Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 24 de março de 2025
Aos 73 anos
da minha vida
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Fabio Brazza - As Flores e o Louco (Prod. WEY)
Fabio Brazza
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Elizeth Cardoso e Turíbio Santos — Seresta n° 5 (Modinha), de Villa-Lobos e Manuel Bandeira
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Choro e Poesia
5 de mar. de 2024
"Seresta n° 5", também conhecida como "Modinha", vem a ser fruto da parceria entre o maestro Heitor Villa-Lobos (★ 05.03.1887 — † 17.11.1959) e o poeta Manuel Bandeira, que assinou a canção com o pseudônimo Manduca Piá. Certa vez, o poeta pernambucano, que não considera as letras que escrevera para canções o melhor de sua lavra, declarou que elas, "lidas independentemente da música, não valem nada, tanto que nunca pude aproveitar nenhuma delas". Talvez, por essa razão, Manuel Bandeira recorresse a pseudônimo para não ter seu nome automaticamente associado a versos como "muito embora me desprezes, te amarei constante". Eu, hein? rs... O amor próprio do eu-lírico não devia estar em dia nessa ocasião...
Na interpretação dessa "Seresta n° 5", temos a Divina Elizeth Cardoso, tendo a acompanhá-la o violão de Turíbio Santos, especialista em Villa-Lobos. Esse registro, feito em 1974, consta como faixa-bônus do álbum "Luz e Esplendor", de 1986, quando de seu relançamento em CD, em 2003, dentro da caixa "Faxineira das Canções", lançada pela Biscoito Fino com discos raros de Elizeth.
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A sanitarista Sonia Saldanha deu força ao pai para ir à Copa do Mundo na Itália mesmo doente e fala de seu sofrimento no final de sua vida, fragilizado pela asma e pelo enfisema pulmonar, além da dramática escolha da família em respeitar à última decisão de Saldanha: a de cobrir a Copa do Mundo de 1990, na Itália, mesmo sabendo que a viagem e o clima do país europeu abreviariam ainda mais sua vida, o que de fato ocorreu. Ele não conseguiu nem retornar ao Brasil com vida, tendo falecido em Roma, no dia 12 de julho daquele ano, aos 73 anos.
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Filme "João sem medo" e logo após, debate com Gerson, Afonsinho e filha de Saldanha no Macunaíma
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ABI TV
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17.895 visualizações 13 de abr. de 2021
O Cineclube Macunaíma exibe hoje o documentário João Saldanha – uma vida em jogo (2008), seguido de debate com o diretor André Iki Siqueira, o cineasta Silvio Tendler, os ex-jogadores Gérson e Afonsinho, e a filha de Saldanha, Sonia Saldanha.
A seleção de João Saldanha, com Tostão e Pelé, deu show mesclando jogadores do Santos, Botafogo e Cruzeiro. Mas, como ele era o “João sem medo”, como descrevera o amigo Nelson Rodrigues, não atendeu ao pedido do ex-presidente Garrastazu Médici, à época da ditadura brasileira, em 1969, que queria a convocação de Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha. Tempos depois foi destituído do cargo, tornando-se comentarista. Assim era João Alves Jobim Saldanha, jornalista, comunista, escritor, ex-treinador da seleção brasileira, e velho conhecido dos amantes da arte e do futebol.
Em sua homenagem, o Cineclube Macunaíma exibe o documentário João Saldanha – uma vida em jogo (2008), de André Iki Siqueira e Beto Macedo, em homenagem também aos 113 anos da ABI e ao Dia do Jornalista, comemorados no dia 7 de abril.
Assista o debate sobre o filme com o diretor, o cineasta Silvio Tendler, a sanitarista Sonia Saldanha, filha do ex-técnico da seleção brasileira e comentarista esportivo, e com os ex-jogadores Gerson e Afonsinho. Ricardo Cota será o mediador. Para assistir o filme e o debate basta clicar no canal da Associação Brasileira de Imprensa do Youtube.
João sem medo
João Saldanha – uma vida em jogo, com 1h37m de duração, mostra a vida do único jornalista que chegou ao comando da Seleção Brasileira de Futebol. Estão no documentário, além de Saldanha, Mário Zagallo, Oscar Niemeyer, diversos jogadores, radialistas, familiares e amigos. Das disputas entre maragatos e chimangos no Rio Grande do Sul pré-Vargas, ao frenesi das areias cariocas, João Saldanha era profundo conhecedor da alma de seu país. Foi militante e dirigente do Partido Comunista Brasileiro nas décadas de 1940 e 1950. Apaixonado por futebol, destacou-se como treinador do Botafogo, contando com jogadores como Garrincha, Didi e Nilton Santos. Chegou ao posto de técnico da seleção brasileira, em 1969, com louvor.
O episódio em que não atendeu ao desejo de Médici, ilustra a personalidade irreverente e incorruptível do jornalista. Como não era fácil descartar um técnico querido e competente como aquele, a equipe do presidente ainda tentou organizar um jantar com Médici para amenizar o clima. Ao que Saldanha respondeu:
“Não vou. O cara matou amigos meus. Tenho um nome a zelar.”
Treze meses depois, em 17 de março de 1970, Saldanha foi demitido e voltou à sua função de comentarista. O time bem montado foi entregue aos cuidados do treinador Mario Zagallo, que faturou o tricampeonato mundial.
De volta ao jornalismo, Saldanha brilhou com seu estilo coloquial e irônico. A partir de meados da década de 1980 foi um dos maiores críticos da europeização e mercantilização do futebol. Nunca abandonou a política, sendo um vibrante defensor da redemocratização brasileira. Morreu na Itália, participando da cobertura da Copa de 1990 pela TV Manchete.
O diretor do documentário, André Iki Siqueira, também escreveu a biografia de João Saldanha, João Saldanha uma vida em jogo, da Companhia Editora Nacional - 2007.
Debatedores
Além do cineasta Silvio Tendler, com mais de 300 documentários em seu currículo, e do diretor do filme estarão no debate o ex- jogador niteroiense Gerson de Oliveira Nunes, 80 anos, que atuou como meio-campista, jogou em diversos clubes brasileiros de futebol, tendo passagem destacada no Flamengo, Botafogo, São Paulo e Fluminense, além da seleção brasileira. É o Canhotinha de Ouro.
O paulista Afonso Celso Garcia Reis, o Afonsinho, 73 anos, é também médico. Ele chegou ao Botafogo em 1966, após ser revelado pelo XV de Jaú, mas se hoje os jogadores hoje são livres para negociar com qualquer clube, isso se deve a ele. O embate com o Botafogo na Justiça, em 1971, o premiou com o passe livre e representou uma revolução na legislação esportiva. A vitória nos tribunais serviu como jurisprudência para que outros atletas seguissem o mesmo caminho. Mas foi só em 1998, quando Pelé era secretário do esporte, que todos os boleiros passaram a ser donos do próprio destino. Ele participou dos filmes Passe Livre e Trem da Alegria - Arte, Futebol e Ofício
A sanitarista Sonia Saldanha deu força ao pai para ir à Copa do Mundo na Itália mesmo doente e fala de seu sofrimento no final de sua vida, fragilizado pela asma e pelo enfisema pulmonar, além da dramática escolha da família em respeitar à última decisão de Saldanha: a de cobrir a Copa do Mundo de 1990, na Itália, mesmo sabendo que a viagem e o clima do país europeu abreviariam ainda mais sua vida, o que de fato ocorreu. Ele não conseguiu nem retornar ao Brasil com vida, tendo falecido em Roma, no dia 12 de julho daquele ano, aos 73 anos.
Música
1 músicas
Hino do Botafogo
Banda Do Corpo De Bombeiros Do Estado Da Guanabara - Regência Capitão Othonio Benvenuto
Hinos do futebol brasileiro
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João
Arnaldo Antunes
São tantos e tão poucos tem noção
De como se inaugura uma nação
Não é bem com monumentos
Ou com balas de canhão
É quando uma brisa bate na respiração
E entra no juízo de um João
Que dedica todo empenho
E amor ao seu engenho
Para arejar os cantos da canção
E dar sentido a nossa sensação
Milhares de partículas no ar
Reviravoltam numa vibração
Para nos dar sua benção
Para nos tirar do chão
Como se a rotação da terra
Fosse então
Essa voz e esse violão
Quando uma só pessoa
No silêncio aperfeiçoa
Toda multidão
Escuta o coração
E se torna civilização
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Modinha
Maria Lucia Godoy
Na solidão da minha vida,
morrerei, querida, do teu desamor,
muito embora me desprezes,
te amarei constante,
sem que a ti distante
chegue a longe e triste voz do trovador.
Feliz te quero! Mas se um dia
toda essa alegria se mudasse em dor,
ouvirias do passado, a voz do meu carinho
repetir baixinho, a meiga e triste confissão
do meu amor.
Composição: HEITOR VILLA LOBOS / Manduca Piá.
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Oriente
Gilberto Gil
Se oriente, rapaz
Pela constelação do Cruzeiro do Sul
Se oriente, rapaz
Pela constatação de que a aranha
Vive do que tece
Vê se não se esquece
Pela simples razão de que tudo merece
Consideração
Considere, rapaz
A possibilidade de ir pro Japão
Num cargueiro do Lloyd lavando o porão
Pela curiosidade de ver
Onde o sol se esconde
Vê se compreende
Pela simples razão de que tudo depende
De determinação
Determine, rapaz
Onde vai ser seu curso de pós-graduação
Se oriente, rapaz
Pela rotação da Terra em torno do Sol
Sorridente, rapaz
Pela continuidade do sonho de Adão
Composição: Gilberto Gil.
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As Flores do Jardim da Nossa Casa
Roberto Carlos
Sobre
Artista: Roberto Carlos
Data de lançamento: 1969
Álbum: Roberto Carlos
Letras
As flores do jardim da nossa casa
As flores do jardim da nossa casa
Morreram todas de saudade de você
E as rosas que cobriam nossa estrada
Perderam a vontade de viver
Eu já não posso mais olhar nosso jardim
Lá não existem flores, tudo morreu pra mim
Não posso mais olhar nosso jardim
Lá não existem flores, tudo morreu pra mim
As coisas que eram nossas se acabaram
Tristeza e solidão é o que restou
As luzes das estrelas se apagaram
E o inverno da saudade começou
As nuvens brancas se escureceram
E o nosso céu azul se transformou
O vento carregou todas as flores
E em nós a tempestade desabou
Eu já não posso mais olhar nosso jardim
Lá não existem flores, tudo morreu pra mim
Não posso mais olhar nosso jardim
Lá não existem flores, tudo morreu pra mim
Mas não faz mal
Depois que a chuva cair
Outro jardim um dia
Há de reflorir
Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim
Não posso mais, não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim
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Composição: Carlos Roberto / Erasmo Carlos.
Ouvir
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