“(...) Riani era partidário do trabalhismo de Vargas, aquele que vinha do Estado Novo; Itamar identificava-se com as correntes modernas, conhecidas genericamente como “esquerda trabalhista” – Alberto Pasqualini era um de seus mentores -, sem que isto significasse engajamento cego a todas as questões de ordem contra os patrões nas reuniões do partido. E quando Riani o convenceu a integrar a lista de candidatos a vereador de Juiz de Fora, pelo PTB, nas eleições de 1958, Itamar Franco entendeu o convite como o despertar de um Ideal adormecido. (...)”
O real Itamar - Uma biografia
Por
Ivanir Yazbeck
Aécio Neves - Discurso no Senado - Aparte do
Senador Itamar Franco (PPS-MG) - 06/04/2011
No clube de senhores que é o Senado, um fato
inédito: dois ex-presidentes discutindo
Enviado em 23 de
fev de 2011
Amigos, parece que
surgiu no Senado — com seu clima de clube de senhores, em que quase ninguém
discute realmente com ninguém — um senador que decidiu peitar o todo-poderoso
presidente da Casa, o ex-presidente José Sarney: o também ex-presidente Itamar
Franco (PPS-MG).
25/02/2011 às 15:45
Senador Itamar Franco – Citando Ulysse...
“Violou-se a
Constituição e o Senado aceitou essa violação”
Marcelo de Moraes
De volta ao Senado
depois de 21 anos, o ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG) foi responsável pela
oposição mais dura feita ao governo federal na sessão em que foi aprovada a
proposta de reajuste do valor do salário mínimo para R$ 545. Mais do que
criticar o valor proposto pelo Palácio do Planalto, Itamar deixou clara sua
insatisfação com a aplicação de um decreto, que considera inconstitucional,
para regular esse reajuste. Para ele, foi o “primeiro ato institucional” do
governo da presidente Dilma Rousseff.
Itamar
diz se sentir “triste” na sua volta ao Senado e critica a passividade da Casa.
“Hoje o Senado está na mão de quatro, cinco, seis pessoas”, diz nesta
entrevista ao Estado.
Na sessão do Senado que definiu o valor do
salário mínimo, o senhor fez a contestação mais dura ao governo, acusando-o de
violar a Constituição. Depois dessa sessão, como o senhor se sente na sua volta
ao Senado?
Vou dizer com muita
sinceridade. Com muita tristeza. Porque eu pertenci a um Senado (em 1975) e
àquela época tínhamos 22 Estados. O MDB fez 16 senadores e o governo só 6. Mas
havia, por incrível que pareça, mais respeito do que hoje. Era um regime mais
fechado, mas, em certos aspectos, tínhamos mais liberdade de ação. Nosso
mandato podia ser cassado em dez segundos, mas a maioria (governista)
respeitava mais a minoria (de oposição).
Por que isso acontecia?
A minoria tinha
grandes senadores, como Franco Montoro, Orestes Quércia, Paulo Brossard,
Roberto Saturnino, que davam à minoria uma base forte. A gente estava
acostumado àquele ambiente difícil, mas mais aberto do que é hoje. O Senado
hoje é um grupo fechado. Eu diria, com todo o respeito àqueles que estão
chegando comigo, que hoje o Senado está na mão de quatro, cinco, seis pessoas.
E há um comando muito forte do Executivo, principalmente sobre o Senado.
O senhor disse que a decisão do governo de
usar um decreto na discussão do reajuste do salário mínimo era o “primeiro ato
institucional” do governo Dilma…
Isso nos entristece.
Porque mal se começa o período do governo da presidente Dilma, já se viola a
Constituição. É muito triste chegar ao Senado da República e constatar, e a
opinião pública precisa saber disso, que estamos tutelados pelo Executivo.
O senhor se sentiu isolado na sessão do
mínimo?
Eu acho que a única
coisa que a oposição não poderá fazer é se calar. O mais sério não foi só a
violência contra o regimento. Foi a modificação da Constituição. Isso preocupa.
Para o senhor, isso abre um precedente
perigoso?
Muito perigoso. Hoje,
foi sobre um decreto sobre o salário mínimo. Amanhã, quem sabe?
O senhor ocupou o plenário nesta quinta-feira
para ler o célebre discurso do ex-deputado Ulysses Guimarães, feito durante a
promulgação da Constituição de 1988. E afirmou que, se tivesse intimidade com a
presidente Dilma, a aconselharia a lê-lo.
Eu não tenho
liberdade com a presidente. Falei com ela três ou quatro vezes por telefone.
Não tenho intimidade. Mas não só ela, nós todos deveríamos meditar sobre essas
palavras de Ulysses Guimarães. Eu quando li o discurso fiquei muito comovido
porque fez lembrar como foi aquela luta.
Mas essa também não é uma luta da presidente
Dilma e do ex-presidente Lula, por exemplo?
Foi uma luta.
Não é mais?
Vamos aguardar. Por
ora…
O início do governo não lhe agrada?
Achei ontem (quarta)
muito preocupante. A gente não brinca quando se viola a Constituição. É um
passo muito difícil. Violou-se ontem, imagine, por causa de um decreto de
salário mínimo. Uma coisa simples demais para se violar a Constituição. E o que
é mais grave: o Senado aceitou essa violação da Constituição.
Morre Itamar Franco, o presidente do Real
Vítima de leucemia, o vice que assumiu após o impeachment
de Fernando Collor morre aos 81 anos
Denise Motta, iG Minas, e
Nara Alves, iG São Paulo 02/07/2011 11:20 - Atualizada em 03/07/2011 11:11
Velorio Itamar Franco em Juiz de Fora
E também dos munícepes da cidade que amou e cujo hino emocionou-lhe em vários
momentos de sua vida, seja como simples cidadão ou prefeito honrado.
E dos cidadão mineiros que lutaram ao seu lado para que suas
montanhas nunca se deixassem ser niveladas e nem fossem esquecidas jamais.
Pela
Independência do Brasil com sua inspiração e coragem cívica para todos os
brasileiros, como exemplar de estudante, cidadão, prefeito, senador,
vice-presidente, presidente, embaixador, governador de minas e senador
conduzido a sua segunda casa por minas, para de lá retornar a sua primeira casa
para dar um adeus de presente e até já!
No 5º Festival de Música Popular Brasileira de Juiz de Fora (Full Album),
sempre ao lado do povo, sem demagogia.
TRISTEZA
PÉ NO CHÃO - CLARA NUNES
Hino Nacional do Brasil - Oficial
"Yo soy
yo y mi circunstancia, e si no la salvo a ella, no me salvo yo”. Ortega y
Gasset, Meditaciones del Quijote
“O livro de Ivanir é,
sem dúvida, o melhor depoimento – entre outros de boa qualidade – que conheço
sobre a vida de Itamar Franco.
Ele usou o recurso dos bons historiadores, o
de situar o biografado em suas circunstâncias históricas. Vale repetir, em sua
inteireza, a frase de Ortega y Gasset, em seu belo e clássico Meditaciones
del Quijote, quase sempre
reproduzida pela metade: “Yo
soy yo y mi circunstancia, e si no la salvo a ella, no me salvo yo”.
Itamar Franco foi a sua circunstância, mas
soube a ela se entregar, na ação política solidária, desde muito cedo, como engenheiro
sanitarista, prefeito, senador, presidente da República, governador de Minas.
E, assim, na linguagem emblemática do filósofo espanhol, ao procurar salvar a
sua circunstância, salvou-se a ele, ficando na história como um homem
inflexível na defesa dos trabalhadores e da soberania brasileira, e, no
exercício da política e do poder, com as mãos imaculadamente limpas. E isso,
que parece tão simples, tem sido raro em nossos tempos estranhos.” Brasília, 8 deoutubro de 2011
“No son pocas las personas que afrontan
su existencia como un mero sobrevivir, como un extraño o misterioso suceder de
cosas que se siguen sin relación ni sentido alguno. Ahora hago esto, luego eso
otro, hoy esto, mañana aquello. Cada día transcurre como una película con su
principio y su final, bien distinto al anterior y al siguiente. Y resultas de
ello es una vida repleta de vivencias inconexas donde uno mismo no parece saber
qué hace ni adónde va. Todo el mundo sabe y comprende que para realizarse en la
vida cuentan y mucho las circunstancias, pero pocos saben y reconocen que
cuenta mucho más la fe en Dios. Las circunstancias están ahí, pero no
determinan, lo que sí determina es el dar un sentido a la existencia,
comprender su realidad teleológica y el cómo librar las circunstancias.
La mayor circunstancia que debe salvar
el hombre no es otra que la propia vida. Ante esto surgen infinidad de posturas
relativistas que niegan toda finalidad y sentido a la existencia. No son pocos
quienes hacen suya la expresión “yo soy yo y mi circunstancia”, tomándola desde
la visión popular sin llegar a comprenderla. Ortega y Gasset no nos exhorta a
contentarnos con la mezquindad de una existencia nihilista, sino a afrontar la
costosa batalla de que la vida tiene un fin y que en su resolución se pone en
juego nuestra existencia: “yo soy yo y mi circunstancia, y si no la salvo a
ella, no me salvo yo”. Sí, es dura la batalla de salvar la vida, pero en esta
contienda no estamos solos, sino que contamos con la irreemplazable ayuda de
Dios.” Publicado:
19 abril, 2010 em Pensamiento
Media
vita in morte sumus
Media vita in morte sumus - O. di Lasso
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