sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Mutantes estruturais de sua época:


  ‘Yo soy yo y mi circunstancia, y si no la salvo a ella, no me salvo yo’. Ortega Y Gasset
                                                                           Para não dizer que não falamos de Júlia e Itália...
Presidentes Juscelino Kubitschek e Itamar Franco foram campeões no entendimento das mutações qualitativas de sua contemporaneidade. Afastaram-se de interpretações puramente econômicas, tendo plena consciência de uma visão holística, compreendendo, plenamente, a importância de valorizar corretamente a defesa do estado democrático de direito antenados nas próprias limitações sociais que estruturas seculares construíram ao longo da história do país que governaram buscando sempre a pacificação social, mesmo limitado objetivamente, num clima de liberdades e tolerâncias.
Ronaldo Costa Couto, cuja Memória de JK , na íntegra, e Ivanir Yazbeck em O Real Itamar , Uma biografia, da Editora Gutenberg Ltda., fizeram uma grande contribuição à cidadania, com esses excelentes trabalhos, frutos de abnegação e compromisso com os mesmos valores carregados pela vida a fora por seus biografados.
Das montanhas mineiras, jamais niveladas em sua história pátria, alçaram vôos dois sonhadores lúcidos das alterosas rumo à construção de um destino que suas respectivas mães viúvas jamais poderiam imaginar quando cumpriram honradamente as missões de formar caracteres, após terem dado a vida a duas das mais importantes personalidades da humanidade.
O respeito ao velho calibrou suas tolerâncias por toda a vida sem impedir que desbravassem o novo num processo de superação de conflitos sem abdicar de seus respeitos pela conservação de humanidade, amor à pátria e conservadorismo revolucionário na defesa permanente dos mais elevados valores assimilados desde a mais tenra idade no Seminário de Diamantina dos Lazaristas, e no Colégio Americano Granbery de Juiz de Fora dos Reverendos Metodistas.
            Falar de Juscelino Kubitschek de Oliveira é falar de esperança, otimismo, renovação de fé, coragem, novas crenças, confiança. Todos estes predicados se vestiam nele com a maior e a mais perfeita adequação. Itamar Franco, além de ter sido grande amigo de Juscelino, sempre foi dotado de um espírito justo e nobre e sei que ele lhe devotava também grande amizade.

14 de setembro de 1976
 (Volume 1)
TANCREDO NEVES 
Em sessão solene a Câmara dos Deputados, homenageia a memória de Juscelino Kubitschek, vinte e dois dias após a sua morte

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