terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Cartas e Segundas Epístolas

«O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!»

e·pís·to·la
(grego epistolé, -és, ordem transmitida por um mensageiro, carta, missiva)

substantivo feminino
1. Carta, missiva.
2. Composição poética em forma de carta.
3. Carta dedicatória de obra literária.
4. [Liturgia]  Parte da missa em que se leem alguns versículos de uma epístola dos apóstolos. (Geralmente com inicial maiúscula.)
5. [Liturgia]  Lado do altar que fica à direita dos assistentes. (Geralmente com inicial maiúscula.)


Segunda epístola de Palocci



Segunda epístola de Paulo


Publicado em Julho-Agosto de 2003 (pp. 17-21)
A Segunda Carta de Pedro e os falsos mestres
Por Shigeyuki Nakanose, svd




A segunda carta de Palocci aos brasileiros
27/09/2017 - 02h51

Antonio Palocci (Foto: Wilson Pedrosa / Estadão Conteúdo)

Ricardo Noblat
Falta o último prego no caixão de Lula, esse a ser batido pela segunda instância da justiça quando confirmar a sentença do juiz Sérgio Moro que o condenou a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
O penúltimo prego foi batido ontem pelo ex-ministro Antonio Palocci, preso há um ano em Curitiba, com sua carta de desfiliação ao PT. Palocci foi um dos coordenadores da campanha de Lula à presidência da República em 2002, ministro do primeiro governo dele e do primeiro de Dilma.
Foi tudo isso e muito mais. Como confessou, foi responsável por arrecadar propina de empresas para o ex-presidente. E autor, como se sabe, da Carta aos Brasileiros, documento que em 2002 derrubou a resistência de bancos e de empresas à chegada ao poder do primeiro operário.
Na carta, concebida e escrita por Palocci, Lula se comprometia a manter os fundamentos da política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi cabo eleitoral quando FHC disputou e perdeu em 1985 a prefeitura de São Paulo para o ex-presidente Jânio Quadros.
A carta de desfiliação de Palocci ao PT é a segunda carta dele aos brasileiros, dessa vez assinada com o próprio nome. Não só a banqueiros e empresários, mas aos brasileiros em geral que acreditaram na lisura e nas boas intenções de quem assumiu pobre a presidência e dela saiu rico.
Palocci antecipou-se à sua expulsão do PT, decidida por Lula que, ali, decide tudo. E ao fazê-lo, renovou acima de qualquer margem de dúvida sua disposição de morrer atirando. Até poderá cumprir anos de cadeia. Mas com ele arrastará Lula, seu ex-patrão. E, se der, Dilma também.
No momento, o ex-ministro da Fazenda de Lula, e ex-ministro da Casa Civil de Dilma, acerta com a Lava Jato sua delação premiada. Guarda munição suficiente para confirmar o que já revelou e o que ainda esconde. Banqueiros e empresários que negociaram com ele estão em pânico.
Leia a íntegra da carta
A carta de Palocci ao PT




“Carta a Josefa, minha avó” (1968)
 30 Julho, 2014  0
No ano de 1968, José Saramago publicou no jornal A Capital, de Lisboa, a crónica Carta a Josefa, minha avó. Anos mais tarde, ela seria publicada no livro Deste Mundo e do Outro. Abaixo segue a reprodução da página do jornal A Capital em que foi originalmente publicado o texto.



Carta para Josefa, minha avó
Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo — e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água.
Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira — sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.
Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com  isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja.(Contaste-mo tu, ou terei sonhado que o contavas?)
Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém. Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrugada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos — e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Quem to roubou? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti — e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava. Não teremos, realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas — e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, por que te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: «O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!»
É isto que eu não entendo — mas a culpa não é tua.









A carta mais linda do mundo escrita por José Saramago para sua avó

August 7, 2017Luiz Antonio RibeiroBiografiaDestaqueMatérias LiteráriasNotícias
[Via Somos Livros]

No ano de 1968, José Saramago publicou no jornal A Capital, de Lisboa, a crônica Carta a Josefa, minha avó. Anos mais tarde, ela seria publicada no livro Deste Mundo e do Outro. Abaixo segue a reprodução da página do jornal A Capital em que foi originalmente publicado o texto. Confira a carta na íntegra:
*Optamos por manter a grafia do português de Portugal*









“Carta a Josefa, minha avó” (1968)



Referências

https://www.priberam.pt/dlpo/ep%C3%ADstola
https://d37iydjzbdkvr9.cloudfront.net/arquivos/2017/09/26/nota_palocci.pdf
https://d37iydjzbdkvr9.cloudfront.net/arquivos/2017/09/26/nota_palocci.pdf
http://www.lideranca.org/amtb/downloads/sil/2corintios.pdf

http://www.vidapastoral.com.br/artigos/temas-biblicos/a-segunda-carta-de-pedro-e-os-falsos-mestres/
https://www.josesaramago.org/wp-content/uploads/2014/07/carta2.jpg
https://s2.glbimg.com/AhMOl6eoyvHGarmI0td4AqDLs3g=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2017/09/27/palocci_sqq7qbw.jpg
http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2017/09/segunda-carta-de-palocci-aos-brasileiros.html
https://www.josesaramago.org/carta-josefa-minha-avo-1978/
https://www.josesaramago.org/wp-content/uploads/2014/07/memoria_header-1-1024x451.png
https://www.josesaramago.org/carta-josefa-minha-avo-1978/
http://notaterapia.com.br/2017/08/07/carta-mais-linda-mundo-escrita-por-jose-saramago-para-sua-avo/

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