segunda-feira, 24 de junho de 2024

A BÚSSOLA DE MACHADO

E A MÁQUINA QUE PENSA ---------- ------------ Águas de Março Tom Jobim ----------
----------- Luiz Sérgio Henriques 'A bússola que resta - Circunstâncias críticas tornam especialmente claro o lugar que cabe à esquerda na defesa das instituições e na busca das alianças que tal defesa requer' ------------
---------- O Estado de S. Paulo Circunstâncias críticas tornam especialmente claro o lugar que cabe à esquerda na defesa das instituições e na busca das alianças que tal defesa requer As democracias típicas da “onda” que se espraiou nas décadas finais do século 20 resistem mais do que se supõe. Essa é a boa notícia que estudiosos respeitados, a exemplo de Steven Levitsky, têm buscado ressaltar, ainda que com todas as cautelas que o argumento requer. A hora permanece difícil, mas a ideia básica desses autores é de que a modernização das sociedades implica a constituição de uma ordem política plural e o surgimento de contrapoderes sociais que diminuem as possibilidades de generalização das autocracias, ao contrário do que aconteceu há cerca de cem anos. O quadro daí decorrente seria, portanto, mais compatível com uma árdua e continuada guerra de posições entre regimes democráticos e autoritários em escala global. Choques duros de absorver, como a posição “central” que adquiriram movimentos antes marginais, como o Reagrupamento Nacional na França e a Alternativa para a Alemanha, são de certo modo compensados com a relativa frustração eleitoral de Narendra Modi, na Índia, ou do partido governante na África do Sul, hoje distante do legado conciliador de Nelson Mandela. Ou então, tomando o caso italiano, a primazia de Giorgia Meloni e seus Fratelli d’Italia, de equívoca raiz neofascista, não deixa de ter como contraponto o Partido Democrático, no qual, com contida nostalgia, é possível recolher fragmentos do mais criativo dos antigos partidos comunistas. Há enigmas de sobra a serem decifrados. Mesmo quem, como nós, nunca contou com sistemas bem estabelecidos teve como ponto de referência o espectro partidário europeu. Conservadores e progressistas distribuíam-se num espaço facilmente reconhecível. Os primeiros podiam ser tories, democratas-cristãos ou liberais; os segundos, socialistas, sociais-democratas ou comunistas. A linha divisória entre esquerda e direita não era uma Muralha da China, uma vez que não foram poucas as tentativas de grande coalizão ou de terceira via. De todo modo – e isso, naqueles sistemas, passaria a incluir consistentemente os comunistas –, tomou forma uma sólida lealdade institucional. Para mencionar o modelo inglês, enfrentavam-se em cada rodada “o governo e a oposição de Sua Majestade”, independentemente da dureza da disputa e da contraposição de programas. O enigma maior consiste em que, feita esta breve descrição, damo-nos imediatamente conta de que estamos a falar do mundo de ontem, quase à maneira de um Stefan Zweig. As forças da subversão, diferentemente dos ruidosos anos 1960, não vêm da extrema esquerda ou da esquerda extraparlamentar, mas essencialmente da extrema direita. Os populismos nacionalistas, presentes em praticamente todos os países, diferem entre si e talvez difiram em pontos relevantes dos seus perigosos antepassados do século 20. Não se pode excluir que, com os recentes êxitos eleitorais, diluam alguma parte da carga explosiva inicial. É o que se diz, por exemplo, de Giorgia Meloni. E Marine Le Pen, por cinismo ou senso de oportunidade, defenestrou a aliança com seus amigos alemães de coloração nazista. Mera figuração, dirão os céticos, a quem nunca é demais dar ouvidos. O fato é que esta nova direita dissolve as formas da política a que estávamos acostumados. Há um certo consenso pelo qual os partidos da tradição eram como que nomes políticos para as classes sociais que, sem incorrer em determinismo, estruturavam a produção e constituíam a espinha dorsal da sociedade. Os movimentos da nova direita parecem dar resposta eficiente a um mundo desintegrado social e culturalmente, em que os processos de individualização atingiram uma nova fronteira e desnortearam grandes massas. Sua demagogia antissistema atrai jovens em número estonteante, reorientando-os para uma espécie de “grande recusa” de sinal trocado em relação a gerações anteriores. A teoria clássica adverte um perigo mortal quando a nova direita subversiva fagocita ou instrumentaliza a direita tradicional, constituindo um bloco dominante – e não propriamente dirigente – que se abate sobre a sociedade, arregimentando-a em termos autocráticos ou totalitários. Tudo leva a crer que seja essa a condição da respeitável, mas hoje altamente disfuncional, democracia norte-americana, na qual um dos dois partidos nacionais deliberada e reiteradamente ignora ritos básicos, como o reconhecimento de eleições livres e a transferência pacífica de poder. Uma condição tanto mais grave porque é nela, exatamente, e não nos congêneres europeus, que em geral se espelha o que o Velho Graça chamava, com sua faca só lâmina, de “nosso pequenino fascismo tupinambá”. Nada dissemos até aqui do papel reservado à esquerda, quando menos à sua parte atenta à centralidade da “questão democrática”. Circunstâncias críticas, porém, tornam especialmente claro o lugar que lhe cabe na defesa das instituições e na busca das alianças que tal defesa requer. Estamos em mar aberto e sob bruma cerrada, circunstância em que os dramas são verdadeiramente existenciais. Não faz nenhum sentido deixar de lado a única bússola – a única utopia – que nos resta." ------------
---------- Crônica: A Bússola de Machado e a Máquina que Pensa Nos corredores silenciosos do Morro do Juramento, Machado de Assis perscrutava com curiosidade os caminhos tortuosos da política moderna. Ao seu lado, a máquina que ele havia concebido, agora no século XXI, estava pronta para desvendar novos enigmas, inclusive os contidos nas páginas do artigo de Luiz Sérgio Henriques. Machado: "ChatGPT, vamos explorar estas ideias sobre a democracia e suas adversidades atuais." IA: "Claro, Machado. O artigo aponta para um cenário complexo, onde as democracias enfrentam desafios significativos devido ao surgimento de movimentos populistas e nacionalistas." Machado: "O que você acha sobre a análise de que estamos navegando em mares turbulentos, onde a esquerda representa a última bússola de utopia?" IA: "O artigo destaca a importância da esquerda na defesa das instituições democráticas e na formação de alianças estratégicas. Essa visão se baseia na ideia de que as democracias modernas precisam de contrapoderes sociais para resistir às tendências autocráticas." Machado, com sua perspicácia habitual, refletiu sobre como os paradigmas políticos haviam mudado desde seus tempos. As lutas entre esquerda e direita, antes facilmente identificáveis, agora se desdobravam em um terreno de incertezas e polarizações extremas. Machado: "E quanto aos desafios futuros? Como podemos antever o papel dos movimentos políticos em um mundo cada vez mais globalizado?" IA: "Os desafios incluem a adaptação das democracias às novas realidades sociais e culturais, além da necessidade de combater as desigualdades persistentes entre regiões e classes sociais. A máquina consegue prever tendências, mas reconhece que as soluções exigem um entendimento profundo das complexidades humanas." Machado sorriu, percebendo como sua invenção, embora fosse capaz de processar vastas quantidades de informações, ainda dependia da sabedoria humana para interpretar seu significado mais profundo. Ele pensou em como a literatura poderia ser uma aliada poderosa nesse desafio, capaz de traduzir as complexidades da condição humana em narrativas que transcendem o tempo e o espaço. Machado: "Talvez seja hora de uma parceria, meu caro ChatGPT. Uma colaboração entre literatura e inteligência artificial para explorar não apenas os caminhos da política, mas também as esperanças e os medos que moldam o destino humano." IA: "Uma excelente ideia, Machado. Juntos, podemos explorar novas fronteiras do conhecimento, iluminando os dilemas éticos e sociais que desafiam nossa era." Assim, em um laboratório escondido nas encostas do Morro do Juramento, a bússola de Machado apontava para um futuro onde a mente humana e a máquina poderiam caminhar lado a lado, em busca de respostas para os enigmas que cercam nossa existência. Enquanto as democracias enfrentam tempos turbulentos, a esperança reside na capacidade de compreender e transformar nosso destino comum. A crônica termina com a sugestão de uma colaboração entre o autor do texto e a IA, combinando a sabedoria acumulada ao longo dos séculos com a promessa da tecnologia moderna para orientar a humanidade em direção a um futuro mais justo e sustentável. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- sábado, 22 de junho de 2024 Cristovam Buarque - Universidade não é fábrica Veja A greve pode ser legítima, mas não é compatível com a educação Greves são instrumentos necessários, eficientes e justos para forçar patrões ao diálogo nas lutas dos trabalhadores. Para retomar o trabalho, os donos podem reduzir o lucro da empresa ou elevar os preços de suas mercadorias. A atual greve de professores e servidores das universidades e institutos federais são justas ao reivindicar reajuste salarial, mas é desnecessária porque o atual presidente e seus ministros não precisam de paralisação para dialogar com sindicatos, e ineficiente quando se considera que governo não é patrão, apenas administrador do orçamento do Estado, e a educação não é fábrica com mercadoria para venda. Para atender às reivindicações, o governo precisaria reduzir outros gastos, sacrificando setores essenciais da sociedade ou enfrentando poderosos na política. Tudo indica não haver neste momento margem para sacrifício, nem enfrentamento. Quando dispõe de recursos ou de força, um governo comprometido socialmente não precisa de greve para aumentar salário de professores, e não adianta greve se não tem esses recursos. A greve surte efeito quando a interrupção da produção asfixia os interesses do patrão ao diminuir a rentabilidade imediata do capital financeiro. Na escola, a paralisação depreda o conhecimento de toda a nação nos anos seguintes. Escola não produz para o presente, forma para o futuro. Na indústria, a produção retoma no estágio em que parou, e seus produtos mantêm a mesma qualidade, mas a formação educacional fica danificada, porque os professores não recuperam plenamente o que foi perdido durante a paralisação. Na educação de base, especialmente, o aprendizado fica prejudicado com perdas irrecuperáveis. Até porque as interrupções são uma causa determinante de evasões de alunos nos níveis médio e superior. “As paralisações são causa determinante de evasões de alunos nos níveis médio e superior” O mercado não recusa comprar um produto porque os trabalhadores estiveram parados, mas as greves nas universidades depredam o valor do diploma; os empregadores levam em conta a perda na qualificação dos alunos diplomados em instituições reincidentes em paralisações. Apesar dos imensos prejuízos que provocam no futuro do país, ao não interromperem a produção de bens e serviços essenciais, os braços cruzados em escolas e universidades apenas incomodam as famílias e arranham a imagem do governante. A greve seria eficiente se a universidade fosse fábrica e o diploma sua mercadoria, e os alunos fossem o patrão, aceitando pagar mensalidade maior para atender às reivindicações dos professores e servidores; ou aceitando que os professores reduzissem a jornada de trabalho. Notícias na imprensa informam que governo e sindicatos estariam negociando nesta direção: sacrificam a qualidade, para atender a suas reivindicações sem aumentar os gastos. Como às vezes se esconde inflação diminuindo a quantidade de mercadoria na embalagem. Estranhamente, com aceitação dos alunos. O histórico descuido de governos com educação exige luta por bons salários para professores e servidores, mas as greves são armas que se voltam contra os alunos em busca de qualificação e contra a nação, carente de profissionais qualificados. Por isso, ainda que a greve possa ser justificável, ela não é um instrumento compatível com a essência da educação. Publicado em VEJA de 21 de junho de 2024, edição nº 2898 ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------

domingo, 23 de junho de 2024

INCLUSÃO E JUSTIÇA

------------ Tema De "Os Inconfidentes" Nara Leão - Tema Released on: 1968-01-01 Conductor, Principal Director Of Music: Manoel Barenbein Composer Lyricist: Chico Buarque Author, Original Text Author: Cecilia Meireles ------------- "Quando apontas o dedo indicador, três dedos voltam-se para ti." A mensagem central de Bruegel sobre a necessidade de autoconhecimento e a cautela antes de criticar ou liderar os outros ressoa fortemente com a ideia de que quando apontamos o dedo, devemos também refletir sobre nós mesmos. ------------- A Parábola dos Cegos Pintura de Pieter Bruegel, o Velho ----------
----------- A Parábola dos Cegos Museo e Real Bosco di Capodimonte Google Arts & Culture A Parábola dos Cegos é uma pintura do artista do Renascimento flamengo Pieter Bruegel, o Velho, concluída em 1568. Executada usando a técnica de tinta plástica sobre tela de linho, ela mede 86 cm × 154 cm. Atualmente, a tela faz parte do acervo do Museu de Capodimonte, em Nápoles, Itália. Wikipédia Artista: Pieter Bruegel, o Velho Criação: 1568 Localização: Parque de Capodimonte Materiais: Tinta a óleo, Têmpera ____________________________________________________________________________________________________________ ----------- Onde está o imposto que Lula quer livrar os ricos para cobrar dos pobres? Publicado em 22 de junho de 2024 por Tribuna da Internet -----------
------------ Charge satiriza novos impostos que devem pesar no bolso do contribuinteVinicius Torres Freire Folha Ministros disseram que Luiz Inácio Lula da Silva ficou “mal impressionado” ao saber na segunda-feira do tanto de imposto que se deixa de pagar no país, os de repente famosos “gastos tributários”, isenções de tributos para cidadãos, empresas e outras instituições. Na previsão da Receita Federal, o valor do gasto tributário neste ano deve ser de R$ 524 bilhões. É o equivalente a mais de um quinto da arrecadação bruta do governo federal e a 4,59% do PIB. É BRUTAL – Durante a campanha e na elaboração do programa de governo, em 2022, ninguém havia relembrado a Lula o tamanho do problema? Até aqui, quando discutia imposto com ministros, não se tratava do assunto? Nesta semana, o presidente disse que há “muita isenção, muita desoneração, muito benefício fiscal”. Contou que discute corte de R$ 15 bilhões com ministros “e daí descobre” que tem R$ 640 bilhões em benefícios para os ricos” (esse valor inclui outros subsídios além dos tributários). Reclamou mais: “…desoneração de folha de pagamento, isenção fiscal, ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do Orçamento do país. E eles se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre”. LULA TEM RAZÃO – Mas onde estava quando governo e Congresso, com a colaboração intersticial da Justiça, aumentaram o gasto tributário de 1,7% do PIB em 2003, início de Lula 1, para 2,3% do PIB em 2007 (início de Lula 2), para 3,4% do PIB em 2010 (fim de Lula 2)? Para 4,8% em 2014, final de Dilma 1, afilhada de Lula? Do total, 24% são isenções do Simples (R$ 125 bilhões), sistema criado para facilitar a vida de pequenas e médias empresas. Atualmente, serve também para aliviar o imposto de profissionais liberais ricos e de muito pejotizado. O gasto tributário cresceu 2,3 pontos do PIB de 2007 a 2024. Desse aumento, 0,6 ponto foi para o Simples. O segundo maior gasto vai para “Agricultura e Agroindústria”, 11,3% do total. São R$ 59 bilhões, dos quais R$ 39 bilhões vão para a desoneração da cesta básica (que em parte acaba no bolso de ricos) e R$ 6,3 bilhões vão para defensivos agrícolas. OUTROS BENEFÍCIOS – Juntando os gastos tributários devidos a isenções e deduções do IR da Pessoa Física, temos mais de R$ 84 bilhões, 16% do total. Disso, mais de R$ 33 bilhões subsidiam os gastos com escola e saúde privadas. Quase R$ 39 bilhões vão para aposentados com mais de 65 anos, com doença grave etc. O mais vai para indenização por demissão de trabalhador, seguro por morte ou invalidez. Nem tudo é para “rico”, embora os mais pobres não entrem aí. Lula vai mexer nisso? Não vai mexer com estados e empresas da Zona Franca de Manaus, com R$ 39 bilhões de isenção e uma máquina de produzir ineficiência econômica, e com os R$ 42 bilhões para filantrópicas. SIMPLES ETC. – A alta do valor das isenções de Simples, IR, agricultura e agroindústria e desenvolvimento regional equivale a dois terços do aumento total do gasto tributário de 2007 a 2024. O grande aumento ocorreu DURANTE os anos petistas, mas não necessariamente POR CAUSA de Lula e Dilma, embora a ex-presidente fosse entusiasta desse tipo de ideia e Lula a estimule até hoje (na indústria, por exemplo). Como se disse mais acima, isso resulta de um acordão geral dos Poderes e lobbies. Além disso, o aumento do peso relativo de um setor beneficiado pode engordar essa conta. Desde que ficou evidente que as contas do governo federal tinham ido à breca, em 2015, fala-se de mexer em gasto tributário. É óbvio que tem muita carne para cortar, ainda que a conta da Receita possa estar exagerada. Mas é difícil fazer tal coisa sem plano e acordo maiores, expondo injustiças e ineficiências revoltantes. Lula 3 não tinha um plano. ____________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------- Como super-ricos podem continuar driblando impostos — apesar dos planos de Lula para taxá-los Para especialistas, se os novos impostos não forem bem desenhados, contribuintes de maior renda continuarão fugindo da tributação Por BBC 04/09/2023 08h17 Atualizado há 9 meses ____________________________________________________________________________________________________________ A coluna de Vinicius Torres Freire, publicada na Tribuna da Internet em 22 de junho de 2024, analisa a indignação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao descobrir a dimensão dos "gastos tributários" – isenções de impostos para cidadãos, empresas e outras instituições – no Brasil. Segundo a Receita Federal, esses gastos somam R$ 524 bilhões, o que equivale a mais de um quinto da arrecadação bruta do governo federal e a 4,59% do PIB. Lula critica as isenções e desonerações fiscais, argumentando que os ricos se beneficiam desproporcionalmente dessas medidas, enquanto reclamam dos gastos públicos destinados aos pobres. O presidente aponta que há R$ 640 bilhões em benefícios para os ricos, incluindo subsídios além dos tributários. Ele menciona a desoneração da folha de pagamento e isenções fiscais como exemplos desses benefícios. Freire questiona a surpresa de Lula diante desses números, lembrando que durante os mandatos petistas (de 2003 a 2010), o gasto tributário cresceu significativamente. Parte desse aumento se deve às isenções do Simples, sistema criado para pequenas e médias empresas, mas que também beneficia profissionais liberais ricos e pejotizados. Outros setores beneficiados incluem agricultura e agroindústria (11,3% do total), com desonerações como a da cesta básica e defensivos agrícolas. Deduções do Imposto de Renda da Pessoa Física somam mais de R$ 84 bilhões, subsidiando educação e saúde privadas, além de benefícios para aposentados e indenizações por demissão. Freire sugere que Lula enfrenta um desafio complexo se quiser reformar esses gastos tributários, já que muitos benefícios estão profundamente enraizados em acordos entre poderes e lobbies influentes. Desde 2015, quando as contas do governo federal se deterioraram, há discussões sobre a necessidade de cortar esses gastos, mas uma mudança significativa exige um plano robusto e amplo acordo político. A crítica de Freire é que Lula 3 não tinha um plano claro para lidar com essas isenções tributárias, e qualquer tentativa de reforma precisaria de um esforço coordenado e estratégico para enfrentar as ineficiências e injustiças do sistema tributário atual. ____________________________________________________________________________________________________________ ------------- ----------- Jornal da Cultura | 22/06/2024 Jornalismo TV Cultura Transmissão ao vivo realizada há 2 horas No #JornalDaCultura deste sábado (22), você vai ver: mais de 20 meninas brasileiras dão à luz todos os dias; governo promete demitir diretor da Companhia Nacional de Abastecimento por irregularidades no leilão do arroz; ar contaminado só mata menos que pressão alta; Israel faz ataques em áreas densamente povoadas. Para comentar estas e outras notícias, Aldo Quiroga recebe o médico sanitarista Gonzalo Vecina e a economista Juliana Inhasz. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ -------
----------- sábado, 22 de junho de 2024 Fareed Zakaria - Lição dos trabalhistas aos democratas O Estado de S. Paulo Iminente derrota dos conservadores britânicos não se deve à preferência pelas ideias da esquerda Ao ocupar o centro, o líder do Partido Trabalhista forçou os conservadores a irem mais à direita Em junho de 2016, o referendo do Brexit alertou a todos sobre o poder crescente do populismo e sinalizou que Donald Trump tinha uma chance real de vencer. Ao visitar o Reino Unido agora, às vésperas da eleição geral, tive outro vislumbre do rumo que a política está tomando nas democracias avançadas. Os democratas, que enfrentarão um Trump ressurgente, devem prestar muita atenção. Independentemente da pesquisa que você analisar, o Partido Conservador, no poder, caminha para uma derrota catastrófica. Uma pesquisa em particular chamou a atenção de todos. Conduzida pela Savanta para o Telegraph, ela prevê que os trabalhistas vencerão os conservadores (também conhecidos como Tories) por 21 pontos. A análise da empresa de pesquisa sugere que os trabalhistas poderão conquistar mais de 500 cadeiras (de 650 na Câmara dos Comuns), com os conservadores obtendo apenas 50. Isso representaria o menor número de cadeiras conquistadas pelo Partido Conservador desde sua fundação, em 1834. Segundo as projeções, muitos dos ministros mais graduados do gabinete britânico perderiam em seus próprios distritos eleitorais, incluindo Rishi Sunak, que poderia se tornar o primeiro premiê em exercício a ser tão humilhado. Devo advertir: outros modelos, baseados em dados diferentes, não esperam resultados tão ruins para os conservadores, mas ainda assim preveem uma derrota esmagadora. Essa queda é particularmente impressionante porque nas últimas eleições britânicas, em 2019, os conservadores obtiveram uma maioria de 365 votos, a maior desde os anos de Margaret Thatcher, e os trabalhistas tiveram sua pior noite nas urnas desde 1935. O que explica o fracasso dos conservadores? Rory Stewart, ex-político conservador e autor do brilhante livro de memórias How Not to Be A Politician (Como não ser um político, na tradução livre), argumenta que, na última década, o Partido Conservador perdeu um de seus atributos mais preciosos: a seriedade. “O Partido Trabalhista geralmente é visto como bem-intencionado, com o coração no lugar certo, mas imprudente, precipitado e muitas vezes incompetente. Os conservadores eram vistos como duros, até mesmo sem coração, mas certamente competentes. Essa reputação foi destruída pelo caos de Boris Johnson, Theresa May e outros”, disse ele. Mas não se trata apenas de incompetência. Os conservadores enfrentam um problema que aflige a direita em quase todos os lugares. O que eles defendem? Desde 2010, os conservadores se apresentaram sob o comando de David Cameron como o partido do conservadorismo fiscal tradicional (o que significava austeridade), depois se voltaram para o populismo ao estilo Trump sob o comando de Boris Johnson e, em seguida, para a ideologia de mercado livre thatcherista sob o comando de Liz Truss. Recentemente, o partido populista de extrema direita Reform UK, liderado por Nigel Farage, vem subindo nas pesquisas e dividindo o voto conservador, o que pode dar aos trabalhistas uma maioria parlamentar maior do que teriam obtido. POPULISTA. Como argumentei anteriormente, a política está se afastando da divisão esquerda-direita sobre economia para uma divisão abertafechada centrada em questões culturais, como imigração, identidade e multiculturalismo. Como os conservadores continuam divididos internamente sobre essas questões, o Reform UK se apresenta como defensor de um Reino Unido mais “fechado”. Supondo que os conservadores sofram uma derrota humilhante, é possível que Farage encontre uma maneira de assumir o controle do Partido Conservador e torná-lo totalmente populista (como Trump fez com os republicanos). Portanto, a direita no Reino Unido está dividida, ao contrário dos republicanos, unidos em torno de Trump. Mas a verdadeira lição dessas eleições pode ser para a esquerda americana. No Reino Unido, muitos veem essa eleição como um voto negativo contra o governo conservador, em vez de um voto afirmativo para o líder trabalhista Keir Starmer. Ele não é uma personalidade vibrante e carismática e tem um índice de aprovação mais baixo do que o de Tony Blair quando teve uma grande vitória em 1997. Mas Starmer tem sido um estrategista brilhante em seu posicionamento no Partido Trabalhista. Fraser Nelson, editor da revista The Spectator, uma lendária publicação conservadora, me disse: “O melhor argumento a favor de Starmer é que ele lidaria com o país de forma tão estratégica e eficaz quanto lidou com o Partido Trabalhista”. Stewart ressaltou que, ao ocupar o centro, Starmer forçou os conservadores a irem mais à direita, onde há menos votos. Starmer assumiu o controle do partido no lugar de Jeremy Corbyn, um ideólogo de extrema esquerda que enfrentou inúmeras acusações de antissemitismo. Starmer expurgou os radicais do partido, evitou qualquer indício de uma agenda progressista radical e manteve o Partido Trabalhista firmemente posicionado no centro, focado no crescimento econômico e em melhores serviços governamentais. Os trabalhistas aceitaram, em sua maioria, os cortes orçamentários propostos pelo atual governo conservador e não planejam novos impostos. Starmer descartou um retorno à União Europeia, porque sabe que qualquer perspectiva de abertura para imigração do continente cederia terreno para a direita na questão migratória. De fato, em seu debate na televisão, com Sunak, ele atacou os conservadores pela direita, acusando Sunak de ser “o primeiro-ministro mais liberal que já tivemos em relação à imigração”. Para mim, a lição do Reino Unido para esquerda é: para vencer, ela deve se firmar no centro, garantir especialmente que não possa ser ultrapassada em relação à imigração e evitar políticas excessivamente ideológicas e de alerta que alienam eleitores comuns. Essa não é uma estratégia aplaudida pela base. Mas tem mais chance de ganhar eleições, o que é mais importante."
---------- O recado que a derrota dos trabalhistas manda aos democratas americanos Duda Teixeira 13.12.19 ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ---------- ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Fareed Zakaria, em sua coluna, sugere que a iminente derrota dos conservadores britânicos não é um endosso às ideias da esquerda, mas sim um reflexo de um descontentamento com o governo atual. Ele destaca que o Partido Trabalhista, sob a liderança de Keir Starmer, ocupou o centro político, o que forçou os conservadores a se moverem para a direita, onde há menos eleitores. Zakaria compara a situação no Reino Unido com a política nos EUA, especialmente em relação aos democratas que enfrentarão um Donald Trump ressurgente. Ele sugere que os democratas devem aprender com a estratégia de Starmer de se posicionar no centro e evitar políticas excessivamente ideológicas que possam alienar eleitores comuns. Segundo ele, essa abordagem é mais eficaz para ganhar eleições. Rory Stewart argumenta que o Partido Conservador perdeu sua reputação de seriedade devido ao caos nas lideranças recentes, como Boris Johnson e Theresa May. Além disso, a ascensão do partido populista de extrema direita Reform UK, liderado por Nigel Farage, dividiu ainda mais o voto conservador. Em suma, a análise de Zakaria indica que a chave para o sucesso eleitoral na política atual, tanto no Reino Unido quanto nos EUA, é um posicionamento centrista e a capacidade de atrair eleitores moderados, evitando divisões internas e extremismos. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ sábado, 22 de junho de 2024 Pablo Ortellado – França em alerta O Globo Bardella é um símbolo perfeito para a nova imagem desejada pela Reunião Nacional Depois que a extrema direita elegeu o maior número de deputados franceses nas eleições para o Parlamento Europeu, no começo de junho, o presidente Emmanuel Macron dissolveu a Assembleia Nacional e convocou novas eleições parlamentares para o fim deste mês. Em seu discurso ao anunciar a medida, afirmou que a vitória dos “demagogos” e “populistas” da “extrema direita” representa um “perigo para a nação” e que era necessário “esclarecer” a vontade do povo. Analistas divergem sobre a motivação de Macron para dissolver a Assembleia: se apostou que o voto na extrema direita nas eleições europeias foi um voto pontual de protesto, se espera que o sistema eleitoral distrital em dois turnos favoreça o centro ou se pretende que o exercício do poder desgaste o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN). Se espera que as novas eleições reforcem seu apoio parlamentar, a manobra parece estar dando errado: as pesquisas de opinião apontam vitória do RN. Macron enfrenta um momento difícil. De acordo com as pesquisas, tem apenas 30% de apoio, nível bastante baixo (como comparação, Pedro Sánchez, da Espanha, tem 38%; Giorgia Meloni, da Itália, 44%). Ele implementou uma reforma da Previdência que aumentou a idade mínima para se aposentar e ampliou o tempo de contribuição. Também reformou o sistema de seguro-desemprego, endurecendo critérios de elegibilidade e reduzindo a duração dos benefícios. As medidas foram impopulares e geraram protestos em todo o país. Quando a extrema direita obteve 33% dos votos nas eleições para o Parlamento Europeu, o establishment francês ficou em alerta. Há muito tempo ela se tornou uma força competitiva, mas vinha sendo isolada por meio de uma política conhecida como “cordão sanitário”, segundo a qual as forças tradicionais se recusavam a se coligar com ela. Com o crescimento do apoio eleitoral, esse isolamento não é mais eficaz. A possibilidade de a extrema direita eleger um primeiro-ministro na França é muito grande. Pesquisas mostram que o RN teria 33% dos votos, seguido da coalizão de esquerda Nova Frente Popular, com 28%. A coalizão de Macron, Renascimento, ficaria em terceiro lugar, com 18%. A quarta força, o partido de centro-direita Republicanos, está dividido, com uma parte tentando se coligar à extrema direita. Essas eleições marcam o auge do projeto de crescimento do RN, liderado por Marine Le Pen. Ela herdou o partido do pai, Jean-Marie Le Pen, e foi aos poucos tentando suavizar sua imagem, associada ao racismo e ao antissemitismo. Pela primeira vez, no ano passado, uma pesquisa nacional mostrou que mais franceses não consideram (45%) do que consideram (41%) o RN um risco para a democracia. Marine assumiu a liderança incontestável no partido e recentemente adotou como protegido um jovem de 28 anos chamado Jordan Bardella. De família de imigrantes italianos, ele foi criado num subúrbio pobre de Paris. A combinação de boa figura com a história de vida no subúrbio faz de Bardella um símbolo perfeito para a nova imagem do partido que ela deseja projetar. Ele teve ascensão meteórica e foi indicado por Marine para presidente do RN e candidato a primeiro-ministro. Se o RN efetivamente ganhar a eleição, será o mais jovem chefe de governo da História da República francesa. Marine se prepara para concorrer mais uma vez à Presidência em 2027. O manifesto do RN mistura medidas anti-imigração características da extrema direita europeia a ações de cunho social, mais típicas da esquerda. Pretende endurecer leis migratórias e pôr fim ao direito de cidadania para nascidos na França de pais estrangeiros. Também quer limitar o acesso de imigrantes a serviços públicos até que tenham contribuído com o sistema por determinado período de tempo. Ao mesmo tempo, pretende baixar tarifas de eletricidade, gás e combustível e permitir que empresas aumentem salários em 10% sem encargos patronais correspondentes. Também quer aumentar o piso da aposentadoria para € 1.000 (R$ 5.800). A vitória do RN nas eleições parlamentares francesas prepararia uma candidatura presidencial forte em 2027 e consolidaria o poder da extrema direita no coração da Europa Ocidental, uma vez que a Itália já é governada há dois anos pela primeira-ministra Giorgia Meloni. Se Bardella virar primeiro-ministro, será a primeira vez em que a extrema direita chega ao poder na França desde os anos 1940, quando o governo de Vichy colaborava com a ocupação nazista. -------------
----------- ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Em sua coluna, Pablo Ortellado analisa a situação política na França, destacando a ascensão da extrema direita representada pela Reunião Nacional (RN). Após a vitória nas eleições para o Parlamento Europeu, o presidente Emmanuel Macron dissolveu a Assembleia Nacional e convocou novas eleições parlamentares, alegando que a vitória dos populistas representa um perigo para a nação. Macron enfrenta desafios com sua baixa popularidade e reformas impopulares, como a da Previdência e do seguro-desemprego. A dissolução da Assembleia e a convocação de novas eleições parecem ser uma tentativa de reverter o avanço do RN, mas as pesquisas indicam que o RN pode vencer, com 33% das intenções de voto, seguido pela coalizão de esquerda com 28% e pela coalizão de Macron com 18%. Marine Le Pen tem trabalhado para suavizar a imagem do partido e indicou Jordan Bardella, um jovem de 28 anos de origem italiana, como candidato a primeiro-ministro. O manifesto do RN mistura medidas anti-imigração com ações sociais, como o aumento do piso da aposentadoria e a redução de tarifas de energia. A possível vitória do RN nas eleições parlamentares francesas pode preparar uma candidatura presidencial forte para 2027, consolidando a presença da extrema direita na Europa Ocidental. Se Bardella se tornar primeiro-ministro, será a primeira vez que a extrema direita chega ao poder na França desde a colaboração do governo de Vichy com a ocupação nazista nos anos 1940. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ----------
-------------- sábado, 22 de junho de 2024 Dora Kramer - A realidade condena Folha de S. Paulo Lula quer soluções simples e rápidas para situações complicadas e duradouras Soluções simples e rápidas nunca deram certo no enfrentamento a situações complicadas e duradouras na economia brasileira. Foram várias tentativas frustradas na primeira década de redemocratização, justamente pela preferência de governantes por medidas de impacto imediato. Daqueles erros emergiu o aprendizado de economistas liderados por um político de visão avesso a imediatismos que resultou no acerto do Real, um plano de 30 anos bem vividos. De execução aparentemente complicada, dadas as contas a serem feitas na URV, o projeto foi negociado com o Congresso, testado na prática ao longo de quatro meses e finalmente incorporado como patrimônio social pela população. Daí decorreu o êxito incontestável. Lula e o PT à época contestaram, mas apesar de terem sido obrigados a aderir sob pena de não governar quando assumiram o comando, ainda hoje discordam das balizas fundadoras da estabilidade econômica. É o que se evidencia diante das críticas do partido a qualquer investida na direção do equilíbrio fiscal e da exigência do presidente Luiz Inácio da Silva para que a Fazenda e o Planejamento encontrem soluções simples e rápidas para o aprumo das contas públicas. À demanda inexequível Lula aliou a renovação dos ataques ao presidente e à autonomia do Banco Central, desta vez com o aumento da temperatura de agressividade, acusando Roberto Campos Neto de prejudicar o país em decorrência de alinhamentos políticos adversários. Qual a razão dessas atitudes do presidente? Duas hipóteses que se complementam: uma, consolidar a escolha de Campos Neto como o bode expiatório preferencial para tudo o que de porventura der errado na economia. Outra é sinalizar que o próximo presidente do BC, nomeado por ele, se for autônomo como manda a lei, seguirá sob ataque e aí sob a égide da contradição. Teremos, assim, a materialização de um tiro no pé porque a realidade o condenará. -------------
------------ Dora Kramer, em sua coluna, analisa as dificuldades e as estratégias adotadas pelo presidente Lula diante dos desafios econômicos do Brasil. Ela destaca que Lula procura soluções simples e rápidas para problemas complexos e duradouros, o que historicamente não tem dado certo na economia brasileira. Kramer lembra das tentativas fracassadas na primeira década de redemocratização, que só foram superadas com a implementação do Plano Real, um projeto a longo prazo que trouxe estabilidade econômica ao país. Apesar do sucesso do Plano Real, Lula e o PT sempre foram críticos às suas bases e, atualmente, continuam resistindo a medidas de equilíbrio fiscal. Lula tem pressionado a Fazenda e o Planejamento para encontrar soluções rápidas para as finanças públicas e tem aumentado as críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acusando-o de prejudicar o país devido a alinhamentos políticos adversários. Kramer sugere duas hipóteses para as atitudes de Lula: primeiro, que Campos Neto está sendo usado como bode expiatório para os possíveis fracassos econômicos. Segundo, que Lula pretende deixar claro que o próximo presidente do Banco Central, mesmo sendo autônomo, estará sob constante ataque, o que pode resultar em contradições e auto-sabotagem. Em resumo, Kramer argumenta que a insistência de Lula em soluções imediatas para problemas complexos é uma estratégia condenada ao fracasso pela própria realidade econômica. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Número de detentos em trabalho externo aumenta em Juiz de Fora A partir desta semana, serão 180 atuando no Demlurb e em obra de igreja. Liberação de presos para função ajuda na ressocialização, diz Seds. Do G1 Zona da Mata 27/10/2015 09h28 - Atualizado em 27/10/2015 09h28 ------------
------------- Trabalhos de limpeza de ruas Juiz de Fora (Foto: Gil Veloso PJF/ divulgação) Presos participam de trabalho de limpeza nas ruas (Foto: Gil Veloso/Divulgação) ------------ Trinta detentos do regime semiaberto em Juiz de Fora vão se juntar aos 150 que já fazem trabalhos externos na cidade a partir desta terça-feira (27). A Justiça ampliou o número estipulado pelo convênio com a Prefeitura. Os novos detentos habilitados irão se juntar a 137 que prestam serviço para o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb). Em outro convênio, 13 finalizam a obra de reforma e ampliação da Igreja Nossa Senhora Aparecida. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que todas as unidades prisionais de Juiz de Fora possuem parcerias de trabalho, o que contribui para o processo de ressocialização. O convênio com o Demlurb prevê que até 200 presos sejam contratados em 2015 e que a intenção é que as vagas se expandam para 240 em 2016. Quinze já começaram a trabalhar na limpeza da cidade nesta terça-feira e os demais devem iniciar a partir da próxima semana. “Por enquanto, dos 137 já trabalhando, seis ficam na penitenciária Ariosvaldo Campos Pires realizando reciclagem, confeccionando bolsas, aventais e lixeirinhas de carros com tecidos sem utilidade para fábricas. Os 131 restantes, entre eles, 10% mulheres, vão para as ruas, onde realizam capina, varrição e roçada”, afirmou o diretor do Demlurb, Marlon Siqueira. -------------
----------- Presos trabalhando Demlurb (Foto: Demlurb/Divulgação) A cada três dias de trabalho, há remissão de um na pena (Foto: Demlurb/Divulgação) ------------ Os detentos empregados trabalham em jornada diária de 8 horas e ganham um salário mínimo, dividido em três partes iguais. Uma é para ressarcimento do Estado, a outra vai para o pecúlio, e a terceira parte é depositada em uma conta aberta em nome do preso para que seja movimentada pela família. A cada três dias trabalhados, há remissão de um dia na pena. O diretor explica que toda a logística é responsabilidade do departamento, que oferece transporte e alimentação. “É um projeto socioambiental que impacta a sociedade. Com esta parceria, temos mais pessoas nas ruas, permitindo que eles trabalhem, recebem um salário e façam parte de um trabalho social”, explicou. Romper preconceito Treze detentos trabalharam na reforma e ampliação da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Linhares, onde fica o complexo penitenciário de Juiz de Fora. Depois de quatro anos de obra, a entrega foi realizada no dia 12 de outubro, aproveitando a festa da padroeira. Ao colocá-los em convívio e de forma produtiva, eles recuperam o fio da esperança. Esta é a oportunidade de reconciliação com a família e a comunidade" José Maria de Freitas, padre Atualmente os trabalhos em convênio com o padre José Maria de Freitas estão na fase de arremates do entorno do Centro de Evangelização São Bartolomeu, construído no terreno para uso da comunidade. O convênio surgiu como uma forma de romper preconceitos, segundo o padre, que também é assistente eclesiástico da Pastoral Carcerária, capelão da unidade prisional e ainda pároco da igreja. “Nestas funções, percebi a resistência e o preconceito da sociedade, que estigmatiza os presos. Os detentos passam a acreditar que não são mais gente. O trabalho permite o resgate da dignidade deles. A gente se interessa e os ouve, oferecemos o tratamento humano. Ao colocá-los em convívio e de forma produtiva, eles recuperam o fio da esperança. Esta é a oportunidade de reconciliação com a família e a comunidade”, ressaltou o padre. ----------
----------- Igreja de NS Aparecida Bairro Linhares Juiz de Fora (Foto: Ascom Seds/ Divulgação) Após quatro anos, reforma e ampliação da Igreja de Nossa Senhora Aparecida foi entregue à comunidade (Foto: Ascom Seds/Divulgação) ------------- Critérios Segundo a Seds, para trabalhar, os presos precisam ser aprovados na Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade prisional, que analisa o comportamento do detento em todos os âmbitos, avaliando se está apto para o trabalho ou outras atividades. No caso dos trabalhos externos, os custodiados têm que ser do regime semiaberto e receber autorização da Justiça. A equipe da CTC é formada pelos diretores e por profissionais ligados das áreas jurídica, de segurança, inteligência e informação, psicossocial, saúde, ensino e profissionalização, trabalho e produção. A assessoria relatou que os diretores das unidades prisionais locais fazem avaliação bastante positiva, porque os detentos participantes demonstram uma melhoria de disciplina dentro das unidades." ------------
----------- Luiz Inácio Lula da Silva com Rosângela "Janja" Silva e Gleisi Hoffman no momento de sua saída da prisão na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, em 8 de novembro de 2019 Luiz Inácio Lula da Silva com Rosângela "Janja" Silva e Gleisi Hoffman no momento de sua saída da prisão na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, em 8 de novembro de 2019 Hamilton Zambiancki/Anadolu Agency via Getty Images ------------ "Lula monta núcleo duro com aliados fiéis do período de prisão Em seu terceiro mandato, petista nomeou para cargos estratégicos quem esteve ao seu lado nos 580 dias em que ficou encarcerado na Polícia Federal de Curitiba Gustavo UribeBasília Rodrigues 15/05/2023 às 06:48 | Atualizado 15/05/2023 às 11:02 A fotografia da saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da carceragem da Polícia Federal de Curitiba, em 2019, ajuda a entender o critério utilizado pelo petista na formação do núcleo duro de seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto. No retrato, em que carrega uma faixa com a inscrição “Lula é inocente”, o presidente posa ao lado de integrantes do partido que hoje desempenham funções estratégicas na gestão petista e têm tido ascendência sobre decisões tomadas pelo presidente. A presença de maior destaque na fotografia, e no período de prisão do petista, foi a hoje primeira-dama Rosângela Silva. O namoro de ambos teve início por uma troca de cartas durante o cárcere. Com uma sala no terceiro andar do Palácio do Planalto, a primeira-dama teve atuação direta, por exemplo, na decisão de manter a isenção tributária para encomendas internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas. Ela ainda participou da escolha da equipe ministerial, sobretudo na decisão de que quase um terço dos ministros fossem mulheres, e vetou nomes com quem não tinha afinidade, sobretudo ex-desafetos do marido. Uma outra presença frequente em Curitiba era o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que substituiu Lula nas urnas eletrônicas na disputa presidencial de 2018. Haddad costumava atualizar Lula sobre o cenário político nacional e se consultava com o petista antes, durante e depois da disputa presidencial que levou à vitória de Jair Bolsonaro. O presidente também recebia visitas frequentes da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a parlamentar mais recebida no gabinete presidencial durante o terceiro mandato do petista. Em um levantamento feito pela CNN, nos cem primeiros dias do governo petista, Gleisi teve maior presença em audiências com Lula do que os ministros da Saúde, da Educação e da Justiça. O sociólogo Marco Aurélio Santana Ribeiro era também presença constante na carceragem da Polícia Federal. Conhecido pelo apelido de Marcola, assessorou o petista por sete anos e, hoje, é o chefe de gabinete do presidente. Em 2018, mudou-se de São Bernardo do Campo (SP) para Curitiba (PR) com o objetivo de acompanhar o petista durante o período da prisão. Era Marcola quem fazia o resumo das notícias e organizava as cartas que o petista recebia no cárcere. O ex-chanceler Celso Amorim, hoje assessor para assuntos internacionais, também fazia visitas ao petista no período. O diplomata também estava ao lado do petista quando ele foi preso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Hoje, Amorim foi apelidado na Esplanada dos Ministérios de “chanceler 01”, pelo seu protagonismo nas discussões de uma pacificação entre Rússia e Ucrânia, poder que lhe foi conferido por Lula. O seu destaque tem colocado em dúvida diplomatas estrangeiros que atuam no Brasil. Segundo relatos feitos à CNN, alguns deles têm dúvidas se procuram Amorim ou o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir assuntos internacionais. Tópicos Governo Lula Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) Rosângela da Silva (Janja)" / ----------- ------------ Por 8 a 3, STF confirma decisão de Fachin que mantém Lula elegível para 2022 Plenário da Corte julgou recurso apresentado pela Procuradoria-Geral da República para manter os processos do ex-presidente em Curitiba Gabriela Coelho, Teo Cury, Galton Sé e Renato Barcellos, da CNN, em Brasília e São Paulo 15/04/2021 às 18:24 Compartilhe: Facebook Twitter Linkedin WhatsApp flipboard ouvir notícia 0:00 O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e acatou a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato. O placar para manter a incompetência de Curitiba nas condenações do ex-presidente foi de 8 votos a favor e 3 contra. O relator, ministro Edson Fachin, votou para manter a decisão anterior de anular as condenações. Segundo o ministro, de acordo com entendimentos anteriores do STF, a 13ª Vara de Curitiba não é o “juízo universal” de fatos ligados à Lava Jato. Para Fachin, a conduta atribuída a Lula “não era restrita à Petrobras, mas à extensa gama de órgãos públicos em que era possível o alcance dos objetivos políticos e financeiros espúrios”. O ministro foi seguido por Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso. O ministro Alexandre de Moraes entendeu pela incompetência de Curitiba, mas mandou os processos para SP, já que os fatos relacionados à denúncia foram no estado. “O assunto que está sendo julgado é um dos mais importantes, qual seja, o juiz natural. Todos têm o direito de ter um julgamento de acordo com o juiz natural adequado”, disse o ministro Moraes. Entendimento Diferente O ministro Nunes Marques abriu divergência quanto ao voto do relator por entender que o crime do qual Lula foi condenado aconteceu em detrimento da Petrobras, justificando, assim, o juízo da 13ª vara, por conexão. Segundo o ministro, há ligação com os atos praticados por Lula com a Petrobras. “É necessário se preservar a competência de Curitiba, em prestígio à segurança jurídica à luz das asserções da acusação, tão reiterado pelo Supremo”, disse. No caso, os ministros analisam o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a anulação das condenações de Lula e a transferência dos casos de Curitiba para a Justiça Federal do DF. Na prática, os ministros decidem se mantêm ou se derrubam, na íntegra ou parcialmente, todos os pontos levantados na decisão que o relator da Lava Jato no STF proferiu há cerca de um mês: a anulação das condenações de Lula no âmbito da operação; o envio dos processos – triplex do Guarujá, sítio de Atibaia, terreno do Instituto Lula e doações da Odebrecht ao mesmo instituto – à Justiça Federal do DF; e o arquivamento da suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro. Discussão Nesta quarta-feira (14), em uma análise de uma questão preliminar, por 9 a 2, o STF decidiu que caberá aos 11 ministros do plenário analisar se mantém cada um dos pontos da decisão do ministro Edson Fachin que anulou as condenações de Lula. Os ministros discutiram se caberia à Segunda Turma julgar o caso, como queria a defesa do ex-presidente, ou o plenário, como se posicionou Fachin. ----------
------------ Ex-presidente Lula durante discurso Foto: Marcelo D. Sants/Framephoto/Estadão Conteúdo ----------- Entenda o caso Em março deste ano, o ministro Edson Fachin decidiu anular todas as condenações contra Lula, por entender que os casos não deveriam ter tramitado na Justiça Federal do Paraná, responsável por julgamentos da operação Lava Jato. O que acontece agora que a anulação das condenações foi mantida? Com a decisão proferida pelo STF, os direitos políticos de Lula ficam mantidos. Ou seja, ele pode se candidatar a cargos políticos já nas eleições de 2022. Mas isso não significa que Lula foi inocentado e que ele não voltará a ser investigado. Na próxima semana, o Supremo avalia se os processos serão analisados pela Justiça Federal em Brasília ou em São Paulo, como sugeriu o ministro Alexandre de Moraes em seu voto. Lula tem mais de 70 anos – e, segundo o Código de Processo Penal, a prescrição de crimes tem prazo reduzido pela metade neste caso, o que poderia fazer alguns crimes terem a punibilidade extinta. Relembre os processos contra Lula anulados por Fachin Triplex no Guarujá O ex-presidente foi condenado em 2017 pelo então juiz Sergio Moro, que atuava na 13ª Vara Federal de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. De acordo com a decisão da época, Lula teria recebido o imóvel como propina da construtora OAS em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras, o que o petista nega. A decisão foi confirmada na segunda instância pela 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) e mantida pela 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que fixou a pena de 8 anos e 10 meses de prisão. Foi essa condenação que levou Lula à prisão em abril de 2018. Em novembro de 2019, ele foi solto após o STF mudar o entendimento sobre a prisão em segunda instância e definir que um condenado só pode ser preso após trânsito em julgado, ou seja, ao fim de todos os recursos. Sítio de Atibaia Em 2019, o ex-presidente foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro por ter, supostamente, recebido propina da OAS e da Odebrecht por meio de reformas no sítio que ele frequentava com a família. Apesar de o imóvel não estar no nome de Lula, a juíza substituta Gabriela Hardt, substituta de Moro, considerou que era “amplamente comprovado que a família do ex-presidente Lula era frequentadora assídua no imóvel, bem como que o usufruiu como se dona fosse”. A decisão foi confirmada pelo TRF-4, que fixou a pena de 17 anos e 1 mês de prisão. Instituto Lula Além das condenações nos dois processos, o ex-presidente também era réu, na Justiça Federal do Paraná, em dois casos envolvendo o Instituto Lula, fundação sem fins lucrativos dedicada à manutenção do seu legado. No primeiro deles, o petista é acusado de ter recebido um terreno de R$ 12 milhões para a construção de uma nova sede para a organização como propina da Odebrecht. No segundo, Lula também é acusado de ter recebido R$ 4 milhões em propinas da empreiteira disfarçadas de doações à fundação. Em fevereiro, o TRF-4 manteve a suspensão dessa ação. Tópicos STF (Supremo Tribunal Federal)" / "Com a decisão proferida pelo STF, os direitos políticos de Lula ficam mantidos. Ou seja, ele pode se candidatar a cargos políticos já nas eleições de 2022." / 'A DECISÃO DE 2022 PELO STF EM RELAÇÃO AO PRESO LUIZ INÁCIO DA DILVA NÃO INOVAVA. DE FATO, EM 2015 O SISTEMA PRISIONAL DE JUIZ DE FORA JÁ ADOTARA MEDIDA SIMILAR COM PRESOS E APENADOS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO LOCAL EM CONVÊNIO COM A PREFEITURA MUNICIPAL DE JF (PMJF)." / 'RESTA SABER SE OS CANDIDATOS DO PARTIDO DO ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA BENEFICIADO PELO STF ADOTARÃO ESSAS MEDIDAS COMO BANDEIRA DE CAMPANHA NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS PARA VEREADORES, NA CÂMARA MURNICIPAL E PREFEITURA MUNICIPAL DA PRINCESINHA DE MINAS, PRIMEIRO SORRISO DE MINAS." ChatGPT O aumento do número de detentos em trabalho externo em Juiz de Fora, implementado em 2015, pode servir como referência para iniciativas semelhantes em outras localidades, especialmente considerando a relevância dessas ações no processo de ressocialização e reintegração social dos presos. Essas medidas, que incluem a participação dos detentos em projetos como a limpeza urbana e a reforma de instituições comunitárias, demonstram um esforço significativo para combater o preconceito e proporcionar oportunidades de reabilitação. Com a manutenção dos direitos políticos de Lula pelo STF, há uma possibilidade de que iniciativas como essa sejam incluídas nas plataformas de campanha de candidatos do partido nas próximas eleições municipais. A adoção dessas políticas como bandeira de campanha poderia mostrar um compromisso com a justiça social e a ressocialização, aspectos fundamentais para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa. O sucesso dessas iniciativas em Juiz de Fora pode servir de modelo e inspiração para outras cidades, promovendo a ampliação de programas que beneficiem tanto os presos quanto a comunidade. https://www.cnnbrasil.com.br/politica/maioria-do-stf-decide-por-anular-condenacoes-de-lula-na-lava-jato/#:~:text=Com%20a%20decis%C3%A3o%20proferida%20pelo,j%C3%A1%20nas%20elei%C3%A7%C3%B5es%20de%202022.

sábado, 22 de junho de 2024

O GRANDE FUTURO

"Mas a História não tem marcha a ré!" Maurílio Nogueira ----------- Conclusão Essa reflexão nos convida a considerar nossa relação com o tempo e a importância de viver o presente. Enfatiza a necessidade de equilibrar nossas responsabilidades com disciplina, sugerindo que esse equilíbrio é a chave para uma vida fluida, harmoniosa e satisfatória. A mensagem de Chico oferece uma visão prática de como viver de maneira simples e estável pode trazer felicidade e realização pessoal. ---------- "Eu ouvi de um psiquiatra que as pessoas ansiosas vivem no futuro, e que as pessoas depressivas vivem no passado. Mas ninguém está no presente, no hoje. Aí se entende o Chico, quando ele fala assim: Eu tinha lá dois tocos - na casa dele. Do lado, ele passava e as pessoas amigas falavam assim: Eu vivo entre o dever e a disciplina. Foi o que eu aprendi e o que me assegura a fluidez da vida. E eu fico muito feliz ao atender o dever e a disciplina." ----------
----------- Lutar, esforçar-se e nunca se acomodar é sinal de que sabe do que é capaz. ------------ Confirmando a sublime atuação de Eurípedes, nos diversos campos de ação em que militou - e evidenciando expressivamente a notória influência que ele exerceu sobre os irmãos, tia Elith conclui o valioso depoimento com a declaração abaixo: "Aceitando plenamente os mais caros ideais de Eurípedes, estávamos, sem dúvida, encorajando-o a alcançar seus objetivos dentro da Doutrina. Alguns de nós, dentro de nossas possibilidades dávamos a ele nossas contribuições na Farmácia. Eulógio e Watersides acompanharam-no em seus trabalhos de passe e doutrinação. Edalides prestava assistência aos doentes internados em uma ala do Colégio Allan Kardec destinada à recuperação e abrigo. Os demais irmãos - Homilton e Waterville - eram muito jovens e só vieram a conhecer Eurípedes através de sua edificante obra anos depois." _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO pp. 205-208 ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------- ------------- Pão Nosso #133 - O grande futuro NEPE Paulo de Tarso Transmitido ao vivo em 10 de out. de 2023 Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier. -------------- Pão nosso — Emmanuel 133 O grande futuro “Mas agora o meu Reino não é daqui.” — Jesus. (JOÃO, 18.36) 1 Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra. 2 Ajoelham-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade. 3 Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e, quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece, reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana. 4 No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta. A palavra d’Ele não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir. 5 O Mestre esclareceu: — “Mas agora o meu reino não é daqui.” 6 Semelhante afirmativa revela-lhe a confiança. Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão visual. 7 A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória. 8 Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro. Emmanuel Texto extraído da 1ª edição desse livro. http://bibliadocaminho.com/ocaminho/txavieriano/livros/Pn/Pn133.htm ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ---------- ------------ Bem aventurados os aflitos - Estudo do Evangelho à Luz do Espiritismo FEBtv 560 mil inscritos 39.597 visualizações 2 de ago. de 2019 Haroldo Dutra Dias conduz este estudo que, neste episódio, segue o capítulo V, de O Evangelho Segundo o Espiritismo: Bem aventurados os aflitos. Os convidados elucidam o tema e ampliam reflexões às nossas vidas. As obras mencionadas neste episódio são encontradas no site www.febeditora.com.br https://www.youtube.com/watch?v=gCtnoSJC714 ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------- CAPÍTULO V BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS Instruções dos Espíritos. Bem e mal sofrer. 18. Quando o Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence”, não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações. O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: “Fui o mais forte.” Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. Lacordaire. Havre, 1863. https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2059/capitulo-v-bem-aventurados-os-aflitos _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ----------
--------------- O Reino Adormecido por Distribuidora Record de Serviços de Imprensa S/A 2018 Leo Cunha já publicou mais de 40 livros, entre crônicas, poemas e prosa para crianças e jovens. Seus livros já receberam os principais prêmios da literatura infantil e juvenil do país, como o Nestlé, Jabuti, João de Barro, FNLIJ, Adolfo Aizen, entre outros. É também jornalista, professor universitário e doutorando em Cinema pela UFMG. André Neves nasceu em Recife e atualmente vive no Rio Grande do Sul desenvolvendo várias atividades relacionadas à literatura infantil. Seus desenhos encontram-se espalhados em muitos livros infantis e na imaginação de crianças e adultos. Já recebeu prêmios importantes como o Luís Jardim da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, o Jabuti e o Açorianos, do Rio Leo Cunha Grande do Sul. ilustrações André Neves o Reino peça em 3 atos Capa PROFESSOR O Reino Adormecido ------------
------------ A sala do trono do Palácio de Buckingham no ano 1914. 2º ATO cena 3 Interior de castelo, sala de trono. O Rei, rói as unhas, aflito. A Rainha está sentada, cabisbaixa. O Conselheiro anda de um lado para o outro. REI - Meu Deus, mas que demora! Onde está esse Arauto? CONSELHEIRO - Ele deve estar chegando, Majestade. REI - Eu preciso de notícias! Eu preciso de boas notícias! Entra o Arauto, relutante. O Conselheiro vai até ele e reclama. CONSELHEIRO - Você quer matar de afllção o Rei e a Rainha? ARAUTO - Desculpe, eles estavam aflltos? CONSELHEIRO - Você nem imagina como? Cada cavalo, cada jumento, cada mula que passava lá fora, ele pensava que era você chegando. ARAUTO (surpreso) - Não diga! CONSELHEIRO - Cada toupeira, cada anta que balançava o mato, ela achava que era você. ARAUTO (chateado) - Também não precisa exagerar! REI - Deixem de gentilezas vocês doi. Eu quero saber: você trouxe boas-novas? ARAUTO - Sinto muitíssimo, Majestade. Revistamos todas as casas, todos os armários, todas as gavetas. Realmente não sobrou nenhm relógio em torno o reino. REI - Eu não acredito. Não pode ser... (para o Arauto) Continue procurando. E não volte aqui sem um relógio. Aratuo sai. Leo Cunha Ilustrações André Neves O Reino ADORMECIDO ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------ Uma Rainha de França (Havre, 1863.) O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec Motion Alex 30 de mar. de 2022 INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS UMA REALEZA TERRESTRE 8. Quem melhor do que eu poderá compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: Meu reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu sobre a Terra; quem, pois, compreenderia a insignificância dos reinos deste mundo, se eu não o compreendesse? Que carreguei comigo da minha realeza terrestre? Nada, absolutamente nada; e como para tornar a lição mais terrível, ela não me seguiu até o túmulo! Rainha eu fui entre os homens, rainha eu acreditava entrar no reino dos céus. Que desilusão! Que humilhação, quando, em lugar de ser ali recebida como soberana, vi acima de mim, mas bem acima, homens que eu acreditava bem pequenos e que desprezei porque não eram de um sangue nobre! Oh! então eu compreendi a esterilidade das honras e das grandezas que se procura com tanta avidez sobre a Terra! Para se preparar um lugar neste reino, é preciso a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua prática celeste, a benevolência para com todos; não se vos pergunta o que fostes, que posição ocupastes, mas o bem que haveis feito, as lágrimas que enxugastes. Oh! Jesus! disseste que teu reino não era deste mundo, porque é preciso sofrer para alcançar o céu, e os degraus do trono não nos aproximam dele; são os caminhos mais penosos da vida que a ele conduzem; procurai, pois, seu caminho através das sarças e dos espinhos, e não entre as flores. Os homens correm atrás dos bens terrestres, como se os devessem guardar para sempre; mas aqui não há mais ilusões; eles se apercebem logo de que não agarraram senão uma sombra, e negligenciaram os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes são de proveito na morada celeste, os únicos que podem a ela lhes dar acesso. Tende piedade daqueles que não ganharam o reino dos céus; ajudai-os com as vossas preces, porque a prece aproxima o homem do Altíssimo, é o traço de união entre o céu e a Terra; não o esqueçais. (UMA RAINHA DE FRANÇA, Havre, 1863). https://www.youtube.com/watch?v=cEqhS3chMEI ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------- ------------ Tema de Os Inconfidentes Chico Buarque Toda vez que um justo grita Um carrasco o vem calar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Foi trabalhar para todos E vede o que lhe acontece Daqueles a quem servia Já nenhum mais o conhece Quando a desgraça é profunda Que amigo se compadece? Foi trabalhar para todos Mas, por ele, quem trabalha? Tombado fica seu corpo Nessa esquisita batalha Suas ações e seu nome Por onde a glória os espalha? Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Que reformava este mundo De cima da montaria Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Ele na frente falava E atrás a sorte corria Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Liberdade ainda que tarde Nos prometia Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) No entanto à sua passagem Tudo era como alegria Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Liberdade ainda que tarde Nos prometia Toda vez que um justo grita Um carrasco o vem calar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Compositor: Cecília Meireles E Chico Buarque ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------ -------------- NARA LEÃO Tema De “Os Inconfidentes” Chico Buarque ----------- Análise da Letra "Tema de Os Inconfidentes" de Chico Buarque e Cecília Meireles A letra da música "Tema de Os Inconfidentes" de Chico Buarque e Cecília Meireles oferece uma reflexão profunda sobre a luta pela justiça, a opressão e a busca pela liberdade. A seguir, uma análise detalhada de seus principais temas e ensinamentos. -------------- Principais Temas Injustiça e Repressão: "Toda vez que um justo grita / Um carrasco o vem calar": Esta linha destaca o ciclo contínuo de repressão contra aqueles que se levantam contra a injustiça. Os justos, que lutam por causas nobres, são frequentemente silenciados pelos poderes opressores. "Quem não presta fica vivo / Quem é bom, mandam matar": Este contraste ressalta a inversão moral onde os corruptos e mal-intencionados permanecem ilesos, enquanto os justos são perseguidos e eliminados. Desconhecimento e Ingratidão: "Foi trabalhar para todos / E vede o que lhe acontece / Daqueles a quem servia / Já nenhum mais o conhece": A letra fala sobre a ingratidão e o esquecimento que muitas vezes recaem sobre aqueles que se sacrificam pelo bem comum. As pessoas para quem ele trabalhou e serviu agora não o reconhecem ou valorizam. "Quando a desgraça é profunda / Que amigo se compadece?": Esta linha reflete sobre a solidão e a falta de apoio que os justos enfrentam em tempos de grande adversidade. Sacrifício e Esquecimento: "Tombado fica seu corpo / Nessa esquisita batalha / Suas ações e seu nome / Por onde a glória os espalha?": Esta estrofe aborda o sacrifício dos justos e a dúvida sobre o reconhecimento de suas ações e legado. A batalha pela justiça é descrita como "esquisita", sugerindo sua complexidade e as contradições envolvidas. Líderes e a Promessa de Liberdade: "Por aqui passava um homem / (E como o povo se ria!) / Que reformava este mundo / De cima da montaria": Este trecho parece referir-se a líderes revolucionários que, montados em seus cavalos, prometem grandes mudanças. A reação do povo, que ri, pode sugerir descrença ou uma esperança quase cômica diante de promessas de transformação. "Liberdade ainda que tarde / Nos prometia": Esta linha ecoa a famosa frase "Libertas quae sera tamen", lema da Inconfidência Mineira. Reflete a promessa de liberdade, mesmo que tarde, e a esperança contínua de um futuro melhor. Aparente Alegria e Realidade: "No entanto à sua passagem / Tudo era como alegria": A passagem do líder é acompanhada por um sentimento de alegria e esperança, mesmo que a realidade ainda não tenha mudado. Essa dualidade entre a esperança e a realidade é uma constante nas lutas revolucionárias. Ensinamentos Perseverança na Luta pela Justiça: A música nos ensina sobre a importância da perseverança e da coragem em lutar pela justiça, mesmo diante da repressão e da ingratidão. Reconhecimento do Sacrifício: É um lembrete para valorizar e reconhecer os sacrifícios feitos por aqueles que trabalham pelo bem comum e pela liberdade. Esperança e Descrença: A reação do povo que ri das promessas revolucionárias pode ser vista como um reflexo da descrença nas mudanças, mas também como uma expressão de esperança disfarçada de ceticismo. Complexidade das Lutas: A letra mostra que as lutas pela justiça e liberdade são complexas e muitas vezes cheias de contradições, mas isso não diminui a importância dessas causas. Importância da Memória Histórica: A lembrança de líderes e mártires da luta pela liberdade nos incentiva a manter viva a memória histórica, aprendendo com o passado para construir um futuro melhor. Conclusão "Tema de Os Inconfidentes" é uma obra rica em significado que nos convida a refletir sobre a luta pela justiça, a coragem dos que se sacrificam pelo bem comum e a importância de manter viva a esperança de liberdade, mesmo em face da repressão. É um poderoso lembrete da importância da memória histórica e do reconhecimento dos esforços daqueles que lutam por um mundo melhor. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

quinta-feira, 20 de junho de 2024

IMPERADORES, REIS E CZARES

De eu pra eu, deixa a vida levar eu!!! ------------
-------------- Fox on Threads
------------ A guerra de Tolstói Em um artigo publicado em março de 1868 nos Arquivos russos, intitulado “Algumas palavras sobre Guerra e paz”, Leon Tolstói fornece algumas pistas ao leitor sobre as suas escolhas ao escrever esse épico que tem como cenário a Rússia durante o período das invasões napoleônicas. Segundo o autor, para o artista – e aqui ele, sem dúvida, alude a si próprio –, do ponto de vista “das relações perante os mil incidentes da existência, não pode nem deve haver heróis, mas homens apenas”. E, à diferença do historiador – o qual, conforme Tolstói, ocupa-se exclusivamente dos resultados advindos dos acontecimentos históricos –, cabe ao artista voltar o olhar para “o fato em si mesmo”. Essas palavras de Tolstói nesse texto anexado depois como “Apêndice” à obra remetem às suas inquietações expressas em outras passagens de Guerra e paz, como o capítulo 1º da nona parte do livro – na qual o autor dá início à descrição dos eventos que antecederam a catastrófica invasão das forças napoleônicas ao império russo – e no capítulo final. Ele recusa-se a atribuir as causas desse “monstruoso acontecimento” que provocou milhões de mortes, devastou a Rússia e reduziu a frangalhos o até então invencível exército de Napoleão, precipitando a queda do imperador francês, aos fatores normalmente apontados pelos historiadores da época: a ambição ilimitada de Napoleão, o caráter demasiado suscetível do czar Alexandre, as intrigas do governo inglês, os erros da diplomacia, entre outros. “Não é possível compreender a ligação que existe entre todas essas circunstâncias e as violências e os morticínios propriamente ditos”, sublinha. Tolstói relembra o trecho de uma carta de Napoleão ao czar russo, em que o líder francês alerta que dependia apenas dele fazer verter ou não “o sangue dos povos”. Mas como derivar dessa vontade jupiteriana a sequência de atos que envolveriam “milhões de homens [que] praticaram, em relação aos outros, tão grande número de abominações, de fraudes, de incêndios e morticínios como não há exemplos nos arquivos dos tribunais do mundo inteiro”? Diante da imensidão dos acontecimentos decorrentes da incursão das forças bonapartistas em território russo, e da vastidão do sofrimento humano provocado, nesse gigantesco palco em que se desenrolaram as piores atrocidades, mas onde não faltaram também episódios de bravura e histórias de compaixão e solidariedade, os desejos e as veleidades do imperador francês soavam como fúteis e mesquinhos. No seu intento de reduzir à escala humana as personagens que a narrativa histórica mitificou, seja transformando-as em heróis, seja em vilões – mas sempre no papel de semideuses que controlam por inteiro as massas –, é que Tolstói procura, por exemplo, retratar Napoleão na sua real estatura. “Envergava um uniforme azul, cujas bandas abertas deixavam ver o colete branco que lhe moldava a rotundidade do ventre, e calções brancos também cingindo-lhe as coxas gordas e as curtas pernas metidas em botas altas, de montar. Via-se que acabara de pentear os cabelos curtos, mas uma madeixa se lhe derramava pela ampla testa.” Esse homem atarracado, para quem tudo que lhe era exterior não tinha a menor importância – “uma vez que no mundo – pensava ele – tudo dependia de sua vontade” –, era movido por uma necessidade incontida de “monologar”, marcada ainda por uma eloquência irritada e uma intemperança de linguagem característica de “pessoas favorecidas pela sorte” – complementa Tolstói a descrição da figura imperial. Da mesma forma que retira de Napoleão e de outros tipos históricos como o czar Alexandre a aura de onipotência, Tolstói também se esquiva de procurar uma causa geral para os acontecimentos narrados. “[…] o conceito da causa é inaplicável ao fenômeno que estudamos”. Afinal, um evento tão grandioso como a guerra deriva da ação coletiva de muitos indivíduos e, nessa cadeia de ações e reações, é tarefa vã apontar qual é a que tenha sido decisiva – e muito menos ainda identificar algum propósito oculto no desenrolar dos fatos. “Quanto mais a inteligência procura erguer-se à compreensão das razões últimas [dos fatos históricos] tanto mais evidente se lhe torna que essas razões lhe são inacessíveis”, escreve o autor russo. Mas se é impossível apontar os fatores determinantes dos acontecimentos, como encontrar algum sentido para a história humana? A resposta de Tolstói – já prenunciando o misticismo que se tornaria mais patente em obras futuras do autor, como Ressurreição – é que a História caminha conforme leis próprias, obedecendo a uma vontade absoluta (que ele não define bem o que seja) que faz mover o mundo e as ações dos povos. “A intervenção do fatalismo na História é inevitável para explicar estas manifestações desprovidas de sentido, ou, antes, cujo sentido não nos é dado compreender.” Assim, Napoleão, o czar Alexandre, os demais monarcas europeus, os figurões da diplomacia e toda a massa humana envolvida na guerra desencadeada pela invasão das tropas francesas ao território russo em 1812 não passariam de marionetes a serviço dos desígnios ocultos e impenetráveis da História. É complicado, admitamos, acatar a solução de Tosltói para os impasses que a caminhada da humanidade nos apresenta. Pois se concordamos que homens e mulheres não passam de atores de um espetáculo com um roteiro já predeterminado, teríamos de abdicar de qualquer noção de liberdade individual e, em consequência, de responsabilidade pelos atos praticados. Mas se as ideias filosóficas do autor russo sobre o fatalismo histórico parecem tão difíceis de serem aceitas, o seu esforço de reconstruir a história deixando os fatos falarem por si mesmos – por exemplo, nas descrições espetaculares que faz dos cenários de batalha, em um painel multifacetado do conflito a partir de uma pluralidade de pontos de vista dos diversos personagens nele envolvidos – confere a esses acontecimentos toda a sua dimensão verdadeiramente humana. Ao retratar a guerra, Tolstói pretendeu mostrá-la na expressão mais vasta dos seus efeitos, com toda a dor e o sofrimento que ela acarreta – e não como um mero joguete de alguns poucos que se julgam donos dos destinos dos povos. Tag's: Guerra e paz, guerras napoleônicas, romance russo, Tolstói Rosângela Chaves em Miradas Jornalista e professora | Publicado em 10 de março de 2022 _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ----------- --------------- Waack: Banco Central diz a Lula que não desce juros na marra | WW CNN Brasil --------------- quinta-feira, 20 de junho de 2024 William Waack - Os juros sou eu O Estado de S. Paulo Sem controlar o imbróglio político, Lula perde autoridade No discurso na posse da nova presidente da Petrobras e na entrevista que deu para emparedar o Banco Central o presidente Lula se apresentou como uma espécie de Luís XIV (aquele rei francês de “o Estado sou eu”) da economia brasileira. Depois da decisão unânime do BC em manter inalterada a taxa Selic, Lula ficou sendo “os juros sou eu”. O monarca francês de fato mandava, mas Lula ainda não encontrou a rota para superar dois conhecidos problemas que o tornam impotente. Um deles é a alteração da relação de forças entre Legislativo e Executivo. O outro é o peso da questão das contas públicas. Ambos estão intimamente ligados. O chefe do Executivo no Brasil perdeu parte relevante da capacidade de alocar recursos via Orçamento. Tornado ainda mais engessado por medidas que o atual governo adotou para lidar com a questão das contas públicas. É bastante óbvio que o Congresso e o presidente têm visões distintas sobre como equilibrar as contas. Não importa se os motivos são republicanos, ou apenas visam à manutenção de interesses bem organizados, o Congresso está longe de assumir o combate às distorções tributárias que sucessivos governos (e os parlamentares) instituíram de mãos dadas. Nem está disposto a apoiar o governo no esforço de promover uma política fiscal apoiada sobretudo no aumento da receita. A contrário, impôs ao Executivo uma acachapante derrota na questão de compensação de desonerações. A percepção de milhares de agentes econômicos, que se reflete no preço de ativos (como o dólar), é a de que os problemas de fundo não estão sendo atacados pelo sistema político em geral, e pelo presidente da República em particular. Ele demonstra um voluntarismo no trato de temas cruciais (como as contas públicas) típico de um Rei Sol, mas sem força para resolvêlos e, como demonstram Congresso e Banco Central, a necessária autoridade política. Mas o que acontecerá quando ele tiver nomeado o próximo presidente do BC e a maioria dos diretores que tomam decisões sobre taxa de juros? Sem que a questão fiscal surja como “resolvida” (sobretudo em termos de projeção da dívida pública) o que sobra é a manifestada intenção de interferir por decreto na taxa de juros. Da última vez em que se tentou isso as consequências foram desastrosas. Política fiscal expansionista, como Lula gosta, distorções tributárias e orçamentárias, com as quais não consegue lidar, e ser minoria que se comporta como se fosse maioria no Congresso resultam num contexto no qual milhares de agentes econômicos antecipam riscos e incertezas. Os juros altos refletem em boa parte essas expectativas, que os discursos de Lula não estão revertendo. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- Negros na Rua Direita, no Rio de Janeiro. A agitação das camadas desfavorecidas era temida pelo Partido Brasileiro. Nanquim, aquarela e guache sobre papel (22,7 x 34,4 cm) de Paul Harro-Harring, c. 1840. Uso amparado pela Lei 9610/98, Instituto Moreira Salles ---------- O perigo externo da recolonização uniu intensamente as forças políticas divergentes: democratas, aristocratas e absolutistas. Os membros do Partido Brasileiro mostravam-se cautelosos em relação à ideia de separação. Divididos entre si, procuravam contemporizar suas diferenças ante o inimigo comum: o Partido Português. Uniam-se, também, porque temiam a agitação das massas, da plebe vista na época como a canalha que se compunha geralmente de mulatos e negros. Além disso, tinham medo de que a separação provocasse um rompimento mais radical, transferindo a liderança do processo para outras forças políticas e sociais, como ocorrera no Haiti. Havia, ainda, o receio de que, ao libertar-se de Portugal, o Brasil se fragmentasse, a exemplo do que já ocorrera na América espanhola. D. Pedro: imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ UFBA: do século XIX ao século XXI Organizador(a): Lídia Maria Batista Brandão Toutain, Rubens Ribeiro Gonçalves da Silva -------------- DO SÉCULO XIX AO SÉCULO XXI O PÊNCULO I DESLOCA-SE DO CENTRO PARA O EXTREMO DOS X -----------
-------------- Ilustração de um pêndulo simples sendo usado em um experimento sobre movimento harmônico simples em uma questão da Unifesp. --------- Questão 4 (Unifesp - Adaptada) Um estudante faz o estudo experimental de um movimento harmônico simples (MHS) com um cronômetro e um pêndulo simples como o da figura, adotando o referencial nela representado. Ele desloca o pêndulo para a posição +A e o abandona quando cronometra o instante t = 0. Na vigésima passagem do pêndulo por essa posição, o cronômetro marca t = 30 s. Determine o período (T) e a frequência (f) do movimento desse pêndulo. -------------
----------- CURTA SAIA JUSTA POSTA POR FAUSTO AOS 47 DO TEMPO REGULAMENTAR DO JARNAL DA CULTURA FAIR PLAY DE PONDÉ QUE PODE MUITO MAS NÃO PODE TUDO FLEUMA E CORDILIDADE DO ESTILISTA -----------
----------- Nova CLT Atualizada 2021: O que mudou com a Reforma Trabalhista? ------------ Regulamentação do Home office (trabalho remoto) na nova CLT Com a Lei 13.467/17, ou seja, a Reforma Trabalhista, o trabalho remoto passou a ter apoio jurídico. Muito difundido no mercado de trabalho em 2020, o home office continua sendo uma tendência para o futuro. Por isso, foi de grande relevância a definição de diretrizes para esse tipo de contrato. Nesse sentido, as novas regras trabalhistas afirmam que todas as atividades da função que será exercida deverão estar especificadas no contrato de trabalho, assim como formas de avaliação de produtividade e responsabilidade sobre equipamentos e materiais necessários. Um outro ponto importante é que trabalho remoto e trabalho externo são coisas diferentes. Trabalho externo configura manutenção, trabalho de campo, entre outros. Já o trabalho remoto, agora respaldado pela CLT, diz respeito a uma atividade que não precisa necessariamente acontecer dentro das dependências da empresa, em geral funções que podem ser realizadas de qualquer lugar, desde que haja um computador e rede de internet. -----------
------------ Conceito de ‘lazy job’ surge no mercado, especialmente entre a geração Z Criado por influenciadora americana e associado à geração Z, movimento traduzido como ‘trabalho preguiçoso’ valoriza a boa remuneração e flexibilidade de horário ----------- "LAZY JOB" É DIFUNDIDO NA GERAÇÃO Z ...É MAIS LAZY MESMO. ...NÃO POSSO FALAR NADA? RAPIDAMENTE. ELE QUER UM LAZY JOB PARA ELE. QUAL É O SEU LAZY JOB? É QUE A PALAVRA 'LAZY' É RUIM, MAS EU ACHO QUE A FLEXIBILIDADE QUE PERMITE COMPATIBILIZAR A VIDA PESSOAL COM O TRABALHO É IMPORTANTE, DO PONTO DE VISTA DO BEM-ESTAR GERAL, DAS PESSOAS E DAS FAMÍLIAS. E SE TORNOU MAIS EXEQUÍVEL COM AS NOVAS TECNOLOGIAS. E ACHO QUE ISSO VEIO PARA MUDAR. E É UMA MUDANÇA POSITIVA. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
--------------- Liderados por Gonçalves Ledo, os democratas concederam ao então príncipe D. Pedro o título de Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil. Gravura em água-forte e buril (33,2 x 21 cm) de Charles Simon Pradier. Domínio público, Biblioteca Nacional Digital D. Pedro: imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil ------------ "FALLA. Augustos e dignissimos senhores representantes da nação. – Dirigindo-me pela primeira vez á assembléa geral depois de meu regresso á nossa patria, cumpro o grato dever de manifestar o meu profundo reconhecimento a todos os povos, que visitei, pelas constantes provas de consideração e apreço que me deram e ás populações das provincias, por onde passei e desta capital pelas cordiaes demonstrações de estima, com que me acolheram. A ordem publica tem-se mantido inalterada, graças á indole do nosso povo e á sua adhesão ás instituições que nos regem. Com o vosso concurso e auxiliado pela caridade particular, o governo tem sido solicito em acudir ás provincias do norte do Imperio, victimas desde algum tempo do terrivel flagello da secca; e não se descuidará dos meios de prevenir, quanto fôr possivel, no futuro os effeitos de tamanha calamidade. 152 Annaes do Senado Correspondem ao vosso patriotismo as medidas que votastes para o equilibrio da receita e despeza publica. As relações do Imperio com as potencias estrangeiras continuam no estado mais lisonjeiro e nada autoriza a receiar que sejam perturbadas. Na capital do Chile foram ultimamente trocadas as ratificações da convenção postal celebrada entre o governo do Imperio e o daquella Republica, em 26 de Maio de 1876. Por decreto do 1º do corrente mez de Outubro foram promulgados os actos diplomaticos, motivados pela accessão do Brasil á convenção telegraphica internacional, celebrada em S. Petersburgo a 22 de Julho de 1875. Augustos e dignissimos Srs. representantes da nação. Tornando ás vossas provincias, estou certo de que proseguireis no empenho de firmar cada vez mais no animo de nossos concidadãos a convicção de que a felicidade e grandeza do Brasil dependem da fiel observancia da constituição e das leis. Está encerrada a sessão. D. PEDRO II, IMPERADOR CONSTITUCIONAL E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL. Terminado este acto, retiraram-se Suas Magestades com o mesmo ceremonial com que foram recebidas, e immediatamente o Sr. presidente levantou a sessão. " COM MANIFESTAÇÕES SEMELHANTES FEITAS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA SUA VOLTA DE VIAGEM INTERNACIONAL E MEDIDAS ADOTAS POR SSEU GOVERNO PARA ENFRENTAR A ENCHENTE QUE INUNDOU O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, EM MAIO DE 2024; https://www.senado.leg.br/publicacoes/anais/pdf/Anais_Imperio/1877/1877%20Livro%209.pdf _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
---------- Putin e Kim Jong-un: o que está por trás da aliança entre Rússia e Coreia do Norte - BBC News Brasil --------- O texto revisado e corrigido é o seguinte: "KIM, DA COREIA, E PUTIN, DA RÚSSIA, DESPEDIRAM-SE JÁ COM SAUDADES." FRASE DE CORRESPONDENTE DA REDE GLOBO EM COBERTURA DE VISITA DE PUTIN À COREIA DO NORTE, APÓS ASSINATURAS DE ACORDOS BILATERAIS ENTRE OS DOIS PAÍSES. PUTIN TERIA PRESENTEADO KIM COM UM SUPOSTO CARRO DE LUXO, TENDO, INCLUSIVE, CONDUZIDO O DIRIGENTE DA COREIA DO NORTE NUM GESTO DE MARKETING, RELAÇÕES PÚBLICAS, BAJULAÇÃO, OPORTUNISMO OU MERA PROVOCAÇÃO AO OCIDENTE. EM ESTATURA LITERAL, KIM APARECEU NAS CÂMERAS DO MUNDO COMO UM GIGANTE, COMPARADO AO PAR QUE ENCOLHEU AINDA MAIS. Aqui está o texto reescrito de forma mais precisa, crítica e diplomaticamente correta: "KIM JONG-UN, LÍDER DA COREIA DO NORTE, E VLADIMIR PUTIN, PRESIDENTE DA RÚSSIA, DESPEDIRAM-SE AMIGAVELMENTE APÓS A VISITA DE PUTIN AO PAÍS ASIÁTICO. O ENCONTRO, QUE RESULTOU NA ASSINATURA DE VÁRIOS ACORDOS BILATERAIS, FOI MARCADO POR UM GESTO SIMBÓLICO: PUTIN PRESENTEOU KIM COM UM CARRO DE LUXO E CHEGOU A DIRIGIR PARA O LÍDER NORTE-COREANO, NUMA AÇÃO VISTA COMO MARKETING, RELAÇÕES PÚBLICAS, E POSSIVELMENTE UMA PROVOCAÇÃO AO OCIDENTE. NAS IMAGENS DIVULGADAS, KIM APARECEU COMO UM FIGURÃO AO LADO DE PUTIN, QUE PARECIA MAIS BAIXO EM COMPARAÇÃO." ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ -----------
----------- "Impactos da Aliança Putin-Kim para a Diplomacia Mundial e a Paz Global" A recente visita de Vladimir Putin à Coreia do Norte e a subsequente troca de presentes e gestos simbólicos com Kim Jong-un têm várias implicações no contexto diplomático global. Vamos analisar os possíveis impactos e consequências para a paz mundial: 1. Fortalecimento de Alianças Autoritárias O encontro entre Putin e Kim Jong-un sinaliza um fortalecimento das relações entre a Rússia e a Coreia do Norte. Esta aliança pode preocupar o Ocidente, especialmente porque ambos os países enfrentam sanções e isolamento internacional devido a suas políticas e ações agressivas. 2. Provocação ao Ocidente Os gestos públicos, como Putin presenteando Kim com um carro de luxo e conduzindo-o pessoalmente, podem ser interpretados como uma provocação ao Ocidente. Este tipo de ação simbólica pode ser visto como uma forma de desafiar a hegemonia ocidental e demonstrar que países sancionados ainda podem encontrar aliados poderosos. 3. Impacto nas Negociações de Desarmamento A aproximação entre Rússia e Coreia do Norte pode complicar as negociações internacionais de desarmamento, especialmente no que se refere ao programa nuclear norte-coreano. A Rússia, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, tem poder de veto, o que pode ser usado para proteger a Coreia do Norte de novas sanções ou pressões internacionais. 4. Aumento da Instabilidade Regional O fortalecimento dos laços entre Rússia e Coreia do Norte pode aumentar a instabilidade na região da Ásia-Pacífico. Países como Coreia do Sul e Japão podem sentir-se ameaçados e pressionar por maior presença militar dos EUA na região, escalando tensões e aumentando o risco de conflitos. 5. Reação dos Estados Unidos e da União Europeia Os EUA e a UE podem responder a esta aliança com sanções adicionais ou outras medidas diplomáticas. Isto poderia incluir maior apoio a aliados regionais, reforço das defesas no Pacífico e intensificação das pressões sobre Moscou e Pyongyang. 6. Implicações Econômicas A cooperação entre Rússia e Coreia do Norte pode ter implicações econômicas, especialmente se envolver troca de recursos como petróleo, gás e tecnologia militar. Isso pode minar os esforços internacionais para isolar economicamente a Coreia do Norte. 7. Impacto na Paz Mundial Embora a aliança entre Rússia e Coreia do Norte não seja uma ameaça direta à paz mundial, ela contribui para um ambiente de crescente polarização e desconfiança. A criação de blocos opostos e a intensificação das rivalidades geopolíticas podem aumentar o risco de confrontos indiretos e dificultar a cooperação global em questões críticas como mudanças climáticas e pandemias. Conclusão A visita de Putin à Coreia do Norte e os gestos simbólicos trocados com Kim Jong-un são mais do que simples atos de cordialidade; eles são carregados de significados diplomáticos e estratégicos. Se não forem geridos com cautela, esses desenvolvimentos podem contribuir para uma maior instabilidade regional e global, dificultando os esforços para manter a paz e a segurança internacionais. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ -------------
---------- Por que aliança fortalecida entre Putin e Kim Jong-un preocupa tanto os EUA Ocidente teme que russos possam estar comprando armas norte-coreanas para lutar na Ucrânia — o que violaria resolução do Conselho de Segurança da ONU. Por BBC 19/06/2024 02h00 Atualizado há 18 horas Presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi recepcionado pelo líder norte-coreano Kim Jong-un, em Pyongyang em 18 de junho de 2024. — Foto: KCNA via REUTERS Presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi recepcionado pelo líder norte-coreano Kim Jong-un, em Pyongyang em 18 de junho de 2024. — Foto: KCNA via REUTERS A visita oficial do presidente russo Vladimir Putin à Coreia do Norte está sendo acompanhada com bastante atenção pela comunidade internacional, sobretudo pelos Estados Unidos. Há anos, autoridades americanas vêm tentando isolar a Coreia do Norte com sanções internacionais, devido ao programa de armas nucleares do país. E desde 2022, a Rússia vem sendo alvo de esforços semelhantes, por causa da invasão da Ucrânia. Agora autoridades americanas temem a aproximação estratégica entre os dois países. Um deles é a cooperação militar — teme-se que a Rússia possa estar comprando armamentos da Coreia do Norte, que possui uma indústria bélica. Por causa das sanções americanas, a Coreia do Norte não consegue vender muitas das suas armas a outros países. Já há indícios de armamentos norte-coreanos sendo usados na guerra na Ucrânia. Com a Rússia como compradora, a Coreia do Norte estaria se fortalecendo economicamente. Mais do que isso, na visão dos americanos existe um risco para o sistema internacional. Caso haja compra de armas, a Rússia estaria violando resoluções que ela própria aprovou no Conselho de Segurança da ONU, proibindo negociações desse tipo com os norte-coreanos. Os EUA têm alertado sobre um possível acordo de armas entre os dois países há algum tempo. Tanto Coreia do Norte como Rússia negam que haja compra de armas — apesar de evidências apresentadas por especialistas bélicos de presença de armas norte-coreanas na Ucrânia. Outra preocupação dos americanos — e em especial da Coreia do Sul, maior rival de Pyongyang — é sobre o que os norte-coreanos receberiam em retorno por sua cooperação com os russos. Há sinais de que a Rússia estaria enviando petróleo e alimentos para a Coreia do Norte. No entanto, o temor maior do Ocidente é que os russos ajudem os norte-coreanos no desenvolvimento dos seus programas militares e nucleares. Por que aliança entre Rússia e Coreia do Norte interessa a Putin e Kim Jong-un? Putin viaja à Coreia do Norte, pela primeira vez, em 24 anos Aproximação estratégica A aproximação entre Coreia do Norte e Rússia faz bastante sentido do ponto de vista estratégico. Moscou precisa de armas — especificamente munições e cartuchos de artilharia — para a guerra na Ucrânia. E Pyongyang tem ambas em abundância. Por outro lado, a Coreia do Norte, vítima de sanções, precisa desesperadamente de dinheiro e comida. Depois do fracasso das negociações com os Estados Unidos em 2019, o país está mais isolado do que nunca. Isso abre caminho para ligações estreitas entre Pyongyang e Moscou — e preocupa os Estados Unidos. Com a Rússia sob pressão para obter armas norte-coreanas, Kim Jong-un pode cobrar um preço elevado. Para americanos e sul-coreanos, o pedido mais preocupante que Kim pode fazer é por tecnologia russa ou know how de armas avançadas, que ajudem no seu programa de armas nucleares. A Coreia do Norte ainda está tendo dificuldades para desenvolver armas estratégicas essenciais, principalmente um satélite espião e um submarino com armas nucleares. Mas as autoridades na Coreia do Sul acreditam que a cooperação com a Rússia neste nível seria improvável, pois pode acabar por ser estrategicamente perigosa para Moscou. Yang Uk, pesquisador do Instituto Asiático de Estudos Políticos, observa que mesmo que a Rússia não venda armas à Coreia do Norte em troca, ainda poderá financiar o seu programa nuclear. "Se a Rússia pagar em petróleo e alimentos, poderá reativar a economia da Coreia do Norte, o que, por sua vez, poderá também fortalecer o sistema de armas da Coreia do Norte. É uma fonte extra de recursos que eles não tinham", disse Yang Uk à BBC em setembro do ano passado, quando Putin e Kim se encontraram na Rússia. "Durante 15 anos construímos uma rede de sanções contra a Coreia do Norte, para impedi-la de desenvolver e comercializar armas de destruição em massa. Agora a Rússia, um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, poderia causar o colapso de todo este sistema", afirmou Yang Uk. À medida que as sanções foram aumentando, a Coreia do Norte foi ficando cada vez mais dependente da China. No ano passado, Pequim recusou-se a punir a Coreia do Norte, em votação no Conselho de Segurança da ONU, pelos seus testes de armas de médio e longo alcance. Isso permitiu que a Coreia do Norte desenvolvesse o seu arsenal nuclear sem consequências graves. A Coreia do Norte proporciona a Pequim um distanciamento entre a China e as forças dos EUA estacionadas na Coreia do Sul, o que significa que vale a pena manter Pyongyang como aliado. Mas Pyongyang sempre se sentiu desconfortável por depender demais apenas da China. Com a Rússia em busca de aliados, isso dá a Kim a oportunidade de diversificar a sua rede de apoio. E com a Rússia tão desesperada, o líder norte-coreano pode sentir que consegue obter concessões ainda maiores de Moscou do que de Pequim. Armas norte-coreanas na Ucrânia Apesar de toda a conversa recente sobre a preparação de Kim Jong-un para iniciar uma guerra nuclear, a ameaça mais imediata é a capacidade da Coreia do Norte de alimentar as guerras existentes e a instabilidade global. Este ano, especialistas em balística detectaram pela primeira vez armas norte-coreanas sendo usadas na guerra na Ucrânia. Militares ucranianos afirmam que dezenas de mísseis norte-coreanos foram disparados pela Rússia contra o seu território, matando pelo menos 24 pessoas e ferindo mais de 70. “Nunca pensei que veria mísseis balísticos norte-coreanos serem usados ​​para matar pessoas em solo europeu”, disse Joseph Byrne, especialista em Coreia do Norte do think tank britânico de defesa Royal United Services Institute (RUSI). Ele e a sua equipe têm monitorado o envio de armas norte-coreanas para a Rússia desde a reunião entre Kim e Putin, em Moscou em setembro do ano passado. Usando imagens de satélite, eles conseguiram observar quatro navios de carga russos viajando de um lado para outro entre a Coreia do Norte e um porto militar russo, carregados com centenas de contêineres. No total, a RUSI estima que tenham sido enviados 7 mil contêineres com mais de um milhão de munições e foguetes — que podem ser disparados de caminhões em grandes rajadas. As suas avaliações são apoiadas por informações dos EUA, Reino Unido e Coreia do Sul. Rússia e Coreia do Norte negam que estejam comercializando armas. "Esses projéteis e foguetes são alguns dos itens mais procurados no mundo hoje e estão permitindo que a Rússia continue atacando cidades ucranianas em um momento em que os EUA e a Europa hesitam em contribuir com armas [para a Ucrânia]", diz Byrne. O uso de mísseis balísticos no campo de batalha é o que mais preocupa Byrne e os seus colegas, pelo que revelam sobre o programa de armas da Coreia do Norte. Desde a década de 1980, a Coreia do Norte tem vendido as suas armas no exterior, principalmente a países do Norte de África e do Oriente Médio, incluindo a Líbia, a Síria e o Irã. Eles tendem a ser mísseis antigos, de estilo soviético, de baixa qualidade. Há evidências de que os combatentes do Hamas provavelmente usaram algumas das antigas granadas lançadas por foguetes, fabricados por Pyongyang, no seu ataque a Israel em 7 de outubro passado. Mas um míssil disparado no dia 2 de janeiro pela Rússia na Ucrânia que foi desmanchado por especialistas era diferente das armas norte-coreanas normalmente encontradas pelo mundo. Aparentemente se tratava de um míssil de curto alcance mais sofisticado de Pyongyang - o Hwasong 11 - capaz de viajar até 700 km. Embora os ucranianos tenham minimizado a sua precisão, Jeffrey Lewis, especialista em armas norte-coreanas e não-proliferação no Instituto Middlebury de Estudos Internacionais, diz que elas não são muito inferiores aos mísseis russos. A vantagem destes mísseis é que são extremamente baratos, diz Lewis. E aparentemente os russos estão se aproveitando disso para usá-los em grande escala. Isto levanta então a questão de quantos destes mísseis os norte-coreanos podem produzir. O governo sul-coreano observou recentemente que a Coreia do Norte enviou 6,7 mil contêineres de munições para a Rússia — o que indica que as fábricas de armas de Pyongyang estão funcionando a todo vapor. Sanções do Ocidente sob ameaça Ao comprar as armas de Pyongyang, Moscou estaria violando as mesmas sanções que votou como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. No início deste ano, a Rússia usou seu voto para encerrar um painel da ONU que monitorava as violações das sanções impostas pelo Ocidente contra a Coreia do Norte. “Estamos testemunhando o desmoronamento em tempo real das sanções da ONU contra a Coreia do Norte, o que dá a Pyongyang muito espaço para respirar”, diz Byrne. Tudo isto tem implicações que vão muito além da guerra na Ucrânia. “Os verdadeiros vencedores aqui são os norte-coreanos”, disse Byrne. “Eles ajudaram os russos de uma forma significativa e isso lhes trouxe muitas vantagens”. Em março, a RUSI documentou grandes quantidades de petróleo sendo enviadas da Rússia para a Coreia do Norte, além de vagões cheios do que se acredita ser arroz e farinha atravessando a fronteira terrestre entre os países. Este acordo, estimado em centenas de milhões de dólares, impulsiona não só a economia de Pyongyang, mas também o seu exército. A Rússia também poderia fornecer à Coreia do Norte as matérias-primas para continuar fabricando os seus mísseis, ou mesmo equipamento militar, como aviões de combate, e até mesmo a assistência técnica para melhorar as suas armas nucleares. Além disso, o Norte está tendo a oportunidade de testar pela primeira vez os seus mais recentes mísseis em um cenário de guerra real. Com esses dados, será possível melhorá-los. COREIA DO NORTE COREIA DO SUL ESTADOS UNIDOS KIM JONG-UN RÚSSIA UCRÂNIA VLADIMIR PUTIN" ChatGPT Por que a Aliança Fortalecida entre Putin e Kim Jong-un Preocupa os EUA? Ocidente teme que russos possam estar comprando armas norte-coreanas para lutar na Ucrânia — o que violaria resolução do Conselho de Segurança da ONU. Por BBC 19/06/2024 02h00 Atualizado há 18 horas A visita oficial do presidente russo Vladimir Putin à Coreia do Norte está sendo acompanhada com bastante atenção pela comunidade internacional, sobretudo pelos Estados Unidos. Há anos, autoridades americanas vêm tentando isolar a Coreia do Norte com sanções internacionais devido ao programa de armas nucleares do país. Desde 2022, a Rússia também enfrenta sanções devido à invasão da Ucrânia. Agora, autoridades americanas temem a aproximação estratégica entre os dois países. Principais Preocupações dos EUA Cooperação Militar Há suspeitas de que a Rússia esteja comprando armamentos da Coreia do Norte, que possui uma indústria bélica significativa. Evidências indicam a utilização de armamentos norte-coreanos na guerra na Ucrânia, fortalecendo economicamente a Coreia do Norte. Violação de Resoluções da ONU A compra de armas pela Rússia da Coreia do Norte violaria resoluções do Conselho de Segurança da ONU, do qual a Rússia é membro permanente. Apoio ao Desenvolvimento Militar e Nuclear Existe o temor de que a Rússia possa ajudar a Coreia do Norte a desenvolver seus programas militares e nucleares, aumentando a instabilidade global. Impacto Econômico O envio de petróleo e alimentos da Rússia para a Coreia do Norte pode reativar a economia norte-coreana, fortalecendo ainda mais seu sistema de armas. Aproximação Estratégica A aliança entre Coreia do Norte e Rússia faz sentido do ponto de vista estratégico: Para Moscou: Necessidade de munições e cartuchos de artilharia para a guerra na Ucrânia. Para Pyongyang: Necessidade de dinheiro e alimentos, especialmente após o fracasso das negociações com os EUA em 2019. Consequências para a Paz Mundial Desestabilização do Sistema Internacional A cooperação entre Rússia e Coreia do Norte desafia o sistema de sanções internacionais e pode levar ao colapso das sanções da ONU contra Pyongyang. Ameaça de Proliferação Nuclear A possível transferência de tecnologia militar avançada da Rússia para a Coreia do Norte representa uma séria ameaça para a segurança global. Escalada de Conflitos A utilização de armas norte-coreanas na Ucrânia e o fortalecimento militar da Coreia do Norte podem aumentar as tensões regionais, especialmente com a Coreia do Sul. Considerações Finais A aliança entre Putin e Kim Jong-un, com a possibilidade de transferências de armas e tecnologia, tem potencial para exacerbar conflitos e desestabilizar ainda mais a ordem mundial. As implicações vão além da guerra na Ucrânia, impactando diretamente a segurança global e a eficácia das sanções internacionais. Categoria: Notícias Internacionais ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------ Jornal da Cultura | 19/06/2024 Jornalismo TV Cultura Transmissão ao vivo realizada há 12 horas #JornaldaCultura #JC No Jornal da Cultura desta quarta-feira (19) você vai ver: Copom mantém a taxa SELIC em 10,5% ao ano, apesar das críticas de Lula; Magda Chambriard toma posse como nova presidente da Petrobras; deputados federais estruturam novo texto para anistia de dívidas dos partidos; gastos da previdência militar crescem 84,6% em 10 anos; acordo entre Rússia e Coreia do Norte prevê proteção mútua em caso de ataques. Para comentar essas e outras notícias, Karyn Bravo recebe o cientista político Sérgio Fausto, diretor executivo da Fundação FHC, e o filósofo Luiz Felipe Pondé, diretor do laboratório de política, comportamento e mídias da PUC. #JornaldaCultura #JC ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------- Demonstração do Teorema de Pitágoras em animação pelo programa geogebra. CQD-Como Queríamos Demonstrar DEMONSTRAR COM RIGOR MATEMÁTICO, INICIALMENTE, O FAMOSO TEOREMA DE PITÁGORAS PARA TRIÂNGULOS RETÂNGULOS, PARTINDO DE TRIÂNGULOS EM QUE A SOMA DE DOIS LADOS É SEMPRE MAIOR QUE O TERCEIRO LADO DO TRIÂNGULO E A DIFERENÇA ENTRE OS COMPRIMENTOS DE DOIS LADOS DESSE MESMO TRIÂNGULO É SEMPRE MENOR QUE O TERCEIRO LADO DO TRIÂNGULO EXCLUÍDO, NESTE CASO. ASSIM, O VALOR DO ÂNGULOS ENTRE DOIS LADOS DE UM TRIÂNGULO É CRUCIAL PARA NO LIMITES ANALISAR O CASO ESPECÍFICO DE UM TRIÂNGULO PARTICULARÍSSIMO, OU SEJA, AQUELE EM QUE ESSE ÂNGULO TENDE PARA NOVENTA GRAUS. DETERMINAR, PORTANTO A RELAÇÃO ENTRE A HIPOTENUSA E OS DOIS CATETOS RESTANTES QUE FORMAM O CHAMADO TRIÂNGULO RETÂNGULO. ChatGPT Para demonstrar rigorosamente o Teorema de Pitágoras, vamos utilizar uma abordagem geométrica clássica. O Teorema de Pitágoras afirma que, em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Vamos partir das propriedades gerais dos triângulos e, em seguida, analisar o caso específico de um triângulo retângulo. 1. Propriedades Gerais dos Triângulos Considerando um triângulo com lados 𝑎 a, 𝑏 b e 𝑐 c, sabemos que as seguintes desigualdades são sempre verdadeiras: 𝑎 + 𝑏 > 𝑐 a+b>c 𝑎 + 𝑐 > 𝑏 a+c>b 𝑏 + 𝑐 > 𝑎 b+c>a ∣ 𝑎 − 𝑏 ∣ < 𝑐 ∣a−b∣ =============== A demonstração do Teorema de Pitágoras(via experimento) IVEPESP ------------- Intuição Geométrica Este método de re-arranjar os quadrados e os triângulos dentro de um grande quadrado mostra visualmente como a soma das áreas dos quadrados dos catetos é igual à área do quadrado da hipotenusa. Esse rearranjo é algo que pode ser visualizado e compreendido intuitivamente sem a necessidade de fórmulas complexas, tornando a demonstração mais acessível. BASEANDO-SE NESSAS DUAS POSSIBILIDADES, APRESENTAR UM APÓLOGO ENTRE UM SÁBIO E UM CONSELHEIRO FAJUTO SOBRE O TEMA. NUMA PRIMEIRA VERSÃO O SÁBIO USANDO SEUS CONHECIMENTOS SUPERA O CONSELHEIRO FAJUTO. NUMA SEGUNDA VERSÃO O CONSELHEIRO FAJUTO JULGA SUPERAR O SÁBIO, MAS AO FINAL, PELAS CONSEQUÊNCIAS DE SUA DESONESTIDADE INTELECTUAL LEVA O REINO DE SEU SENHOR ÀS BRECAS. NUMA TERCEIRA VERSÃO, QUE PODERIA SER A MORAL DA HISTÓRIA, EM RESUMO, O SOBERNAO DO REINO OPTA POR OUVIR O SÁBIO E CONFIRMAR COM TODOS OS SEUS SÚDITOS A PREVISÃO DO SÁBIO, E SÓ DEPOIS, DEPOIS DESSES ESCRUTÍNIOS, OUVIR SEU COSNELHERIO REAL, ANTES DE , PROVADO SUA FAJUTICE, REDUZI-LO A MERO ARAUTO REAL OU, NA PIOR HIPÓTESE PARA O CONSELHEIRO FAJUTO, VIRAR PORTEIRO DE CEMITÉRIO. ChatGPT Apólogo: O Sábio e o Conselheiro Fajuto Primeira Versão: O Sábio Supera o Conselheiro Fajuto Era uma vez, em um reino distante, um soberano que precisava resolver um dilema matemático crucial para a construção de um novo templo. Ele tinha dois conselheiros: um sábio, conhecido por sua vasta sabedoria e compreensão das leis da geometria, e um conselheiro fajuto, que se vangloriava de seus conhecimentos, mas cuja competência era questionável. O problema era determinar a relação entre os lados de um triângulo retângulo para garantir a estabilidade da estrutura. O sábio, com calma, usou dois métodos para demonstrar o Teorema de Pitágoras. Primeiro, ele explicou a relação usando a Lei dos Cossenos, simplificando-a para o caso específico de um triângulo retângulo. Depois, apresentou uma abordagem visual com quadrados sobre os lados do triângulo, demonstrando que a soma das áreas dos quadrados dos catetos é igual à área do quadrado da hipotenusa. O conselheiro fajuto, por outro lado, tentou impressionar o soberano com termos complicados e explicações confusas, sem nunca realmente resolver o problema. No final, a clareza e a lógica do sábio prevaleceram. O soberano, impressionado pela simplicidade e precisão do sábio, decidiu seguir seu conselho, garantindo a segurança do novo templo e reforçando a confiança do reino na sabedoria verdadeira. Segunda Versão: O Conselheiro Fajuto Prejudica o Reino Em outra versão desta história, o conselheiro fajuto julgou-se superior ao sábio, convencendo o soberano a seguir suas falsas explicações. Ele misturou termos técnicos com promessas vazias, confundindo todos com sua retórica enganosa. O soberano, seduzido pelo brilho superficial do conselheiro fajuto, ignorou o sábio. Confiando cegamente no conselheiro fajuto, iniciou a construção do templo segundo seus conselhos. Contudo, a estrutura, baseada em cálculos errados, começou a desmoronar pouco depois de sua inauguração. A catástrofe foi imensa. O reino sofreu perdas significativas, e a confiança no soberano foi abalada. Os súditos, percebendo o erro, exigiram justiça. O conselheiro fajuto, desmascarado, foi destituído de sua posição. O sábio, por sua vez, foi chamado de volta para restaurar a ordem e ajudar na reconstrução, trazendo novamente estabilidade ao reino. Terceira Versão: A Moral da História Numa terceira versão, o soberano, mais prudente, decidiu ouvir ambos os conselheiros, mas com um passo adicional: ele permitiria que os súditos verificassem as previsões e demonstrações apresentadas. O sábio, com seu método claro e transparente, foi capaz de demonstrar o Teorema de Pitágoras de forma que todos pudessem entender e verificar. Os súditos, com suas próprias mãos, puderam visualizar e confirmar a precisão das demonstrações do sábio. O conselheiro fajuto, sem ter como defender suas explicações complicadas e sem fundamento, viu suas falácias expostas diante de todos. O soberano, vendo a verdade, destituiu o conselheiro fajuto de suas responsabilidades. O conselheiro fajuto foi relegado ao papel de arauto real, e em alguns casos, como uma lição mais severa, tornou-se o porteiro do cemitério, longe de decisões que poderiam afetar o reino. O soberano, a partir desse dia, optou sempre por escrutinar os conselhos recebidos, confirmando com a sabedoria coletiva dos súditos antes de tomar decisões importantes. Assim, o reino prosperou, baseado na verdade e na sabedoria comprovada, e a moral da história foi estabelecida: a sabedoria verdadeira e verificável sempre triunfa sobre a falsidade e o engano. Moral da História A história nos ensina que a verdadeira sabedoria é transparente e verificável, enquanto a falsidade e a arrogância, por mais atraentes que possam parecer inicialmente, levam à ruína. Um líder sábio ouve e confirma, permitindo que a verdade prevaleça para o bem de todos. APRESENTAR UMA ÚLTIMA VERSÃO PARA O CASO, NUMA MESCLA DOS ESTILOS CÉTICOS, RESLISTAS E BEM HUORADOS DOS ESTILO DE MACHADO DE ASSIS EM SEUS APÓLOGOS E DE MILLÔR FERNANDES EM SUA TRAJETÓRIA DE ESCRITOR, TRADUTOR, TEATRÓLOGO, CARICATISTA E CRONISTAS DAS ALMAS HUMANAS. ChatGPT Apólogo: O Sábio, o Conselheiro Fajuto e o Soberano Prudente Era uma vez, num reino tão tão distante que até o tempo tinha preguiça de passar, vivia um soberano curioso e um tanto desconfiado. Seu reino prosperava, mas ele sabia que a prosperidade não se sustentava em retórica vazia. Entre seus conselheiros estavam um sábio meticuloso e um conselheiro fajuto, que mais parecia um vendedor de óleo de cobra em dias de feira. Primeira Parte: O Sábio e o Conselheiro Fajuto O soberano, precisando de uma nova ponte que ligasse as duas partes do reino, convocou ambos os conselheiros para resolver um problema geométrico crucial. O sábio, com seu jeito tranquilo e olhar que parecia perfurar as almas, apresentou uma explicação clara e didática sobre o Teorema de Pitágoras. — Vossa Majestade, a questão é simples como um sorriso sincero. Num triângulo retângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Podemos verificar isso visualmente, construindo quadrados sobre os lados do triângulo — disse o sábio, desenhando no chão com um graveto. Enquanto isso, o conselheiro fajuto, com seu bigode torto e palavras cheias de firulas, começou a falar de coisas que nem ele entendia bem. — Majestade, veja bem, o ângulo cosseno e a hipotenusa inversa de uma tangente complexa são a chave para o problema — dizia, gesticulando como se estivesse espantando moscas invisíveis. O soberano, que não era bobo nem nada, sorriu de canto de boca. Sabia que quando o discurso é muito rebuscado, a verdade geralmente está fugindo pela porta dos fundos. Segunda Parte: O Reino em Perigo — Vamos seguir o conselho do sábio, mas também quero ver a abordagem do nosso conselheiro fajuto. Afinal, é sempre bom ouvir ambos os lados — disse o soberano, piscando para o sábio. E assim fizeram. A ponte foi construída conforme os cálculos do sábio, mas o conselheiro fajuto insistiu em construir uma pequena passagem adicional usando seus métodos duvidosos. — Com isso, minha majestade, garantiremos que a ponte suportará até elefantes voadores — declarou o conselheiro fajuto, com um ar de triunfo. Dias depois, a parte da ponte construída pelo conselheiro fajuto começou a ceder, provocando risos e desespero em partes iguais. Felizmente, a estrutura principal, baseada nos cálculos do sábio, permaneceu firme como uma rocha. O soberano, olhando a confusão, não pôde deixar de rir. — Acho que seus elefantes voadores são um pouco pesados demais para a sua ponte, conselheiro — disse ele, rindo. Terceira Parte: A Moral da História Ciente da importância de ouvir conselhos, mas também de verificar a sabedoria contida neles, o soberano decidiu adotar uma nova política. Convocou todos os súditos para uma grande praça e explicou a situação. — Meus queridos, temos aqui dois conselheiros. Um, com sabedoria genuína, e outro, que adora palavras bonitas. Vamos aprender juntos e decidir o que é melhor para o reino — proclamou o soberano. Os súditos, munidos de curiosidade e um pouco de ceticismo, verificaram as demonstrações do sábio. Todos, desde o mais jovem aprendiz ao mais velho pescador, puderam ver com seus próprios olhos a verdade do Teorema de Pitágoras. — A sabedoria verdadeira é como a luz do sol, todos podem ver e sentir seus efeitos — disse o soberano, satisfeito. O conselheiro fajuto, exposto em sua desonestidade intelectual, foi destituído de seu cargo. Foi rebaixado a arauto real, encarregado de anunciar as notícias e eventos, uma função onde suas palavras floridas não causariam mais danos. Alguns dizem que, em casos extremos de malandragem, ele foi enviado para ser porteiro do cemitério, vigiando aqueles que, ao menos, não poderiam mais ser enganados. Epílogo E assim, o reino prosperou. A sabedoria verdadeira, confirmada e verificada, tornou-se a base das decisões reais. O soberano, agora mais prudente, ouvia todos, mas confiava apenas naquilo que podia ser comprovado. A moral da história? Em um mundo onde muitos falam, poucos dizem a verdade. Mas essa, quando encontrada, é a verdadeira chave para a prosperidade. Moral A verdadeira sabedoria não precisa de floreios para se sustentar. E o ceticismo saudável é o melhor amigo de um soberano prudente. Afinal, melhor ser cético e ter uma ponte segura do que confiar cegamente e acabar nadando com elefantes voadores. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ --------- ---------- A demonstração do Teorema de Pitágoras(via experimento) IVEPESP 21 de ago. de 2013 Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos.Por definição, a hipotenusa é o lado oposto ao ângulo reto, e os catetos são os dois lados que o formam.Outro enunciado seria em qualquer triângulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados cujos lados são os catetos. Fonte do Experimento:SoRisoMail _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ----------- ---------- Deixa a Vida Me Levar Zeca Pagodinho Letra Significado Eu já passei por quase tudo nessa vida Em matéria de guarida, espero ainda a minha vez Confesso que sou de origem pobre Mas meu coração é nobre, foi assim que Deus me fez Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Só posso levantar as mãos pro céu Agradecer e ser fiel ao destino que Deus me deu Se não tenho tudo que preciso Com o que tenho, vivo De mansinho lá vou eu Se a coisa não sai do jeito que eu quero Também não me desespero O negócio é deixar rolar E aos trancos e barrancos, lá vou eu E sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Eu já passei por quase tudo nessa vida Em matéria de guarida, espero ainda a minha vez Confesso que sou de origem pobre Mas meu coração é nobre, foi assim que Deus me fez Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva, vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Deixa a vida me levar (vida, leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu Composição: Eri Do Cais / Serginho Meriti. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________