Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos.
As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
“O
Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história. E o governo do PT
escolheu o pior caminho para enfrentá-la.
Aumentou os impostos e os juros, piorando ainda mais o drama
do desemprego.” (Alckimin)
“Mas o
PT se fez de surdo e não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a
eleição. E agora o governo Dilma está com a água na altura do nariz. Aumenta
tarifas de impostos, leva o juros até as nuvens” (Serra)
“A
gestão da Dilma está derretendo. A economia vai muito mal. E a Presidência é
refém de uma base de sustentação no Congresso que a cada dia é mais do tipo
toma lá, dá cá. Ela na verdade está pagando pela herança maldita que o Lula
deixou. A presidente pode até tentar sair dessa crise, mas como? Com o PT? E o
PT tem condições de sustentar alguém? Um partido que propôs o céu para o povo e
não teve competência para gerir a economia e hoje oferece o inferno da crise e
do desemprego? Por outro lado, e se ela abandona o PT? Aí que o risco de cair
aumenta mais. Está na hora da presidente ter grandeza e pensar no que é melhor
para o Brasil e não pro PT.” (FHC)
“Se o
governo, por exemplo, quiser tirar mais direitos que você conquistou, nós
seremos contra. Mas se esse mesmo governo quiser se esforçar para baixar a taxa
de juros
e fazer a economia voltar a crescer, trazendo de volta os empregos, pode contar
conosco.” (Aécio)
Jura (Sinhô) - Aracy Cortes
Roda
Viva | Hélio Bicudo | 28/09/20
Mário
Reis - Jura (1928)
Dilma Rousseff Abre Debate Das Naçôes
Unidas - 28/09/2015
Esses tucanos são
tão arrogantes e pretensiosos, que em seu benefício não devemos subestimá-los.
Vamos combinar que
não sabemos que eles estão armando essa estratégia de parecerem divididos para
se equilibrarem no muro, não se comprometendo com ninguém, salvo com eles
mesmos de forma camuflada e sutil.
Para “a doce
Dilminha toda a ‘governabilidade sangrando’”, com Bethania interpretando ao
fundo:
Meu caro, somente o nosso conterrâneo
Aecinho, que quer de qualquer jeito sentar na cadeira, ainda que tudo isso
possa trazer uma convulsão social. É a estória do menino mimado que sempre teve
o pirulito para chupar, do quando tiraram fica fazendo birra que quer o
pirulito. Veja os caciques do seu partido decidindo ao contrário. Esse
negócio é "pau de dar em doido".
247 – Ao reunir cinco dos seis governadores tucanos, no Palácio
dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin defendeu cautela
contra o golpismo liderado pelo seu partido contra a presidente Dilma Rousseff:
“Impeachment é um instrumento que se usa quando você prova que houve rompime...
De estrela no chão a pentágono estufando a rede
adversária.
Ou de pentágono irregular a regular; as imagens
desvendam!
1) Melhor perder
bolas, faixas e anéis do que a Presidência da Copa.
2) Amarrar bem
estiletes afiados nos bicos das chuteiras e reformas.
3) É dando que se percebe!
(Royalties para o Canhotinha de Ouro e São Francisco de Assis)
4) Fintando, ganhar mais pelo que não dá do que pelo que dá! (Royalties para Fefeu e Dr.
Roberto Marinho)
5) Um gol de impedimento no último segundo da
prorrogação após dar cotoveladas nos olhos e dedadas em aliados e adversários
na Zona do Agrião para salvar
a lavoura, num jogo catimbado, e para safar-se do impeachment,
é a verdadeira glória do sucesso!
Mesmo com o real ladeira abaixo (e empurrando os juros futuros
para cima), o dia do Palácio do Planalto e dos políticos na quarta-feira em
Brasília foi consumido quase todo inteiramente pelas …
Jogador morreu nesta
quinta-feira, aos 83 anos em São Paulo, onde estava internado
O gesto de erguer a taça, que Belini eternizou em
1958, surgiu do acaso
“(...)
Zagueiro de estilo vigoroso, líder nato, Belini entrou para a história do
futebol mundial ao erguer a Taça Jules Rimet no dia 29 de junho de 1958, no
Estádio Rasunda, em Estocolmo, depois da goleada de 5 a 2 do Brasil sobre a
Suécia no jogo decisivo do Mundial. O gesto, que é copiado até hoje, surgiu do
acaso.
Belini conta como aconteceu.
- Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que
fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo, da Suécia. Na cerimônia de
entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos
procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos,
começaram a gritar:
"Belini, levanta a taça, levanta, Belini!", já
que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui - conta.” (...)”
O Scratch de 1958
Seleção
posou para a foto antes da vitória por 5 a 2 contra a Suécia, na final da Copa
de 1958. De pé, da esquerda para direita: Djalma Santos; Zito; Bellini; Nilton
Santos; Orlando e Gylmar. Agachados, da esquerda para a direita: Garrincha,
Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e Mário Américo. Foto: UOL
Sugestõe provisórias para
a seleção da presidência:
UMA NOITE, há muitos anos, passeava eu com um amigo no terraço do
Teatro de São Pedro de Alcântara. Era entre o segundo e o terceiro ato da peça
A Sentença ou o Tribunal do Júri. Só me ficou o título, e foi justamente o
título que nos levou a falar da instituição e de um fato que nunca mais me
esqueceu.
— Fui sempre contrário ao júri, — disse-me aquele amigo, — não pela instituição
em si, que é liberal, mas porque me repugna condenar alguém, e por aquele
preceito do Evangelho; "Não queirais julgar para que não sejais
julgados". Não obstante, servi duas vezes. O tribunal era então no antigo
Aljube, fim da Rua dos Ourives, princípio da Ladeira da Conceição.
Tal era o meu escrúpulo que, salvo dois, absolvi todos os réus. Com efeito, os
crimes não me pareceram provados; um ou dois processos eram mal feitos. O
primeiro réu que condenei, era um moço limpo, acusado de haver furtado certa
quantia, não grande, antes pequena, com falsificação de um papel. Não negou o
fato, nem podia fazê-lo, contestou que lhe coubesse a iniciativa ou inspiração
do crime. Alguém, que não citava, foi que lhe lembrou esse modo de acudir a uma
necessidade urgente; mas Deus, que via os corações, daria ao criminoso
verdadeiro o merecido castigo. Disse isso sem ênfase, triste, a palavra surda,
os olhos mortos, com tal palidez que metia pena; o promotor público achou nessa
mesma cor do gesto a confissão do crime. Ao contrário, o defensor mostrou que o
abatimento e a palidez significavam a lástima da inocência caluniada.
Poucas vezes terei assistido a debate tão brilhante. O discurso do promotor foi
curto, mas forte, indignado, com um tom que parecia ódio, e não era. A defesa,
além do talento do advogado, tinha a circunstância de ser a estréia dele na
tribuna. Parentes, colegas e amigos esperavam o primeiro discurso do rapaz, e
não perderam na espera. O discurso foi admirável, e teria salvo o réu, se ele
pudesse ser salvo, mas o crime metia-se pelos olhos dentro. O advogado morreu
dois anos depois, em 1865. Quem sabe o que se perdeu nele! Eu, acredite, quando vejo morrer
um moço de talento, sinto mais que quando morre um velho... Mas vamos ao que ia
contando. Houve réplica do promotor e tréplica do defensor. O presidente do
tribunal resumiu os debates, e, lidos os quesitos, foram entregues ao presidente
do Conselho, que era eu.
Não digo o que se passou na sala secreta; além de ser secreto o que lá se
passou, não interessa ao caso particular, que era melhor ficasse também calado,
confesso. Contarei depressa; o terceiro ato não tarda.
Um dos jurados do Conselho, cheio de corpo e ruivo, parecia mais que ninguém
convencido do delito e do delinqüente. O processo foi examinado, os quesitos
lidos, e as respostas dadas (onze votos contra um); só o jurado ruivo estava
quieto. No fim, como os votos assegurassem a condenação, ficou satisfeito,
disse que seria um ato de fraqueza, ou coisa pior, a absolvição que lhe
déssemos. Um dos jurados, certamente o que votara pela negativa, — proferiu
algumas palavras de defesa do moço. O ruivo, — chamava-se Lopes, — replicou com
aborrecimento:
— Como, senhor? Mas o crime do réu está mais que provado.
— Deixemos de debate, disse eu, e todos concordaram comigo.
— Não estou debatendo, estou defendendo o meu voto, continuou Lopes. O crime
está mais que provado. O sujeito nega, porque todo o réu nega, mas o certo é
que ele cometeu a falsidade, e que falsidade! Tudo por uma miséria, duzentos
mil-réis! Suje-se gordo! Quer sujar-se? Suje-se gordo!
"Suje-se gordo!" Confesso-lhe que fiquei de boca aberta, não que
entendesse a frase, ao contrário; nem a entendi nem a achei limpa, e foi por
isso mesmo que fiquei de boca aberta. Afinal caminhei e bati à porta,
abriram-nos, fui à mesa do juiz, dei as respostas do Conselho e o réu saiu
condenado. O advogado apelou; se a sentença foi confirmada ou a apelação
aceita, não sei; perdi o negócio de vista.
Quando saí do tribunal, vim pensando na frase do Lopes, e pareceu-me entendê-la."Suje-se gordo!" era
como se dissesse que o condenado era mais que ladrão, era um ladrão reles, um
ladrão de nada. Achei esta explicação na esquina da Rua de São Pedro; vinha
ainda pela dos Ourives. Cheguei a desandar um pouco, a ver se descobria o Lopes
para lhe apertar a mão; nem sombra de Lopes. No dia seguinte, lendo nos jornais
os nossos nomes, dei com o nome todo dele; não valia a pena procurá-lo, nem me
ficou de cor. Assim são as páginas da vida, como dizia meu filho quando fazia
versos, e acrescentava que as páginas vão passando umas sobre outras,
esquecidas apenas lidas. Rimava assim, mas não me lembra a forma dos versos.
Em prosa disse-me ele, muito tempo depois, que eu não devia faltar ao júri,
para o qual acabava de ser designado. Respondi-lhe que não compareceria, e
citei o preceito evangélico; ele teimou, dizendo ser um dever de cidadão, um
serviço gratuito, que ninguém que se prezasse podia negar ao seu país. Fui e
julguei três processos.
Um destes era de um empregado do Banco do Trabalho Honrado, o caixa, acusado de
um desvio de dinheiro. Ouvira falar no caso, que os jornais deram sem grande minúcia,
e aliás eu lia pouco as notícias de crimes. O acusado apareceu e foi sentar-se
no famoso banco dos réus, Era um homem magro e ruivo. Fitei-o bem, e estremeci;
pareceu-me ver o meu colega daquele julgamento de anos antes. Não poderia
reconhecê-lo logo por estar agora magro, mas era a mesma cor dos cabelos e das
barbas, o mesmo ar, e por fim a mesma voz e o mesmo nome: Lopes.
— Como se chama? perguntou o presidente.
— Antônio do Carmo Ribeiro Lopes.
Já me não lembravam os três primeiros nomes, o quarto era o mesmo, e os outros
sinais vieram confirmando as reminiscências; não me tardou reconhecer a pessoa
exata daquele dia remoto. Digo-lhe aqui com verdade que todas essas
circunstâncias me impediram de acompanhar atentamente o interrogatório, e muitas
coisas me escaparam. Quando me dispus a ouvi-lo bem, estava quase no fim. Lopes negava com firmeza tudo o que
lhe era perguntado, ou respondia de maneira que trazia uma complicação ao
processo. Circulava os olhos sem medo nem ansiedade; não sei até se com uma
pontinha de riso nos cantos da boca.
Seguiu-se a leitura do processo. Era uma falsidade e um desvio de cento e dez
contos de réis. Não lhe digo como se descobriu o crime nem o criminoso, por já
ser tarde; a orquestra está afinando os instrumentos. O que lhe digo com
certeza é que a leitura dos autos me impressionou muito, o inquérito, os
documentos, a tentativa de fuga do caixa e uma série de circunstâncias
agravantes; por fim o depoimento das testemunhas. Eu ouvia ler ou falar e
olhava para o Lopes. Também ele ouvia, mas com o rosto alto, mirando o
escrivão, o presidente, o teto e as pessoas que o iam julgar; entre elas eu.
Quando olhou para mim não me reconheceu; fitou-me algum tempo e sorriu, como
fazia aos outros.
Todos esses gestos do homem serviram à acusação e à defesa, tal como serviram,
tempos antes, os gestos contrários do outro acusado. O promotor achou neles a
revelação clara do cinismo, o advogado mostrou que só a inocência e a certeza
da absolvição podiam trazer aquela paz de espírito.
Enquanto os dois oradores falavam, vim pensando na fatalidade de estar ali, no
mesmo banco do outro, este homem que votara a condenação dele, e naturalmente
repeti comigo o texto evangélico: "Não queirais julgar, para que não
sejais julgados". Confesso-lhe que mais de uma vez me senti frio. Não é
que eu mesmo viesse a cometer algum desvio de dinheiro, mas podia, em ocasião
de raiva, matar alguém ou ser caluniado de desfalque. Aquele que julgava
outrora, era agora julgado também.
Ao pé da palavra bíblica lembrou-me de repente a do mesmo Lopes: "Suje-se
gordo!" Não imagina o sacudimento que me deu esta lembrança. Evoquei tudo
o que contei agora, o discursinho que lhe ouvi na sala secreta, até àquelas
palavras: "Suje-se gordo!" Vi que não era um ladrão reles, um ladrão
de nada, sim de grande valor. O verbo é que definia duramente a ação.
"Suje-se gordo!" Queria dizer que o homem não se devia levar a um ato
daquela espécie sem a grossura da soma. A ninguém cabia sujar-se por quatro
patacas. Quer sujar-se? Suje-se gordo!
Idéias e palavras iam assim rolando na minha cabeça, sem eu dar pelo resumo dos
debates que o presidente do tribunal fazia. Tinha acabado, leu os quesitos e
recolhemo-nos à sala secreta. Posso dizer-lhe aqui em particular que votei
afirmativamente, tão certo me pareceu o desvio dos cento e dez contos. Havia,
entre outros documentos, uma carta de Lopes que fazia evidente o crime. Mas
parece que nem todos leram com os mesmos olhos que eu. Votaram comigo dois
jurados. Nove negaram a criminalidade do Lopes, a sentença de absolvição foi
lavrada e lida, e o acusado saiu para a rua. A diferença da votação era
tamanha, que cheguei a duvidar comigo se teria acertado. Podia ser que não.
Agora mesmo sinto uns repelões de consciência. Felizmente, se o Lopes não
cometeu deveras o crime, não recebeu a pena do meu voto, e esta consideração
acaba por me consolar do erro, mas os repelões voltam. O melhor de tudo é não
julgar ninguém para não vir a ser julgado. Suje-se gordo! suje-se magro!
suje-se como lhe parecer! o mais seguro é não julgar ninguém... Acabou a
música, vamos para as nossas cadeiras.
Texto extraído do livro “Antologia do Humorismo e Sátira”, Editora
Civilização Brasileira – Rio de Janeiro, 1957, pág. 98, uma seleção de R.
Magalhães Júnior.
Partidos políticos brasileiros inovaram nos contratos de
Compra e Venda.
Nos casos específicos de contratos celebrados por esses
partidos com Financiadores de Campanhas Eleitorais introduziram uma cláusula,
que na prática significa o título supimpa supra.
No Código Civil de 2002, esse instituto jurídico que
vinha garantindo segurança jurídica para os contratantes até a passagem do
cometa Lava a Jato, sofreu grande
instabilidade, com reflexos político, psicológico e material nos contratantes,
até aqui confiantes no “vale o que está
escrito”, e, como acentuou um Ministro do STF, na seção daquela corte, em
17/09/2015, “cercando por todos os lados”.
Que venha a jato
a legalização de todos esses contratos celebrados para que a segurança dos
agentes até aqui criminalizados possibilite voltar a celebrar o que tomavam por
usos e costumes.
Mas alguns magistrados pedantes teimam em arrotar pela
Constituição Alemã, mesmo quando afônicos, desprezando nossas referências
americanas.
Assim não dá, assim não pode, assim não fica.
Ou nos desmoralizemos para todos ou não poderemos
continuar a nos locupletar despudoradamente.
“- A maior balela que tem
nesse Brasil é a doação oficial. Agora há pouco saiu na imprensa várias vezes
que o dono da UTC fez uma doação oficial de não sei quantos milhões para o PT.
Pô, com dinheiro daqui (da Petrobras). Não tem doação oficial, isso é balela -
disse o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento à
Procuradoria Geral da República, em fevereiro passado.”
Confiando mais ainda na Lei elaborada, votada e
sancionada por nossos partidos políticos, em sua Parte Geral, especificamente
no Livro I Das Pessoas, Título VI Das Várias Espécies de Contrato, Capítulo I
Da Compra e Venda, Seção II Das Cláusulas Especiais à Compra e Venda, Subseção
II Da Venda a Contento e da Sujeita a Prova, Artigos 509, 510, 511 e 512,
transcritos a seguir para uma portabilidade a
jato do leitor.
Art. 509. A venda feita a
contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a
coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o
adquirente não manifestar seu agrado.
Art. 510. Também a venda
sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha
as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se
destina.
Art. 511. Em ambos os
casos, as obrigações do comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a
coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la.
Art. 512. Não havendo
prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de
intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo
improrrogável.
“Vai falar com o Danilo de
Castro? Deixe a carteira em casa”, faz troça Rogério Correia, deputado estadual
pelo PT e adversário histórico de Aécio.
Pragmatismo
Aos 25 anos, Aécio Neves foi nomeado, sem concurso, para
o cargo de diretor de Loterias da Instituição.
Publicou-se a nomeação nos Atos do Ministério da Fazenda
de 14 de maio de 1985, comandado pelo Primo Francisco Neves Dornelles, sob a
presidência de José Sarney.
“(...) Caderno 2:Posso
convidá-lo a fazer algumas considerações sobre o atual desenvolvimento da
situação social e política do Brasil depois do fim do regime militar?
Hobsbawm:Você pode convidar, mas não
acho que possa responder, simplesmente porque não tenho conhecimento suficiente
sobre a situação do Brasil. Acho que o País, no momento, está vivendo um clima
especial. Visito o Brasil, ocasionalmente, há muito tempo, e não me lembro de
um clima semelhante, no qual o povo não tem certeza quanto ao futuro, mostra-se
pessimista, não sabe ou duvida se vão ser encontradas soluções. Acho que isto é
novo. Os brasileiros, mesmo no passado, sempre foram muito esperançosos quanto
ao futuro, de uma forma ou de outra. Mas não acho que este seja um problema
específico do Brasil. Eu diria que a América Latina tem sido a principal vítima
da crise atual. Tanto economicamente, como no sentido de uma certa desagregação
política. Têm havido mudanças; porém mudanças que parecem não ser ainda
soluções alternativas. Então, se você olha não apenas para o Brasil, mas para
toda a América Latina
para o México, para a Argentina, para o Peru, para a Colômbia você encontra uma situação
de drama, de crise e de incertezas sobre o que acontecerá a todos esses países.
No Brasil, isto pode ser mais dramático por causa do contraste com um período
recente de expansão auto-confiante e esperança. Mas isso não é um fenômeno
especificamente brasileiro. Acho que ele deve ser visto numa perspectiva
global. Nessa situação política, tudo o que posso dizer é que a transição
parece estar se prolongando por um tempo muito longo e, talvez, também possa
dizer que não me parece um bom sinal para a política do País que pelo menos
duas das figuras no comando das próximas eleições presidenciais tenham sido
pessoas ou fenômenos de quem eu ouvi falar há 26 anos, quando vim ao Brasil
pela primeira vez. Parece-me que figuras do passado não são necessariamente
boas para o futuro. (...)”
“O lugar de pessoa afirma a
superioridade daquilo que está ligado às pessoas. Primeiro as pessoas, depois
as coisas! é o slogan que materializa esse lugar. Quando um candidato a
governador diz, por exemplo, que, se for eleito, construirá trinta escolas, seu
opositor dirá, utilizando o lugar de pessoa, que não construirá escolas.
Procurará, isto sim, dar condições mais humanas ao trabalho do professor,
melhores salários, programas de reciclagem etc. Dará preferência ao homem, não
aos tijolos. O seguinte trecho, de autoria de um ex-presidente da república do
Brasil vivo, utiliza o lugar de pessoa:
A democracia brasileira está marchando para
ser a liberdade do mercado, do deus mercado, erigido como senhor da guerra e da
paz, o mágico sistema que pode resolver tudo. O mercado não resolve os
problemas da fome, das doenças, da segurança. Não vejo senão como uma ficção
desonesta que a solução para o bem-estar seja um Estado mínimo e uma sociedade
economicamente permissiva.
Condeno o Estado, polvo de mil tentáculos,
invadindo os setores privados. Mas tem de ser forte para harmonizar conflitos,
proteger os mais fracos, tornar efetiva a livre concorrência e, sobretudo, ser
gestor de um aparato que aprofunde a democracia, voltado para coibir as
injustiças. E da soberania divina que ”o homem não foi feito para o Sábado, e
sim o Sábado para o homem”. [. . .] O mercado, considerado sob o ponto de vista
dogmático e sagrado, leva ao desemprego estrutural, ao desemprego conjuntural.
O homem fica transformado num insumo que pode
ser desagregado do conjunto da produção. Desempregar para diminuir custos, como
se pudéssemos abstrair do desempregado todas as conseqüências humanas de sua
condição5.”
Principais Partidos Políticos Brasileiros, história
política brasileira, fundação, ideais defendidos
Autor do Lugar de Pessoa?
Partido Político do Autor do Lugar de Pessoa?
Lugar de Partido Político do Autor do Lugar de Pessoa?
O desafio a que o leitor será submetido é o de
identificar, dentre os ex- presidentes da república vivos, as respostas para as
três perguntas anteriores.
Quem não acertar nenhuma das 3, é lúcido,
consciente e sagaz.
Quem acertar apenas 1 (uma) é lúcido e consciente.
Quem acertar 2 (duas) é lúcido.
Quem acertar 3 (três) pode considerar-se o antônimo
de lúcido, consciente e sagaz.