uma
penha endurecida
uma
penha descalvada
E
tremo em pleno estio e ardo no inverno
E
tremo a mèzza state, ardemdo il verno
Ez
24:7 porque o seu sangue está no meio dela; sobre uma pedra descalvada ela o pôs; não o derramou sobre o chão, para o cobrir com o pó.
JAMAIS DESISTA! :
Ezequiel 24:127 -
AS ALEGORIAS DE EZEQUIEL
Leia
atentamente a poesia de Gregório de Matos e assinale a alternativa incorreta:
Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo, que exalou, morro abrasado.
Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.
a) Em: “A violência do fogo me há prostrado”, o vocábulo destacado
foi empregado no sentido de “abatido”.
b) Até a terceira estrofe, o poema desenvolve a
imagem detalhando as semelhanças entre o seu amor e a atração que a chama
exerce sobre a mariposa.
c) O sujeito lírico faz uma comparação entre a sua
situação e a da mariposa, explorando as semelhanças, para, na última estrofe,
ponto culminante do soneto, estabelecer a grande diferença: seu sacrifício é
mais terrível do que o dela, porque inútil.
d) Em: “Ambos de firmes anelando chamas”, o vocábulo destacado foi utilizado no
sentido de “diminuindo”.
e) Em: “Essa flama girando apetecida”, o vocábulo destacado foi utilizado no sentido de
“desejada, intensamente cobiçada”.
Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo, que exalou, morro abrasado.
Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.
A
metáfora da pedra, ou da penha, como no texto, também é um lugar - comum
utilizado na linguagem cotidiana: “coração de pedra”. Porque o sujeito lírico
diz que morre ”girando uma penha endurecida”?
A. Porque a mulher amada não corresponde ao seu amor
B. Porque a mulher amada lhe corresponde o seu amor
C. Porque a situação do amante é de extrema
felicidade
D. Porque a mulher amada é o símbolo da felicidade
E. Porque o amante consegue realizar seu amor
Desculpa,
mas não!
“O soneto nem menciona uma mulher, menciona um animal chamado mariposa porque quer dizer que assim como a mariposa gira em torno do fogo sentindo atração por ele a ponto de, inclusive morrer ao cair no fogo, o eu lírico também sente atração por outra flama: o amor de uma mulher.
Mas ele circula uma "penha endurecida" e não consegue ser correspondido por isto implora "a morte" que não significa morte em si, mas o objetivo final da mariposa que foi cair nas chamas, ele deseja o amor de uma mulher.”
“O soneto nem menciona uma mulher, menciona um animal chamado mariposa porque quer dizer que assim como a mariposa gira em torno do fogo sentindo atração por ele a ponto de, inclusive morrer ao cair no fogo, o eu lírico também sente atração por outra flama: o amor de uma mulher.
Mas ele circula uma "penha endurecida" e não consegue ser correspondido por isto implora "a morte" que não significa morte em si, mas o objetivo final da mariposa que foi cair nas chamas, ele deseja o amor de uma mulher.”
Soneto
XXII – Francesco Petrarca
(Petrarca
e Laura, autor desconhecido)
Se amor não é qual é este sentimento?
Mas se é amor, por Deus, que coisa é a tal?
Se boa por que tem ação mortal?
Se má por que é tão doce o seu tormento?
Mas se é amor, por Deus, que coisa é a tal?
Se boa por que tem ação mortal?
Se má por que é tão doce o seu tormento?
Se eu ardo por querer por que o lamento
Se sem querer o lamentar que val?
Ó viva morte, ó deleitoso mal,
Tanto podes sem meu consentimento.
Se sem querer o lamentar que val?
Ó viva morte, ó deleitoso mal,
Tanto podes sem meu consentimento.
E se eu consinto sem razão pranteio.
A tão contrário vento em frágil barca,
Eu vou para o alto mar e sem governo.
A tão contrário vento em frágil barca,
Eu vou para o alto mar e sem governo.
É tão grave de error, de ciência é parca
Que eu mesmo não sei bem o que anseio
E tremo em pleno estio e ardo no inverno.
Que eu mesmo não sei bem o que anseio
E tremo em pleno estio e ardo no inverno.
Francesco Petrarca
in “Poemas de amor de Petrarca”
in “Poemas de amor de Petrarca”
Nota: Francesco Petrarca é considerado
o inventor do soneto.
Soneto
XXII original, em italiano
S’ amor non è, che dunque è quel ch’ io sento?
Ma s’egli è amor, per Dio, che cosa e quale?
Se buona, ond è effetto aspro mortale?
Se ria, ond’ è si dolce ogni tormento?
Ma s’egli è amor, per Dio, che cosa e quale?
Se buona, ond è effetto aspro mortale?
Se ria, ond’ è si dolce ogni tormento?
S’a mia voglia arado, ond’ è ‘I pianto e ‘I lamento?
S’a mal mio grado, il lamentar che vale?
O viva morte, o dilettoso male,
Come puoi tanto in me s’io nol consento?
S’a mal mio grado, il lamentar che vale?
O viva morte, o dilettoso male,
Come puoi tanto in me s’io nol consento?
E s’io ‘I consento, a gran torto mi doglio.
Fra sì contrari venti, in frale barca
Mi trivo in alto mar, senza governo,
Fra sì contrari venti, in frale barca
Mi trivo in alto mar, senza governo,
Sí lieve di saber, d’error sí carca,
Ch’ i i’ medesmo non so quel ch’ io mi voglio,
E tremo a mèzza state, ardemdo il verno.
Ch’ i i’ medesmo non so quel ch’ io mi voglio,
E tremo a mèzza state, ardemdo il verno.
Petrarca
“Il Canzonieri”
“Il Canzonieri”
POESIASPREFERIDAS.WORDPRESS.COM ♦ JULHO
23, 2013
Referências
http://www.jamaisdesista.com.br/2015/04/ezequiel-241-27-as-alegorias-de-ezequiel.html?m=1
https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questao/f33adc5c-6a?compartilhamento_id=681967
https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/lingua-portuguesa-interpretacao-de-texto/417454
http://blog-cftw.blogspot.com/2016/09/analise-do-texto-3-o-tu-do-meu-amor.html
https://poesiaspreferidas.files.wordpress.com/2013/07/petrarca-laura.jpg?w=600
https://poesiaspreferidas.wordpress.com/2013/07/23/soneto-xxii-francesco-petrarca/
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