terça-feira, 18 de março de 2025

DA CONVICÇÃO À RESPONSABILIDADE POLÍTICA NO PODER

------------ "Um político não pode fugir das responsabilidades dos seus atos" ---------- Café Filosófico CPFL 6 de ago. de 2019 O sociólogo Fernando Henrique Cardoso traz uma reflexão, a partir de seus estudos sobre Max Weber, sobre a ética dentro da política. ----------
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A solenidade contou com a presença da prefeita Margarida Salomão, do vice-prefeito Marcelo Detoni, dos secretários municipais, da reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Girlene Alves da Silva, do vice-reitor da UFJF, Telmo Mota Ronzani, da vereadora Laiz Perrut e de servidores da Secretaria de Educação (SE). Manifestando a alegria e a honra pessoal na presença de uma assembleia tão expressiva e importante, a prefeita Margarida destacou o trabalho realizado pela professora Nádia de Oliveira Ribas à frente da SE desde 2021. “Este é um momento muito importante para a gestão. Nádia é uma mulher que marca com sua presença a educação de Juiz de Fora. Ela assumiu a secretaria em plena pandemia e, nesses anos, houve grandes conquistas. Somos hoje a rede pública que, no Brasil, melhor remunera os profissionais da educação, além do trabalho que realizamos com segurança alimentar, combatendo a fome nas creches e escolas, e de termos zerado as filas nas creches, questão central para a redução da desigualdade social”. Em sua despedida da função de secretária de Educação, Nádia destacou o trabalho realizado a muitas mãos na secretaria e, de modo intersetorial, na PJF. “Estou me sentindo muito feliz, com a sensação de dever cumprido. Agradeço a confiança da prefeita, dos secretários e dos profissionais da Secretaria de Educação. Foi um trabalho coletivo muito rico, com avanços. Sou pura gratidão”. Em seu discurso de posse como secretária de Educação, a professora Ana Lívia Coimbra ressaltou o prosseguimento do trabalho para continuar a transformar a educação no município. “Como educadora, quando recebi o convite para essa missão tão honrosa, fiz uma reflexão sobre o que eu poderia trazer para a educação no município, para valorizar os profissionais da educação e seguir priorizando os bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos. Existem feitos importantíssimos na SE. Com bastante diálogo, vamos seguir trabalhando na perspectiva da educação em tempo integral, das creches e da educação de jovens e adultos bem como na valorização dos profissionais da educação e na melhoria dos índices de aprendizagem dos nossos estudantes”. A prefeita encerrou a transição, indicando dois importantes pilares para a gestão da SE. “Tenho a certeza de que estamos continuando e, ao mesmo tempo, inovando porque essa é a nossa certeza e a nossa missão”. ________________________________________________________________________________ Ética, Convicção e Responsabilidade: Uma Reflexão sobre a Convolução no Discurso Político Introdução O discurso político é um campo onde diferentes princípios éticos se entrelaçam, gerando interpretações variadas sobre ações e decisões públicas. Entre os principais dilemas enfrentados por agentes políticos, destaca-se a tensão entre a ética da responsabilidade e a ética da convicção. Para compreender melhor essa dinâmica, aplicamos o conceito de convolução, uma operação matemática que interliga duas ou mais fontes de informação, transformando-as em uma nova função. Essa ferramenta pode ser útil para analisar o impacto da interseção entre princípios éticos, posições políticas e suas manifestações discursivas. A Ética da Responsabilidade e a Ética da Convicção Max Weber, em sua obra "A Política como Vocação", introduziu a distinção entre dois tipos fundamentais de ética no contexto político: Ética da convicção: baseada em princípios inegociáveis, onde a ação é guiada por crenças e valores absolutos, independentemente das consequências. Ética da responsabilidade: considera os impactos e consequências das ações políticas, assumindo um compromisso pragmático com os efeitos gerados por decisões tomadas. Essa dualidade é representada na seguinte indagação: "Há a ética da responsabilidade e a ética da convicção. Por qual delas bate o coração do vereador 'Sargento Mello'?" O questionamento sugere uma reflexão sobre como os agentes públicos orientam suas decisões: pautados em princípios rígidos ou ponderando os efeitos concretos de suas ações na sociedade. O Discurso Político e a Interpretação Ética A forma como os eventos políticos são narrados pode indicar uma inclinação ética específica. O seguinte trecho exemplifica um discurso carregado de convicção: 🚨 FINALMENTE! Caiu a pior secretária de Educação da história de Juiz de Fora, Nádia "Lula Che Guevara" Ribas! 🚨 As crianças, adolescentes, pais, professores, diretores, cozinheiras, "colegas" de trabalho... Juiz de Fora agradece! A construção do enunciado revela uma postura clara e inegociável: uma celebração da queda de uma figura política, reforçada por elementos emocionais e pela utilização de referências ideológicas. Aqui, predomina a ética da convicção, onde a defesa de um posicionamento se sobrepõe à análise das possíveis implicações da mudança administrativa. Convolução: Integrando Princípios e Discurso A convolução, definida como: "Uma operação matemática que interliga duas fontes de informação, transformando uma função em outra." pode ser utilizada para compreender a fusão entre diferentes abordagens éticas no discurso político. Aplicando esse conceito aos textos anteriores, percebe-se que a interação entre os princípios da convicção e da responsabilidade pode gerar novas leituras da realidade política. Se a convicção garante coerência ideológica e força discursiva, a responsabilidade exige análise crítica e avaliação pragmática dos resultados políticos. O discurso puramente convictivo, embora mobilizador, pode ignorar variáveis fundamentais para a governabilidade. Já a abordagem estritamente responsável pode diluir princípios e comprometer a identidade política do agente. Conclusão A convolução entre a ética da responsabilidade e a ética da convicção permite uma leitura mais sofisticada do discurso político. O desafio reside em encontrar um equilíbrio entre ambos os princípios, garantindo que a ação pública seja guiada por valores sólidos, mas sem ignorar as consequências práticas. O leitor, ao reconhecer essas nuances, pode desenvolver uma percepção mais crítica e ponderada sobre os discursos e decisões políticas que o cercam. _____________________________________________________________________________________________________ -----------
----------- terça-feira, 18 de março de 2025 Anistia é o coração do pacto faustiano entre Tarcísio e Bolsonaro – Luiz Carlos Azedo Correio Braziliense "Qual razão para afastar Jair Messias Bolsonaro das urnas? É medo de perder eleição, por que sabem que vão perder?", questionou o governador paulista O ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no domingo, em defesa da anistia dos condenados pela invasão e depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, revelou que a aliança do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está acima do seu compromisso com o Estado Democrático de Direito. A manifestação ocorreu um dia depois das comemorações dos 40 anos de democracia no Brasil. Lembra o pacto do Dr. Fausto (Faust, em alemão), lenda tedesco popularizada na literatura pelo poema dramático de Johann Wolfgang von Goethe (1808 e 1832). O protagonista é um sábio insatisfeito com sua vida e seus conhecimentos. Frustrado porque ainda não alcançou a verdadeira essência da existência, faz um pacto com Mefistófeles, um demônio que representa a tentação. Mefistófeles promete conceder a Fausto tudo o que ele deseja — prazer, juventude, conhecimento ilimitado —, mas em troca, quando Fausto encontrar a plena satisfação e desejar que o tempo pare, sua alma será entregue ao diabo. A morbidez permeia toda a história. Fausto se torna jovem novamente e se apaixona por Gretchen (Margarida), uma jovem inocente, que engravida. Entretanto, seu irmão morre em um duelo e sua mãe é envenenada; ao fim, Gretchen enlouquece e é presa. Após a tragédia, Fausto viaja com Mefistófeles, em busca de novas experiências, incluindo o prazer na Corte do imperador e até um romance com Helena de Troia. Apesar dos prazeres e conquistas, Fausto nunca encontra a satisfação total, que faria o tempo parar. No final, tenta criar um império utópico, mas morre antes de concluí-lo. No texto de Goethe, porém, Fausto é salvo por forças divinas: apesar dos erros, ele nunca parou de buscar algo maior. Ato esvaziado Cínico e irônico, Mefistófeles não é um demônio clássico, sempre tenta provar que os humanos são fracos e corrompíveis. Seu papel vai além do vilão tradicional, é um crítico da sociedade e da própria condição humana. Tarcísio de Freitas está mais para Fausto. Foi a grande estrela do ato realizado por Bolsonaro, em Copacabana, no Rio de Janeiro, que contou também com a participação dos governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Pré-candidatos a presidente da República, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União); de Minas, Romeu Zema (Novo); e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), não compareceram. Há controvérsias sobre a envergadura da manifestação. A Polícia Militar fluminense divulgou que teria chegado a 400 mil pessoas. Levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), apontou que a manifestação reuniu 18,3 mil pessoas, ou seja, menos de 2% do público de um milhão de pessoas que era aguardado para o ato. Embora esses números enfraqueçam o projeto de anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro, que foi anunciado durante o ato pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o mais importante foi o discurso do governador de São Paulo. Tarcísio de Freitas subiu o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e reiterou sua lealdade a Bolsonaro, de tal maneira que o gesto foi interpretado no Palácio do Planalto como a disposição de deixar o governo de São Paulo e, realmente, disputar a Presidência da República. "A gente está aqui para pedir, lutar e mostrar que todos estamos juntos para exigir anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas (...) Quero ver quem vai ter coragem de se opor (ao projeto da anistia)", afirmou. "Qual razão para afastar Jair Messias Bolsonaro das urnas? É medo de perder eleição, por que sabem que vão perder?", questionou o governador paulista. Tarcísio sabe que Bolsonaro está inelegível e não disputará a eleição, por isso, foi para a aba do chapéu do ex-presidente para ser seu candidato à Presidência, com o compromisso de anistiar todos os envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro e, principalmente, Bolsonaro, que está inelegível e pode ser condenado à prisão por tentativa de golpe de Estado. Entretanto, o ato foi um banho de água fria nos setores do PSDB, MDB, Podemos e PSD que articulam uma ampla aliança de "centro democrático" em torno de Tarcísio de Freitas, "contra a polarização". Esses setores não têm o menor interesse na anistia de Bolsonaro e estão numa articulação muito forte em São Paulo. Ocorre que o arranjo político que está sendo tecido por Bolsonaro não é o que desejavam. O esquema do "centro democrático" era uma dobradinha de Tarcísio com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas o candidato de Bolsonaro ao Palácio dos Bandeirantes é o presidente reeleito da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado André do Prado (PL), que seria apoiado por Tarcísio. ________________________________________________________________________________ ------------
----------- O artigo de Luiz Carlos Azedo explora a aliança política entre Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro a partir da metáfora do pacto faustiano, destacando a questão da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Para compreender esse dilema político sob a ótica da teoria de Max Weber, é pertinente correlacionar a "Ética da Convicção" e a "Ética da Responsabilidade" ao comportamento do governador paulista. A Ética da Convicção e a Ética da Responsabilidade no Caso de Tarcísio Max Weber distingue dois tipos de ética na política: Ética da Convicção – O político age de acordo com princípios inegociáveis, independentemente das consequências práticas de suas decisões. Ética da Responsabilidade – O político considera os efeitos concretos de suas ações e assume as consequências políticas e sociais de suas escolhas. A postura de Tarcísio de Freitas no ato em defesa da anistia pode ser vista como uma síntese do dilema entre essas duas éticas. Ao reforçar sua lealdade a Bolsonaro e defender os condenados do 8 de janeiro, ele parece agir segundo uma Ética da Convicção, demonstrando fidelidade ao ex-presidente e à sua base política, independentemente do impacto institucional e democrático dessa posição. No entanto, essa postura pode trazer implicações estratégicas que se alinham à Ética da Responsabilidade, pois seu posicionamento parece calculado para garantir apoio do bolsonarismo em sua eventual candidatura presidencial. O "Pacto Faustiano" e o Dilema Político A analogia com Fausto e Mefistófeles evidencia o conflito entre o idealismo e a corrupção pelo poder. No mito, Fausto busca conhecimento e prazeres sem medir as consequências, assim como Tarcísio busca ascensão política sob a tutela de Bolsonaro, mesmo que isso signifique associar-se a um projeto que questiona o Estado Democrático de Direito. A alusão de Azedo sugere que Tarcísio faz uma escolha pragmática: ele aceita o "pacto" com Bolsonaro e seu projeto de anistia em troca do apoio eleitoral do bolsonarismo, mesmo que isso o afaste de setores moderados da política brasileira. Por outro lado, assim como Fausto, que nunca encontra satisfação plena e vê seu destino ameaçado, Tarcísio pode enfrentar dilemas futuros. Seu alinhamento com Bolsonaro pode fortalecer sua candidatura presidencial, mas também pode alienar aliados estratégicos do chamado "centro democrático", que veem na anistia um obstáculo à governabilidade e à preservação das instituições. Conclusão O discurso e a postura de Tarcísio de Freitas refletem o embate entre convicção e responsabilidade na política. O "pacto faustiano" com Bolsonaro pode impulsionar sua candidatura presidencial, mas também impõe riscos institucionais e políticos. Weber alertava que a política exige um equilíbrio entre princípios e pragmatismo. A questão que se coloca, portanto, é se Tarcísio será capaz de evitar que seu "pacto" o leve a um destino semelhante ao de Fausto—inevitavelmente preso às consequências de suas escolhas. ________________________________________________________________________________ ----------------- ---------- 🔴 PRESIDENCIÁVEL? NOVO TOM DE TARCÍSIO AGRADA BOLSONARISTAS E ACENDE ALERTA NO STF | BLOCO DE NOTAS ----------- Correio Braziliense Transmissão ao vivo realizada há 63 minutos #CorreioBraziliense #Notícias No Bloco de Notas desta terça-feira (18/3), Diego Amorim traz as últimas atualizações sobre o tom mais combativo que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a adotar em discursos recentes, conquistando a simpatia de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O novo tom também gerou preocupações no Supremo Tribunal Federal (STF), entenda. ________________________________________________________________________________ --------- Da Convicção à Responsabilidade Política no Poder: Uma Reflexão sobre a Convolução no Discurso Político Introdução O discurso político é um campo onde diferentes princípios éticos se entrelaçam, gerando interpretações variadas sobre ações e decisões públicas. Entre os principais dilemas enfrentados por agentes políticos, destaca-se a tensão entre a ética da responsabilidade e a ética da convicção. Para compreender melhor essa dinâmica, aplicamos o conceito de convolução, uma operação matemática que interliga duas ou mais fontes de informação, transformando-as em uma nova função. Essa ferramenta pode ser útil para analisar o impacto da interseção entre princípios éticos, posições políticas e suas manifestações discursivas. A Ética da Responsabilidade e a Ética da Convicção Max Weber, em sua obra "A Política como Vocação", introduziu a distinção entre dois tipos fundamentais de ética no contexto político: Ética da convicção: baseada em princípios inegociáveis, onde a ação é guiada por crenças e valores absolutos, independentemente das consequências. Ética da responsabilidade: considera os impactos e consequências das ações políticas, assumindo um compromisso pragmático com os efeitos gerados por decisões tomadas. Essa dualidade é representada na seguinte indagação: "Há a ética da responsabilidade e a ética da convicção. Por qual delas bate o coração do vereador 'Sargento Mello'?" O questionamento sugere uma reflexão sobre como os agentes públicos orientam suas decisões: pautados em princípios rígidos ou ponderando os efeitos concretos de suas ações na sociedade. O Discurso Político e a Interpretação Ética A forma como os eventos políticos são narrados pode indicar uma inclinação ética específica. O seguinte trecho exemplifica um discurso carregado de convicção: 🚨 FINALMENTE! Caiu a pior secretária de Educação da história de Juiz de Fora, Nádia "Lula Che Guevara" Ribas! 🚨 As crianças, adolescentes, pais, professores, diretores, cozinheiras, "colegas" de trabalho... Juiz de Fora agradece! A construção do enunciado revela uma postura clara e inegociável: uma celebração da queda de uma figura política, reforçada por elementos emocionais e pela utilização de referências ideológicas. Aqui, predomina a ética da convicção, onde a defesa de um posicionamento se sobrepõe à análise das possíveis implicações da mudança administrativa. O "Pacto Faustiano" e o Dilema Político O artigo de Luiz Carlos Azedo explora a aliança política entre Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro a partir da metáfora do pacto faustiano, destacando a questão da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Para compreender esse dilema político sob a ótica da teoria de Max Weber, é pertinente correlacionar a Ética da Convicção e a Ética da Responsabilidade ao comportamento do governador paulista. A postura de Tarcísio de Freitas no ato em defesa da anistia pode ser vista como uma síntese do dilema entre essas duas éticas. Ao reforçar sua lealdade a Bolsonaro e defender os condenados do 8 de janeiro, ele parece agir segundo uma Ética da Convicção, demonstrando fidelidade ao ex-presidente e à sua base política, independentemente do impacto institucional e democrático dessa posição. No entanto, essa postura pode trazer implicações estratégicas que se alinham à Ética da Responsabilidade, pois seu posicionamento parece calculado para garantir apoio do bolsonarismo em sua eventual candidatura presidencial. A analogia com Fausto e Mefistófeles evidencia o conflito entre o idealismo e a corrupção pelo poder. No mito, Fausto busca conhecimento e prazeres sem medir as consequências, assim como Tarcísio busca ascensão política sob a tutela de Bolsonaro, mesmo que isso signifique associar-se a um projeto que questiona o Estado Democrático de Direito. A alusão de Azedo sugere que Tarcísio faz uma escolha pragmática: ele aceita o "pacto" com Bolsonaro e seu projeto de anistia em troca do apoio eleitoral do bolsonarismo, mesmo que isso o afaste de setores moderados da política brasileira. Por outro lado, assim como Fausto, que nunca encontra satisfação plena e vê seu destino ameaçado, Tarcísio pode enfrentar dilemas futuros. Seu alinhamento com Bolsonaro pode fortalecer sua candidatura presidencial, mas também pode alienar aliados estratégicos do chamado "centro democrático", que veem na anistia um obstáculo à governabilidade e à preservação das instituições. Convolução: Integrando Princípios e Discurso A convolução, definida como: "Uma operação matemática que interliga duas fontes de informação, transformando uma função em outra." pode ser utilizada para compreender a fusão entre diferentes abordagens éticas no discurso político. Aplicando esse conceito aos textos anteriores, percebe-se que a interação entre os princípios da convicção e da responsabilidade pode gerar novas leituras da realidade política. Se a convicção garante coerência ideológica e força discursiva, a responsabilidade exige análise crítica e avaliação pragmática dos resultados políticos. O discurso puramente convictivo, embora mobilizador, pode ignorar variáveis fundamentais para a governabilidade. Já a abordagem estritamente responsável pode diluir princípios e comprometer a identidade política do agente. Conclusão A convolução entre a ética da responsabilidade e a ética da convicção permite uma leitura mais sofisticada do discurso político. O desafio reside em encontrar um equilíbrio entre ambos os princípios, garantindo que a ação pública seja guiada por valores sólidos, mas sem ignorar as consequências práticas. O "pacto faustiano" de Tarcísio com Bolsonaro pode impulsionar sua candidatura presidencial, mas também impõe riscos institucionais e políticos. Weber alertava que a política exige um equilíbrio entre princípios e pragmatismo. A questão que se coloca, portanto, é se Tarcísio será capaz de evitar que seu "pacto" o leve a um destino semelhante ao de Fausto—inevitavelmente preso às consequências de suas escolhas. O leitor, ao reconhecer essas nuances, pode desenvolver uma percepção mais crítica e ponderada sobre os discursos e decisões políticas que o cercam. ________________________________________________________________________________

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