são muitas as variáveis históricas, estruturais e constitucionais. Na minha opinião, tudo se resume a um Estado extremamente inchado, burocrático, ineficiente e corrupto, que rouba várias de nossas liberdades.
Assim, para ter apenas uma vaga ideia do que está acontecendo, é necessário compreender como funciona a estrutura política da nossa suposta democracia. Entender o que é esse tal de “presidencialismo”, a tal da “independência entre os poderes”, as diferenças entre regimes democráticos e ditatoriais, a constituição, o sistema eleitoral e os partidos, pode nos ajudar a ter uma pequena visão de como as coisas são absurdas nesse país.
A obra “Política: Quem manda. Por que manda. Como manda” (Editora Objetiva, 2010, 187p.) pode nos ajudar a entender o que se passa na estrutura política do Brasil. De autoria do brilhante João Ubaldo Ribeiro (23/01/1941-18/07/2014), escritor, jornalista e mestre em Administração Pública e Ciência Política, essa obra elucida questões complexas de maneira simples, objetiva e com muita profundidade. Logo na primeira página do livro vemos a seguinte frase que define muito bem a obra: “CURSO PRÁTICO ELEMENTAR, PARA TRABALHADORES, DONAS DE CASA E O POVO EM GERAL”.
Questões sobre Estado e Nação; a relação entre o Estado e o indivíduo; a constituição; sistemas eleitorais; partidos políticos e diversas outras questões são abordadas de maneira acessível ao público leigo, sem usar jargões ou termos técnicos, fazendo da obra, algo necessário nas escolas e nos lares.
O autor, além de ser um exímio escritor, preza pela ética, visto que não defende uma visão particular, ou seja, se limita a mostrar como as coisas funcionam, fornecendo uma sólida base de conhecimento para que o leitor se apoie em sua busca intelectual.
Considero essa obra o ponto de partida para todos os que querem começar a compreender como funciona nosso sistemas político. Recomendo!
https://www.jlgregorio.com.br/2018/07/02/politica-quem-manda-por-que-manda-como-manda-resenha/
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Hegel: do Estado surge o indivíduo e não o contrário
Assistir
Data do upload: 13 de set. de 2021
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Hegel: do Estado surge o indivíduo e não o contrário
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8
O Estado e o indivíduo
O Estado, é claro, não existe sem as pessoas que o integram, sem a
sociedade onde está implantado. E os relacionamentos possíveis entre o
Estado e os indivíduos são, como já temos idéia, múltiplos e variados. Mas,
para fins de análise, é possível fazer algumas abstrações e generalizações
— o que quer dizer, no caso, imaginar um indivíduo hipotético e procurar
visualizar que tipos de relacionamento esse indivíduo pode ter com o
Estado.
Como em muitos outros aspectos da Política, este também envolve
importantes implicações filosóficas, assim qualificadas porque abrangem
indagações permanentes a respeito da condição humana. Por exemplo,
alguém pode achar que o ser humano é um animal violento, egoísta e
predatório, cuja natureza requer permanente controle. Desta forma, o
Estado seria indispensável para proteger o homem de seus próprios
impulsos, protegê-lo de si mesmo, enfim. Alguém pode também pensar
que o homem é por natureza bom ou que tende para o bem, mas as
pressões da vida em comum com os outros o induzem a desenvolver
características negativas, o que tornaria necessária uma organização
estatal para impor a ordem, ainda que dentro de limites cuidadosos, que
não redundassem no esmagamento das liberdades do indivíduo.
Ainda outros podem concluir que o Estado é, na realidade, uma
espécie de perversão da raça humana, talvez até uma marca de seu
atraso, que todo governo é, em última análise, uma violência, que o
homem pode passar muito bem sem o Estado, substituindo-o por
organizações mais simples, que ordenem minimamente o trabalho e a
vida coletiva, sem a marca da autoridade caracterizadora da ação
estatal.
Finalmente, para encerrar este rosário de hipóteses (que estão
longe de esgotar todas as variações possíveis), é bem possível que alguém
considere o Estado a suprema evolução da vida humana em sociedade e
que, portanto, o indivíduo em si não tem importância perante o Estado,
existindo apenas para servi-lo, e não o contrário.
Podemos então concluir que há três atitudes básicas, dentro das
quais se encaixam todas as variantes e seus pormenores:
1) o Estado existe para servir ao indivíduo e à sociedade;
2) o indivíduo e a sociedade existem para servir ao Estado
e
3) o Estado existe porque, por enquanto, não temos outro
jeito, mas devemos fazer tudo para aboli-lo, pois é uma forma
insuportável de tirania, uma maneira de impor a vontade de
alguns sobre todos e um sintoma da baixa evolução da espécie
humana.
As teorias e as concepções em que se fundamentam essas posições
são, é óbvio, inconciliáveis entre si. O que uma tem como pressuposto
verdadeiro, a outra tem como falácia, e vice-versa. É também freqüente que
a teoria explicativa surja depois do estabelecimento do tipo de Estado a
que se aplica. Por exemplo, depois de instalado no poder o ditador pode
desenvolver, com a ajuda sempre disponível de intelectuais que auxiliam
ditadores, uma vasta teoria sobre como a ditadura dele é necessária,
com todo o substrato filosófico, sociológico e jurídico que ele julga
indispensável para legitimar-se. Naturalmente — e é o que acontece
muitas vezes —, essa teoria podia existir antes, pode não ser mais do
que a reunião interesseira de pensamentos de vários estudiosos, ou
ainda a expressão de uma escola de pensamento antes
desprestigiada, ou até o produto do trabalho de um só pensador de
maior relevância ou influência.
De qualquer maneira, uma teoria, por mais engenhosa que
fosse, nunca seria aplicada à realidade social e política se não
houvesse interesses concretos aos quais ela servisse. Se as
conseqüências práticas da aplicação de uma teoria interessarem a
alguns setores da sociedade, é claro que esses setores tenderão a
adotá-la como verdade, em oposição a outras maneiras de pensar. Se
esses setores assumirem o controle das decisões públicas, a teoria
adotada por eles passará a ser a oficial.
Opostamente, as teorias que procurem demonstrar a nãovalidade da teoria oficial e a resultante validade de posições
diametralmente diferentes interessarão às camadas da sociedade que
não têm participação efetiva nos mecanismos decisórios, ou que estão
oprimidas pelo sistema ou, ainda, meramente insatisfeitas. Não é
incomum que essa situação se radicalize a tal ponto, que até pensar
ou dar opinião baseada numa teoria que não interessa ao Estado é
considerado um ato anti-social, por assim dizer, um crime contra a
sociedade, uma ação subversiva, o que pode gerar uma reação
violenta por parte dos grupos que controlam o Estado.
O exposto acima não deve ser entendido como uma espécie de
chave para uma compreensão mecânica e simplória da realidade
sociopolítica, porque as coisas não funcionam de maneira tão singela
e transparente. A começar pelo fato de que, como veremos melhor
depois, é difícil que haja uma “verdade” social. Dizer, em relação à
vida da sociedade, “isto é o certo” ou “isto é o bom” é muito problemático
e duvidoso.
Se nas próprias ciências exatas, como a física, as dúvidas sobre essa
“verdade” já são muito grandes, imagine-se num terreno como a nossa
vida, em que, mesmo quando estamos tentando ser objetivos, não
podemos abstrair por completo a condição de seres humanos, carregados
de valores, símbolos e intenções.
Foi “verdade” durante muitíssimo tempo que algumas pessoas eram,
por natureza, destinadas à escravidão. E não se tratava de uma verdade
marginalizada, mas de algo que já teve dignidade científica, já foi
plenamente aceito como até constando da Ordem Divina, pelos elementos
mais respeitáveis das sociedades que, desde que o mundo é mundo,
mantiveram escravos, ou escolhidos entre inimigos vencidos, ou buscados
entre povos tecnologicamente mais atrasados, “feitos para a escravidão”.
De certa forma, pois, o ser humano faz sua própria verdade. A
verdade social e política termina por redundar na interpretação dos fatos
da existência humana, e o intérprete é o próprio homem, também
personagem dos fatos interpretados. A aceitação de certas “verdades”
importa sempre na aceitação de certas outras, que são seus pressupostos
ou suas conseqüências e implicações.
Por exemplo, é verdade que o Brasil não tem recursos para investir o
necessário no bem-estar da maioria de seu povo. É também verdade que
isto constitui uma contingência inevitável e que nem os próprios políticos
de oposição têm podido oferecer sugestões eficazes. Mas é também verdade
que parte da população, a minoria, vive muito mais ricamente do que
seria humanamente necessário e que essa vida é levada à custa da
miséria da maioria. Qual é a verdade? Há ou não há recursos? É possível
ou não modificar por completo a situação?
Como é verdade que não existem condições para alimentar e dar
trabalho aos pobres, quando muitos ricos não trabalham e jogam comida
fora, quando é comentado abertamente que os depósitos brasileiros
clandestinos no exterior sobem a várias dezenas de bilhões de dólares,
quando somos um dos maiores exportadores de gêneros alimentícios do
mundo e, ainda assim, periodicamente assistimos à perda de safras por
falta de infra-estrutura de armazenamento e transporte, além de também
presenciarmos a destruição de outras tantas safras — de pintos de um dia
a cebolas — pelos seus próprios produtores, movidos por distorções no
mercado? Cabe a cada um de nós examinar essas “verdades”.
Cabe também apontar que o fato de uma das teorias a que aludimos
anteriormente contrariar ou servir os interesses de determinados
segmentos da sociedade não significa que os indivíduos pertencentes a
esses segmentos percebam isso, tenham consciência disso. Ao contrário, é
muito comum que a maneira de pensar politicamente de cada pessoa seja
“emprestada”, o que, aliás, acontece em relação a quase tudo. Uma
pessoa nessa situação não vê o mundo de acordo com seus interesses,
mas de acordo com uma visão que lhe foi ensinada como a “certa”. Daí a
figura do escravo bonzinho, do Pai Tomás, do escravo que acredita que
de fato algumas pessoas nasceram para a escravidão ou para servir
incondicionalmente a um senhor, e que ele é uma dessas pessoas. Daí a
figura do jagunço nordestino que, mesmo pertencendo a uma classe
oprimida, se coloca a serviço do opressor, em troca de algumas vantagens
na verdade insignificantes.
E a máquina do Estado, sob a capa do interesse coletivo, em
muitos casos, dedica extraordinários esforços a manter essa situação, a
ponto de os indivíduos, muitas vezes com entusiasmo, perderem suas
próprias vidas para defender um sistema que não é absolutamente de seu
interesse — como acontece nas guerras em que morrem recrutas ou
voluntários miseráveis, até mesmo escravos, para defender ou impor um
Estado que os obriga a permanecer na miséria ou na escravidão. A
realidade social é fácil de perceber quando estamos falando
abstratamente sobre ela, mas esquiva quando estamos imersos nela.
É sempre um pouco enganoso colocar rótulos nas coisas, porque,
se os rótulos são adequados sob determinados pontos de vista, sob
outros não são. Mas vamos outra vez fingir que a realidade é mais simples
do que é e figurar o indivíduo hipotético de que falamos atrás em algumas
situações típicas.
a) o Estado de que Indivíduo é cidadão, através de um processo
mais ou menos longo e de uma liderança bem organizada, se
apresenta e se impõe como a própria encarnação da
nacionalidade, como o instrumento supremo de realização do povo.
Tudo, portanto, cai sob a ótica do Estado, que não pode ser
contestado, já que representa a vontade geral ou o “espírito do
povo”. Não se pode pensar ou agir de forma diversa, não há
interesse legítimo além do interesse do Estado, que orienta ou
tutela todas as atividades. Neste caso, Indivíduo é cidadão de um
Estado totalitário, uma espécie de ditadura amplíssima, como
aconteceu na Alemanha nazista ou na Itália fascista.
b) o Estado de que Indivíduo é cidadão não chega a ser
totalitário, ou seja, não desenvolveu instrumentos tão extensos
para o controle de todos os aspectos da sociedade. Entretanto, a
participação do cidadão nas decisões públicas é limitada, os
direitos e liberdades individuais são mais ou menos restritos, e há
uma margem considerável de arbítrio para os ocupantes do poder.
Neste caso, Indivíduo é cidadão de uma das muitas variantes de
Estado autoritário, o qual pode até nem manter um ditador
vitalício, mas substituí-lo rotineiramente por outros “da mesma
corriola”, preservando uma aparência de mudança que,
efetivamente, não existe. O exemplo aqui pode ser o Brasil mesmo,
entre 1964 e 1985.
c) o Estado de que Indivíduo é cidadão procura permitir um
grande número de liberdades individuais, assegurar a participação
de todos em muitas decisões públicas, através, por exemplo, de
eleições, referendos, plebiscitos etc. e da manutenção de um
esquema de representatividade responsável e efetiva. O Estado
obedece ainda a princípios e leis que não pode modificar, a não ser
pela vontade popular, expressa direta ou indiretamente. Neste caso,
Indivíduo é cidadão de uma das muitas variantes do Estado
democrático.
d) Indivíduo é cidadão de qualquer um desses Estados, mas não
suporta a existência de autoridade sobre sua pessoa e sobre os
outros, abomina toda espécie de interferência sobre sua liberdade
pessoal — desde o pagamento de impostos até a vacinação
obrigatória — e, em síntese, identifica qualquer tipo de governo
com uma forma mais ou menos insuportável de tirania. Aqui,
Indivíduo perfilha uma das muitas formas do anarquismo. Anarquia
significa “ausência de governo”, não necessariamente baderna ou
confusão. Neste caso, Indivíduo não quer ter relacionamento com
Estado nenhum, não quer ser cidadão.
e) Indivíduo, finalmente, é cidadão de um Estado que “fez a
Revolução”, ou seja, reverteu por completo a situação anterior,
reformulou toda a estrutura social, econômica e institucional.
Neste caso, Indivíduo pode ser obrigado, de maneira semelhante à
que vigora no Estado totalitário mencionado acima, a não desviar
sua conduta dos padrões estabelecidos pelo esquema revolucionário,
pois a Revolução terá sido popular e representa os interesses da
maioria. Além disso, pode ser que a ideologia oficial desse Estado
considere o totalitarismo, bem como a ausência de mecanismos
formais semelhantes aos das chamadas democracias, uma simples
fase anterior à da verdadeira democracia, que ocorreria quando,
depois desse período ditatorial, o espírito da Revolução como que
se automatizasse e a sociedade funcionasse sem a necessidade de
instrumentos coercitivos e do aparato estatal como o conhecemos.
Ou seja, esse Estado, em última análise, evoluiria para uma
espécie de anarquia, no sentido que já vimos. Indivíduo, neste
último caso, seria possivelmente cidadão de um Estado socialista,
submetido a uma ditadura do proletariado e mantido na convicção
de que a humanidade é tão aperfeiçoável que um dia prescindirá de
qualquer tipo de Estado. Mas o que se alega freqüentemente é
que, tanto no caso do item a como no caso deste item, Indivíduo
estará pura e simplesmente numa ditadura, só que a primeira de
direita e esta de esquerda.
O esquema acima é incompleto e generalizador, mas deve bastar
para que se tenha uma compreensão inicial do assunto, a ser
complementada depois com outras informações. Na verdade, os esquemas
sempre empobrecem a realidade, e nada substitui o exame dos casos
concretos, à medida que eles nos apareçam. Cada Estado enquadrável nos
vários itens tem características específicas, e os modelos genéricos servem
apenas como pontos de referência.
*
1 “O homem vive pensando em passar os outros para trás, e
qualquer pessoa, se não for controlada, termina por impor sua
vontade contra as outras, inclusive pela violência.” Invente um
Estado com base neste pressuposto.
2 “O povo é ignorante e primitivo e, portanto, precisa de uma
direção permanente e esclarecida.” Faça a mesma coisa aqui que
em relação ao caso precedente.
3 Na sua opinião, numa ditadura do proletariado, o Estado existe
para servir ao indivíduo ou o indivíduo existe para servir ao
Estado?
4 Você acha possível, ainda que em termos muito hipotéticos, uma
sociedade desenvolvida onde não haja Estado? Solte a imaginação.
5 “O governo deve ser deixado a cargo dos especialistas e o povo vai
cuidando de sua vida, cada qual fazendo aquilo de que entende.”
Comente as implicações desta afirmação.
6 “Uns nasceram para mandar, outros para obedecer.” Faça a mesma
coisa aqui que em relação ao item anterior.
7 Um indivíduo nascido em situação social e econômica ruim, sem
instrução ou qualificação, se põe a serviço de um poderoso e
passa a desfrutar de várias regalias disso decorrentes. Você acha
que esse indivíduo passou a pertencer à classe dominante?
8 O Estado brasileiro de hoje é democrático?
9 Quantos tipos diferentes de Estado o Brasil já teve até hoje?
Descreva cada um deles.
https://mpassosbr.files.wordpress.com/2013/03/joc3a3o-ubaldo-ribeiro-polc3adtica-quem-manda-porque-manda-como-manda.pdf
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Permeabilidade dos solos
#5.0 - Percolação em fluxo bidimensional - [GEOTECNIA: MECÂNICA DOS SOLOS]
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Professor Klinger Senra | Geotecnia
7,74 mil inscritos
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17 de fev. de 2020
#Permeabilidade #Rededefluxo #Geotecnia
Aula teórica sobre percolação em fluxo bidimensional em solos, explorando os conceitos de rede de fluxo, linhas de fluxo, equipotenciais, faixas de perda de potencial e cálculo de vazão em fundações de barragens, válido para demais aplicações em obras de terra.
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Linhas de fluxo - Trabalho Interdisciplinar -
Marcus Gomes
há 4 anos
Sugerido por SME
System Of A Down - Aerials (Official HD Video)
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Título: Percolação em redes isotropicamente direcionadas
Autor(es): Noronha, Aurélio Wildson Teixeira de
Orientador(es): Andrade Júnior, José Soares de
Coorientador(es): Carmona, Humberto de Andrade
Palavras-chave: Percolação (Física estatística)
Teoria dos grafos
Data do documento: 2018
Citação: NORONHA, A. W. T. Percolação em redes isotropicamente direcionadas. 2018. 82 f. Tese (Doutorado em Física) – Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Resumo: Neste trabalho, estudamos o modelo de percolação em redes com ligações direcionadas preenchidas aleatoriamente em um estado intermediário entre o modelo de percolação padrão e o modelo de percolação direcionada, em específico, o caso isotrópico, no qual as ligações direcionadas são conectadas em um sentido ou em sentido oposto com a mesma probabilidade. Nós derivamos resultados exatos para a probabilidade crítica de percolação isotropicamente direcionada para as redes honeycomb e triangular que seguem a condição crítica $p_2 + p_1/2 = p_c$, onde $p_c$ é fração crítica de percolação clássica para as respectivas redes, $p_1$ é a probabilidade de ter uma ligação direcionada e $p_2$ é a probabilidade de ter uma ligação não direcionada, essas redes chamamos de redes de ligações mistas. Nós identificamos expoentes críticos universais, incluindo a dimensão fractal, de agregados fortemente conectados para redes planares e cúbicas. Estes expoentes críticos são diferentes da percolação clássica e da percolação direcionada. Em outras perspectiva, partindo de redes quadradas de ligaçoes mistas, estudamos o problema de caminhos ótimos e a fratura de caminhos ótimos. Encontramos que os expoentes críticos de caminhos ótimos são os mesmo de redes com ligações não direcionadas. No entanto, os expoentes da fratura de caminhos ótimos são diferentes para as redes não direcionadas e redes de ligações mistas.
Abstract: We investigate percolation on a randomly directed lattice, an intermediate between standard percolation and directed percolation models, focusing on the isotropic case in which bonds on opposite directions occur with the same probability. We derive exact results for the percolation threshold on honeycomb and triangular lattices, and present a conjecture for the value the percolation-threshold for in any lattice os given for $p_2 + p_1/2 = p_c$, where $p_c$ é standard critical percolation, $p_1$ is the probability of the lattice have a directed link and $p_2$ is the probability of the lattice have a undirected link that we call mixed-link lattices. We also identify presumably universal critical exponents, including a fractal dimension, associated with the strongly-connected components both for planar and cubic lattices. These critical exponents are different from those associated either with standard percolation or with directed percolation. In another perspective, begin mixed-link square lattices, we study the optimal paths and optimal crack paths in the lattices with directed links and undirected links and we found that optimal path critical exponents are the same for both standard percolation and isotropically directed lattices. However, the critical exponents from optimal path cracks are completely diferent in both lattice types and energy landscape disordered.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/37976
Tipo: Tese
Aparece nas coleções: DFI - Teses defendidas na UFC
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição Tamanho Formato
2018_tese_awtnoronha.pdf 22,15 MB Adobe PDF
https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/37976
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“Bolsonaro está quieto, mas não está parado. É estratégia!” l Dora Kramer
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Rádio BandNews FM
16 de nov. de 2022
https://www.youtube.com/watch?v=VBCLIeMECmY
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