domingo, 28 de fevereiro de 2021

Lições da história

*** "Não me perguntem a razão, mas venho lendo livros sobre a ascensão do nazismo nos anos 1930 na Alemanha." Luiz Zanin Orichhio 17 de fevereiro de 2020 *** Redução dos juros pelo Fed criou condições para o crescimento de bolhas *** - O Estado de S. Paulo *** domingo, 28 de fevereiro de 2021 *** Em viagem a Nova York, no fim de 1997, encontrei casualmente amigos ligados ao mercado financeiro, que me convidaram para uma visita ao Long Term Capital Management (LMTC), em Greenwhich, Connecticut. Aceitei. Afinal, era uma instituição criada por John Meriwether, o mago do bond trading da Salomon Brothers, e que tinha como sócios Myron Scholes e Robert Merton, que naquele ano dividiram o Prêmio Nobel de Economia. Fomos recebidos por um sócio menos graduado, calçando botas e vestindo jeans, com uma fivela de cowboy no cinto, que antes de me cumprimentar perguntou se eu tinha US$ 1 milhão – a quantia mínima para tornar-me um investidor. Quase pedi desculpas por não me qualificar como investidor, e expliquei que meu único objetivo era aprender como o LTCM conseguia proporcionar enormes ganhos na presença de tantos riscos. Fui gentilmente brindado com uma aula. Começou explicando como operavam o “convergence trading”, que consiste em ter duas posições: comprar para entrega futura um título de renda fixa a um preço baixo, e ao mesmo tempo vender a um preço mais alto um título similar para entrega futura. Operando com treasuries, que têm risco de default nulo, haveria apenas ganhos. A aula ficou mais interessante com os exemplos de como utilizar derivativos e ampliar os ganhos alavancando posições com empréstimos de curto prazo tomados junto aos bancos, sendo tudo isso respaldado por modelos pilotados por jovens PhD formados em universidades da Ivy League. Saí de lá frustrado, pois os modelos eram tão elegantes que pensei que deveria ter estudado finanças e não economia. Na ocasião, já era evidente para mim que havia uma crise em formação na Rússia, que ocorreu logo em seguida. Conhecia o suficiente sobre ataques especulativos e crises fiscais, levando-me a prever um final trágico para o país, mas era incapaz de imaginar que, munido dos modelos precisos da teoria de finanças, o LTCM pudesse quebrar. Errei. Um belo dia, não conseguiram pagar os empréstimos, e se não fosse o NYFed ter trancado todos os bancos financiadores em uma sala de seu edifício no down town até que concordassem em assumir totalmente o prejuízo, ocorreria uma crise sistêmica. A Rússia podia quebrar, mas o LTCM era “grande demais para quebrar”. Confiança excessiva nos modelos gera arrogância. Antes da crise de 2008 Robert Schiller advertia sobre o crescimento de uma bolha imobiliária. Na reunião de Jackson Hole de 2005, Raguran Rajan teve a ousadia de apontar que esse risco era grande, mas a enorme confiança na hipótese de mercados eficientes, nos modelos, e na autorregulação dos mercados, fez com que seu trabalho fosse muito criticado e esquecido pelos economistas. O Glass Steagel Act fora revogado, desaparecendo a separação entre bancos comerciais e de investimentos. Com isso as hipotecas, grande parte das quais financiava a aquisição de casas por clientes que não conseguiriam pagar, eram empacotadas em mortgage backed securities vendidas aos bancos de investimento, que alavancavam sua posição com financiamentos tomados em bancos comerciais. Brooksley Born, a presidente da Commodities Futures Trading Comission, advertiu sobre a necessidade de regulação para evitar fraudes em derivativos no mercado de balcão, largamente usados nessas operações. Discutiu o assunto com Greenspan, que discordava da proposta. A diferença era que Born “queria usar leis”, enquanto para ele o mercado resolveria tudo. “Se houvesse fraude a companhia demitiria o trader”. Ponto final! Com a covid vivemos um ciclo econômico sem precedente. O Fed reduziu a zero a taxa dos fed funds e comprou mais de US$ 2 trilhões em treasuries. Colocou o país na armadilha da liquidez e garantiu que manteria os juros baixos por longo período, mesmo que por algum tempo a inflação superasse a meta. Com isso os investidores saíram comprando ativos, de ações a bitcoins, criando condições para o crescimento de bolhas, cuja existência é sempre negada. Para sair da estagnação, no entanto, o governo vai executar uma expansão fiscal de 10% do PIB, com o risco de superaquecer a economia. Se isto ocorrer, o Fed terá que renegar o compromisso e elevar os juros, desinflando possíveis bolhas, com prejuízos que crescem com as alavancagens. Pode ser que “desta vez seja diferente”, ou que eu esteja vendo fantasmas. Mas seria muito bom se em vez de nos apoiarmos na crença religiosa aos modelos e de que os mercados tudo resolvem, prestássemos atenção às lições da história. *Ex-presidente do Banco Central e sócio da A.C. Pastore & Associados. **** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/02/affonso-celso-pastore-licoes-da-historia.html *** *** Guedes diz que pandemia é o ‘verdadeiro cisne negro’, uma ‘bomba biológica’ Ministro falou em videoconferência Tema: decisões judiciais e economia Toffoli: tem evitado pautas bombas Ruídos nos Poderes: democracia vibrante ***
*** Em live, o ministro da Economia falou sobre os reflexos das decisões jurídicas na política econômica *** DOUGLAS RODRIGUES 16.jun.2020 (terça-feira) - 12h04 atualizado: 16.jun.2020 (terça-feira) - 12h32 O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta 3ª feira (16.jun.2020) que a pandemia é 1 “verdadeiro cisne negro” e uma “bomba biológica” que atrapalhou a economia. Surgido na China, o novo coronavírus matou 439 mil pessoas em todo o mundo e derrubou o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 2020, que deve retrair mais de 6,5%, segundo analistas do mercado financeiro. Guedes havia sido questionado se Chicago, onde aprofundou seus conhecimentos em economia, o havia preparado para uma pandemia. “Não. As crises econômicas já estavam mais ou menos precificadas. Essa foi uma bomba biológica né. Absolutamente inédito. Um verdadeiro cisne negro”, respondeu. “Ela produziu 1 caso agudo de calamidade púbica e emergência fiscal.” O ministro participou de videoconferência realizada pelo IGP (Instituto de Garantias Penais). Também estiveram na live Ticiano Figueiredo, presidente do instituto, Cristiane Coelho, ex-procuradora da Fazenda, e o advogado Pedro Ivo Velloso. Assista abaixo (1h16min): *** *** Na ocasião, o ministro defendeu que os Poderes da República se reúnam toda semana em situações como essa. O ministro comparou a União como uma viúva que não pode ser explorada, mas que todo mundo empurra a conta. “Isso é uma covardia de uma geração”, falou. Citou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o ajudou no pacote de socorro aos Estados e municípios, quando o senador colocou no projeto uma versão que trazia contrapartidas. Apesar da ajuda financeira de R$ 125 bilhões da União Federal a Estados e municípios, diversos governantes alegam que os recursos serão insuficientes. Guedes também falou que o presidente do Supremo, ministro Dias Tofolli, tem evitado pautas bombas. Sobre a tensão entre os Poderes, disse ser o ruído de uma democracia vibrante. “Eu não compartilho do pessimismo de quem olha para isso e teme o caos, acha que o Brasil vai incendiar-se a qualquer momento. O meu acompanhamento da história brasileira é outro.” Para Guedes, a população vai saber escolher seu destino. “Você não sabe o que está acontecendo hoje na Coreia do Norte, não sabe quantas vítimas tem do coronavírus lá. No Brasil está essa confusão toda, todo mundo gritando, e usando até cadáveres como plataforma eleitoral. Eu acho que a população não vai aprovar esse comportamento.” REFORMAS Ainda na live, disse estar confiante com uma possível reforma tributária para reduzir desonerações e aumentar a segurança jurídica das empresas, melhorando o ambiente de negócios no país. Afirmou que o Brasil vai surpreender no pós-crise. Guedes disse que a lei de transações tributárias (que permite acordos entre o Fisco e o contribuinte, individualmente) é o suficiente. Descartou, por enquanto, novos programas de parcelamento do tipo Refis. “Não olhamos com o mesmo olhar favorável para o Refis. Achamos que temos que empurrar isso para a frente”, afirmou. *** Autores DOUGLAS RODRIGUES *** *** https://www.poder360.com.br/economia/guedes-diz-que-pandemia-e-o-verdadeiro-cisne-negro-uma-bomba-biologica/ *** *** O que é um Cisne Negro no mercado financeiro? *** 10 de janeiro de 2018 *** V10 investimentos ***
*** Dentro do mercado financeiro, a expressão ‘Cisne Negro’ é utilizada para se referir a eventos totalmente imprevisíveis, mas que possuem alto impacto no universo das finanças. Mas o termo que ganhou força no mercado financeiro surgiu de uma publicação bem mais ampla. “A Lógica do Cisne Negro” Em 2007, Nassin Nicholas Taleb publicou o best-seller intitulado “A Lógica do Cisne Negro”. De forma simplificada, um cisne negro é para Taleb, todo e qualquer evento que não possa ser previsto, mas que possui grande impacto na sociedade. O termo faz referência a descoberta do cisne negro por parte dos europeus, na região da Austrália no ano de 1697. Até então, ninguém no velho continente sabia da existência de uma espécie de cisne que não fosse branca. O autor aponta as semelhanças entre fenômenos como o 11 de Setembro e o surgimento do Google, categorizando-os como os verdadeiros exemplos de cisnes negros do século XXI. Nassin sustenta essa categorização defendendo que ambos os eventos transformam a realidade como conhecemos, tanto por transformarem a realidade que temos conhecimento, quanto por sua imprevisibilidade. Certamente você não imaginava algo como o Google antes do mesmo existir, mas hoje usufrui de todas suas facilidades. O mesmo ocorre com os demais eventos cotidianos imprevisíveis, que surpreendem devido à fragilidade do conhecimento humano acerca do desconhecido e que permanecem enraizados na sociedade por serem intensos e por abrangerem grande parte da população. Cisne Negro: Imprevisível, Impactante e Transformador O principal ponto que você precisa ter em mente para compreender o que é um cisne negro é que sua característica mais marcante é a imprevisibilidade. Todos são pegos de surpresa e precisam se adaptar à nova realidade. Com certeza você conhece alguém que dizia ter certeza de que grandes cisnes negros estavam para acontecer, mas a verdade é que um cisne negro surge sem qualquer predeterminação, sendo impossível calcular seu início e intensidade. Além disso, os eventos cisnes negros tendem a ser intensos e árduos. Justamente por serem inesperados, Cisnes Negros geram um grande impacto no ambiente em que ocorrem, promovendo mudanças que ficam registradas no curso da história. Um Cisne Negro dentro do mercado financeiro carrega estas mesmas características, e levanta a pergunta: Como lidar com o imprevisível no mercado financeiro? Como não sabemos quais serão os cisnes negros que surgirão com o passar dos anos, devemos estar preparados financeiramente para lidar com os tempos difíceis. Em uma crise, por exemplo, há grandes possibilidades de queda na oferta de empregos e aumento nos impostos. É preciso que você possua uma estabilidade financeira para se manter durante esse período e até mesmo vir a superar a crise lucrando com as oportunidades que surgirem após o caos. Qual sua situação financeira? Descubra com o nosso Diagnóstico Financeiro gratuito! Ao analisar a situação por um viés racional, é importante possuir uma carteira de investimentos diversificada, ou como diz o ditado: não colocar todos os ovos numa mesma cesta. Dentro dessa diversificação de investimentos, é preciso dar prioridade aos ativos seguros, como a Renda Fixa, o Tesouro Direto e Fundos Moderados. O restante, cerca de 10 a 20%, dependendo do seu perfil de investidor, pode ser aplicados em investimentos de alto risco como ações, visando um lucro maior sem perdas significativas no patrimônio. No vídeo abaixo, nosso consultor Mário Pereira aborda de forma mais completa a estratégia para se prevenir contra Cisnes Negros. Confira: *** *** A pergunta que fica é: Você está preparado para o próximo acontecimento? Todo cisne negro irá afetar o mercado financeiro, cabe a você estar preparado para os impactos desse evento e trabalhar com estatísticas já conhecidas para evitar prejuízos. Em tempos de cisne negro vale a pena tirar o pé do acelerador e se proteger com investimentos seguros. ‘A Lógica do Cisne Negro’ se tornou um dos livros mais influentes não por ensinar o conceito de cisne negro e sua importância na sociedade, mas sim por conscientizar os leitores acerca da volatilidade do mercado e trabalhar a reação diante situações de crises. Gostou? Deixe sua opinião sobre Cisnes Negros nos comentários. Até mais! *** *** https://www.v10i.com.br/cisne-negro-no-mercado-financeiro/ *** *** Samba-Enredo 1981 G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense *** *** O TEU CABELO NÃO NEGA (SÓ DÁ LALÁ) Neste palco iluminado Só dá lalá (bis) És presente imortal Só dá lalá Nossa escola se encanta O povão se agiganta É dono do carnaval Lá lá lalá Lamartine Lá lá lalá Lamartine Em teu cabelo não nega Um grande amor se apega Musa divinal Eu vou embora Vou no trem da alegria (bis) Ser feliz um dia Todo dia é dia Linda morena Com serpentinas enrolando foliões Dominós e colombinas Envolvendo corações Quem dera Que a vida fosse assim Sonhar, sorrir Cantar, sambar E nunca mais ter fim *** Compositor: Gibi, Serjão e Zé Catimba *** ***
*** Santi Prego como Franco em "Mientras Dura la Guerra» (Enquanto a Guerra Durar) *** *** Enquanto a Guerra Durar - Legendado PT-BR *** A 18 de Julho de 1936, um grupo de militares liderados pelos generais Emilio Mola (1887-1937) e Francisco Franco (1892-1975) realiza um golpe de Estado contra o Governo da Segunda República. O escritor e filósofo Miguel de Unamuno (1864-1936) assume publicamente o seu apoio a esta revolta militar que promete trazer ordem ao país. Essa tomada de posição contra o Governo fez com que fosse imediatamente despedido da sua função de reitor da Universidade de Salamanca. Enquanto isso, o general Franco consegue juntar tropas e começa uma campanha para tentar assumir o comando da guerra. As consequências terríveis do que se segue, com alguns dos seus companheiros a serem presos, fazem com que Unamuno se veja a questionar a sua posição inicial. Com realização e argumento de Alejandro Amenábar (realizador de "De Olhos Abertos", "Os Outros” e "Mar Adentro", que lhe valeu o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro), um drama histórico baseado em factos reais, interpretado por Karra Elejalde, Eduard Fernández, Santi Prego, Nathalie Poza e Tito Valverde, entre outros. *** *** https://www.youtube.com/watch?v=7Tk7995igkA&feature=youtu.be *** ***

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