domingo, 7 de fevereiro de 2021

Trem de Minas

Mineiramente, Rodrigo Pacheco cobrou a prorrogação do auxílio, organizou um acordo para a reforma tributária e prometeu rapidez para votar o Orçamento *** Adriana Fernandes - Mineirice ***
*** É do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), o protagonismo político da coordenação da pauta prioritária de projetos nos primeiros dias após as eleições das presidências do Congresso. Em menos de uma semana de eleito, Pacheco bateu na porta do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes cobrando a urgência da prorrogação do auxílio emergencial, organizou um acordo para a reforma tributária, defendeu a ampliação urgente da vacinação, prometeu uma votação rápida do Orçamento, falou de um “protocolo fiscal” que envolve uma pauta para garantir a “higidez” da economia e botou em votação a MP 998 do setor elétrico. Aprovado, o texto da MP, que vai agora à sanção do presidente, reduz as tarifas de energia de consumidores que são atendidos por distribuidoras das regiões Norte e Nordeste, freia o crescimento de subsídios para fontes renováveis e facilita a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3. Mineiramente, o novo presidente fez uma costura política e evitou o esvaziamento, na largada dos trabalhos legislativos, da comissão mista temporária de reforma tributária, presidida pelo colega, Roberto Rocha, da ala do PSDB que o apoiou na eleição de segunda-feira. Como mostrou reportagem do Estadão, a comissão corria o risco de morrer antes do seu prazo final, em 31 de março, por causa do rescaldo da rixa do presidente da Câmara, Arthur Lira, com o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro, e o autor da proposta, o deputado Baleia Rossi. Nos últimos dias, o futuro da reforma tributária foi o assunto mais comentado nos grupos de zap de empresários e tributaristas que querem entender no que vai dar a tramitação. A desenvoltura de Pacheco também. Vai durar? O cenário ainda é turvo. O tititi é de que seria “surpreendente” Lira deixar Aguinaldo ser protagonista, com o texto do Baleia. O certo é que não dá para criar uma comissão mista, analisar duas PECs 45 (Câmara) e 110 (Senado) e no fim do dia produzir uma simples lei ordinária para a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) com unificação do PIS e Cofins. Se não bastassem os pontos descritos acima, Pacheco avisou que vai analisar o pedido de abertura de uma CPI para investigar a atuação do governo federal no combate à pandemia de coronavírus. Foi durante visita à Assembleia Legislativa de Minas que ele disse que fará uma análise sobre a abertura da CPI com a “maior ligeireza possível”. A pressão em cima dele é grande. O presidente da Casa tem a função de ordenar a instalação, desde que cumprido os mandamentos constitucionais (fato determinado), e analisar os requisitos. Com o assunto CPI da covid no ar, “cadiquê” o governo vai “caçar confusão” e bater de frente com o “mineiro” Pacheco, que nasceu em Rondônia e cresceu em Minas Gerais? Não precisa nem gastar linha da coluna para sustentar que seria um completo desastre ter a CPI para atrapalhar os planos do governo. Com o bonde agora andando em velocidade mais acelerada, o carioca Paulo Guedes que, como Pacheco, passou a infância e juventude em Minas, tratou de sinalizar depois de encontro com o presidente do Senado que o novo auxílio emergencial será “mais focalizado”. Falou o ministro: “Ao invés de atendermos 64 milhões de pessoas, pode ser a metade disso”. O seu próximo passo foi acionar nesta sexta-feira o que o ministro disse que faria, caso a pandemia piorasse, o “protocolo da crise”, para o enfrentamento do agravamento da pandemia. A primeira medida foi a publicação no Diário Oficial da União da antecipação do abono salarial. A lista ainda vai incluir a antecipação do 13.º para aposentados e pensionistas do INSS. Ambas medidas são infralegais e não representam custo adicional para os cofres públicos, uma vez que são antecipações dos pagamentos já previstos. Para ligar o próximo botão, dessa vez do auxílio emergencial, Guedes quer o protocolo da cláusula da calamidade – uma segurança jurídica. O governo tem o trunfo da caneta para assinar. Para conceder o auxílio, mesmo que aprovado pelo Congresso, só o governo tem a prerrogativa de editar um crédito extraordinário que permite que o gasto para o pagamento do auxílio fique fora do teto de gastos, sem comprometer ainda mais o Orçamento deste ano. Guedes já avisou que “não tem gasolina” para dar um auxílio de R$ 300, como querem os parlamentares. Para R$ 200, “talvez tenha”. O trem começou a andar. Na próxima semana, o protagonisno poderá estar com Lira. Ele avisou que colocará em votação o projeto de autonomia do BC. Tem político experiente dizendo que começar com um projeto polêmico vai dar trabalho. Teste de fogo do Centrão. *** https://img.estadao.com.br/fotos/crop/top/350x199/resources/jpg/1/5/1612583732751.jpg *** https://economia.estadao.com.br/colunas/adriana-fernandes *** - O Estado de S. Paulo *** sábado, 6 de fevereiro de 2021 *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/02/adriana-fernandes-mineirice.html *** *** *** Edu Lobo - O Trenzinho do Caipira *** A noite de gala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (29 de agosto de 2013) comemorou os 70 anos de idade e 50 de carreira musical de Edu Lobo. Compositor de obras definitivas da música popular brasileira, são de Edu algumas das mais bonitas canções feitas no Brasil e no mundo nos últimos 50 anos. *** https://www.youtube.com/watch?v=2uzIY59aJO0 *** ***
*** Trem Mineiro *** https://pt.slideshare.net/SylvioBazote/trem-mineiro *** Trenzinho Caipira Heitor Villa-Lobos Lá vai o trem com o menino Lá vai a vida a rodar Lá vai ciranda e destino Cidade e noite a girar Lá vai o trem sem destino Pro dia novo encontrar Correndo vai pela terra Vai pela serra Vai pelo ar Cantando pelas serras do luar Correndo entre as estrelas a voar No ar no ar no ar no ar no ar Lá vai o trem com o menino Lá vai a vida a rodar Lá vai ciranda e destino Cidade e noite a girar Lá vai o trem sem destino Pro dia novo encontrar Correndo vai pela terra Vai pela serra Vai pelo ar Cantando pelas serras do luar Correndo entre as estrelas a voar No ar, no ar, no ar *** lETRA: FERREIRA GULLAR Composição: Heitor Villa-Lobos. *** https://www.letras.mus.br/heitor-villa-lobos/507893/ *** ***
*** https://martinsfontespaulista.vteximg.com.br/arquivos/ids/800344-1000-1000/608094_ampliada.jpg?v=637263480126730000 *** https://www.martinsfontespaulista.com.br/trem-de-alagoas-608094/p FILOSOFIA *** Hora de comer – comer! Hora de dormir – dormir! Hora de vadiar – vadiar! *** Hora de trabalhar? – Pernas pro ar que ninguém é de ferro! *** Ascenso Ferreira (Poemas Avulsos) *** https://nuhtaradahab.wordpress.com/2012/09/07/ascenso-ferreira-poemas-avulsos/ *** TREM DE ALAGOAS *** O sino bate, o condutor apita o apito, Solta o trem de ferro um grito, põe-se logo a caminhar… – Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende, vou danado pra Catende com vontade de chegar… Mergulham mocambos, nos mangues molhados, moleques, mulatos, vêm vê-lo passar. Adeus ! – Adeus ! Mangueiras, coqueiros, cajueiros em flor, cajueiros com frutos já bons de chupar… – Adeus morena do cabelo cacheado ! Mangabas maduras, mamões amarelos, mamões amarelos, que amostram molengos as mamas macias pra a gente mamar – Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende, vou danado pra Catende com vontade de chegar… Na boca da mata ha furnas incríveis que em coisas terríveis nos fazem pensar: – Ali dorme o Pai-da-Mata – Ali é a casa das caiporas – Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende vou danado pra Catende com vontade de chegar… Meu Deus ! Já deixamos a praia tão longe… No entanto avistamos bem perto outro mar… Danou-se ! Se move, se arqueia, faz onda… Que nada ! É um partido já bom de cortar… – Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende vou danado pra Catende com vontade de chegar… Cana caiana, cana rôxa, cana fita, cada qual a mais bonita, todas boas de chupar… – Adeus morena do cabelo cacheado ! – Ali dorme o Pai-da-Matta ! – Ali é a casa das caiporas – Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende vou danado pra Catende com vontade de chegar… *** *** *** Alceu Valença - Vou Danado Pra Catende (1975) *** Alceu Valença e o grupo Trem de Catende, que contava com parte dos integrantes da banda Ave Sangria. Vídeo produzido para o Festival Abertura, realizado pela Tv Globo, onde a música foi contemplada na categoria "Pesquisa". *** Alceu Valença (voz e violão); Zé Ramalho (voz e viola); Lula Côrtes (tricórdio); Zé da Flauta (flauta); Ivinho (guitarra); Paulo Raphael (baixo); Israel Semente Proibida (bateria); Agricinho Noia (percussão); *** *Percussionista do lado direito não identificado. *** ** Há um outro vídeo desta época com a mesma música: *** https://www.youtube.com/watch?v=rnc84s-i3ew *** ***
*** Portanto, existe uma bússola na mesa. Existem outras. Mãos à obra, o Brasil tem pressa. *** - O novo ciclo político aberto em 2021 *** *Marcus Pestana, ex-deputado federal (PSDB-MG) *** Fechadas as urnas no Congresso Nacional, temos novos presidentes no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. Eleitos Rodrigo Pacheco (DEM/MG) e Arthur Lira (PP/AL), eles serão agora atores centrais na organização da agenda de debates e deliberações para o enfrentamento da pandemia, a retomada da economia e o combate aos seus graves efeitos colaterais no plano social. Houve uma mudança significativa no quadro político. O atual governo foi produto de uma eleição disruptiva ocorrida sobre o signo de uma “nova política”. A partir daí, tivemos, em 2019, a ruptura com o modelo de presidencialismo de coalizão, predominante desde o nascimento da Nova República em 1985. Houve uma aposta num verdadeiro presidencialismo de confrontação, quando o ambiente institucional sofreu grande deterioração. Em 2020, com a pandemia e os naturais problemas de governabilidade, foi operada uma correção de rota, com o governo se aproximando do chamado “Centrão”, antes tão criticado como expressão máxima da “velha política”. No Senado Federal não haverá grande descontinuidade e as eleições internas não foram tão traumáticas, embora haja diferenças de estilo entre os senadores Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco. Na Câmara, a mudança na correlação de forças foi radical. O “Centrão” se fortaleceu e passa a ser o grande fiador do governo. O centro democrático sofreu um abalo profundo com as divisões ocorridas no DEM e no PSDB. E a esquerda abriu uma porta de diálogo com o centro, não sofreu perdas significativas, embora a divisão tenha sido grande no PSB, e continuará sua atuação minoritária de oposição, tendendo a radicalizar sua postura. Afastado momentaneamente o fantasma de um processo de impeachment contra o presidente da República, o importante é superar as feridas naturais em um processo eleitoral interno radicalizado, e retomar o diálogo sobre a agenda que interessa ao país. No plano sanitário, o centro de gravidade está mais no plano administrativo. Não há que se inventar a roda. O bordão tem que ser vacinar, vacinar, vacinar, rapidamente a população. Mas, na economia e no combate ao agravamento da pobreza, precisamos avançar e muito a agenda legislativa. O movimento UNIDOS PELO BRASIL, coordenado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e congregando 20 instituições de caráter nacional lançou uma interessante proposta baseada em três pilares: retomada do crescimento, combate às desigualdades e crescimento sustentável. A agenda reformista lista 25 Projetos de Lei e Propostas de Emenda Constitucional prioritários em tramitação no Congresso Nacional, a saber: reforma tributária, lei das contratações temporárias, lei da meritocracia, lei da improbidade administrativa, lei dos privilégios do magistrado, lei do desligamento do servidor, autonomia do Banco Central, extinção do FAT e reformulação do FGTS, lei das debêntures, marco do saneamento, lei do gás, lei da governança da ordenação pública econômica, marco do setor ferroviário, lei dos penduricalhos, PEC emergencial, lei da partilha no petróleo, lei da garantia física das usinas, lei do documento eletrônico, lei do desmatamento zero, lei do licenciamento ambiental, novo marco do setor elétrico, sistema nacional de educação, PEC da renda básica. Portanto, existe uma bússola na mesa. Existem outras. Mãos à obra, o Brasil tem pressa. *Marcus Pestana, ex-deputado federal (PSDB-MG) *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/02/marcus-pestana-o-novo-ciclo-politico.html#more

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