segunda-feira, 14 de novembro de 2022

O consentimento dos perdedores

É doce morrer no mar ***
*** Marisa Monte e Cesaria Evora | É doce morrer no mar (Dorival Caymmi e Jorge Amado) *** É Doce Morrer No Mar Dorival Caymmi Ouça É Doce Morrer No Ma… *** *** Prof. José Roberto Mendonça de Barros:"Lula vai herdar uma difícil situação econômica". *** Compartilhar Estreou há 2 horas ************************* É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar Saveiro partiu de noite foi Madrugada não voltou O marinheiro bonito Sereia do mar levou É doce morrer A noite que ele não veio foi Foi de tristeza prá mim Saveiro voltou sozinho Triste noite foi prá mim É doce morrer Nas ondas verdes do mar meu bem Ele se foi afogar Fez sua cama de noivo No colo de Iemanjá É doce morrer Ouça É Doce Morrer No Ma… Composição: Dorival Caymmi / Jorge Amado.
*** segunda-feira, 14 de novembro de 2022 Marcus André Melo* - O consentimento dos perdedores Folha de S. Paulo Como as eleições impactam a avaliação da democracia e das instituições no eleitorado? "Nunca una victoria fue tan amarga, ni una derrota tan dulce" afirmou Felipe González após ser apeado do poder em 1996, após 14 anos no cargo. As pesquisas previam uma derrota esmagadora, mas a margem de vitória de seu adversário foi de pouco mais de 1%. A expectativa de que Lula derrotaria Bolsonaro por larga margem era também dada como certa; o placar final foi similar. Aqui o amargor aumenta pela vitória da oposição no Congresso, o que levou o ex-presidente a afirmar que não será um "governo do PT". O que é prudente, mas não totalmente crível. Como já observei aqui, dado à desproporcionalidade na distribuição de ministérios em seus governos anteriores, isto exigirá uma inversão radical. As nomeações para o governo de transição privilegiando integrantes do partido sinalizam na direção contrária; suas declarações sobre política econômica, idem. Lula manifestou o desejo de governar com "os perdedores das eleições". O contraste alvissareiro é com Allende e sua assertiva "No soy el presidente de todos os chilenos. No soy hipócrita"; ou do presidente do seu partido, Carlos Altamirano, "avanzar sin transar", ou seja, sem negociar. A derrota frente a G. W Bush, em 2002, não foi nada doce para Al Gore: "Que não haja dúvidas: embora eu discorde profundamente da decisão da Suprema Corte, eu a aceito". Bolsonaro levou dois dias para admiti-la, e a deixou implícita. Mas o jogo segue consistente com as análises na coluna sobre a democracia brasileira. O consentimento dos perdedores é um elemento central da democracia. E eles incluem candidatos e seu eleitorado. Segundo uma pesquisa Gallup, 97% dos eleitores de Gore acreditavam que ele ganhara a eleição, o que explica os protestos de rua ocorridos (vale rever o filme "Recount", de 2008). O impacto da derrota no eleitorado é o tema do monumental "Loser’s consent: elections and democratic legitimacy", que examina o gap ganhador-perdedor em várias dimensões. Assim, os perdedores avaliam pior: a qualidade da democracia; as instituições; a eficácia da participação política; a responsividade dos políticos; e que apoiadores de partidos perdedores que nunca governaram são o subgrupo mais crítico. E também que o gap é menor em democracias com desenho institucional proporcionalista; e maior entre grupos mais polarizados etc. Estas conclusões explicam o histrionismo da direita radical, que nunca governou; o STF vilipendiado antes, mas enaltecido agora; a fragmentação criando incentivos para a barganha, o que converte perdedores em quase ganhadores. O amargor da derrota é atenuado pelo imperativo das coalizões. O que fazer para que não degenerem em abuso? *Professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-professor visitante do MIT e da Universidade Yale (EUA). *****************************************
*** segunda-feira, 14 de novembro de 2022 Carlos Pereira - Será que Lula amadureceu? O Estado de S. Paulo Para governar de forma bem-sucedida, Lula precisará evitar os erros de gerência de coalizão do passado A nova distribuição partidária de cadeiras legislativas indica que o novo governo Lula necessitará construir uma coalizão se desejar governar de forma bem-sucedida. O índice de necessidade de coalizão (INC), que multiplica o número efetivo de partidos pela porcentagem de assentos não ocupados pelo partido do presidente, mede a vulnerabilidade partidária do presidente e determina as condições de barganha do governo gerado pelo resultado eleitoral. Para se ter uma ideia, nos governos Lula1 e Lula2, o INC foi de 71,3 e 79,8, respectivamente. Aumentou para 86,13 no Lula3, o que sugere que as condições de negociação serão ainda mais difíceis. Mesmo quando computadas todas as cadeiras que serão ocupadas pelos partidos de esquerda (PT/PV/PCdoB, PSOL/Rede, PSB e PDT), o governo teria o apoio de no máximo 125 deputados e 14 senadores, número claramente insuficiente para governar. Vale salientar, entretanto, que outros presidentes, como Temer, enfrentaram situações ainda mais adversas de fragmentação partidária no Legislativo, mas, nem por isso, se viram impedidos de construir coalizões majoritárias e de governar de forma bem-sucedida e com custos relativamente baixos. Além disso, maiores gastos com parlamentares não necessariamente se traduzem em maior apoio legislativo, como foi o caso de Bolsonaro. Nem o sucesso legislativo nem os custos de governar são uniformes no presidencialismo multipartidário. Dependem fundamentalmente de quatro escolhas de como montar e gerenciar coalizões pelo presidente eleito. Presidentes que montam coalizões (1) com um grande número de partidos, (2) com parceiros ideologicamente heterogêneos, (3) sem compartilhar poderes e recursos de forma proporcional com os aliados e (4) distantes das preferências medianas do Congresso tendem a gastar mais, enfrentar mais insucessos legislativos e sofrer maiores pressões para recompensas paralelas e ilegais. Lula, em seus dois governos anteriores, fez escolhas equivocadas em todas essas quatro dimensões. Montou coalizões grandes demais, extremamente heterogêneas, destinou a grande maioria dos recursos políticos e financeiros para o próprio PT e, finalmente, suas coalizões foram incongruentes com as preferências do Congresso. Como consequência dessas escolhas, Lula enfrentou um alto custo para governar e teve de se valer de recompensas ilegais, reveladas no escândalo do mensalão, para pagar os custos de sua governabilidade. Espera-se que Lula tenha aprendido com os erros do passado, mas, até o momento, não há sinais claros de que isso tenha ocorrido. *Cientista político e professor titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE), sênior fellow do CEBRI e professor visitante da Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne **********************************************************************
*** “something is rotten in the state of Denmark”. O que exatamente ele quis dizer com isso? Fácil. Que tem gato nessa tuba… https://www.legal.adv.br/20140426/tem-gato-nessa-tuba/ ********************************************************* *** Tem Gato Na Tuba A Turma do Balão Mágico Todo domingo havia banda No coreto do jardim E já de longe a gente ouvia A tuba do Serafim Porém um dia entrou um gato Na tuba do Serafim E o resultado Dessa melódia Foi que a tuba tocou assim Pum, pum, pum (miau) Pum, pu, ru, rum, pum, pum (miau) Pum, pum, pum (miau) Pum, pu, ru, rum, pum, pum Todo domingo havia banda No coreto do jardim E já de longe a gente ouvia A tuba do Serafim Porém, um dia entrou um gato Na tuba do Serafim E o resultado Dessa melódia Foi que a tuba tocou assim Pum, pum, pum (miau) Pum, pu, ru, rum, pum, pum (miau) Pum, pum, pum (miau) Pum, pu, ru, rum, pum, pum Pum, pum, pum (miau) Pum, pu, ru, rum, pum, pum (miau) Pum, pum, pum (miau) Pum, pu, ru, rum, pum, pum (miau) Composição: Alberto Ribeiro / João De Barros. https://www.letras.mus.br/a-turma-do-balao-magico/68341/ ************************************************************ *** Marisa Monte e Cesaria Evora | É doce morrer no mar (Dorival Caymmi e Jorge Amado) Cristovão Bastos Compartilhar 19 de set. de 2019 Marisa Monte e Cesaria Evora | É doce morrer no mar (Dorival Caymmi e Jorge Amado) Cristovão Bastos - arranjo de cordas Armandinho (participação especial) - bandolim Dadi Carvalho - baixo Fernando Caneca - violão Alceu Maia - cavaquinho Marcos Suzano - percussão Gordinho - surdo Marisa Monte e Cesaria Evora - voz Álbum 'Café Atlantico'. Cesaria Evora' {edição especial limitada} | Selo © Lusafrica, © RCA, © BMG France (1999)

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