quarta-feira, 15 de novembro de 2017

7 Pérolas da comunidadji

Favela oi
Lata d'água na cabeça
Sabão, um pedacinho assim

O morro não tem vez
Esta é a Praça Onze tão querida
Vai, barracão
Vão acabar com a Praça Onze

“Se a ficção nos permitisse a realidade ou, ao contrário, a realidade me permitisse toda a possibilidade da ficção, adoraria transgredir pirandellianamente, dentro de um teatro, essas personalidades que o capricho das encarnações fez desencontrar as existências.” Márcia Falabella Breviário da Cena



Pirandelliano: “alle situazioni drammatiche, ambigue e paradossali, velate di ironia, tipiche della produzione di Pirandello” – “as situações dramáticas, ambíguas e paradoxais da ironia, típicas da produção de Pirandello: ambientes pirandelianos; situações pirandelistas” DIZIONARIO DI ITALIANO DALLA A ALLA Z


“Não me lembro de rostos, indumentária, situações, nada, somente vozes que ecoam suspensas num universo sem relógios nem idades.” Luiz Ruffato De mim já nem se lembra

Favela oi

Favela
Francisco Alves



  
Favela oi, favela,
Favela que trago no meu coração
Ao recordar com saudade
A minha felicidade
Favela dos sonhos de amor
E do samba-canção
Hoje tão longe de ti
Se vejo a lua surgir
Eu relembro a batucada
E começo a chorar
Favela das noites do samba
Berço dourado dos bambas
Favela és tudo que eu posso falar.
Favela oi
Minha favela querida
Onde eu senti minha vida
Presa a um romance de amor
Numa doce ilusão
Em uma saudade bem rara
Na distância que nos separa
Eu guardo de ti esta recordação.
Composição: Roberto Martins

Lata d'água na cabeça

Lata d'gua
Marlene



Música e Trabalho: Lata D'água (Marlene)


Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria
Lá vai Maria
Sobe o morro e não se cansa
Pela mão
Leva a criança
Lá vai Maria

Maria
Lava a roupa
Lá no alto
Lutando pelo pão
De cada dia
Sonhando com a vida
Do asfalto
Que acaba
Onde o morro principia
Composição: Lata D'Água (Luiz Antônio e Jota Júnior /1952)

Sabão, um pedacinho assim

O Lamento da Lavadeira
Monsueto





Ô, dona Maria!
Olha a roupa, dona Maria
Ai, meu deus!
Tomara que não me farte água!
Sabão, um pedacinho assim
A água, um pinguinho assim
O tanque, um tanquinho assim
A roupa, um tantão assim

Para lavar a roupa da minha sinhá
Para lavar a roupa da minha sinhá

Quintal, um quintalzinho assim
A corda, uma cordinha assim
O sol, um solzinho assim
E a roupa, um tantão assim
Para secar a roupa da minha sinhá
Para secar a roupa da minha sinhá
A sala, uma salinha assim
A mesa, uma mesinha assim
O ferro, um ferrinho assim
E a roupa, um tantão assim
Para passar a roupa da minha sinhá
Para passar a roupa da minha sinhá
Trabalho, um tantão assim
Cansaço, é bastante sim
A roupa, um tantão assim
Dinheiro, um tiquinho assim
Para lavar a roupa da minha sinhá
Para secar a roupa da minha sinhá

Para passar a roupa da minha sinhá
Composição: Monsueto Menezes

O morro não tem vez

O Morro Não Tem Vez
Tom Jobim





O morro não tem vez
E o que ele fez já foi demais
Mas olhem bem vocês
Quando derem vez ao morro
Toda a cidade vai cantar
Morro pede passagem
Morro quer se mostrar
Abram alas pro morro
Tamborim vai falar
É 1, é 2, é 3, é 100
É 1000 a batucar
O morro não tem vez
Mas se derem vez ao morro
Toda a cidade vai cantar
O morro não tem vez
Mas se derem vez ao morro
Toda a cidade vai cantar
Morro pede passagem
Morro quer se mostrar
Abram alas pro morro
Tamborim vai falar
É 1, é 2, é 3, é 100
É 1000 a batucar
O morro não tem vez
Mas se derem vez ao morro
Toda a cidade vai cantar
Composição: Tom Jobim / Vinícius de Moraes

Esta é a Praça Onze tão querida

Rancho da Praça Onze
João Roberto Kelly



Esta é a Praça Onze tão querida Do carnaval a própria vida Tudo é sempre carnaval Vamos ver desta Praça a poesia E sempre em tom de alegria Fazê-la internacional A Praça existe alegre ou triste Em nossa imaginação A Praça é nossa e como é nossa No Rio quatrocentão Este é o meu Rio boa praça Simbolizando nesta Praça Tantas praças que ele tem Vamos da Zona Norte a Zona Sul Deixar a vida toda azul Mostrar da vida o que faz bem Praça Onze, Praça Onze
Composição: João Roberto Kelly e Chico Anísio

Vai, barracão

Barracão
Elizeth Cardoso



Vai, barracão
Pendurado no morro
E pedindo socorro
A cidade a seus pés
Vai, barracão
Tua voz eu escuto
Não te esqueço um minuto
Porque sei
Que tu és
Barracão de zinco
Tradição do meu país
Barracão de zinco
Pobretão, infeliz
Vai, barracão
Pendurado no morro
E pedindo socorro
A cidade
A seus pés
Vai, barracão
Tua voz eu escuto
Não te esqueço um minuto
Porque sei
Que tu és
Barracão de zinco
Tradição do meu país
Barracão de zinco
Pobretão, infeliz
Barracão de zinco
Barracão de zinco
Composição: Composição: Luiz Antonio

Vão acabar com a Praça Onze


Praça Onze
Demônios da Garoa



PRAÇA ONZE - (OS DEMÔNIOS DA GAROA)


Vão acabar com a Praça Onze Não vai haver mais Escola de Samba, não vai Chora o tamborim Chora o morro inteiro Favela, Salgueiro Mangueira, Estação Primeira Guardai os vossos pandeiros, guardai Porque a Escola de Samba não sai Adeus, minha Praça Onze, adeus Já sabemos que vais desaparecer Leva contigo a nossa recordação E ficarás eternamente em nosso coração E algum dia nova praça nós teremos E o seu passado cantaremos
Composição: Grande Otelo / Herivelto Martins

Favela oi
Lata d'água na cabeça
Sabão, um pedacinho assim


O morro não tem vez
Esta é a Praça Onze tão querida
Vai, barracão
Vão acabar com a Praça Onze


Sei personaggi in cerca d'autore - Con Carlo Cecchi - rarissimo - Parte 1



ASSIM É... ( SE LHE PARECE )


Assim É Se Lhe Parece no programa Em Cartaz




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