sexta-feira, 7 de março de 2025

CORDA E CAÇAMBA

-------------- Corda e Caçamba Ataulfo Alves Ainda não temos a cifra desta música. Contribua! Quando um homem está perdido, Pelo amor de uma mulher, Não se deve dar conselho, Ele sabe o que ele quer, É por isso que no samba, Sou aquilo que se vê, Sou a corda da caçamba, E a caçamba, é você. Vai acontecer, Se você quiser, Tenho tudo em casa, Só me falta uma mulher, Sei que a minha vida, Mudará depois, Um prato de comida, Dá pra um, dá pra dois. Vai acontecer, Se você quiser, Tenho tudo em casa, Só me falta uma mulher, Sei que a minha vida, Mudará depois, Um prato de comida, Dá pra um, dá pra dois. Composição de Ataulfo Alves _________________________________________________________________________________________________________ -------------
------------ ____________________________________________ "Sinal eloquente Um ser movente Camarão que Dorme a Onda Leva (part. Zeca Pagodinho "Não pense que o meu coração é de papel Não brinque com o meu interior Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça... Malandro Sou Eu - Beth Carvalho Não posso dar mole para não refundar Quem marca bobeira engole poeira E rasteira também pode levar Malandro que sou, eu não vou... "Lula se mexe" / Estadão Analisa com Carlos Andreazza Estadão . 1,8 visualizações . há 1h Estadão Analisa Com Carlos Adreazza molejão - Eu trouxe a corda e a caçamba." ____________________________________________________ ----------- Sinal eloquente Um ser movente Camarão que Dorme a Onda Leva (part. Zeca Pagodinho ------------- -------------- Camarão Que Dorme a Onda Leva (part. Zeca Pagodinho) Beth Carvalho Não pense que o meu coração é de papel Não brinque com o meu interior Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Não quero que o nosso amor acabe assim Um coração quando ama é sempre amigo Só não faça gata e sapato de mim Pois aquele que dá pão Também dá castigo Só não faça gato e sapato de mim Pois aquele que dá pão Também dá castigo (Não pense que meu coração) Não pense que o meu coração é de papel Não brinque com o meu interior Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Não veja meu sentimento com desdém Enquanto o bem existir, o mal tem cura A pedra é muito forte Mas tem um porém, meu bem A água tanto bate até que fura A pedra é muito forte Mas tem um porém, meu bem A água tanto bate até que fura (Não pense que meu coração) Não pense que o meu coração é de papel Não brinque com o meu interior Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Hoje é o dia da caça, amanhã do caçador Não pense que o meu coração Composição: Zeca Pagodinho / Arlindo Cruz / Beto Sem Braço. _________________________________________________________________________________________________________ -------------- _________________________________________________________________________________________________________ "Não pense que o meu coração é de papel Não brinque com o meu interior Camarão que dorme a onda leva Hoje é o dia da caça..." ________________________________________________________________________________________________________ ------------ _________________________________________________________________________________________________________ Malandro Sou Eu - Beth Carvalho Não posso dar mole para não refundar Quem marca bobeira engole poeira E rasteira também pode levar Malandro que sou, eu não vou... _________________________________________________________________________________________________________ ------------ -------------- Malandro Sou Eu Beth Carvalho Segura teu santo, seu moço Teu santo é de barro Que sarro dei volta no mundo, voltei e pra ficar Eu vim lá do fundo do poço Não posso dar mole pra não refundar Quem marca bobeira engole poeira E rasteira até pode levar Malandro que sou, eu não vou vacilar Sou o que sou, ninguém vai me mudar E quem tentou teve que rebolar Sem conseguir Escorregando daqui e dali Malandreando eu vim e venci E no sufoco da vida foi onde aprendi Por isso que eu vou Vou eu vou por aí Sempre por aí esse mundo é meu E onde quer que eu vá Em qualquer lugar malandro sou eu Composição: Arlindo Cruz / Sombrinha Cruz. _________________________________________________________________________________________________________ ----------- -------------- "Lula se mexe" | Estadão Analisa com Carlos Andreazza Estadão ------------- Transmissão ao vivo realizada há 13 horas ESTADÃO ANALISA No “Estadão Analisa” desta sexta-feira, 07, Carlos Andreazza fala sobre as novas medidas do governo para frear a inflação, que se tornou uma das principais preocupações do Palácio do Planalto, em meio à queda na popularidade do presidente. Leia mais: https://www.estadao.com.br/economia/v... As medidas foram anunciadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin após uma reunião de ministros com empresários dos setores alimentícios. Lula não participou deste encontro, mas se reuniu antes com a equipe de ministros para aprovar todas as propostas que foram apresentadas nesta quinta. Alckmin anunciou a zeragem na alíquota do imposto de importação sobre diversos alimentos como café, carne, açúcar, milho, óleo de girassol, massas e biscoitos. O vice-presidente também anunciou prioridade para produção de alimentos da cesta básica no Plano Safra. Para isso, o governo estuda estender ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) os mesmos subsídios que hoje já são direcionados à cesta básica dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Apresentado pelo colunista Carlos Andreazza, programa diário no canal do Estadão no YouTube trará uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário, deixando de lado o que é espuma, para se aprofundar no que é relevante. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão. Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao O 'Estadão Analisa' é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 7h, no Youtube e redes sociais do Estadão. E depois, fica disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Carlos Andreazza Edição/Pós-produção: Jefferson Perleberg Coordenação: Gabriel Pinheiro e Everton Oliveira Foto: Wilton Junior/Estadão 00:00 - ESPERA 04:54 - ABERTURA 15:37 - REFORMA MINISTERIAL 22:54 - RADICALIZAÇÃO DO GOVERNO E GLEISI 35:33 - MEDIDAS DO GOVERNO E INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS 49:45 - PÉ-DE-MEIA E ORÇAMENTO 55:39 - ENCERRAMENTO MUSICAL Capítulos Ver tudo _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ "Lula se mexe" / Estadão Analisa com Carlos Andreazza Estadão . 1,8 visualizações . há 1h Estadão Analisa Com Carlos Adreazza _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ---------------- Caçamba Molejo Traz a caçamba, traz a caçamba Que o samba taí Pintando no pedaço Quem é black não vai resistir Traz a muamba, traz a muamba E joga tudo aí Descola a tua mola E decola a banda vai zunir Traz a caçamba Traz a caçamba, traz a caçamba Que o samba taí Pintando no pedaço Quem é black não vai resistir Traz a muamba, traz a muamba E joga tudo aí Descola a tua mola E decola a banda vai zunir Eu trouxe a corda só me falta a caçamba E sei que você tem Não negue que você gosta de samba E samba como ninguém Eu trouxe a corda e a caçamba Eu trouxe a corda só me falta a caçamba E sei que você tem (uou, uh) Não negue que você gosta de samba E samba como ninguém Está tudo aí (está tudo aí) Que papo legal (que papo legal) Estão dizendo lá no gueto Que você tem um swing legal Está tudo aí (está tudo aí) Que papo legal (que papo legal) É, mas eu prometo que você vai ser Enredo do meu carnaval Na introdução, na introdução Vai ficar bom Para-pararara É o Molejão Para-pararara Está bom Para-pararara-parara Traz a caçamba, traz a caçamba Que o samba taí Pintando no pedaço Quem é black não vai resistir Traz a muamba, traz a muamba E joga tudo aí Descola a tua mola E decola a banda vai zunir Eu trouxe a corda e a caçamba Eu trouxe a corda só me falta a caçamba E sei que você tem (uou) Não negue que você gosta de samba E samba como ninguém Eu trouxe a corda e a caçamba Eu trouxe a corda só me falta a caçamba E sei que você tem (uou, uh) Não negue que você gosta de samba E samba como ninguém Está tudo aí Está tudo aí (está tudo aí) Que papo legal (que papo legal) Estão dizendo lá no gueto Que você tem um swing legal Está tudo aí Está tudo aí (está tudo aí) Que papo legal (que papo legal) Mas eu prometo que você vai ser Enredo do meu carnaval Na introdução Para-pararara Como está bom Para-pararara É o Molejão Para-pararara-parara Composição: Efson / Odibar. --------------- _________________________________________________________________________________________________________ molejão - Eu trouxe a corda e a caçamba. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------- Um local com lendas e ponto de encontros do passado Conforme relata o historiador Alípio Mendes, a Bica da Carioca foi construída pela Câmara Municipal em 1842 para canalizar uma fonte de água já existente. A fonte da Carioca vinha canalizada por canos de taquara da chácara do Sr. João Cabecinha e do Sr. Ruivo. A princípio a água era levada para as residências por pessoas escravizadas e pelos mais pobres. Os moradores de Angra, sem água encanada em suas residências, usaram muito a Bica da Carioca. O largo formado em frente à centenária bica se torna um local de encontro entre as pessoas, principalmente das lavadeiras que usavam os tanques para realizar seu ofício. O monumento é tombado pelo INEPAC. Em torno desta fonte criaram-se várias histórias, como esta: Era comum à tarde, as pessoas irem à fonte da Carioca para um passeio e beber água fresca e límpida que das cinco bicas jorrava. Conta a lenda que quem toma água da bica do meio, não mais esquece Angra e, se dela sair, um dia volta. Certa vez um jovem mais afoito, chega-se à mucama e, como a pedir-lhe de beber, deixa em suas mãos, um bilhete crivado de frases lindas, cheio de juras de amor e pedindo permissão para aproximar-se da jovem escolhida e que lhe foi concedido. São poucos os encontros ao pé da fonte, mas o bastante para compreenderem que se amavam. O pai da jovem ao saber desses encontros, proíbe o passeio. O rapaz apaixonado vai a fonte todos os dias, esperando rever a musa dos seus sonhos, mas em vão. Triste e abatido, ingressa nas fileiras dos voluntários para a Guerra do Paraguai. Manda-lhe ainda um recado: Ainda espera encontrá-la um dia, mesmo que seja depois de morto. A moça definha dia a dia, lamentando o amor perdido. Morre o rapaz nos campos de batalha… A jovem termina seus dias em seu leito de dor… Dizem os antigos, que em noite de lua cheia, com o luar se infiltrando e espalhando sua luz entre as folhas da paineira, são vistas duas sombras, de mãos dadas, junto à fonte. Galeria de Fotos Localização + − Leaflet | © OpenStreetMap contributors Navegar atá o ponto turístico https://visite.angra.rj.gov.br/ponto-turistico.asp?id=22 _________________________________________________________________________________________________________ ------------
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--------------- _________________________________________________________________________________________________________ "As águas que saem das bicas, de todas as bicas, são da mesma água, porque todas vêm da mesma fonte, e serão carreadas para o mesmo mar para então voltar à mesma fonte sem passar por outras bicas. Mudam-se os projetos e as concepções das bicas mas as fontes não enganam não." _________________________________________________________________________________________________________ ---------- Com base na metáfora sugerida, podemos reescrever o texto para refletir de maneira mais objetiva a comunicação das informações pelos governos através de seus representantes políticos para os meios de comunicação, mantendo o tom literário e metafórico. Veja a seguir a adaptação: "As informações que fluem das fontes oficiais, de todas as fontes, são as mesmas, pois todas se originam do mesmo poder e são disseminadas para o mesmo público, de onde retornam à origem, sem passar por outros canais de comunicação. Mudam-se os meios e os intermediários da transmissão, mas as fontes não se enganam." Explicação das alterações: "Águas" foi substituída por "informações" para evidenciar a comunicação de dados e mensagens. "Bicas" foi reinterpretada como "meios" e "intermediários", refletindo os diversos canais de mídia, como repórteres, editores e empresas de comunicação. A metáfora do "mar" foi preservada, mas adaptada para "público", indicando o destino final das informações. "Fontes" permanece como o ponto de origem do poder, mas foi também associado à ideia de comunicação oficial (governamental), reforçando a conexão com a política e o controle da informação. Essa reescrita mantém a profundidade metafórica enquanto aborda de maneira mais precisa a dinâmica da comunicação entre o poder e os meios de comunicação. Estilo Umberto Eco: "As informações que fluem das fontes, de todas as fontes, são uma e única, pois todas se originam da mesma autoridade, e serão conduzidas ao mesmo destino, para finalmente retornar à sua origem, sem desviar-se por outras vias. Mudam-se os canais de disseminação, os intérpretes e os mediadores, mas as fontes, essas, permanecem inalteradas, como estruturas invisíveis que organizam a verdade segundo seu próprio desenho, ora oculto, ora evidente. A construção do poder, assim, se desenrola nas entrelinhas de uma comunicação que, paradoxalmente, se reinventa e se repete." Explicação: Neste estilo, inspirado em Umberto Eco, busquei uma maior abstração e uma reflexão sobre os processos de comunicação, trazendo à tona uma crítica sutil sobre o papel das fontes e a construção da verdade. Eco era mestre em trabalhar com camadas de significados e referências intertextuais, portanto, utilizei termos que sugerem uma complexidade de interpretações e uma reflexão crítica. _________________________________________________________________________________________________________ ----------- Estilo Affonso Romano de Sant'Anna (no conto "Que País é Este?"): "As águas que saem das fontes — essas fontes que dizem o que queremos ouvir — caem em bicas, bicas que nos servem como aveludadas taças de um bom vinho amargo. De todas as bicas, daquelas que se abrem nas redações dos jornais aos estúdios das emissoras de rádio, todas trazem a mesma água turva, aquela água que os homens de terno mandam correr, seja pela mão dos repórteres, seja pela boca dos editores. E a água vai, corre pelas bicas, se espalha, mas volta. Volta sempre ao mar da origem. Mudam os ventos, mudam os donos do jogo, mudam as bicas, mas a fonte não se disfarça, não se mente. Ela é lá, invisível, escondida na sombra do poder. E ninguém jamais escapa dela." Explicação: Neste estilo, inspirado por Affonso Romano de Sant'Anna, procurei capturar o tom direto e impactante, característico de seus textos no contexto de crítica social e política. No conto "Que País é Este?", ele faz uma crítica incisiva ao regime autoritário dos anos 1980, e no mesmo espírito, este texto busca expor, de forma mais crua e expressiva, as manipulações da comunicação, as vozes controladas e a permanência do poder nas mãos dos mesmos. O ritmo é mais coloquial e a crítica é incisiva, sem rodeios, num estilo mais visceral. Estilo Dyonélio Machado ("Os Ratos", 1935): "As águas que brotam das fontes — essas fontes frias e intransigentes — são as mesmas que, em um vaivém de promessas e mentiras, se distribuem pelas bicas, por todas as bicas, que são ao mesmo tempo imagens e enganos. Cada bica, com sua farta corrente de palavras, leva a mesma água, que escorre sem cessar, sem mudar de sabor. Vem da origem amarga, onde ninguém jamais questiona, onde as vozes se calam. E ali, na indiferença da terra e da água, tudo vai voltar, em um círculo vicioso que a todos prende, que a todos esmaga. Mudam-se as palavras, mudam os homens que as carregam, mas a água, essa água, a única coisa que se repete sem cessar, não se engana, não se distrai, não se desvia do seu curso. Está ali, intacta, imutável, como a verdade que ninguém ousa tocar." Explicação: No estilo de Dyonélio Machado, especialmente em Os Ratos, a narrativa possui uma visão crua e desiludida da realidade social e política. Ele tem um tom pessimista e uma percepção de um ciclo vicioso em que as pessoas, os sujeitos e os sistemas estão presos. As imagens de água, bicas e fontes aqui remetem à repetição incessante da comunicação e do poder, sem que haja mudança real. A crítica social é implícita, mas é entregue de maneira desoladora, com uma ênfase no impasse, na falta de transformação e no desamparo diante de um sistema fechado e intransigente. Estilo de "Ode aos Ratos" (Chico Buarque / Têtes Raides): "As águas que saem das fontes — essas fontes velhas, cansadas de tanto falar — caem em bicas, bicas que são canos, tubos enferrujados, espalhando a mesma água, a água que não se muda, a água que sempre volta, e que já não sabe mais o que é novo, o que é velho. As bicas cantam sua melodia, repetem seu refrão, e a água, a mesma água, se arrasta de boca em boca, de redação em redação, de praça em praça. A palavra se espalha, mas volta. Volta sempre ao ponto de origem, às mãos de quem manda, às bocas que nada dizem. Mudam-se os nomes, os donos das bicas, os que falam da tribuna, mas a fonte, essa fonte é a mesma — imutável, invisível, sempre ali, de olhos fechados, com suas promessas feitas para nunca se cumprir." Explicação: Neste estilo, inspirado em Ode aos Ratos de Chico Buarque (com a interpretação de Têtes Raides), a música e a poesia se misturam com um tom de protesto e denúncia. Há um ritmo de repetição, como um ciclo que se refaz o tempo todo, algo imutável, que resiste ao tempo e às mudanças aparentes. O tom é mais direto, com uma crítica clara à manipulação da informação e ao poder centralizado, usando imagens como "bicas", "canos" e "tubos" para sugerir uma comunicação que passa pelas mesmas vias, sem conseguir escapar do controle. Ao mesmo tempo, a melancolia e o desabafo estão presentes, refletindo a visão crítica e a percepção de um sistema que se repete em suas promessas vazias. _________________________________________________________________________________________________________ -------------- ------------ Ode Aos Ratos Chico Buarque Rato de rua Irrequieta criatura Tribo em frenética proliferação Lúbrico, libidinoso transeunte Boca de estômago Atrás do seu quinhão Vão aos magotes A dar com um pau Levando o terror Do parking ao living Do shopping center ao léu Do cano de esgoto Pro topo do arranha-céu Rato de rua Aborígene do lodo Fuça gelada Couraça de sabão Quase risonho Profanador de tumba Sobrevivente À chacina e à lei do cão Saqueador da metrópole Tenaz roedor De toda esperança Estuporador da ilusão Ó meu semelhante Filho de Deus, meu irmão Rato Rato que rói a roupa Que rói a rapa do rei do morro Que rói a roda do carro Que rói o carro, que rói o ferro Que rói o barro, rói o morro Rato que rói o rato Ra-rato, ra-rato Roto que ri do roto Que rói o farrapo Do esfarra-rapado Que mete a ripa, arranca rabo Rato ruim Rato que rói a rosa Rói o riso da moça E ruma rua arriba Em sua rota de rato Composição: Chico Buarque / Têtes Raides.

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