sexta-feira, 7 de março de 2025

Entendeu o mundo – e isso é o mais importante.

"O grande autor é o que te ajuda a viver." ----------
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------------ Vozes Poéticas de Minas E Agora, José Carlos Drummond de Andrade ---------
------------- Há 500 anos dizemos: que o futuro a Deus pertence, que Deus nasceu na Bahia, que São Jorge é que é guerreiro, que do amanhã ninguém sabe, que conosco ninguém pode, que quem não pode sacode. (...) Há 500 anos somos raposas verdes colhendo uvas com os olhos, semeamos promessas e vento com tempestades na boca. (...) Uma coisa é um país, outra uma cicatriz. Uma coisa é um país, Outra a abatida cerviz. Uma coisa é um país, Outra esses duros perfis. Afinal, que país é este? Também nos perguntamos hoje, mas não precisamos de resposta, sabemos, assim como o poeta Affonso, que essa interrogação é histórica e pertence a todos nós, sua resposta “é coletiva”, conforme ele próprio confessa2 , acrescentando “escrever esse poema foi um parto, um exorcismo”. file:///C:/Users/User/Downloads/19+Resenha+do+livro+Que+pa%C3%ADs+%C3%A9+este+(1).pdf ---------- ----------- Morre Affonso Romano de Sant'Anna, escritor e poeta brasileiro | Jornal da Band ---------- Band Jornalismo 4 de mar. de 2025 O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira (4), aos 87 anos. _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ------------- Caetano Veloso- Elegia 1938 (Carlos Drummond de Andrade) ------------- Caio Taveira 1 de nov. de 2011 Uma produção do Instituto Moreira Salles _________________________________________________________________________________________________________ ------------ Em Noite Chuvosa, uma Descoberta sobre Drummond Em 12 de dezembro de 1981, Affonso Romano de Sant'Anna, especialista na obra de Carlos Drummond de Andrade, concedeu ao Estadão uma longa entrevista sobre o poeta. Nela, descreveu de forma profundamente poética sua relação com a obra drummondiana. Affonso dedicou-se à pesquisa sobre Drummond entre 1965 e 1969. No entanto, foi durante uma noite nos Estados Unidos que, de maneira atemorizadora, teve uma epifania sobre a poesia do autor. Em plena madrugada chuvosa, um temporal alterou sua pressão e o obrigou a caminhar como um louco. Foi nesse momento que compreendeu o sistema de organização do tempo na poesia de Drummond. Entendeu o mundo – e isso é o mais importante. Hoje, em homenagem aos 80 anos do poeta, Affonso Romano de Sant'Anna pode afirmar com convicção: "O grande autor é o que te ajuda a viver." _________________________________________________________________________________________________________ --------------
--------------- Opinião | Affonso Romano de Sant’Anna, que deixa legado de paixão e coragem, não temia desagradar Crítico e poeta morto pouco mais de um mês depois de Marina Colasanti, sua companheira de vida e literatura, não recuava frente uma polêmica e dizia que ‘o autoritarismo estético e o ideológico são siameses’ Por Mariana Ianelli 05/03/2025 | 09h30 Atualização: 05/03/2025 | 09h34 _________________________________________________________________________________________________________ ----------
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------------ Não haveria transição pacífica à democracia no Brasil sem anistia Publicado em 07/03/2025 - 06:56 Luiz Carlos Azedo Brasília, Cultura, Governo, Justiça, Memória, Militares, Partidos, Política, Política, Segurança, Violência As Forças Armadas nunca admitiram a existência de um sistema de tortura e desaparecimento, porém se comprometeram com o respeito à ordem democrática da Constituição de 1988 A conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional por Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles Junior, tendo como protagonista Fernanda Torres no papel de Eunice, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado nas dependências de um quartel do Exército no Rio de Janeiro, em 1971, suscitou um novo debate sobre a “anistia recíproca” concedida pelo presidente João Figueiredo em 1979. Ao mesmo tempo em que eleva a autoestima nacional e a cultura brasileira, o filme também realimenta a tese de que os crimes cometidos em relação aos “desaparecidos” devem ser revistos e seus responsáveis, punidos. Na anistia de 1979, os presos políticos e exilados foram beneficiados pelo perdão, assim como os agentes dos órgãos de segurança responsáveis por sequestros, torturas e assassinatos. Entretanto, no último dia 24, o general reformado José Antônio Nogueira Betham foi escrachado por militantes do Coletivo Levante da Juventude, que realizaram um protesto em frente ao prédio onde o militar reside, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Betham é acusado de participar do assassinato do ex-deputado. Os jovens estudantes atuam nas periferias das cidades brasileiras contra o “extermínio da juventude negra”. É que o caso Rubens Paiva está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai examinar se os crimes classificados como “grave violação de direitos humanos” devem ser excluídos da Lei da Anistia. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) — que recorreu de decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que arquivaram o caso —, sequestro e cárcere privado têm natureza permanente e, portanto, não deveriam ser abrangidos pela lei. O STF reconheceu a repercussão geral do caso, o que estenderá sua decisão a todos os processos semelhantes, com efeito cascata. O livro-relatório Brasil: Nunca Mais, elaborado pela Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo da Igreja Católica, por exemplo, relacionou 444 acusados de tortura, conforme depoimento de presos. Com base em denúncias feitas à Comissão da Verdade, essa lista poderia chegar a 1.600 nomes. Dos cinco militares acusados de terem participado do assassinato de Rubens Paiva, Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos e Jurandyr Ochsendorf já faleceram. O general Betham e o sargento Jacy Ochsendorf ainda estão vivos. O grupo foi denunciado em primeira instância, no Rio de Janeiro, pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha armada. Pacto político Aprovada pelo Congresso Nacional, após muito debate e ampla mobilização da oposição, a anistia de 1979 foi proposta pelo governo Figueiredo com a intenção de viabilizar uma “lenta e gradual” transição política, na qual os militares pretendiam se retirar em ordem da política, manter certa influência e retornar à rotina dos quartéis, o que aconteceu. “Anistia ampla, geral e irrestrita” era uma bandeira da oposição desde as primeiras cassações de seus líderes, após o golpe militar de 1964. Depois das vitórias da oposição nas eleições de 1974 e 1978, entrou na ordem do dia. Em seu primeiro artigo, a lei anunciava anistia aos crimes políticos e à polêmica conectividade desses “crimes”, estendendo-a aos crimes correlatos. Isso significava anistiar torturadores e assassinos a serviço do regime. Sua aprovação representou um pacto de convivência entre oposicionistas e militares, decisivo para viabilizar a transição pacífica à democracia no Brasil. Por óbvio, os familiares dos desaparecidos nunca aceitaram esse acordo, bem como uma parte da esquerda envolvida na luta armada contra o regime. Com a volta ao país dos políticos cassados e exilados, o governo pretendia fracionar a oposição ao regime, unificada no antigo MDB. Para isso, também promoveu uma reforma partidária e permitiu a existência de novos partidos políticos, entre os quais o PDT, o PSB e o PTB. Deu errado para os militares e certo para a oposição. Mesmo com a derrota da emenda Dante de Oliveira (MDB), que restabelecia as eleições diretas para a Presidência, Tancredo Neves (MDB), candidato de oposição, acabou sendo eleito presidente da República, em 15 de janeiro de 1985. Com a sua doença e morte, o vice José Sarney assumiu a Presidência, em 15 de março do mesmo ano, ou seja, há 40 anos. Novas leis criaram mecanismos de reparação civil (emissão de atestado de óbito para desaparecidos políticos) e financeira para os atingidos pela repressão, em 1995 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso. As Forças Armadas nunca admitiram a existência de um sistema de tortura e desaparecimento, porém se comprometeram com o respeito à ordem democrática estabelecida pela Constituição de 1988. É por essa razão que a maioria dos oficiais generais de quatro estrelas não apoiou a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, e os militares envolvidos na conspiração, entre os quais o ex-presidente Jair Bolsonaro, estão sendo julgados pelo Supremo e não pela Justiça Militar. Compartilhe: _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------ E agora, José? - Carlos Drummond de Andrade -------------- EJEF TJMG Estreou em 31 de out. de 2023 Poema interpretado por José Fernandes Filho, ex-presidente do TJMG e acadêmico da AML. ________________________________________________________________________________________________________

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