sábado, 8 de setembro de 2018

SOS SUS








“SUS SALVA BOLSONARO POR R$ 367,06”
“[...] Errata: Versão anterior desta reportagem informou incorretamente que o cirurgião Paulo Gonçalves de Oliveira Junior receberia 367 reais e seis centavos para salvar Bolsonaro. Ele receberá uma parte disso. O valor será dividido com os outros médicos que participaram da cirurgia.”
Piauí


LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
Art. 3o  Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.         (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013)
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.

.......................................................................................................................

Art. 53. (Vetado).
Art. 53-A.  Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos para saúde, laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico por imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros.           (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de 1975, e demais disposições em contrário.
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Este texto não substitui o publicado no DOU de 20.9.1990






SUS SALVA BOLSONARO POR R$ 367,06
Pago pelo sistema público brasileiro, cirurgião de veias e artérias de Juiz de Fora é tirado de almoço de família para achar e conter hemorragia no candidato
CONSUELO DIEGUEZ
07set2018 14h47


O candidato é transferido de Juiz de Fora para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, nesta sexta-feira, 7 de setembro REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Antes do Einstein veio o SUS. Antes dos médicos de grife vieram os que recebem pela tabela do Sistema Único de Saúde. Foram eles que salvaram a vida de um Jair Bolsonaro esfaqueado e exangue. Esta é a história de um deles.

Por volta das 16 horas desta quinta-feira, o cirurgião vascular Paulo Gonçalves de Oliveira Junior participava de um almoço de família em Juiz de Fora quando seu celular tocou. Era um chamado da Santa Casa de Misericórdia da cidade para que fosse com urgência para o hospital: Bolsonaro havia sido esfaqueado e os médicos não conseguiam conter a hemorragia e nem identificar de onde vinha. O candidato a presidente pelo PSL chegara ao hospital com muita dor. Os médicos fizeram uma ultrassonografia e verificaram um hematoma na barriga, sem saber se era na parede na região epigástrica ou no fígado. Pelo quadro, resolveram iniciar imediatamente a cirurgia. Ao abrirem o abdômen, se depararam com um sangramento abundante e incontrolável. Chegaram a acreditar que o fígado havia sido atingido. Foi então que Oliveira Junior foi acionado, às pressas. O papel do cirurgião vascular seria tentar identificar onde era a hemorragia.

Quando o médico entrou na sala de cirurgia, encontrou um quadro dramático: Bolsonaro, por causa da perda de sangue, estava em choque. A pressão havia caído para 7 por 4, apesar de ter tomado um litro de soro. Com a lesão na veia do intestino, não havia nada que contivesse a hemorragia. Após exame em condições adversas, Oliveira Junior concluiu que a veia afetada fora a mesentérica, uma das mais importantes do intestino, além de um ramo dessa veia, chamada cólica média. Se a facada tivesse sido alguns centímetros acima, poderia ter atingido, segundo os médicos, a veia porta e, nesse caso, o risco de morte seria maior. Oliveira Junior imediatamente iniciou o processo de sutura das veias para conter o sangramento. O agravante é que havia uma grande lesão no cólon, o que poderia resultar em contaminação. A preocupação dos médicos era com o risco de infecção generalizada.

Os procedimentos de sutura deram resultado, e o quadro clínico do candidato se estabilizou. Na medicina o trabalho é sempre feito em equipe, e os outros cirurgiões, anestesistas e enfermeiros foram vitais. Mas, sem a intervenção do especialista em cirurgia de veias e artérias, provavelmente, a sucessão de eventos seria outra.

No começo da noite, Oliveira Junior mandou uma mensagem para um grupo de WhatsApp de cirurgiões vasculares amigos. Ali, ele agradece os cumprimentos dos colegas pelo trabalho e revela a tensão daquela cirurgia. “Meus amigos, muito obrigado pelos cumprimentos. Estou muito aliviado. Foi muito tenso. Quando cheguei, estava chocado, a lesão venosa estava destamponada, com muito sangue na cavidade tributária calibrosa da mesentérica superior. Talvez a cólica média junto a mesentérica superior. Lesão grande de cólon transverso com fezes livres na cavidade, quatro lesões de delgado, várias lesões linfáticas. Está estável e entubado no CTI da Santa Casa.”


Pelo procedimento, o Sistema Único de Saúde paga 367 reais e seis centavos – na tabela do SUS, aparece como “tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas do abdômen”. Mas Oliveira Junior terá que dividir esse valor com os outros médicos que participaram do atendimento. O hospital será remunerado em 1.090 reais e 80 centavos.
Nesta sexta-feira pela manhã, o candidato foi transferido para o Albert Einstein, em São Paulo, hospital que rivaliza com o Sírio-Libanês a preferência dos políticos e de quem pode pagar pelos seus serviços. Bolsonaro passou a noite na Santa Casa de Juiz de Fora, monitorado pelos médicos que, até o início da noite, pela gravidade do quadro, entendiam que o candidato ainda corria risco de morte. Na madrugada, com a estabilização da pressão do paciente, foi dada autorização para a transferência para São Paulo.

Quando a cirurgia em Juiz de Fora terminou, os médicos que participaram do procedimento deram uma entrevista coletiva. Discreto, Oliveira Junior se manteve em silêncio e saiu antes do fim da coletiva. Para um amigo médico, ele explicou, no grupo de WhatsApp: “Infelizmente não tenho o dom da palavra e prefiro não comentar. Prova disso é que, na entrevista coletiva, entrei mudo e saí calado. Mas, o ocorrido foi o que postei no grupo do vascular.”

Oliveira Junior é descrito como bom profissional por colegas dos seminários médicos dos quais participa. Um deles disse que o cirurgião é uma pessoa “extremamente discreta”. No site Doctoralia, o médico é elogiado por dois pacientes pela pontualidade, atenção e instalações. Um dos comentários diz tratar-se de “um excelente médico! Muito competente. O melhor especialista em angiologia e cirurgia vascular e endovascular da região.” O site informa que o consultório fica no Centro de Juiz de Fora e que Oliveira Junior atende pacientes particulares (sem convênio) e Unimed. E sugere entrar em contato, para confirmar se atende o seu plano de saúde.
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Errata: Versão anterior desta reportagem informou incorretamente que o cirurgião Paulo Gonçalves de Oliveira Junior receberia 367 reais e seis centavos para salvar Bolsonaro. Ele receberá uma parte disso. O valor será dividido com os outros médicos que participaram da cirurgia.

CONSUELO DIEGUEZ
Consuelo Dieguez, repórter da piauí desde 2007, é autora da coletânea de perfis Bilhões e Lágrimas, da Companhia das Letras






Sos Solidão
Lulu Santos



Se existe alguém na linha Se tem alguém no ar Por favor, responda agora Não me faça esperar Há uma certa urgência Alô, informação Aqui sou eu sozinho Do outro lado, não sei não Instalei uma antena E mandei um sinal Nada no radar Procuro no dial Aviso aos navegantes Tem mais alguém aí? Só ouço o som da minha própria voz A repetir SOS solidão (4x)



O MÉDICO INTERNO



Crêem muitos discípulos do Espiritualismo que todas as ocorrências desagradáveis da existência terrestre resultam de punições da Divindade ou de resgates impostos pelos erros do passado, próximo ou anterior.
Certamente a crença generalizada merece reparos, por não se ajustar totalmente à linguagem dos fatos.
O conceito sobre uma Divindade punitiva e cruel encontra-se defasado diante da nova compreensão do amor, que é recurso dinâmico a viger em todo o Universo.
Jamais a Consciência Cósmica se imiscuiria mediante atos de perversidade aplicados contra as frágeis criaturas humanas, ignorantes da sua realidade e destinação, ainda atravessando as áreas primárias do seu desenvolvimento.
Deus-Amor irradia-se em energia vitalizadora e reparadora, a tudo e a todos mantendo em equilíbrio, mesmo quando, aparentemente, algumas desconexões e desarranjos parecem perturbá-lo.
O processo de evolução dá-se através do desgaste como do aprimoramento, da doença e da saúde, da queda e do soerguimento...
Da mesma forma, há ocorrências que são conseqüências da invigilância, da irresponsabilidade, do desamor de cada ser. Nem sempre, portanto, as enfermidades podem ser consideradas como processos cármicos em mecanismos de reparação.
O organismo é excelente máquina constituída por equipamentos delicados, que são comandados pelo Espírito através do cérebro.
Quando o indivíduo tem a propensão para o pessimismo, o ressentimento, o desamor, cargas deletérias são elaboradas e atiradas nos mecanismos encarregados de preservar-lhe a organização somática, produzindo-lhe inúmeros males.
Igualmente, as disposições otimistas e afetuosas produzem energias refazentes, que recuperam os desarranjos momentâneos dos complexos órgãos que constituem a maquinaria fisiológica.
O corpo humano é laboratório de gigantescas possibilidades, sempre suscetível de autodesarranjar-se ou auto-recompor-se conforme as vibrações emitidas pela mente.
A mente representa-lhe o centro de controle que envia as mensagens mais diversas para todos os pontos da sua organização.
Uma emoção qualquer ocasiona descarga de adrenalina na corrente sangüínea, produzindo sensações equivalentes ao tipo de agente desencadeador.
Assim sendo, encefalinas e endorfinas são secretadas pelo cérebro sob estímulos próprios, produzindo imediatos efeitos no aparelho físico. Enzimas outras são produzidas com cargas positivas ou negativas, conforme a ordem mental, que contribuem para a manutenção da saúde ou a piora da enfermidade.
Auto-reparador, o aparelho circulatório, de imediato à agressão, reúne a fibrina dos vasos procurando elaborar coágulos-tampões que impedem a hemorragia e preservam a vida. Também ocorre o mesmo em referência às enfermidades - o câncer, a "aids", as paralisias, as enfermidades cardíacas e outras - que sob o comando mental correto vitalizam o sistema imunológico, produzindo diversas células com poder quimioterápico mediante o qual bombardeiam as células rebeldes e doentes, destruindo-as, da mesma forma isolando as portadoras de degenerescência e favorecendo as saudáveis, assim restaurando a saúde ou facultando maior sobrevida.
Afinal, o mais importante na área da saúde não é o tempo de vida - o número de anos que se frua - mas a intensidade, o bem-estar, a alegria e os objetivos vivenciados.
A morte é inevitável e constitui bênção em relação à experiência física; no entanto, a forma como cada qual se comporta no corpo é que se torna essencial.
Há, no corpo humano, um médico às ordens da mente, que o Espírito encarnado comanda, aguardando a diretriz para agir corretamente.
Desconsiderado, deixa de atuar, superado pelos fatores destrutivos, igualmente ínsitos na organização fisiológica, prontos à desgastante tarefa da doença e da degenerescência celular.
Esse médico interior pode e deve ser orientado pelo pensamento seguro, pelas disposições do ânimo equilibrado, pela esperança de vitória, pela irrestrita fé em Deus e na oração, que estimulam todas as células para o desempenho correto da finalidade que lhes diz respeito.
Joanna de Ângelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 22 de março de 1995, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA, conforme publicado no "Reformador" de setembro de 1995)
Foto: Sor Juana Inés de la Cruz (1648-1695), Joanna de Āngelis - pintura de Aurora Parpal


Referências

https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2018/09/06200239/bolsonaro-operado.jpeg
https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/cirurgiao-que-salvou-vida-de-bolsonaro-custou-r-36706-ao-sus
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
https://piaui.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2018/09/imagem_interna.jpg
http://piaui.folha.uol.com.br/sus-salva-bolsonaro-por-r-36706/?doing_wp_cron=1536343684.3513228893280029296875
https://youtu.be/2797WLVqpfI
https://www.letras.com.br/lulu-santos/sos-solidao
http://ghiorzi.org/mensjoan.jpg
http://ghiorzi.org/mensagem.htm

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