‘Yo soy yo y mi circunstancia, y si no la salvo a ella, no me
salvo yo’. Ortega Y Gasset
Para
não dizer que não falamos de Júlia e Itália...
Presidentes Juscelino Kubitschek e Itamar Franco foram
campeões no entendimento das mutações qualitativas de sua contemporaneidade.
Afastaram-se de interpretações puramente econômicas, tendo plena consciência de
uma visão holística, compreendendo, plenamente, a importância de valorizar
corretamente a defesa do estado democrático de direito antenados nas próprias
limitações sociais que estruturas seculares construíram ao longo da história do
país que governaram buscando sempre a pacificação social, mesmo limitado
objetivamente, num clima de liberdades e tolerâncias.
Ronaldo Costa Couto, cuja Memória de JK ,
na íntegra, e Ivanir Yazbeck em O Real Itamar , Uma biografia, da Editora Gutenberg Ltda., fizeram uma grande contribuição à cidadania, com esses excelentes trabalhos, frutos
de abnegação e compromisso com os mesmos valores carregados pela vida a fora
por seus biografados.
Das montanhas mineiras, jamais niveladas em sua história
pátria, alçaram vôos dois sonhadores lúcidos das alterosas rumo à construção de
um destino que suas respectivas mães viúvas jamais poderiam imaginar quando
cumpriram honradamente as missões de formar caracteres, após terem dado a vida
a duas das mais importantes personalidades da humanidade.
O respeito ao velho calibrou suas tolerâncias por toda a
vida sem impedir que desbravassem o novo num processo de superação de conflitos
sem abdicar de seus respeitos pela conservação de humanidade, amor à pátria e
conservadorismo revolucionário na defesa permanente dos mais elevados valores
assimilados desde a mais tenra idade no Seminário de Diamantina dos Lazaristas,
e no Colégio Americano Granbery de Juiz de Fora dos Reverendos Metodistas.
Falar de
Juscelino Kubitschek de Oliveira é falar de esperança, otimismo, renovação
de fé, coragem, novas crenças, confiança. Todos estes predicados se vestiam nele com a maior
e a mais perfeita adequação. Itamar Franco, além de ter sido grande amigo de Juscelino, sempre foi
dotado de um espírito justo e nobre
e sei que ele lhe devotava também grande amizade.
14 de setembro de 1976
(Volume 1) |
TANCREDO NEVES
Em sessão solene a Câmara dos Deputados, homenageia a memória de Juscelino Kubitschek, vinte e dois dias após a sua morte |
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