Mundo em Mutação
Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 14 de abril de 2025
Em defesa do romance
Equador: a ilusão da ordem
Daniel Noboa, herdeiro de uma das maiores fortunas do Equador, reeleito aos 37 anos, encarna o paradoxo latino-americano: um outsider que promete ordem num país dilacerado pela violência, pelos apagões e pela descrença. Educado nos Estados Unidos, afeito às redes sociais e ao figurino do jovem milionário, impõe um governo de força, onde a exceção se tornou regra e o toque de recolher, rotina.
Sua vitória sobre Luisa González, ligada ao ex-presidente Rafael Correa, foi menos um endosso e mais um voto de cansaço. A esquerda, envelhecida e amarrada ao passado, não conseguiu convencer que sua promessa era nova. Enquanto isso, o Equador, mergulhado em sua pior crise econômica e moral, entrega-se a uma esperança armada.
Com prisões dominadas por cartéis e bairros sitiados pelo medo, o país é hoje o mais violento da América Latina. A repressão, como sempre, é a resposta mais fácil — e a mais perigosa. Como Dom Quixote diante dos moinhos, muitos equatorianos precisam crer que há gigantes a derrotar. Mas sem sonho, só resta o ruído dos tiros e o calor breve das promessas.
No fim, o Equador não votou por um futuro — apenas por sobreviver ao presente.
"Mario Vargas Llosa: A Voz Indomável da Literatura que se Cala"
Mario Vargas Llosa (1936–2025)
Uma despedida ao escritor que defendeu a literatura como antídoto à barbárie
Morreu aos 89 anos, em silêncio e com cerimônia discreta, o escritor e jornalista peruano Mario Vargas Llosa, um dos maiores nomes da literatura contemporânea e voz indispensável no pensamento político e cultural da América Latina. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, Vargas Llosa atravessou décadas como um defensor intransigente da liberdade, da razão e da imaginação.
Sua trajetória foi marcada por convicções em movimento: da militância juvenil em apoio à Revolução Cubana ao liberalismo democrático que passou a professar com firmeza, sem jamais renunciar ao debate, à polêmica, à crítica lúcida e, sobretudo, à literatura como expressão maior da condição humana.
Seu legado é feito de narrativas poderosas, mas também de ideias. Poucos escritores foram tão explícitos ao afirmar o papel civilizador do romance. Poucos defenderam com tanta clareza o valor da ficção como espaço de resistência ao conformismo, à mediocridade e à brutalidade do mundo moderno.
Como introdução a seu célebre ensaio "Em defesa do romance", publicado em 2009, reproduzimos abaixo o que talvez seja a mais lapidar das suas sentenças — uma verdadeira profissão de fé na literatura:
"Incivilizado, bárbaro, órfão de sensibilidade e pobre de palavra, ignorante e grave, alheio à paixão e ao erotismo – um mundo sem literatura teria como traço principal o conformismo, a submissão dos seres humanos ao estabelecido. Seria um mundo animal."
— Mario Vargas Llosa, Piauí, Edição 37
Com sua partida, cala-se uma voz crítica, sofisticada e corajosa. Mas suas palavras — como as que seguem nas páginas a seguir — permanecem a ecoar, ainda necessárias, ainda insubmissas.
"Gracias a la vida", por Mercedes Sosa
TV Cultura
25 de jul. de 2011
Gravada em 1991, esta edição do Ensaio apresenta uma das expoentes da Nueva Canción. Neste vídeo, canta um de seus sucessos, um clássico da compositora e artista plástica chilena Violeta Parra (1917-1967).
E agora que a pena repousa e a voz se cala, resta a música — aquela que celebra a vida em todas as suas contradições, como ele mesmo o fez.
Gracias a la vida, que me ha dado tanto...
questões literárias
Em defesa do romance
Incivilizado, bárbaro, órfão de sensibilidade e pobre de palavra, ignorante e grave, alheio à paixão e ao erotismo – um mundo sem literatura teria como traço principal o conformismo, a submissão dos seres humanos ao estabelecido. Seria um mundo animal.
Mario Vargas Llosa | Edição 37, Outubro 2009
Muitas vezes me ocorre, nas feiras de livros ou nas livrarias, que um senhor se aproxime de mim com um livro meu nas mãos e me peça para autografá-lo, especificando: é para a minha mulher, ou minha filha, ou minha irmã, ou minha mãe; ela, ou elas, são grandes leitoras e são apaixonadas por literatura. E eu lhe pergunto, de imediato: “E o senhor? Não gosta de ler?”
A resposta chega pontual, quase sempre: “Bem, sim, é claro que gosto, mas sou uma pessoa muito ocupada, sabe como é.” Sim, sei muito bem, porque ouvi essa explicação dezenas de vezes: esse senhor, esses milhares de senhores iguais a ele têm tantas coisas importantes, tantas obrigações e responsabilidades na vida, que não podem desperdiçar seu tempo precioso passando horas e horas imersos num romance, num livro de poemas ou num ensaio literário. Segundo essa concepção, a literatura é uma atividade da qual se pode prescindir, um entretenimento elevado e útil para cultivar a sensibilidade e as boas maneiras, um ornamento que se podem permitir os que dispõem de tempo livre para a recreação, e que seria necessário computar na categoria dos esportes, do cinema, do bridge ou do xadrez, mas que pode ser sacrificado sem escrúpulos no momento de estabelecer uma escala de prioridades nos afazeres e compromissos indispensáveis da luta pela vida.
É verdade que a literatura acabou por se tornar, cada vez mais, uma atividade feminina: nas livrarias, nas conferências ou nas readings dos escritores e, naturalmente, nos departamentos e nas faculdades em que se estuda literatura, as saias ganham de goleada das calças. A explicação é que, na classe média, as mulheres leem mais porque trabalham menos horas que os homens, e que muitas delas tendem a se considerar mais justificadas do que os homens no tempo que dedicam à fantasia e à ilusão. Como sou um tanto alérgico a essas explicações, que dividem homens e mulheres em categorias estanques com virtudes e fraquezas coletivas, não partilho dessas interpretações; mas num aspecto não resta dúvida: há cada vez menos leitores de literatura – há muitos leitores, mas de lixo impresso – e, entre eles, as mulheres prevalecem.
Uma pesquisa organizada recentemente pela Sociedade Geral de Autores Espanhóis forneceu um dado alarmante: metade dos habitantes daquele país jamais leu um livro. A pesquisa revelou também que, na minoria leitora, o número de mulheres que declaram ler é superior em 6,2% ao dos homens. Muito me alegro pelas mulheres, é claro, mas me preocupo pelos homens, e pelos milhões de seres humanos que, podendo ler, renunciaram a fazer isso. Não só porque desconhecem o prazer que perdem, mas porque estou convencido de que uma sociedade sem romances, ou na qual a literatura foi relegada, como certos vícios inconfessáveis, às margens da vida social e convertida mais ou menos num culto sectário, essa sociedade está condenada a se barbarizar no plano espiritual e a pôr em risco a própria liberdade.
Vivemos numa época de especialização do conhecimento, causada pelo prodigioso desenvolvimento da ciência e da técnica, e da sua fragmentação em inumeráveis afluentes e compartimentos estanques. A especialização permite aprofundar a exploração e a experimentação, e é o motor do progresso; mas determina também, como consequência negativa, a eliminação daqueles denominadores comuns da cultura graças aos quais os homens e as mulheres podem coexistir, comunicar-se e se sentir de algum modo solidários.
A especialização leva à incomunicabilidade social, à fragmentação do conjunto de seres humanos em guetos culturais de técnicos e especialistas, aos quais a linguagem, alguns códigos e a informação progressivamente setorizada relegam naquele particularismo contra o qual nos alertava o antiquíssimo adágio: não é necessário se concentrar tanto no ramo nem na folha, a ponto de esquecer que eles fazem parte de uma árvore, e esta de um bosque. O sentido de pertencimento, que conserva unido o corpo social e o impede de se desintegrar em uma miríade de particularismos solipsistas, depende, em boa medida, de que se tenha uma consciência precisa da existência do bosque. E o solipsismo – de povos ou indivíduos – gera paranoias e delírios, as deformações da realidade que sempre dão origem ao ódio, às guerras e aos genocídios. A ciência e a técnica não podem mais cumprir aquela função cultural integradora em nosso tempo, precisamente pela infinita riqueza de conhecimentos e da rapidez de sua evolução que levou à especialização e ao uso de vocabulários herméticos.
Aliteratura, ao contrário, diferentemente da ciência e da técnica, é, foi e continuará sendo, enquanto existir, um desses denominadores comuns da experiência humana, graças ao qual os seres vivos se reconhecem e dialogam, independentemente de quão distintas sejam suas ocupações e seus desígnios vitais, as geografias, as circunstâncias em que se encontram e as conjunturas históricas que lhes determinam o horizonte. Nós, leitores de Cervantes ou de Shakespeare, de Dante ou de Tolstoi, nos sentimos membros da mesma espécie porque, nas obras que eles criaram, aprendemos aquilo que partilhamos como seres humanos, o que permanece em todos nós além do amplo leque de diferenças que nos separam. E nada defende melhor os seres vivos contra a estupidez dos preconceitos, do racismo, da xenofobia, das obtusidades localistas do sectarismo religioso ou político, ou dos nacionalismos discriminatórios, do que a comprovação constante que sempre aparece na grande literatura: a igualdade essencial de homens e mulheres em todas as latitudes, e a injustiça representada pelo estabelecimento entre eles de formas de discriminação, sujeição ou exploração.
Nada, mais que bons romances, ensina a ver nas diferenças étnicas e culturais a riqueza do patrimônio humano, e a valorizá-las como uma manifestação de sua múltipla criatividade. Ler boa literatura é divertir-se, com certeza; mas também aprender, dessa maneira direta e intensa que é a da experiência vivida através das obras de ficção, o que somos e como somos em nossa integridade humana, com os nossos atos, os nossos sonhos e os nossos fantasmas, a sós e na urdidura das relações que nos ligam aos outros, em nossa presença pública e no segredo de nossa consciência, essa soma extremamente complexa de verdades contraditórias – como as chamava Isaiah Berlin – de que é feita a condição humana.
Esse conhecimento totalizador e imediato do ser humano, hoje, se encontra apenas no romance. Nem mesmo os outros ramos das disciplinas humanistas – como a filosofia, a psicologia, a história ou as artes – puderam preservar essa visão integradora e um discurso acessível porque, por trás da pressão irresistível da cancerosa divisão e fragmentação do conhecimento, acabaram por sucumbir também às imposições da especialização, por isolar-se em territórios cada vez mais segmentados e técnicos, cujas ideias e linguagens estão fora do alcance da mulher e do homem comuns. Não é nem pode ser o caso da literatura, embora alguns críticos e teóricos se empenhem em transformá-la em uma ciência, porque a ficção não existe para investigar uma área determinada da experiência, mas para enriquecer de maneira imaginária a vida, a de todos, a vida que não pode ser desmembrada, desarticulada, reduzida a esquemas ou fórmulas, sem que desapareça.
Por isso, Marcel Proust disse: “A verdadeira vida, a vida por fim esclarecida e descoberta, a única vida, pois, plenamente vivida, é a literatura.” Não exagerava, guiado pelo amor a essa vocação que praticou com talento superlativo: simplesmente queria dizer que, graças à literatura, a vida se compreende e se vive melhor, e entendê-la e vivê-la melhor significa vivê-la e partilhá-la com os outros.
Borges se irritava quando lhe perguntavam: “Para que serve a literatura?” Parecia-lhe uma pergunta idiota, e ele respondia: “A ninguém ocorreria perguntar-se sobre qual é a utilidade do canto de um canário ou das cores do céu no crepúsculo!”; com efeito, se essas coisas belas estão ali e graças a elas a vida, ainda que por um instante, é menos feia e menos triste, não é mesquinho procurar justificativas práticas?
Àdiferença do gorjeio dos pássaros ou do espetáculo do sol fundindo-se no horizonte, um poema, um romance não estão pura e simplesmente ali, fabricados por acaso ou pela natureza. São uma criação humana, e é lícito perguntar como e por que nasceram, e o que deram à humanidade para que a literatura, cujas origens remotas se confundem com as da escrita, tenha durado tanto tempo. Nasceram como fantasmas incertos, no íntimo de uma consciência, projetados a ela pelas forças conjugadas do inconsciente, de uma sensibilidade e de algumas emoções, a que, numa luta às vezes implacável com as palavras, o poeta, o narrador, deram forma, corpo, movimento, ritmo, harmonia, vida. Uma vida artificial, feita com a linguagem e a fantasia, que coexiste com a outra, a real, desde tempos imemoriais, e à qual acorrem homens e mulheres porque a vida que têm não lhes basta, não é capaz de oferecer tudo aquilo que gostariam de ter. O romance não começa a existir quando nasce, por obra de um indivíduo; só existe realmente quando é adotado pelos outros e passa a fazer parte da vida social, quando se torna, graças à leitura, experiência partilhada.
Um dos primeiros efeitos benéficos se verifica no plano da linguagem. Uma comunidade sem literatura escrita se exprime com menos precisão, riqueza de nuances e clareza do que outra cujo instrumento principal de comunicação, a palavra, foi cultivado e aperfeiçoado graças aos textos literários. Uma humanidade sem romances, não contaminada pela literatura, se pareceria com uma comunidade de tartamudos e afásicos, atormentada por problemas terríveis de comunicação causados por uma linguagem ordinária e rudimentar.
Isso vale também para os indivíduos, obviamente. Uma pessoa que não lê, ou que lê pouco, ou que lê apenas porcarias, pode falar muito, mas dirá sempre poucas coisas, porque para se exprimir dispõe de um repertório reduzido e inadequado de vocábulos. Não se trata apenas de um limite verbal; é, a um só tempo, um limite intelectual e de horizonte imaginário, uma indigência de pensamentos e de conhecimentos, porque as ideias, os conceitos, mediante os quais nos apropriamos da realidade e dos segredos da nossa condição, não existem dissociados das palavras, por meio das quais as reconhece e define a consciência. Aprende-se a falar com precisão, com profundidade, com rigor e agudeza, graças à boa literatura, e apenas graças a ela.
Nenhuma outra disciplina, nenhum outro ramo das artes, pode substituir a literatura na formação da linguagem com que as pessoas se comunicam. Os conhecimentos que nos transmitem os manuais científicos e os tratados técnicos são fundamentais; mas eles não nos ensinam a dominar as palavras nem a exprimi-las com propriedade: pelo contrário, amiúde são mal escritos e revelam certa confusão linguística porque os autores, às vezes eminências indiscutíveis em sua profissão, são literariamente incultos e não sabem se servir da linguagem para comunicar os tesouros conceituais de que são detentores. Falar bem, dispor de uma linguagem rica e variada, encontrar a expressão adequada para cada ideia ou emoção que se queira comunicar, significa estar mais preparado para pensar, ensinar, aprender, dialogar e, também, para fantasiar, sonhar, sentir e emocionar-se.
De uma maneira sub-reptícia, as palavras reverberam em todas as ações da vida, até mesmo nas que parecem muito distantes da linguagem. Isso, na medida em que, graças à literatura, evoluiu até níveis elevados de refinamento e de sutileza nas nuances, elevou as possibilidades da fruição humana, e, com relação ao amor, sublimou os desejos e alçou à categoria de criação artística o ato sexual. Sem a literatura não existiria o erotismo. O amor e o prazer seriam mais pobres, privados de delicadeza e de distinção, da intensidade a que chegam todos aqueles que se educaram e estimularam com a sensibilidade e as fantasias literárias. Não é exagero afirmar que um casal que haja lido Garcilaso, Petrarca, Góngora e Baudelaire ama e usufrui mais do que outro, de analfabetos semi-idiotizados pelas séries de televisão. Em um mundo iletrado, o amor e a fruição não poderiam ser diferenciados daqueles que satisfazem os animais, não iriam além da mera satisfação dos instintos elementares: copular e devorar.
Os meios audiovisuais não estão em condições de substituir a literatura na função de ensinar o ser humano a usar com segurança, e talento, as riquíssimas possibilidades que a língua encerra. Esses meios tendem a relegar as palavras a um segundo plano em relação às imagens, que são a sua linguagem essencial, e a reduzir a língua à sua expressão oral, ao mínimo indispensável, o mais distante possível de sua vertente escrita que, na tela e nos alto-falantes, resulta sempre soporífera. Dizer de um filme ou de um programa que ele é “literário” é um modo educado de chamá-lo de chato.
Isso me leva a pensar, também, embora sobre essa questão eu deva admitir que nutro certas dúvidas, que não só a literatura é indispensável para o conhecimento correto e para o domínio da língua, mas que o destino dos romances está ligado, em um matrimônio indissolúvel, ao do livro, produto industrial que muitos declaram já obsoleto.
Um deles é um senhor importante e a quem a humanidade deve muito no campo das comunicações, isto é, Bill Gates, o fundador da Microsoft. O senhor Gates estava em Madri, há pouco tempo, e visitou a Real Academia Espanhola, com a qual a Microsoft lançou as bases daquilo que, assim se espera, será uma fecunda colaboração. Entre outras coisas, Bill Gates assegurou aos acadêmicos que se ocupará pessoalmente de que a letra “ñ” nunca seja retirada dos computadores, promessa que, é óbvio, arrancou de nós um suspiro de alívio, de nós, 400 milhões de hispanohablantes dos cinco continentes, para os quais a mutilação daquela letra essencial no ciberespaço teria criado problemas babélicos.
Pois bem, imediatamente depois dessa concessão amável à língua espanhola e, assim entendo, sem ter sequer deixado a Real Academia, Bill Gates declarou que espera não morrer sem ter realizado o seu maior projeto. E qual seria ele? Acabar com o papel, e, pois, com os livros, mercadoria que, a seu entender, já é de um anacronismo contumaz. O senhor Gates explicou que as telas dos computadores estão em condições de substituir com êxito o papel em todas as funções e que, além de isso custar menos, de ocupar menos espaço e de ser mais fácil de transportar, as informações e a literatura por meio da tela terão a vantagem ecológica de pôr fim à devastação dos bosques, cataclismo que, pelo visto, é consequência da indústria de papel. As pessoas continuam a ler, explicou ele, mas nas telas, e, desse modo, haverá mais clorofila no meio ambiente.
Eu não estava presente – tomei conhecimento desses detalhes pela imprensa –, mas, se houvesse estado lá, teria interrompido rumorosamente o senhor Bill Gates para contestar, sem o menor constrangimento, a sua intenção de nos aposentar a mim e a tantos colegas meus, a nós, pobres escritores de livros. Pode o monitor substituir o livro em todos os casos, como afirma o criador da Microsoft? Não estou seguro disso. Digo isso sem negar, de modo algum, a revolução que no campo das comunicações e da informação representou o desenvolvimento das novas técnicas, como a internet, que todo dia me presta uma ajuda inestimável em meu trabalho; mas daí a admitir que a tela eletrônica possa substituir o papel no que concerne às leituras literárias há uma lacuna que não consigo preencher. Simplesmente não sou capaz de aceitar a ideia de que a leitura não funcional nem prática, a que não busca uma informação nem uma comunicação de utilidade imediata, possa conviver na tela de um computador com o sonho e com a fruição da palavra, gerando a mesma sensação de intimidade, a mesma concentração e o mesmo isolamento espiritual do livro.
Talvez seja um preconceito, resultante da falta de prática, da já longa identificação na minha experiência da literatura com os livros de papel, mas, se bem que navegue com muito prazer na internet em busca de notícias do mundo, não me ocorreria servir-me dela para ler os poemas de Góngora, um romance de Onetti ou de Calvino, nem um ensaio de Octavio Paz, porque sei muito bem que o efeito dessa leitura jamais seria o mesmo.
A literatura não diz nada aos seres humanos satisfeitos com seu destino, de todo contentes com o modo como vivem a vida. A literatura é alimento dos espíritos indóceis e propagadora da inconformidade, um refúgio para quem tem muito ou muito pouco na vida, onde é possível não ser infeliz, não se sentir incompleto, não ser frustrado nas próprias aspirações. Cavalgar junto ao esquálido Rocinante e a seu desregrado cavaleiro pelas terras da Mancha, percorrer os mares em busca da baleia branca com o capitão Ahab, tomar o arsênico com Emma Bovary ou transformar-se em inseto com Gregor Samsa é um modo astuto que inventamos para nos mitigar pelas ofensas e imposições desta vida injusta que nos obriga a sermos sempre os mesmos, enquanto gostaríamos de ser muitos, tantos quantos fossem necessários para satisfazer os desejos incandescentes de que somos possuídos.
Só momentaneamente é que o romance aplaca essa insatisfação vital, mas, nesse intervalo milagroso, nessa suspensão temporária da vida em que a ilusão literária nos imerge – que parece nos arrancar da cronologia e da história e nos converter em cidadãos de uma pátria sem tempo, imortal – somos outros. Mais intensos, mais ricos, mais complexos, mais felizes, mais lúcidos do que na rotina forçada da nossa vida real. Quando, fechado o livro, posta de parte a ficção, voltamos àquela e a comparamos com o território resplandecente que mal acabamos de deixar, espera-nos uma grande desilusão. Isto é, esta grande confirmação: que a vida sonhada do romance é melhor – mais bela e variada, mais compreensível e perfeita – do que a que vivemos quando estamos despertos, uma vida tolhida nos limites e na servidão a nossa condição.
Nesse sentido, a boa literatura é sempre – ainda que não proponha isso nem se dê conta disso – sediciosa, insubmissa, em revolta: um desafio ao que existe. A literatura nos permite viver em um mundo cujas leis transgridem as leis inflexíveis em meio às quais transcorre a nossa vida real, emancipados da prisão do espaço e do tempo, na impunidade para o excesso e donos de uma soberania que não conhece limites. Como não nos sentirmos defraudados depois de termos lido Guerra e Paz ou Em Busca do Tempo Perdido, ao nos voltarmos a este mundo de mesquinharias infinitas, de fronteiras e proibições que estão à espreita e que em toda parte, a cada passo, perturbam nossas ilusões? Esta é, talvez, ainda mais do que conservar a continuidade da cultura e enriquecer a linguagem, a melhor contribuição da literatura ao progresso humano: recordar-nos (involuntariamente, na maior parte dos casos) de que o mundo se acha mal-acabado, de que mentem os que sustentam o contrário – por exemplo, os poderes que o governam –, e de que poderia ser melhor, mais próximo dos mundos que a nossa imaginação e a nossa palavra são capazes de inventar.
Entenda-se bem: chamar de sediciosa uma literatura porque as belas obras de ficção desenvolvem nos leitores uma consciência alerta em face das imperfeições do mundo real não significa, como creem as igrejas e os governos que se fiam da censura para atenuar ou anular sua carga subversiva, que os textos literários provoquem diretamente comoções sociais ou acelerem as revoluções. Os efeitos sociopolíticos de um poema, de um drama ou de um romance não podem ser verificados porque não se mostram quase nunca de maneira coletiva, mas individual, e isso significa que variam enormemente de uma pessoa para outra. Por isso é difícil, para não dizer impossível, estabelecer normas precisas. Por outro lado, muitas vezes esses efeitos, quando resultam evidentes no âmbito coletivo, podem ter pouco a ver com a qualidade estética do texto que os produz. Por exemplo, um romance medíocre, A Cabana do Pai Tomás, de Harriet Beecher Stowe, parece ter desempenhado um papel importantíssimo na tomada de consciência social, nos Estados Unidos, dos horrores da escravidão; o fato de que esses efeitos sejam difíceis de identificar não significa que eles não existam, mas que se manifestam, de maneira indireta e múltipla, por meio dos comportamentos e ações dos cidadãos cuja personalidade os romances contribuíram para moldar.
Aboa literatura, enquanto aplaca momentaneamente a insatisfação humana, incrementa-a e, fazendo que se desenvolva uma sensibilidade inconformista em relação à vida, torna os seres humanos mais aptos para a infelicidade. Viver insatisfeito, em luta contra a existência, significa empenhar-se, como dom Quixote, bater-se contra os moinhos de vento, condenar-se, de certa forma, a viver as batalhas travadas pelo coronel Aureliano Buendía, em Cem Anos de Solidão, sabendo que as perderia todas. Isso é provavelmente verdadeiro; mas também é verdadeiro que, sem a revolta contra a mediocridade e a sordidez da vida, nós, seres humanos, ainda viveríamos em condições primitivas, a história teria acabado, não teria nascido o indivíduo, a ciência e a tecnologia não se teriam desenvolvido, os direitos humanos não teriam sido reconhecidos, a liberdade não existiria, porque tudo isso nasceu de atos de insubmissão contra uma vida percebida como insuficiente e intolerável.
Tentemos traçar uma reconstrução histórica fantástica, imaginando um mundo sem literatura, uma humanidade que não haja lido romances. Nessa civilização ágrafa, com um léxico liliputiano, em que talvez os grunhidos e a gesticulação simiesca prevalecessem sobre as palavras, não existiriam certos adjetivos formados a partir das criações literárias: quixotesco, kafkiano, pantagruélico, rocambolesco, orwelliano, sádico e masoquista, entre muitos outros. Haveria loucos, vítimas de paranoias e delírios de perseguição, e pessoas de apetite descomunal e de excessos desmedidos, e bípedes que gozariam recebendo ou infligindo a dor, com certeza; mas não teríamos aprendido a ver por trás desses comportamentos extremados, em contraste com a pretensa normalidade, aspectos essenciais da condição humana, vale dizer, de nós mesmos, algo que só o talento criador de Cervantes, de Kafka, de Rabelais, de Sade ou de Sacher-Masoch nos revelou.
Quando veio a lume o Dom Quixote, os primeiros leitores riam daquele homem iludido e extravagante, da mesma forma como riam as outras personagens do romance. Agora sabemos que o empenho do Cavaleiro da Triste Figura em ver gigantes em vez de moinhos de vento e em cometer todos os desatinos que comete é a forma mais elevada de generosidade, um modo de protestar contra as misérias deste mundo e de procurar mudá-lo. Os próprios conceitos de ideal e de idealismo, tão impregnados de uma validade moral positiva, não seriam o que são – ou seja, valores claros e respeitáveis – se não tivessem encarnado naquela personagem de romance com a força persuasiva que lhe conferiu o gênio de Cervantes. E o mesmo se poderia dizer desse pequeno dom Quixote pragmático e de saias que foi Emma Bovary – o bovarismo não existiria, está claro –, que por sua vez se bateu com ardor para viver essa vida resplendente de paixões e de luxo que ela conhecera nos romances, e se queimou nesse fogo como a mariposa que se aproxima demais da chama.
Como as de Cervantes e Flaubert, as invenções dos grandes criadores literários, ao mesmo tempo em que nos arrancam de nossa prisão realista, conduzem e guiam pelos mundos da fantasia, abrem-nos os olhos sobre aspectos desconhecidos e secretos da nossa condição, e nos dão os instrumentos para explorar e entender mais os abismos do que é humano. Dizer “borgeano” significa destacar-se da realidade racional costumeira e penetrar numa fantástica, rigorosa e elegante construção mental, quase sempre labiríntica, impregnada de referências e alusões livrescas, cuja singularidade não nos é, todavia, estranha, porque nela reconhecemos desejos recônditos e verdades íntimas do nosso ser que só graças às criações literárias de um Jorge Luis Borges puderam tomar forma. O adjetivo “kafkiano” nos vem à mente de maneira natural, como o flash de uma daquelas velhas máquinas fotográficas de fole, toda vez que nos sentimos ameaçados, como indivíduos inermes, por esses mecanismos opressores e destrutivos que tanta dor, tantos abusos e injustiças causaram no mundo moderno: os regimes autoritários, os partidos verticais, as igrejas intolerantes, as burocracias asfixiantes. Sem os contos e romances daquele atormentado judeu de Praga que escrevia em alemão e que viveu sempre à espreita, não teríamos sido capazes de compreender o sentido de fragilidade e impotência do indivíduo isolado ou das minorias discriminadas e perseguidas, ante as forças onipotentes que podem pulverizá-los.
O adjetivo “orwelliano”, primo em primeiro grau de “kafkiano”, refere-se à angústia opressiva e à sensação de absurdo extremo que geraram as ditaduras totalitárias do século XX, as mais refinadas, cruéis e absolutas da história, em seu controle dos atos, da psique e até dos sonhos dos membros de uma sociedade. Nos seus romances mais célebres, A Revolução dos Bichos e 1984, George Orwell descreveu, com acentos gélidos e de pesadelo, uma humanidade submetida ao controle do Grande Irmão, um senhor absoluto que, por meio de uma combinação eficaz de terror e tecnologia moderna, eliminou a liberdade, a espontaneidade e a igualdade – nesse mundo alguns são “mais iguais do que os outros” – e transformou a sociedade em uma colmeia de seres humanos autômatos, programados como os robôs. Não apenas as condutas obedecem aos desígnios do poder, mas também a língua, o newspeak, foi depurada de toda conotação individualista, de toda invenção ou matiz subjetivo, transformando-se numa enfiada de lugares-comuns e clichês impessoais, o que aumenta a servidão dos indivíduos ao sistema. É verdade que a profecia sinistra de 1984 não se materializou e que, como ocorreu com os totalitarismos fascista e nazista, o comunismo totalitário desapareceu na União Soviética e depois começou a se deteriorar na China e naqueles anacronismos que são ainda Cuba e a Coreia do Norte; mas a palavra “orwelliano” permanece como lembrança de uma das experiências político-sociais mais devastadoras vividas pela civilização, e que os romances e ensaios de George Orwell nos ajudaram a compreender nos seus mecanismos mais recônditos.
Por vezes, a imagem que se delineia no espelho que os romances e os poemas nos oferecem de nós mesmos é a imagem de um monstro. Ocorre quando lemos as horripilantes carnificinas sexuais fantasiadas pelo Divino Marquês, ou as tétricas dilacerações e sacrifícios que povoam os livros malditos de um Sacher-Masoch ou de um Bataille. E, todavia, o pior dessas páginas não são o sangue nem a humilhação, tampouco as torturas abjetas nem a sanha que as tornam febris; é a descoberta de que essa violência e os abusos não nos são estranhos, estão repletos de humanidade, de que esses monstros ávidos de transgressão e excesso estão entocados no mais fundo de nosso ser e que, das sombras onde estão ocultos, aguardam uma ocasião favorável para se manifestar, para impor a lei dos seus desejos, que acabaria com a racionalidade, com a convivência e talvez com a própria existência. Não a ciência, mas a literatura foi a primeira a examinar os abismos do fenômeno humano e a descobrir o apavorante potencial destrutivo e autodestrutivo que também o conforma. Portanto, um mundo sem romances seria parcialmente cego em face desses abismos terríveis onde com frequência jazem as motivações das condutas e comportamentos inusitados, e por isso mesmo tão injusto contra o que é diferente, como aquele que, em um passado não muito remoto, acreditava que canhotos, aleijados e gagos estivessem possuídos pelo demônio. Esse mundo talvez continuasse a praticar, como até há pouco tempo algumas tribos amazônicas, o perfeccionismo atroz de afogar nos rios os recém-nascidos com defeitos físicos.
Incivilizado, bárbaro, órfão de sensibilidade e pobre de palavra, ignorante e grave, alheio à paixão e ao erotismo, o mundo sem romances, esse pesadelo que procuro delinear, teria como traço principal o conformismo, a submissão dos seres humanos ao estabelecido. Seria um mundo animal. Os instintos básicos decidiriam a rotina de uma vida oprimida pela luta pela sobrevivência, pelo medo do desconhecido, pela satisfação das necessidades físicas, em que não haveria espaço para o espírito e a que, à monotonia sufocante da vida, acompanharia o pessimismo, a sensação de que a vida humana sempre será assim, e que nada nem ninguém poderá mudar o estado das coisas.
Quando se imagina um mundo assim, há a tendência a identificá-lo de imediato com o primitivo, com o trapo cobrindo os órgãos genitais, com as pequenas comunidades mágico-religiosas que vivem à margem da modernidade na América Latina, na Oceania e na África. A verdade é que o formidável desenvolvimento dos meios audiovisuais em nossa época – os quais, por um lado, revolucionaram as comunicações tornando todos os homens e mulheres do planeta partícipes da atualidade e, por outro, monopolizaram cada vez mais o tempo que os seres vivos dedicam ao ócio e à diversão em vez de à leitura – permite imaginar, como possível cenário histórico do futuro, uma sociedade moderníssima, repleta de computadores, telas e alto-falantes, e sem livros, ou mais precisamente, onde os livros – a literatura – se tornaram semelhantes à alquimia na era da física: uma curiosidade anacrônica, praticada nas catacumbas da civilização mediática por minorias neuróticas. Esse mundo cibernético, receio muito, apesar de sua prosperidade e poderio, de seus elevados níveis de vida e de suas façanhas científicas, seria profundamente incivilizado, letárgico, privado de espírito, uma humanidade resignada de robôs que abdicaram da liberdade.
É mais do que improvável que essa perspectiva sombria chegue a se concretizar. A história não está escrita, não há um destino preestabelecido que tenha decidido por nós o que seremos. Depende totalmente da nossa visão e da nossa vontade que aquela utopia macabra se realize ou se oculte. Se queremos evitar que com os romances desapareça, ou permaneça apartada no desvão das coisas inúteis, essa fonte que estimula a imaginação e a insatisfação, que nos aguça a sensibilidade e nos ensina a falar com força expressiva e rigor, e nos torna mais livres e nossas vidas mais ricas e intensas, é necessário agir. Há que ler os bons livros e incitar a ler, e ensinar a fazer isso a quantos venham depois de nós – nas famílias e nas aulas, nos meios de comunicação de massa e em todos os setores da vida comum – como uma ocupação imprescindível, pois que é a que imprime a sua marca em todos os demais, e os enriquece.
Mario Vargas Llosa
Romancista, ensaísta e crítico literário peruano, publicou Travessuras da Menina Má (Alfaguara)
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PINDORAMA
Não listado
Marcos Rogatto
Pindorama, uma aula sobre o Brasil - Elio Gaspari</b>
O Globo
Está na rede o documentário “Pindorama: Uma História do Brasil Ancestral” dirigido pelo jornalista Marcos Rogatto e produzido por Patrícia Ogando. Com 43 entrevistas de arqueólogos e paleontólogos, bem como visitas a dezenas de sítios históricos e museus, ele conta a vida de Pindorama há milhões de anos. Dura 98 minutos e traz belas lições.
A primeira expõe patrocínios culturais bem direcionados pela prefeitura de Campinas e pelo Ministério da Cultura. Com a segunda, valoriza gerações de cientistas e leva os curiosos da cultura dos povos que viviam nesta terra há uns 18 mil anos. O fóssil de Luzia, achado em Lagoa Santa (MG), tem 11,5 mil anos.
Nesta parte, “Pindorama” expõe, com critério de bom gosto, o vigor artístico das cerâmicas. A peça mais antiga do mundo pode ter sido feita na Amazônia. Hoje, novas tecnologias permitem ver rastros de civilização debaixo da floresta. Já acharam 24 novas estruturas e elas seriam mais de 10 mil.
Mais de uma centena de megalitos do Parque Arqueológico do Solstício, no Amapá, com alguns pesando quatro toneladas, foram movidos há mais de mil anos.
O Parque da Serra da Capivara, no Piauí, com dois belos museus e mais de mil sítios arqueológicos, alguns datados com 50 mil anos, guarda o Zuzu, um esqueleto de dez mil anos.
É na segunda parte de “Pindorama” que chegam surpresas. Ela trata de um tempo em que os continentes formavam um só bloco. Os dinossauros mais antigos, que viveram há cerca de 233 milhões de anos, surgiram onde hoje estão o Sul do Brasil e a Argentina. As rochas dos fósseis do Sítio Paleontológico da Alemoa, em Santa Maria (RS), seriam as mais antigas do mundo.
No Museu da Ciência Professor Tolentino, de São Carlos (SP), e no Vale dos Dinossauros, em Sousa (PB), estão as pegadas dos dinos. Em Uberaba (MG), foram criados lindos geoparques e a comunidade criou o Museu dos Dinossauros, no distrito rural de Peirópolis. Lá está o fóssil de Uberabatitan ribeiroi, com seus 27 metros de comprimento, achado em 2004.
O primeiro dinossauro com penas conhecido no mundo viveu no Ceará, há 115 milhões de anos. Encontrado em 1996, passou um quarto de século nas prateleiras de um museu alemão. Em 2023 retornou ao Brasil.
O “Pindorama” de hoje tem uma geração de arqueólogos, paleontólogos, museólogos e ambientalistas que cuidam desse patrimônio. O documentário mostrou alguns deles.
Na semana passada, graças a esses estudiosos e ao Ministério Público Federal (MPF), voltaram ao Brasil 25 fósseis retirados clandestinamente do Ceará e levados para a Inglaterra. Avaliadas em cerca de R$ 4 milhões, as peças irão para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, que fica em Santana do Cariri (CE).
Outra equipe do MPF tenta resgatar um esqueleto quase completo de pterossauro da espécie Anhanguera com quase 4 metros de envergadura e outras 45 peças que estão na França.
A Agência Brasil informa que desde 2022 já foram resgatados mais de mil fósseis levados de forma irregular para a Europa. A História do Brasil é linda desde antes da chegada dos europeus e mesmo do gênero humano.
Serviço: “Pindorama” será exibido no dia 2 de maio na Cinemateca do MAM, no Rio, e no dia 23, na Rabeca Cultural, em Campinas.
Disponível no YouTube.
FEITIO DE ORAÇÃO
"Perdido se achou."
Com este esboço da evolução dos meus estudos no terreno da economia política, quis apenas mostrar que as minhas opiniões, seja qual for o julgamento que mereçam, e por muito pouco que concordem com os preconceitos interessados das classes dirigentes, são o resultado de longas e conscienciosas pesquisas. Mas no limiar da ciência, como à entrada do inferno, esta obrigação se impõe:
Qui se convien lasciare ogni sospetto
Ogni viltà convien che Qui sia morta (*)
Londres, Janeiro de 1859
Karl Marx
*Que aqui se afasta toda a suspeita. Que neste lugar se despreze todo o medo. (DANTE: Divina Comédia.
Prefácio à crítica da economia política de 1859 - Karl Marx
✍️ Versão Reescrita e Corrigida do Enunciado:
"Perdido se achou."
A frase acima, composta por três palavras da língua portuguesa, inicia-se com a palavra "Perdido", grafada com letra maiúscula, indicando o início de uma oração. As duas palavras seguintes, "se" e "achou", estão em minúsculas, e o ponto final marca o encerramento da construção.
Essa estrutura simples permite diversas leituras e interpretações, tanto por sua concisão quanto pela polissemia dos termos envolvidos, além da possibilidade de um sujeito oculto.
Com base nessas observações, propõe-se a criação de novas frases compostas exclusivamente pelas mesmas três palavras ("Perdido", "se", "achou"), com variações apenas na ordem e na pontuação. A primeira palavra deve sempre iniciar com letra maiúscula. O sinal de pontuação (ponto, vírgula, exclamação, interrogação etc.) pode ser posicionado de forma livre entre os termos ou ao final, desde que preserve o caráter criativo e interpretativo do exercício.
EPÍGRAFE: SER NÃO SER SER
EPITÁFIO:
Sem eira
Nem beira
Sem lenço
Nem terço
Na sua
Assua
Sumiu
ILUSTRAÇÃO MELÓDICA LÍTERO-MÚSICA-FILOSÓFICA:
Feitio de Oração
Maria Bethânia
Quem acha vive se perdendo
Por isso agora eu vou me defendendo
Da dor tão cruel de uma saudade
Que por infelicidade
Meu pobre peito invade
Batuque é um privilégio
Ninguém aprende samba no colégio
Sambar é chorar de alegria
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia
Por isso agora lá na penha
Eu vou mandar minha morena pra cantar
Com satisfação e com harmonia
Esta triste melodia
Que é meu samba em feitio de oração
O samba na realidade
Não vem do morro, nem lá da cidade
E quem suportar uma paixão
Sentirá que o samba então
Nasce no coração
Composição: Noel Rosa / Vadico.
Publicação Digital Poético-Visual: Entre a Dor e o Silêncio
✨ SER | NÃO | SER
SER
NÃO
SER
SER
Ser é dobra. O não é pausa. A vida ecoa entre afirmação e silêncio.
💀 EPITÁFIO DE UMA SOMBRA
Sem eira
Nem beira
Sem lenço
Nem terço
Na sua
Assua
Sumiu
Um epitáfio de ausências. O vento leva o que não se fixou. O nome, o lar, a luz: tudo apagado.
🔄 JOGO: "PERDIDO SE ACHOU"
Perdido
se
achou.
Da queda ao centro. Do fundo, a redenção.
Achou,
se
Perdido?
Interrogar-se é encontrar-se e perder-se no mesmo gesto.
Se
achou –
Perdido.
O "se" é flutuante: eco entre sujeito e destino.
Achou.
Perdido,
Se?
Uma vírgula no lugar do espelho muda tudo.
📻 A DOR QUE NÃO SAI NO JORNAL (Em diálogo com Chico Buarque e Wilson Batista)
"A dor da gente não sai no jornal." — Wilson Batista / Haroldo Barbosa
Errou na dose.
Errou no amor.
Errou de João.
Ninguém notou.
Ninguém morou na dor.
Joana não volta:
não há volta
para o que acabou.
Joana é Equador, é mulher anônima na beira do nada. Sua dor é coletiva e silenciada.
🌍 ATERISSANDO NO REAL — 14 DE ABRIL
Equador, abril de 2025:
1.300 mortes.
14 horas sem luz.
26% na pobreza.
Cartéis nos bairros.
Noboa vence.
Luisa recusa.
População assiste,
sob toque de recolher.
Burocratas observam.
A dor da gente?
Não sai no jornal.
"O lar não mais existe. Ninguém volta ao que acabou." — Chico Buarque
Joana é o povo.
O barracão é o país.
A notícia carece de exatidão.
🎺 INTERLÚDIO: "FEITIO DE ORAÇÃO" (Noel Rosa / Vadico, por Maria Bethânia)
"Quem acha vive se perdendo"
Achar
é
perder-se
com precisão.
"Sambar é chorar de alegria"
Sambar
é
chorar
de alegria.
"Nasce no coração"
O samba
não mora
em lugar.
Ele pulsa
onde arde o peito.
Samba: ritual íntimo da coletividade. É lágrima disfarçada de tambor.
📜 POESIA-FRAGMENTO FINAL
Perdido?
Se achou.
Achou-se?
Perdido.
Samba:
oração do corpo
quando o peito
não cabe mais no silêncio.
Lenço.
Terço.
Verso.
Silêncio.
Equador:
notícia de jornal,
sem legenda
para a dor.
Uma publicação visual-poética inspirada no cruzamento entre palavra, música, política e o mistério do ser em territórios feridos.
Noticia de Jornal
Chico Buarque
Atentou contra a existência
Num humilde barracão
Joana de tal, por causa de um tal João
Depois de medicada
Retirou-se pro seu lar
Aí a notícia carece de exatidão
O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais uma mulata triste que errou
Errou na dose
Errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal
WW Especial - Trump e o peso do indivíduo na história - 13/04/2025
CNN Brasil
Transmissão ao vivo realizada há 12 horas #cnnbrasil
CONFIRA O BLOCO EXTRA DO PROGRAMA: • WW Especial - Trump e o peso do indiv...
Assista ao conteúdo extra do programa WW Especial deste domingo, 13 de abril de 2025.
O tema do programa é: Trump e o peso do indivíduo na história?
Participam deste programa Michel Gherman, historiador e professor de Sociologia da UFRJ, Marco Antonio Villa, historiador e comentarista político, e Sergio Fausto, cientista político. #cnnbrasil
WW Especial - Trump e o peso do indivíduo na história - EXTRA
CNN Brasil
Estreou há 11 horas #cnnbrasil
Assista ao conteúdo extra do programa WW Especial deste domingo, 13 de abril de 2025.
O tema do programa é: Trump e o peso do indivíduo na história.
Participam deste programa - Michel Gherman, historiador e professor de Sociologia da UFRJ, Marco Antonio Villa, historiador e comentarista político, e Sergio Fausto, cientista político. #cnnbrasil
SINOPSE — Fortuna Machado-Shakespeariana
Entre o rigor acadêmico e o abismo do imponderável, um professor — outrora devoto das tramas de Shakespeare e dos silêncios de Machado — vê-se arrancado de seu ofício na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Abandona a cátedra, os tratados, os séculos, e adentra um espelho partido: fragmentos de si mesmo, imagens distorcidas, vozes que não cessam.
Nas ruínas do palco interior, dois espectros o aguardam: "VV – Vampiro de Virgínia", criatura noturna feita de ausência e desejo, e "VDQA – Volta do Que Assombra", sombra que retorna sempre que a razão adormece.
Entre o verbo e o vazio, entre a pena e o pavor, ele já não sabe se interpreta ou é interpretado.
Talvez, como Hamlet ou Brás Cubas, ele tenha se tornado apenas mais um fantasma à procura de autoria.
João Cezar de Castro Rocha explica qual é o futuro de Bolsonaro e o bolsonarismo
TV Fórum
Estreou em 12 de abr. de 2025
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00:00:00 - Bolsonarismo está definhando; quem ganha com isso?
segunda-feira, 14 de abril de 2025
O declínio político no Brasil - Fernando Gabeira
O Globo
A sensação é que muitos esperam apenas a confirmação das próprias ideias e rejeitam tudo o que for contrário
Algumas vezes escrevo sobre temas antes de estar seguro sobre eles. Nesse caso, a escrita é apenas um esforço para começar a entender coisas que me intrigam no Brasil de hoje. Tenho pensado muito na atividade de comentarista político. A sensação é que muitas pessoas esperam apenas a confirmação de suas ideias e rejeitam tudo o que não for isso.
O método de analisar um fato político, como a anistia no Brasil de hoje, usando ferramentas clássicas como correlação de forças, táticas, acumulação, noção de tempo histórico... esse método parece muito frio para quem espera uma defesa da anistia ou uma condenação sumária. Todas as nuances são perigosas.
Na semana passada, deparei com o anúncio de um livro de uma neurocientista chamado “The ideological brain: the radical science of flexible thinking”. A autora, Leor Zmigrod, de certa maneira menciona isso na entrevista de lançamento. Há uma tendência humana a desprezar o que não confirma as próprias ideias.
Pesquisas com crianças com formações diferentes mostram que as mais abertas são capazes de reproduzir melhor uma história porque se lembram de mais detalhes. Nesse quadro mental, o caminho para uma troca mais produtiva fica muito estreito. Mas não totalmente fechado. As pesquisas no Brasil mostram que há um grande contingente de pessoas que não se localizam em extremos, um grupo pejorativamente chamado de isentão.
O problema é se comunicar com esse grupo. Significa passar por um tremendo corredor polonês de quem vê a política como guerra e pede a todo instante tomadas de posição apaixonadas. Na anistia, a direita procura avançar às cotoveladas sem noção de timing, nem cuidados com sensibilidade política. É uma tática truculenta, inadequada para quem está em desvantagem. Ao fazer campanha contra a anistia, a esquerda, por seu lado, acaba contribuindo para popularizar um tema ainda pouco falado nas ruas. Em síntese, o nível político no Brasil poderia ser mais alto, parece que não há mais reflexão.
Outro tema que me intriga é a resposta ao declínio de popularidade do governo. O núcleo palaciano prepara campanhas, define novas prioridades, como a segurança, desenha aproximações com os evangélicos — enfim, faz tudo o que pode para reverter o quadro.
O que não consigo entender é como um governo eleito com a maioria esmagadora de votos entre intelectuais, artistas, cientistas, acadêmicos, debate-se tão distante no seu labirinto. Era de esperar que surgissem inúmeros documentos, seminários, mesas-redondas, até uma discussão apaixonada sobre os rumos. Não vejo nada.
A direita sempre aborda as coisas com clareza: é defensora de “retropia”, um mergulho no passado idílico que não volta mais. Bolsonaro cultivava os tempos do governo militar. Trump, num movimento muito mais perigoso, quer fazer voltar aos Estados Unidos as empresas que saíram num processo de racionalização capitalista.
Não seria o momento de uma frente discutir caminhos para evitar uma volta ao passado? Não seria a hora de descortinar o futuro diante de tantos desafios como mudanças climáticas, inteligência artificial, crise alimentar? Não entendo a acomodação diante do abismo. Às vezes, penso que faltam ideias. Mas, durante a campanha, o candidato recebe inúmeras sugestões de programa, às vezes roteiros completos de como se conduzir por uma década.
Por que tudo se transforma depois? O governo vai cuidar da política com os deputados do Centrão, e os intelectuais voltam placidamente para suas atividades. Parece que está tudo bem. O problema é quando as coisas não andam para a frente, andam para trás. O movimento é a realidade.
Equador: Entre a Esperança e o Abismo
Nada mais frágil que uma democracia em fúria. No Equador, essa fratura tornou-se visível como uma ferida exposta: uma eleição polarizada, marcada pelo medo, pelo desencanto e pelo eco das balas. Daniel Noboa, jovem, bilionário, herdeiro de uma fortuna e de um país à deriva, foi reeleito. Derrotou, com margem sólida, Luisa González, advogada e pupila do velho caudilho Rafael Correa — ele mesmo hoje um espectro distante, abrigado na Bélgica, condenado pela justiça e ainda idolatrado por alguns.
Noboa nasceu em Miami, foi educado sob os ventos do liberalismo americano e cultiva, sem pudor, a estética do capital jovem: toca guitarra, veste-se como roqueiro e expõe seus gostos caros como se o Instagram fosse seu gabinete. Não é exatamente um líder popular, mas tornou-se símbolo de ordem num país que tropeça em seu próprio reflexo: economia em retração, apagões, pobreza e uma criminalidade que transformou o Equador no país mais violento da América Latina.
Mas os votos não foram apenas por ele. Foram contra algo — ou alguém. Contra os fantasmas do correísmo, contra o caos institucional, contra o medo de um retrocesso ainda mais doloroso. Com um discurso duro, Noboa defende o toque de recolher, o estado de exceção, e a suspensão de liberdades como antídoto para o narcotráfico que converte presídios em fortalezas e bairros em campos de guerra. Seus vínculos com o trumpismo norte-americano, com a lógica da força sobre a dúvida, o tornaram confiável para setores que preferem o castigo à reforma.
Luisa, por sua vez, tentou em vão afirmar que governaria por si mesma. Mas o passado é uma sombra persistente. Carregava no nome e no discurso os ecos do projeto social de Correa, suas bolsas, seus programas de combate à miséria, sua retórica contra o imperialismo e os banqueiros. Era, no entanto, vítima de uma armadilha antiga: a desconfiança. Não bastava prometer aos pobres. Era preciso convencer os céticos.
E o povo votou. Votou com medo, com raiva, com uma espécie de esperança exausta. Os presídios, cercados por tanques e silêncio, lembravam que a violência não é mais clandestina — é institucional. Os apagões, que deixaram regiões 14 horas sem luz, pareciam metáforas: um país às escuras, tateando por um fio de luz, por uma narrativa que o resgate do abismo.
Mais de 56 mil policiais garantiram a “paz” das urnas. No pano de fundo, denúncias mútuas de corrupção, promessas vagas e a velha disputa entre a ordem dos ricos e a memória dos pobres. Ambos os candidatos acusaram, mentiram e recuaram. Foi uma campanha breve, caótica, envolta por decretos emergenciais e o assassinato brutal de Fernando Villavicencio, político e jornalista, baleado na cabeça à luz do dia — um crime que pairou sobre todo o processo como uma advertência sinistra.
Hoje, o Equador encontra-se no limiar. Tem um presidente jovem, obstinado, digital, que acredita que a repressão resolverá os dilemas de uma nação exausta. E tem um povo que, dividido entre pobreza e ressentimento, pede soluções que não virão apenas da força.
Como Dom Quixote, muitos equatorianos ainda veem gigantes onde há apenas moinhos — mas não por loucura, e sim por necessidade. Porque acreditar no impossível tornou-se o último consolo de quem tudo perdeu. E talvez, como Emma Bovary, estejam apenas se aproximando demais da chama. O tempo dirá se Noboa será o pragmático cavaleiro moderno que domará os dragões do narcotráfico, ou mais um nome na galeria dos que tentaram sem entender o próprio povo.
Entre as cinzas da utopia e o ruído das armas, o Equador segue — não redimido, não salvo, apenas... reeleito.
domingo, 13 de abril de 2025
OS ASTROS EMITEM SONS, LUZ E CALOR
“Eu vou seguir as orientações dos advogados. Sendo solidário com sua defesa, no limite das minhas circunstâncias, devolvo a pena da sentença às mãos do juiz.”
"Um empurrão do universo". Assim a advogada Taynara Paranhos define a escolha pelo desafio de encarar a Maratona Brasília.
Correr uma maratona não é uma tarefa fácil - (crédito: Reprodução/Pexels)
Minha primeira maratona! Veja como se preparar para correr bem
Correr a primeira maratona é um objetivo almejado por muitas pessoas, mas enfrentar 42km não é uma tarefa fácil e exige muito preparo e dedicação
Chico Buarque
Não conheço seu nome ou paradeiro
Adivinho seu rastro e cheiro
Vou armado de dentes e coragem
Vou morder sua carne selvagem
Varo a noite sem cochilar, aflito
Amanheço imitando o seu grito
Me aproximo rondando a sua toca
E ao me ver você me provoca
Você canta a sua agonia louca
Água me borbulha na boca
Minha presa rugindo sua raça
Pernas se debatendo e o seu fervor
Hoje é o dia da graça
Hoje é o dia da caça e do caçador
Hoje é o dia da graça
Hoje é o dia da caça e do caçador
Eu me espicho no espaço feito um gato
Prá pegar você bicho do mato
Saciar a sua avidez mestiça
Que ao me ver se encolhe e me atiça
E num mesmo impulso me expulsa e abraça
Nossas peles grudando de suor
Hoje é o dia da graça
Hoje é o dia da caça e do caçador
Hoje é o dia da graça
Hoje é o dia da caça e do caçador
De tocaia fico a espreitar a fera
Logo dou-lhe o bote certeiro
Já conheço seu dorso de gazela
Cavalo brabo montado em pelo
Dominante, não se desembaraça
Ofegante, é dona do seu senhor
Hoje é o dia da graça
Hoje é o dia da caça e do caçador
Caçada
Canção de Chico Buarque ‧ 1972
Composição: Chico Buarque.
Moraes dá cinco dias para Bolsonaro e réus apresentarem defesa prévia
Pela decisão, réus poderão alegar "tudo o que interesse à sua defesa"
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 11/04/2025 - 16:18
Brasília
Brasília (DF) 25/03/2025 - O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista vão se tornar réus na ação.
O caso será julgado pela Primeira Turma da Corte, colegiado formado por cinco dos 11 ministros que compõem o tribunal.
Foto: Antonio Augusto/STF© Antonio Augusto/STF
Versão em áudio
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prazo de cinco dias para os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista apresentarem defesa prévia.
A abertura do prazo é a primeira medida assinada pelo ministro na ação penal aberta hoje contra os acusados. Moraes é o relator do caso.
A abertura é uma formalidade para cumprir a decisão da Primeira Turma da Corte que aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e transformou Bolsonaro, o general Braga Netto e outros acusados em réus.
Pela decisão, os acusados poderão alegar "tudo o que interesse à sua defesa", além de indicar provas pretendidas e arrolar testemunhas, que deverão depor por videoconferência.
Moraes também confirmou que Bolsonaro e os demais acusados deverão prestar depoimento ao final da instrução. A data ainda não definida.
O ministro acrescentou ainda que vai indeferir a inquirição de testemunhas "meramente abonatórias", ou seja, de pessoas não possuem conhecimento dos fatos e são convocadas para somente para elogiar os réus. Nesses casos, os depoimentos deverão ser enviados por escrito pela defesas.
Réus do núcleo 1:
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Entenda
Com a abertura da ação penal , os acusados passam a responder pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A ação penal também marca o início a instrução processual, fase na qual os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovarem as teses de defesa. Os acusados também serão interrogados ao final dessa fase. Os trabalhos serão conduzidos pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Após o fim da instrução, o julgamento será marcado, e os ministros vão decidir se o ex-presidente e os demais acusados serão condenados à prisão ou absolvidos. Não há data definida para o julgamento.
Em caso de condenação, a soma das penas para os crimes passa de 30 anos de prisão.
Foto: Gustavo Moreno/STF
STF abre prazo para manifestação de defesas sobre denúncia de tentativa de golpe de Estado
Na mesma decisão, ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de acordo de colaboração premiada de Mauro Cid
19/02/2025 13:22 - Atualizado há 2 meses atrás
Em decisão tomada nesta quarta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a notificação das defesas para que, no prazo de 15 dias, apresentem resposta à denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra acusados de tentativa de golpe de Estado para que não se consumasse o resultado das eleições presidenciais de 2022. O prazo é fixado pela Lei 8.038/1990, que rege o trâmite de processos penais no STF.
O ministro também retirou o sigilo da colaboração premiada do ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid. As informações do acordo serviram de base para a busca de provas na investigação conduzida pela Polícia Federal.
A decisão do ministro foi tomada na Petição (PET) 12100, na qual o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou a denúncia contra 34 pessoas, entre elas o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e outras autoridades de seu governo, por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, com a apresentação da denúncia não há mais necessidade de manutenção do sigilo. O ministro afirmou que deve ser garantido aos denunciados e aos seus advogados “total e amplo acesso” a todos os termos da colaboração premiada, a fim de garantir o contraditório e a ampla defesa.
Ele explicou que o sigilo não é mais necessário para preservar os direitos assegurados ao colaborador nem para garantir o êxito das investigações. Nessa fase, destacou o relator, deve “ser garantida ampla publicidade a todos os documentos e depoimentos que embasaram o oferecimento da denúncia pelo procurador-geral da República”.
Veja aqui a íntegra da decisão.
(Adriana Romeo/AL//AD)
Leia mais
26/11/2024 – Supremo envia investigação sobre tentativa de golpe de Estado à PGR
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Sim, alguns astros emitem luz, calor e até sons, que são gerados por ondas eletromagnéticas.
A Lua reflete a luz do Sol que incide em sua superfície (Imagem: Reprodução/Ponciano/Pixabay)
O que são astros luminosos e astros iluminados?
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper | 31/01/2021 às 14:00 • Atualizado 05/10/2022 às 01:44
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Chão de Estrelas
Elizeth Cardoso
Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão, no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do Sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher, pomba rola, que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda qual bandeiras agitadas
Parecia um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a Lua furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
E tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar, e o violão
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda qual bandeiras agitadas
Parecia um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a Lua furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
E tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar, e o violão
Composição: Silvio Caldas / Orestes Barbosa.
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Nosso Sol produz a própria luz (Imagem: Reprodução: ESA)
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No céu noturno, vemos o brilho de estrelas distantes, da Lua e, eventualmente, de alguns planetas vizinhos. Já durante o dia, somos iluminados pela luz intensa de uma única estrela, que fica próxima de nós — o Sol. Mas nem tudo o que brilha no céu gera a própria luz. Se você quer descobrir o são astros luminosos e a diferença deles para os astros iluminados, nesta matéria explicamos tudo.
Cemitério espacial | Quais estrelas que vemos no céu podem já estar mortas?
Conjunção entre Lua, Saturno e Júpiter dá show no céu noturno; veja fotos!
Como as estrelas morrem? Entenda os diferentes tipos de ciclo estelar
Quando admiramos as estrelas "estampando" o céu noturno como pequenos pontos brilhantes em meio à escuridão, estamos vendo o resultado prático de processos físicos que produzem a luz vista aqui na Terra. Isso porque estrelas são astros luminosos, ou seja, que geram a própria luz. Já a nossa Lua é um astro iluminado, pois ela não gera a própria luz; ela apenas reflete a luz solar em nossa direção. O mesmo acontece com outros planetas que às vezes ficam visíveis a olho nu no céu noturno, como Vênus, Marte, Júpiter e Saturno — o que vemos é a luz solar refletida nesses mundos, que não geram a própria luz como as estrelas.
O que são astros luminosos
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Nosso Sol produz a própria luz (Imagem: Reprodução: ESA)
Para um objeto ser considerado um astro luminoso, ele precisa gerar e emitir a própria luz. Estrelas, portanto, são astros luminosos, já que realizam o processo de fusão nuclear, que requer muita energia para acontecer, mas libera muito mais energia do que consome — tendo luz e calor como consequência. No caso do Sol, a luz que recebemos em nosso planeta vem da conversão do hidrogênio em hélio no processo de fusão nuclear.
Nosso Sol é uma anã amarela, mas, apesar do nome, não é uma estrela exatamente pequena, e nem é amarela — ela leva essa cor em sua categoria pois a cor amarela está relacionada à temperatura superficial da estrela. Além disso, o Sol produz luz em todos os comprimentos de onda visíveis; por isso, se observado de fora da Terra, ele terá a cor branca, que é a junção de todas as cores do espectro. Vemos o Sol em tons amarelados e alaranjados aqui na Terra porque a nossa atmosfera acaba funcionando como uma espécie de "filtro", nos permitindo enxergar aquela cor específica.
O que são astros iluminados
A Lua reflete a luz do Sol que incide em sua superfície (Imagem: Reprodução/Ponciano/Pixabay)
A luz emitida por astros luminosos como o Sol atinge objetos a seu alcance, e esses objetos podem refletir essa luz, tornando-se brilhantes e, portanto, visíveis a distância. Um exemplo de astro iluminado (ou seja, que não produz a própria luz, mas reflete a luz recebida) é a Lua. Ela brilha no céu noturno, sendo o objeto mais brilhante que vemos a olho nu, mas esse brilho é apenas a superfície lunar refletindo a luz solar que está "batendo" em sua face voltada para a Terra.
O planeta Vênus, por sua vez, também se destaca quando pensamos em intensidade de brilho. Apesar de não emitir luz própria, nosso vizinho é um dos objetos mais brilhantes no céu por causa de sua atmosfera. Composta por dióxido de carbono e ácido sulfúrico, ela causa um efeito estufa de intensidade fortíssima, mas, além de tornar as temperaturas extremamente altas, essa camada de gases contribui para refletir grande parte da luz solar que incide sobre ela. Assim, Vênus acaba sendo um dos astros mais brilhantes do céu noturno terrestre, mesmo que não seja um astro luminoso.
Fonte: NASA (1, 2), Live Science, CNN, UFRGS (1, 2), Space.com, Astrofarm, CSIRO
Sou Eu
Eduardo Dussek
Pedi pro Sol me responder o que é o amor
Ele me falou que é um grande fogo
Procurei nos búzios e tornei a perguntar
Eles me disseram: o amor é um jogo
Lembrei que a lua tinha muito pra contar
Ela se abriu pra mim
Disse que o amor usa tantas fases
É uma luz que não tem fim
Eu pedi pro vento que soprasse o que é o amor
Ele garantiu: é tempestade
Bandos de estrelas me contaram sem piscar
O amor é pura eternidade
Sem saber direito perguntei pro coração
Que sem medo respondeu:
O amor é fogo, água, céu e terra
Sente, o amor sou eu
Sou em quem gera essa energia que conduz
Seu coração à essa estrada, essa luz
O amor é fogo, água, céu e terra
Sente, o amor sou eu
Sou eu quem salva o teu caminho da ilusão
Eu que te consagro, repetiu meu coração
O amor é fogo, água, céu e terra
Sente, o amor sou eu
Compositores: Eduardo Dusek (ABRAMUS), Isolda Bourdot Fantucci (Isolda) (UBC)
Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)
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Horóscopo do dia: confira o que os astros revelam para este domingo (13/4)
Veja o horóscopo por Oscar Quiroga para desvendar este domingo, 13 de abril, de acordo com cada signo
Horóscopo deste domingo (13/4) - (crédito: Pixabay/Reprodução)
A ALMA HUMANA
Data estelar: Lua Cheia é também Vazia das 7h até 10h55 HBr
Nas plácidas ondas de domingos aprazíveis a alma humana, cheia de ansiedade e ressentimento, conspira vinganças e promove impulsos ignorantes que só servem para disseminar problemas e limitações aos muitos enquanto alguns poucos lucram com o sofrimento alheio.
A alma humana, porém, é resiliente e, no fundo, sabe distinguir muito bem a maldade da bondade, porque mesmo que tenha se acostumado a relativizar tanto a verdade que ela parece ter deixado de existir, quando coloca a cabeça no travesseiro e fica à sós consigo mesma, sabe muito bem o que é certo e o que é errado.
Temos todos margem ampla para errar o quanto quisermos e sermos teimosos nos erros, mas não é por falta de aviso interior que desconhecemos o que teríamos de fazer para consertar os erros. É por maldade mesmo.
ÁRIES (nascimento entre 21/3 a 20/4)
Ainda que não seja possível fazer todos os ajustes de conta que seriam necessários, pelo menos tome atitudes que signifiquem avanços nesse sentido, porque dessa forma você não acumulará problemas no futuro. Isso não.
TOURO (nascimento entre 21/4 a 20/5)
Seus interesses devem ser defendidos, porém, é importante que você aceite que as outras pessoas também têm direito de defender interesses conflitantes com os seus, e que se assim for, por direito tudo vira guerra.
GÊMEOS (nascimento entre 21/5 a 20/6)
Passar bem e ter alegria são prioridades que não devem ser tratadas como exercícios de futilidade nem muito menos relegadas aos finais de semana ou às férias. Sem alegria a alma seca e perde a vontade de viver.
CÂNCER (nascimento entre 21/6 a 21/7)
Não é todo dia que há ânimo para se dedicar a atividades produtivas, porém, todo santo e maldito dia há requerimentos que exigem atenção e demandam produtividade. Como se concilia isso? Eis o dilema da humanidade.
LEÃO (nascimento entre 22/7 a 22/8)
Tantas coisas boas poderiam ser ditas, mas as pessoas andam preferindo arvorar críticas e apontar dedos acusadores, dando sermões moralistas sobre como as coisas deveriam ser. Assim, todo mundo perde tempo.
VIRGEM (nascimento entre 23/8 a 22/9)
Suas pretensões hão de ser respeitadas, da mesma forma com que você precisa respeitar as pretensões alheias. Há de haver lugar para todos entre o céu e a terra, enquanto nossa humanidade não aceitar isso, só conflito haverá.
LIBRA (nascimento entre 23/9 a 22/10)
Tantas coisas boas estragam porque as pessoas não suportam testemunhar o sucesso alheio, imaginando que são elas as que deveriam estar nesse lugar. Espiritualidade é celebrar o sucesso alheio como se fosse o próprio.
ESCORPIÃO (nascimento entre 23/9 a 21/11)
Aparentemente está tudo bem, porém, a alma não consegue deixar de sentir que há algo errado em andamento. Importante é não transformar essa sensação em paranoia, porque provavelmente vai passar e não deixar rastros.
SAGITÁRIO (nascimento entre 22/11 a 21/12)
O dia em que as pessoas deixarem de desprezar seus semelhantes e diferentes, convencidas de que devem se abrir passagem sozinhas pela vida afora, será o dia em que a civilização começará a se parecer aos ideais.
CAPRICÓRNIO (nascimento entre 22/12 a 20/1)
Apesar de você se sentir com a alma desnutrida afetivamente, no momento há assuntos imediatos de maior importância que tornam a melancolia um luxo que custaria muito caro. Cada coisa em seu devido lugar.
AQUÁRIO (nascimento entre 21/1 a 19/2)
Uma só coisa você há de evitar neste momento, se abandonar à inércia, esperando que tudo se solucione por obra dos mistérios da vida. Se a vida soluciona através de mistérios, você há de ser os braços e pernas desses.
PEIXES (nascimento entre 20/2 a 20/3)
Você decide, mesmo que inconscientemente, com que se preocupar, porque além de haver ingredientes evidentes que provocam tensão, há outros que são puramente imaginários. Por isso, você decide com que se preocupar.
Saiba Mais
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CNN Esportes
Dudu se defende após “VTNC” para Leila Pereira: “Vim trabalhar no Cruzeiro”
Presidente do Palmeiras moveu ação contra jogador após declaração em meio a transferência entre clubes
Itatiaia Esporte
12/04/2025 às 14:28 | Atualizado 12/04/2025 às 14:42
Dudu se defendeu de processo movido por Leila Pereira Dudu se defendeu de processo movido por Leila Pereira • Foto: Fabio Menotti/ Palmeiras
ouvir notícia
O atacante Dudu, do Cruzeiro, se defendeu de acusação de danos morais da presidente do Palmeiras, Leila Pereira. A ação corre na 11ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e teve início após série de declarações em meio à saída do jogador do Verdão, seguida de anúncio na equipe celeste.
Na despedida do Palmeiras, em janeiro, Dudu postou foto com os troféus conquistados pelo clube e disparou contra Leila, que tinha feito críticas a ele e disse que o jogador gerou “prejuízo milionário” ao Verdão.
AO VIVO: CNN NEWSROOM - 13/04/2025
CNN Brasil
Transmissão ao vivo realizada há 4 horas #CNNBrasil
Assista ao programa CNN Newsroom deste domingo, 13 de abril de 2024. #CNNBrasil
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Bolsonaro durante translado de Natal a Brasília — Foto: Divulgação
Política
Bolsonaro é operado em Brasília para desobstruir 'aderências' no intestino, diz boletim médico
Procedimento é feito para desobstruir alça intestinal em região atingida pela facada de 2018
Por Bruna Lessa e Alice Cravo — Brasília
13/04/2025 09h33 Atualizado agora
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Jair Bolsonaro durante ato na Avenida Paulista — Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo
RESUMO
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Jair Bolsonaro foi encaminhado ao centro cirúrgico na manhã deste domingo e está sendo submetido a uma operação para desobstruir parte do intestino, informou a esquipe que trata o ex-presidente no DF Star, em Brasília. Bolsonaro passou mal na sexta-feira no Rio Grande do Norte, após sentir os efeitos da retenção intestinal, e foi transferido no sábado para a capital do Distrito Federal. O problema de saúde é decorrente da facada em 2018, que o levou a outras operações.
"Após reavaliação clínico-cirúrgica, (Bolsonaro) foi submetido a novos exames laboratoriais e de imagem que evidenciaram persistência do quadro de subobstrução intestinal, apesar das medidas iniciais adotadas. As equipes que o assistem optaram de comum acordo pelo tratamento cirúrgico. Ele está sendo submetido neste momento ao procedimento cirúrgico de laparotomia exploradora, para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal", diz a nota assinada pelo médico Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica.
A laparotomia exploradora é uma cirurgia que consiste em cortar o abdome para examinar os órgãos internos. No caso de Bolsonaro, há o diagnóstico de retenção do fluxo do intestino. O objetivo é descolar "aderências" que bloquearam a digestão do ex-presidente. Depois, a reconstrução da perede abdominal será feita para reforçar a musculatura dessa parte do corpo.
Na noite de sábado, um dos médicos da equipe que acompanha o ex-presidente, Leandro Echenique explicou como seria feita a cirurgia.
— É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças (intestinais). Vai tirar a tela (implante que reforça a musculatura) que ele tem, recolocar, então vai ser feita (a desobstrução). Então é uma cirurgia bem extensa. Veja bem, é um abdome que já foi muito manipulado, desde 2018, quando ocorreu a facada.
Cirurgia longa: ‘É uma cirurgia bem extensa’, diz médico sobre situação de saúde de Bolsonaro; entenda a operação
Echenique explicou que, apesar da gravidade do caso, Bolsonaro estava em condições estáveis.
— Houve uma melhora no quadro da dor. Ele está bem confortável — relatou o médico na noite de domingo, que acrescentou: — Mas isso não significa que houve melhora no quadro de obstrução intestinal. Nos demais aspectos, de pressão, cardíaca, está estável. Mas o quadro abdominal está mantido. Não houve melhora.
Bolsonaro durante translado de Natal a Brasília — Foto: Divulgação
Bolsonaro durante translado de Natal a Brasília — Foto: Divulgação
Ainda na noite de sábado, o senador Rogério Marinho afirmou que Bolsonaro estava bem-humorado após o voo de Natal para Brasília e perguntou sobre o jogo do Palmeiras, que venceu o Corinthias por 2 a 0 pelo Brasileirão.
Fragilidade na região intestinal: O que causa a obstrução intestinal, que deve levar Bolsonaro a uma nova cirurgia?
Na véspera da cirurgia, ele acrescentou que o ex-presidente estava em contato permanente com os filhos e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Ao entrar na unidade de saúde de Brasília, Bolsonaro acenou para alguns apoiadores que rezavam pela sua recuperação.
Bolsonaro chega a hospital de Brasília
Bolsonaro chega a hospital de Brasília
Susto no Rio Grande do Norte
O ex-presidente participava na sexta-feira de manhã de um ato político no Rio Grande do Norte quando começou a sentir dor na região da barriga. Ele foi atendido às 11h15 num hospital na cidade de Santa Cruz, a 115 quilômetros da capital potiguar, e depois foi transferido para Natal. Segundo o boletim médico anterior, Bolsonaro apresentava um quadro de distensão abdominal.
Ao avaliar a situação de saúde de Bolsonaro, a equipe médica ficou preocupada com indícios de piora no quadro apresentado pelo ex-presidente, que, desde a facada, tem histórico de interrupção do trânsito no intestino que é controlado a partir de medicação.
— Da forma como ele chegou, bastante desidratado, [com] muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou. Embora eu não tenha acompanhado presencialmente as outras ocasiões — afirmou em coletiva o médico Claudio Birolini, que acompanha o quadro clínico de Bolsonaro.
Alguns conselheiros queriam que ele fosse acompanhado em São Paulo pela equipe do médico Antonio Luiz Macedo, que monitora o estado de Bolsonaro desde a época da facada em 2018. Michelle Bolsonaro, porém, se opôs à ideia e optou por realizar a cirurgia em Brasília, sob os cuidados de Birolini, especialista em parede abdominal.
Quais as causas da obstrução intestinal?
A obstrução intestinal, causa da atual internação de Bolsonaro, ocorre quando há bloqueio do intestino, parcial ou completo, o que impede o funcionamento normal do sistema digestivo ou a passagem das fezes. O ex-presidente também foi hospitalizado devido ao problema em maio do ano passado, em 2023 e em 2021. Em 2023, chegou a ser operado para resolver a obstrução.
Segundo informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), a obstrução intestinal pode ter diferentes causas. As mais comuns são aderências (faixas de tecido fibroso feitas por cicatrizes), tumores e hérnias. Casos como o de Bolsonaro, de pacientes que foram submetidos previamente a operações abdominais, são comuns devido às cicatrizes.
Outras causas citadas pela entidade são:
torção no intestino;
acúmulo de vermes;
diverticulite;
enterite pós-radioterapia;
impactação fecal;
intoxicação por chumbo;
penetrações de segmentos do intestino.
Quando a obstrução é parcial ou incompleta do intestino, o diagnóstico é chamado de suboclusão intestinal. Nesses casos, o tratamento geralmente não envolve a cirurgia e é realizado por meio da administração de líquidos por via intravenosa ou por uma sonda inserida na cavidade nasal que vai até o intestino.
O paciente também é mantido em jejum até que o problema seja completamente resolvido. O objetivo é aliviar a pressão no intestino para que a obstrução seja desfeita. O tratamento precisa ser feito em âmbito hospitalar, por isso a necessidade de internação.
Já em quadros mais graves de obstrução completa há a indicação da cirurgia para liberar manualmente o trânsito do intestino. A operação também pode ser recomendada quando o tratamento mais conservador não dá resultado em cerca de 48 horas, explica o cirurgião do aparelho digestivo Juliano Barra, do Hospital Sírio-Libanês.
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STF DÁ 5 DIAS DE PRAZO PARA BOLSONARO E 7 RÉUS APRESENTAREM DEFESA SOBRE GOLPE!
Itatiaia
12 de abr. de 2025 #ItatiaiaEsporte #Politica #RadioItatiaia
O Supremo Tribunal Federal dá 5 dias para Jair Bolsonaro e mais SETE réus apresentarem defesas sobre a tentativa de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, afirmou que todos os acusados deverão prestar depoimento no final da instrução, que ainda não tem data para ocorrer.
Todos os envolvidos já mantiveram algum tipo de contato ou participaram da gestão do expresidente Jair Bolsonaro, que foi internado com dores abdominais no Rio Grande do Norte.
sábado, 12 de abril de 2025
BOAS MANEIRAS
Nicolas Camille Flammarion nasceu em Montigny-le-Roi, Haute-Marne, França, à uma hora do dia 26 de fevereiro de 1842; e, como ele mesmo diria mais tarde, “estava muito impaciente para chegar à Terra, e não esperou os 9 meses: nasceu aos 7 meses”.
RIMA COM
Guilherme, Fenelon
Evocação Nº 1
Nelson Ferreira
Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon
Cadê teus blocos famosos?
Bloco das Flores, Andaluzas, Pirilampos, apôs-fum
Dos carnavais saudosos
Na alta madrugada
O coro entoava
Do bloco a marcha-regresso
E era o sucesso dos tempos ideais
Do velho Raul Moraes
Adeus, adeus minha gente
Que já cantamos bastante
E Recife adormecia
Ficava a sonhar
Ao som da triste melodia
Composição: Nelson Ferreira.
Aja com sabedoria.
A boa impressão que você
deixa nos outros é a força a seu
favor.
E assenta-te no último lugar. – Jesus. (Lucas, 14:10.)
O Mestre, nesta passagem, proporciona inolvidável ensinamento de boas maneiras.
Certo, a sentença revela conteúdo altamente simbólico, relativamente ao banquete paternal da Bondade Divina; todavia, convém deslocarmos o conceito a fim de aplicá-lo igualmente ao mecanismo da vida comum.
A recomendação do Salvador presta-se a todas as situações em que nos vejamos convocados a examinar algo de novo, junto aos semelhantes. Alguém que penetre uma casa ou participe de uma reunião pela primeira vez, timbrando demonstrar que tudo sabe ou que é superior ao ambiente em que se encontra, torna-se intolerável aos circunstantes.
Ainda que se trate de agrupamento enganado em suas finalidades ou intenções, não é razoável que o homem esclarecido, aí ingressando pela vez primeira, se faça doutrinador austero e exigente, porquanto, para a tarefa de retificar ou reconduzir almas, é indispensável que o trabalhador fiel ao bem inicie o esforço, indo ao encontro dos corações pelos laços da fraternidade legítima. Somente assim, conseguirá alijar a imperfeição eficazmente, eliminando uma parcela de sombra, cada dia, através do serviço constante.
Sabemos que Jesus foi o grande reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao caminho dos homens para cumprir a Lei.
Não assaltes os lugares de evidência por onde passares. E, quando te detiveres com os nossos irmãos em alguma parte, não os ofusques com a exposição do quanto já tenhas conquistado nos domínios do amor e da sabedoria. Se te encontras decidido a cooperar pelo bem dos outros, apaga-te, de algum modo, a fim de que o próximo te possa compreender. Impondo normas ou exibindo poder, nada conseguirás senão estabelecer mais fortes perturbações.
LIVRO: PÃO NOSSO - 43 - BOAS MANEIRAS - DIRCINÉIA JOSÉ
RAETV - Rede Amigo Espírita TV
Transmitido ao vivo em 15 de nov. de 2024
Estudo de o Livro: O Pão Nosso - lição 43 - Boas maneiras
Apresentação: Dircinéia José
43
As boas maneiras
RESUMO:
O trecho do livro Eurípedes – o Homem e a Missão, de Corina Novelino, aborda temas de ciência e espiritualidade conforme ensinados por Eurípedes Barsanulfo, especialmente no contexto do ensino da luz, astronomia e fenômenos espirituais.
Luz e ciência: O texto começa discutindo a natureza da luz e os estudos de cientistas como Isaac Newton, que tentou explicar a luz como partículas, e a posterior concepção de ondas. Fala-se também dos bólides, corpos luminosos que deixam rastros no céu e que desde a antiguidade despertam curiosidade, sendo muitas vezes atribuídos a fenômenos extraterrestres.
Composição dos bólides: São mencionados diversos elementos químicos encontrados neles, como ferro, silício, oxigênio, entre outros.
Método de ensino de Eurípedes: Era popular e acessível, mas também desafiador para os alunos mais avançados. Ele ensinava astronomia e física de forma integrada à espiritualidade, citando as leis de Kepler e explicando o funcionamento do sistema solar.
Beleza divina na ciência: Eurípedes incentivava a percepção da obra divina na natureza, promovendo uma visão espiritualizada da ciência.
Desdobramentos espirituais ("viagens"): Eurípedes era conhecido por suas bilocações, comparadas às de Santo Antônio de Pádua, nas quais ele podia estar em dois lugares ao mesmo tempo, ajudando necessitados mesmo à distância. Isso impressionava e era reconhecido por seus alunos, como o Dr. Tomaz Novelino, que testemunhou essas experiências.
Astronomia: os astros, a ciência, a vida cotidiana Capa comum – 16 fevereiro 2022
Edição Português por Marcelo Girardi Schappo (Autor)
Você certamente já ouviu falar em estrela cadente, cometa, asteroides, mas sabe o que são cada um deles? Muito se fala que foi provavelmente um meteoro que extinguiu os dinossauros. Mas o que são as tais chuvas de meteoros? É possível prevê-las? E a Lua atua nas marés? Como? Entender o céu nos ajuda a entender o dia a dia da Terra. Neste livro, serão explorados eventos bonitos, curiosos e intrigantes, como as auroras boreais, os eclipses solares e os lunares, além de diversas curiosidades sobre as constelações e as estrelas. Tudo de forma simples e acessível.
Os astros - 3º ano
Professora Zita
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1 de jun. de 2020
Os astros. Estrelas, planetas, cometas... Conteúdos do 3º ano.
ESTUDANDO OS ASTROS
A Astronomia mereceu de Eurípedes destacado interesse. Organizou notas explicativas, extraídas da Astronomia Popular de Camille Flammarion. Seu espírito analista conduzia a níveis superiores de assimilação por parte dos alunos.
Como exemplo, oferecemos algumas dessas notas insertas no caderno da aluna Efigênia Pinto Valada:
"A LUZ – A irradiação dos corpos foi descoberta por William
No rodapé da página aparece:
Eurípedes – o Homem e a Missão
Sir William Crookes (1832-1919) foi um cientista, químico, físico, jornalista e empresário britânico. Ele foi uma figura de destaque na comunidade científica do século XIX.
Crookes, cientista inglês, que se notabilizou por suas pesquisas dos fenômenos espíritas. (46)
Poucos assuntos há na ciência tão pouco conhecidos como a luz: Qual é a sua natureza? Como os corpos luminosos se irradiam? De que veículo se servem para chegar aos nossos olhos?
Os antigos supunham que os raios saíam dos nossos olhos para apanhar objetos distantes.
Isaac Newton admitiu que os objetos emitiam partículas luminosas, que transpunham os espaços para nos ferirem as retinas. Joung e Fresnel mostraram depois que os corpos luminosos não emitem partículas materiais, antes fazem vibrar o fluido que os cerca, o que levou a imaginar como é indispensável a propagação da luz num certo fluido, excessivamente leve e denominado éter, disseminado pelo espaço.
As ondas aéreas, em vibração, caminham com a velocidade de 300.000 quilômetros por segundo. As ondas vibratórias dos corpos não se misturam, mas cortam umas às outras.
BÓLIDES – Bólide é um corpo luminoso que, atravessando rapidamente o tempo e espaço e, tendo dimensões visíveis, possui a forma de um globo ou espoa.
Deixa após si, um rastro luminoso. O globo luminoso do bólide divide-se às vezes em fragmentos, em número maior ou menor.
O bólide aparece tanto de dia como à noite. Desde a Antiguidade, o vulgo atribui aos bólides uma origem extra-terrestre. Vários naturalistas chamaram-no de “pedra-de-raio” ou “trovão” porque julgavam ser pedras lançadas pelos raios.
Os sábios só acreditaram na existência das pedras caídas do céu, quando Biot deu à Academia de Ciências o seu relatório, em que narrava a queda do bólide Largel, a 26 de abril de 1803.
(46) Crookes publicou, aos 20 anos, importantes dados sobre a luz polarizada. Foi um dos primeiros cientistas a estudar, na Inglaterra, com o auxílio do espectroscópio a propriedade dos espectros solar e terrestre, inventou o fotômetro de radiação e o microscópio espectral. Atuou também no ensino superior – hoje clássico.
Efetuou pesquisas numerosas em Astronomia e fotografia celeste. Ocupou-se também de medicina e higiene, com uma série de estudos de alto valor específico. No campo da Ciência, Crookes ocupa destacada lugar, notadamente, por seus estudos recentes, dentre eles: o Tallium, a cuja descoberta foi conduzido pelos seus trabalhos sobre análise espectral.
Crookes – já consagrado no mundo científico – lança-se corajosamente às observações dos fenômenos espíritas, através do Quarterly Journal of Science.
Após importante profissão e fé de cientista – que estabeleceu como base de suas pesquisas espíritas – Crookes legou à Humanidade os importantes Relatórios de numerosos e variados Fenômenos Espíritas por ele observados, durante os anos de 1870 a 73. Silenciosamente, registrou as famosas materializações de Kate King, que se realizaram sob todo o rigor da pesquisa, no curso de dois anos.
Corina Novelino
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Eurípedes Barsanulfo - Educador e Médium
Eurípedes Barsanulfo é considerado o iniciador da Pedagogia Espírita no Brasil e no mundo. Ele usava métodos como a reflexão, a arte, a natureza e os relacionamentos para estimular o processo educativo.
Metodologia de Eurípedes Barsanulfo
Estimular o aprendizado dos estudantes
Incentivar a participação ativa dos estudantes
Integrar teoria e prática no cotidiano escolar
Educar em valores humanos através dos princípios do amor, da liberdade, da igualdade, da naturalidade, da ação correta
Bólides pode referir-se a objetos artísticos de Hélio Oiticica, um fenômeno astronômico ou um termo figurado.
Vários metais entram na composição dos bólides, tais como: ferro, magnésio, silício, níquel, cobalto, potássio, sódio, cálcio, fósforo, azoto, cloro, carbono bem como hidrogênio e oxigênio”.
O método de Eurípedes, como se vê, era eminentemente popular, ao alcance de todos.
Para os alunos mais adiantados já proporcionava certos problemas matemáticos, indispensáveis ao esclarecimento de determinados temas.
Estudando o Sol, por exemplo, fornece as leis de Kleper, apresentando as fórmulas respectivas:
“As leis de Kleper são três:
1ª — os planetas giram ao redor do Sol, descrevendo elipses, de que o astro ocupa um dos focos.
2ª — As áreas e superfícies que descrevem os raios vetores das órbitas são proporcionais ao tempo gasto por elas. As superfícies compreendidas em tempos iguais, são iguais.
3ª — O quadrado dos tempos e das revoluções em volta do Sol, estão entre si como o cubo de suas distâncias.
O Sol faz parte da constelação da Pomba. Segundo o Senhor Camille Flammarion, o Sol tem o diâmetro 109 vezes maior que o da Terra.
A luz e o calor aumentam e diminuem na razão quadrada de sua distância.”
O Curso de Astronomia, como os demais, levava os alunos, através da sensibilidade elevada do mestre, à compreensão da Obra Divina, penetrando-lhe a profunda Beleza.
Dessa faceta de Eurípedes fala um de seus discípulos nestes termos:
“Espírito de tal modo delicado e superior, embebia-se extasiado ao contemplar uma flor, uma folha, admirando-lhes a perfeição, em que via a obra de maravilha de um único autor que é Deus.” (47)
AS “VIAGENS” DO PROFESSOR
Os famosos desdobramentos de Eurípedes, semelhantes aos de Antônio de Pádua, propiciavam aos sofredores a assistência do grande médium, nos processos de bilocação visível e tangível, frequentíssimos na sua missão excepcional.
Os alunos estavam tão familiarizados com essas “viagens” de Eurípedes, que já reconheciam as características com que se apresentavam.
Eis como o Dr. Tomaz Novelino, um de seus alunos, descreve um desses importantes desdobramentos:
(47) Do depoimento do Dr. Tomaz Novelino.
Eurípedes — o Homem e a Missão
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EP 31 Cap 8 - Bem aventurados os que tem puro o coração - Pecado por pensamento. Adultério
Web Rádio Fraternidade
Transmitido ao vivo em 6 de abr. de 2025
Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo: 8 - Bem aventurados os que tem puro o coração- Pecado por pensamento. Adultério / Verdadeira pureza. Mãos lavadas. itens 5 a 10
Autor: Allan Kardec
Leitura e comentário: Walnei Santiago
Capítulo VIII — Bem-aventurados os que têm coração puro
Pecado por pensamentos. Adultério.
5. Aprendestes que foi dito aos antigos: “Não cometereis adultério. Eu, porém, vos digo que aquele que houver olhado uma mulher, com mau desejo para com ela, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (S. Mateus, 5:27 e 28.)
6. A palavra adultério não deve absolutamente ser entendida aqui no sentido exclusivo da acepção que lhe é própria, porém, num sentido mais geral. Muitas vezes Jesus a empregou por extensão, para designar o mal, o pecado, todo e qualquer pensamento mau, como, por exemplo, nesta passagem: “Porquanto se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, dentre esta raça adúltera e pecadora, o Filho do homem também se envergonhará dele, quando vier acompanhado dos santos anjos, na glória de seu Pai.” (S. Marcos, 8:38.)
A verdadeira pureza não está somente nos atos; está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração, nem sequer pensa no mal. Foi o que Jesus quis dizer: ele condena o pecado, mesmo em pensamento, porque é sinal de impureza.
7. Esse princípio suscita naturalmente a seguinte questão: Sofrem-se as consequências de um pensamento mau, embora nenhum efeito produza?
Cumpre se faça aqui uma importante distinção. À medida que avança na vida espiritual, a alma que enveredou pelo mau caminho se esclarece e despoja pouco a pouco de suas imperfeições, conforme a maior ou menor boa vontade que demonstre, em virtude do seu livre-arbítrio. Todo pensamento mau resulta, pois, da imperfeição da alma; mas, de acordo com o desejo que alimenta de depurar-se, mesmo esse mau pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com energia. É indício de esforço por apagar uma mancha. Não cederá, se se apresentar oportunidade de satisfazer a um mau desejo. Depois que haja resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções, procura ocasião de praticar o mau ato e, se não o leva a efeito, não é por virtude da sua vontade, mas por falta de ensejo. É, pois, tão culpada quanto o seria se o cometesse.
Em resumo, naquele que nem sequer concebe a ideia do mal, já há progresso realizado; naquele a quem essa ideia acode, mas que a repele, há progresso em vias de realizar-se; naquele, finalmente, que pensa no mal e nesse pensamento se compraz, o mal ainda existe na plenitude da sua força. Num, o trabalho está feito; no outro, está por fazer-se. Deus, que é justo, leva em conta todas essas gradações na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem.
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