sábado, 30 de dezembro de 2017

Tempo ê




Nelson Rufino - Tempo É


O tempo presente e o tempo passado
T.S. Eliot

"O tempo presente e o tempo passado
Estão ambos talvez presentes no tempo futuro
E o tempo futuro contido no tempo passado
Se todo o tempo é eternamente presente
Todo o tempo é irredimível
O que podia ter sido é uma abstração
Permanecendo possibilidade perpétua
Apenas num mundo de especulação

O que podia ter sido e o que não foi
Tendem para um só fim, que é sempre presente
Ecoam passos na memória
Ao longo do corredor que não seguimos
Em direcção à porta que nunca abrimos
Para o roseiral.
As minhas palavras ecoam
Assim, no teu espírito...
Mas para quê
Perturbar a poeira numa taça de folhas de rosa?
Não sei.
Vai, vai, vai, disse a ave;
O gênero humano não pode suportar muita realidade.
O tempo passado e o tempo futuro
O que podia ter sido e o que foi
Tendem para um fim, que é sempre presente."
T.S. Eliot




A Verdade de Nelson Rufino - Álbum Completo

Álbum completo - A Verdade de Nelson Rufino. Gravadora: Som Livre / Ano: 2000 O baiano Nelson Rufino faz parte de uma pequena galeria de conterrâneos que de sua terra conseguiu influir no caldeirão do samba gerido a partir do eixo carioca. Ao lado de Ederaldo Gentil, Edil Pacheco, Tião Motorista e Batatinha, ele ultrapassou a barreira da latitude (e do preconceito) e foi gravado por Roberto Ribeiro (Todo Menino É um Rei, Tempo Ê), Nara Leão (Nonô), Zeca Pagodinho (Verdade), Alcione (Aruandê), além de Elza Soares, Maria Bethânia, Martinho da Vila e Neguinho da Beija Flor, entre outros. Este disco homenagem ao sambista já de cabelos brancos também pretende com justiça -- e uma penca de convidados famosos -- alavancar seu nome pouco conhecido apesar do sucesso das músicas. O que atrapalha é o critério da seleção dos chamados, além da babação de ovo trocada entre eles e o anfitrião, algo que já começa a incomodar na primeira audição do CD. A mistura de bambas de estirpe como o recém falecido João Nogueira, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Alcione, Jorge Aragão e figuras de menor expressão como Os Travessos, Curt Samba, Katinguelê, Wil Carvalho e até artistas de outra praia como a baladeira Joanna (que substituiu o ausente Caetano Veloso na faixa Crença de Ilusão) reduzem o potencial sambista do disco. O denominador comum do romantismo acaba sendo responsável pela levada lenta da maioria das faixas (há nada menos de quatro pot-pourris) que aproximam Rufino mais do pagodão de mercado que de sua originária raiz. Quando surge um partido mais picotado como o belo Manda Notícia, a temperatura sobe. Ainda assim, há bons duetos com Emílio Santiago (Vazio), João Nogueira (Todo Menino É um Rei) e Zeca Pagodinho (Marejou). Mas ficaram devendo ao Rufino, um intérprete eficaz de suas próprias composições. (Tárik de Souza)

Biografia de Nelson Rufino
Compositor requintado, suas melodias têm a levada baiana e suas letras encampam o universo carioca.


Que é, pois o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pede, não sei.

Santo Agostinho

Referências

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTfHcn7y-NHt7St_9g6cRSghwD5ad9rtrEzvMXChBV2Q_ZH-UOy
https://youtu.be/olIJbroaBeE
http://www.gilbertogodoy.com.br/ler-post/o-tempo-presente-e-o-tempo-passado---t-s--eliot
https://youtu.be/h5BsA_ZBTjE
https://www.letras.com.br/biografia/nelson-rufino

Nenhum comentário:

Postar um comentário