sábado, 1 de março de 2025

Em família

------------ VENTO NO CANAVIAL: O POVO LUTANDO, FAZ ----------- Não se vê no canavial nenhuma planta com nome, nenhuma planta Maria, planta com nome de homem ------------- É anônimo o canavial, sem feições como a campina. É como um mar sem navios, papel em branco de escrita. João Cabral de Melo Neto ---------
Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus. – Paulo. (1ª Epístola a Timóteo, 5:4.) ----------- Meditação Bíblica - 1 Timóteo 5 ----------- A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo. Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam. O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo. Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo. É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo. É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário. Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial. 17 Em família _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ----------- Pão Nosso #117 - Em família ------------ NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo Transmitido ao vivo em 20 de jul. de 2023 Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier. ---------- Capítulos Ver tudo Pessoas mencionadas 6 pessoas Paulo de Tarso André Luiz Allan Kardec Chico Xavier Agostinho de Hipona Mônica de Hipona _________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- Aqui está a transcrição do texto da imagem: ------------ As horas correm. Lá embaixo, a cidade já se levantou, preguiçosa. O jovem continua a leitura página-a-página. As lições caem-lhe no Espírito ávido com naturalidade. Sem os atropelos da dúvida. A segunda parte do livro arranca-lhe incontidas lágrimas de emoção. Jamais sentira em autor algum a alta significação do Amor e da Sabedoria de Deus. "Jamais vi alguém cantar as glórias da Criação com tamanha profundidade e beleza." Estas palavras de Eurípedes numerosas vezes repetidas, expressam-lhe o grande respeito votado à obra de Léon Denis. Na Literatura Religiosa, que folheava frequentemente, nunca, até então, encontrara um cérebro que exprimisse a magnificência da Obra Divina, com o brilho e a profundidade desse autor. Com a força suave e bela da Poesia, o filósofo estrutura novo e racional sentido para os atributos de Deus. Quando desceu o morro verdejante, Eurípedes revivia os primeiros arrebatamentos, que a literatura espírita lhe proporcionava e que se repetiriam, no futuro, pelas mãos fraternas de "tio Sinhô". NOTA – Depoimentos de: José Rezende da Cunha e Edalides M. Rezende – S. Carlos, SP; Viúva Jovino Gonçalves de Araújo – Santa Maria, MG; Ranulfo G. Cunha – Santa Maria, MG; e Amália Ferreira de Mello (arquivo pessoal), desencarnada em Sacramento, MG. Eurípedes – o Homem e a Missão 77 CORINA NOVELINO _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------- Paulo de Tarso • Aquele que se eleva será rebaixado ---------- Mansão do Caminho Transmitido ao vivo em 11 de nov. de 2022 Toda sexta-feira, a União Espírita de Vitória da Conquista traz um convidado especial para falar sobre temas do cotidiano sob a luz da Doutrina Espírita. Palestrantes e estudiosos do Espiritismo se encontram para reflexões acerca do Evangelho de Jesus. Realização: União Espírita de Vitória da Conquista (UEVC) Capítulos Ver tudo Pessoas mencionadas 7 pessoas Paulo de Tarso Allan Kardec Zebedeu Salomé Francisco de Assis https://www.youtube.com/watch?v=y_1XTciW4PM _________________________________________________________________________________________________________ ------------ Aquele que se eleva será rebaixado. 3. Por essa ocasião, os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: “Quem é o maior no reino dos céus?” — Jesus, chamando a si um menino, o colocou no meio deles e respondeu: “Digo-vos, em verdade, que, se não vos converterdes e tornardes quais crianças, não entrareis no reino dos céus. — Aquele, portanto, que se humilhar e se tornar pequeno como esta criança será o maior no reino dos céus — e aquele que recebe em meu nome a uma criança, tal como acabo de dizer, é a mim mesmo que recebe.” (S. Mateus, 18:1 a 5.) 4. Então, a mãe dos filhos de Zebedeu se aproximou dele com seus dois filhos e o adorou, dando a entender que lhe queria pedir alguma coisa. — Disse-lhe ele: “Que queres?” “Manda, disse ela, que estes meus dois filhos tenham assento no teu reino, um à tua direita e o outro à tua esquerda.” — Mas, Jesus lhe respondeu: “Não sabes o que pedes; podeis vós ambos beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos.” — Jesus lhes replicou: “É certo que bebereis o cálice que eu beber; mas, pelo que respeita a vos sentardes à minha direita ou à minha esquerda, não me cabe a mim vo-lo conceder; isso será para aqueles a quem meu Pai o tem preparado.” — Ouvindo isso, os dez outros apóstolos se encheram de indignação contra os dois irmãos. — Jesus, chamando-os para perto de si, lhes disse: “Sabeis que os príncipes das nações as dominam e que os grandes as tratam com império. — Assim não deve ser entre vós; ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; — e aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo; — do mesmo modo que o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos.” (S. Mateus, 20:20 a 28.) 5. Jesus entrou em dia de sábado na casa de um dos principais fariseus para aí fazer a sua refeição. Os que lá estavam o observaram. — Então, notando que os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes uma parábola, dizen do: “Quando fordes convidados para bodas, não tomeis o primeiro lugar, para que não suceda que, havendo entre os convidados uma pessoa mais considerada do que vós, aquele que vos haja convidado venha a dizer-vos: dai o vosso lugar a este, e vos vejais constrangidos a ocupar, cheios de vergonha, o último lugar. — Quando fordes convidados, ide colocar-vos no último lugar, a fim de que, quando aquele que vos convidou chegar, vos diga: meu amigo, venha mais para cima. Isso então será para vós um motivo de glória, diante de todos os que estiverem convosco à mesa; — porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado.” (S. Lucas, 14:1 e 7 a 11.) 6. Estas máximas decorrem do princípio de humildade que Jesus não cessa de apresentar como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor e que ele formulou assim: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que o reino dos céus lhes pertence.” Ele toma uma criança como tipo da simplicidade de coração e diz: “Será o maior no reino dos céus aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança, isto é, que nenhuma pretensão alimentar à superioridade ou à infalibilidade. A mesma ideia fundamental se nos depara nesta outra máxima: Seja vosso servidor aquele que quiser tornar-se o maior, e nesta outra: Aquele que se humilhar será exalçado e aquele que se elevar será rebaixado. O Espiritismo sanciona pelo exemplo a teoria, mostrando-nos na posição de grandes no mundo dos Espíritos os que eram pequenos na Terra; e bem pequenos, muitas vezes, os que na Terra eram os maiores e os mais poderosos. E que os primeiros, ao morrerem, levaram consigo aquilo que faz a verdadeira grandeza no céu e que não se perde nunca: as virtudes, ao passo que os outros tiveram de deixar aqui o que lhes constituía a grandeza terrena e que se não leva para a outra vida: a riqueza, os títulos, a glória, a nobreza do nascimento. Nada mais possuindo senão isso chegam ao outro mundo privados de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as próprias roupas. Conservaram apenas o orgulho que mais humilhante lhes torna a nova posição, porquanto veem colocados acima de si e resplandecentes de glória os que eles na Terra espezinharam. O Espiritismo aponta-nos outra aplicação do mesmo princípio nas encarnações sucessivas, mediante as quais os que, numa existência, ocuparam as mais elevadas posições, descem, em existência seguinte, às mais ínfimas condições, desde que os tenham dominado o orgulho e a ambição. Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocar acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Buscai, ao contrário, o lugar mais humilde e mais modesto, porquanto Deus saberá dar-vos um mais elevado no céu, se o merecerdes. https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2060/capitulo-vii-bem-aventurados-os-pobres-de-espirito _________________________________________________________________________________________________________ -----------
----------- Questão 11411359 FAMERP 2024 ----------- 1 Examine o cartum de Rafael Corrêa, publicado em sua conta no Instagram em 15.04.2022. Na construção de seu sentido, o cartum mobiliza fundamentalmente o seguinte recurso expressivo: a) intertextualidade. b)antítese. c)eufemismo. d)pleonasmo. e)hipérbole. Resolução Ocorre intertextualidade na referência ao conto de fadas “Chapeuzinho Vermelho”, de Charles Perrault. No cartum a menina aparece de capuz, como em quase toda representação dela pelo mundo, no que é questionada pelo lobo sobre o título da história. Resposta: A ________________________________________________________________________________________________________ ----------- "A esperança mobiliza as forças do espírito e põem em você os benefícios de que precisa." _________________________________________________________________________________________________________ ----------
------------ Aqui está a transcrição do texto da imagem: "Quantas vezes imaginamos a mágoa como aquilo que temos direito de ter e de levar para sempre? Isso nos deixa um pouco amargos." Frase extraída do livro: Sabedorias Para Partilhar MÁRIO SÉRGIO CORTELLA ---------- "O perdão alivia. Quem perdoa livra-se de ingerir o veneno da mágoa." ________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------ sábado, 1 de março de 2025 Poesia | Canavial, de João Cabral de Melo Neto ---------- O VENTO NO CANAVIAL Não se vê no canavial nenhuma planta com nome, nenhuma planta Maria, planta com nome de homem. É anônimo o canavial, sem feições, como a campina; é como um mar sem navios, papel em branco de escrita. É como uma grande lençol sem dobras e sem bainha; penugem de moça ao sol, roupa lavada e estendida. Contudo há no canavial oculta fisionomia: como em pulso de relógio há possível melodia, ou como de um avião a paisagem se organiza, ou há finos desenhos nas pedras da praça vazia. Se venta no canavial estendido sob o sol seu tecido inanimado faz-se sensível lençol, se muda em bandeira viva, de cor verde sobre verde, com estrelas verdes que no verde nascem, se perdem. Não lembra o canavial então, as praças vazias: não têm, como têm as pedras, disciplina de milícias. E solta sua simetria: como a das ondas na areia ou a onda das multidão lutando na praça cheia. Então, é de praça cheia que o canavial é a imagem: vêem-se as mesmas correntes que se fazem e desfazem, voragens que se desatam, redemoinhos iguais, estrelas iguais àquelas que o povo na praça faz. -----------
----------- O poeta recifense João Cabral de Melo Neto, também filho de senhores de engenho, discorreu de forma expressiva sobre a cana-de-açúcar, figura central de várias de suas poesias, tais quais: “Fogo no Canavial”,“O Canavial e o Mar”, “O vento no Canavial”, “A voz do canavial”, “A arquitetura da cana”, “A cana-de-açúcar menina” e “Pernambucano em Málaga”, entre outras: O FOGO NO CANAVIAL A imagem mais viva do inferno. Eis o fogo em todos seus vícios: eis a ópera, o ódio, o energúmeno, a voz rouca de fera em cio. E contagioso, como outrora foi, e hoje, não é mais, o inferno: ele se catapulta, exporta, em brulotes de curso aéreo, em petardos que se disparam sem pontaria, intransitivos; mas que queimada a palha dormem, bêbados, curtindo seu litro. O inferno foi fogo de vista, ou de palha, queimou as saias: deixou nua a perna da cana, despiu-a, mas sem deflorá-la. O CANAVIAL E O MAR O que o mar sim ensina ao canavial: o avançar em linha rasteira da onda; o espraiar-se minucioso, de líquido, alagando cova a cova onde se alonga. O que o canavial sim ensina ao mar: a elocução horizontal de seu verso; a geórgica de cordel, ininterrupta, narrada em voz e silêncio paralelos. O que o mar não ensina ao canavial: a veemência passional da preamar; a mão-de-pilão das ondas na areia, moída e miúda, pilada do que pilar. O que o canavial não ensina ao mar: o desmedido do derramar-se da cana; o comedimento do latifúndio do mar, que menos lastradamente se derrama. O VENTO NO CANAVIAL Não se vê no canavial nenhuma planta com nome, nenhuma planta Maria, planta com nome de homem. É anônimo o canavial, sem feições, como a campina; é como um mar sem navios, papel em branco de escrita. É como uma grande lençol sem dobras e sem bainha; penugem de moça ao sol, roupa lavada e estendida. Contudo há no canavial oculta fisionomia: como em pulso de relógio há possível melodia, ou como de um avião a paisagem se organiza, ou há finos desenhos nas pedras da praça vazia. Se venta no canavial estendido sob o sol seu tecido inanimado faz-se sensível lençol, se muda em bandeira viva, de cor verde sobre verde, com estrelas verdes que no verde nascem, se perdem. Não lembra o canavial então, as praças vazias: não têm, como têm as pedras, disciplina de milícias. E solta sua simetria: como a das ondas na areia ou a onda das multidão lutando na praça cheia. Então, é de praça cheia que o canavial é a imagem: vêem-se as mesmas correntes que se fazem e desfazem, voragens que se desatam, redemoinhos iguais, estrelas iguais àquelas que o povo na praça faz. A VOZ DO CANAVIAL Assim canta o canavial, ao vento que por suas folhas, de navalha a navalha soa, vento que o dia e a noite toda o folheia, e nele se esfola. A CANA-DE-AÇÚCAR MENINA A cana-de-açúcar, tão pura, se recusa, viva, a estar nua: desde cedo, saias folhudas milvestem-lhe a perna andaluza. ARQUITETURA DA CANA O aberto alpendre acolhedor no casarão sem acolhimento tira a expressão amiga, amável, do que é de fora e não de dentro: dos lençóis de cana tendidos, postos ao sol até onde a vista, e que lhe dão o serviço aberto que disfarça o que dentro é urtiga. PERNAMBUCANO EM MÁLAGA A cana doce de Málaga dá dócil, disciplinada: dá em fundos de quintal e podia dar em jarras. Falta-lhe é a força da nossa, criada solta em ruas, praças: solta, à vontade do campo, nas praças das grandes várzeas. Cana-de-açúcar na visão de outros poetas: CANA DE AÇÚCAR, VIDA Sol a pino, Curvo-me diante de ti, Cana esguia ou caiada, principesca! Te pego dourada. Filha da terra... Áspera pele, minhas mãos sangram Decepo-a, dilacero-a, descubro-a Mordo-a toda! Inteira! Nó a nó ...Tu és doce, doçura... Vida. Gostosa! (Cíntia Thomé) AS CARRETAS DE CANA-DE-AÇÚCAR As carretas atadas a um trator não só levam o peso das canas. Às vezes mostram que levam a voz o modo de andar a camisa xadrez aberta no peito, os filhos e a amplidão dos braços que levam as canas. (Luís Sérgio dos Santos) BELEZA RARA Foi no colonizar que trouxeram e plantaram o açúcar pra perto de mim, pois o nosso litoral, minha vida, é tão lindo Pois a monocultura mandava nessa região que os escravos iam cuidar mão de obra teria que ter se preciso Você foi refinada pra Europa, navios bem cheios, e assim de invejar, a imensa vontade de estar ao seu lado Nem senzala, capela, nem na Casa Grande nos olhos, minha coisa rara, Eu não vou negar sem você o mundo pára Mil voltas holandeses vinham ao Nordeste pra te encontrar Produto igual a você, Doçura rara (2x) Hoje eu moro num engenho, só por causa de você. Hoje a Cana de Açúcar eu vendo, só porque preciso de crescer. Açúcar eu vendo Hoje eu moro num engenho, só por causa de você. Hoje a Cana de Açúcar eu vendo, só porque preciso de crescer. (Paródia da música Beleza Rara - Homenagem a cana-de-açúcar) (Rinaldo Pedro) A cana-de-açúcar também foi tema de escola de samba. Em 2001, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense apresentou o samba-enredo “CANA- CAIANA, CANA-ROXA, CANA-FITA, CANA-PRETA, AMARELA, PERNAMBUCO...QUERO VÊ DESCÊ O SUCO, NA PANCADA DO GANZÁ”, de autoria dos compositores Guga, Tuninho Professor e Marquinho Lessa: Cana-caiana, Cultura que o árabe propagou Apesar dos cruzados plantarem, A cana na Europa não vingou Mas conta a história que em Veneza O açúcar foi pra mesa da nobreza Virou negócio no Brasil, trazida de além-mar E, nesta terra, o que se planta dá Gira o engenho pra sinhô, Bahia faz girar E, em Pernambuco, o escravo vai cantar (Quero vê) Quero vê descê o suco até melá Na pancada doce do ganzá Pinga... Olha a cana virando aguardente No mercado do ouro atraente Paraty espalhou a bebida Pra garimpar, birita tem Na Inconfidência foi preferida Pra festejar, o que é que tem ? Tem Carlos Cachaça, não leve a mal Taí a verde-e-rosa em meu carnaval (vem provar minha cachaça) Vem provar minha cachaça, amor ôôôô O sabor éverde-e-branco Passa a régua e dá pro santo Que a Imperatriz chegou Além de retratada em prosa, verso e música a cultura da cana-de-açúcar foi, também, representada por meio de imagens. Existem, no Centro de Memória do Instituto Biológico, algumas primorosas ilustrações sobre aquela cultura. As imagens (Fig. 1) são de autoria de Joaquim Franco de Toledo, ilustrador científico do IB, que se especializou em belíssimas ilustrações, principalmente, sobre citros. Assim a cana-de-açúcar teve e tem seu espaço contemplado por aqueles que fazem ciência e pelas mãos daqueles que, com seus facões, curvam-se ao doce mel que invade o nosso Universo. *Por volta de 1503, surgem as primeiras referências à Casa da Índia, organização portuguesa, criada em Lisboa, com o objetivo de administrar os territórios portugueses além-mar, assim como todos os aspectos do comércio externo, navegação, desembarque e venda de mercadorias. **Pero de Magalhães Gandavo foi historiador e cronista português, do século XVI, autor da primeira História do Brasil. Fig. 1 - Ilustração científica de cana-de-açúcar, de autoria de J. F. de Toledo http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/uploads/docs/pag/v5_1/dagostini.html _________________________________________________________________________________________________________

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