segunda-feira, 31 de março de 2025

Memórias afetivas trazidas e traídas

O Z da Parada Memórias afetivas trazidas e traídas: Catarse Não Vale Tudo? ---------- ----------- Anistia: seminário relembra 40 anos da Lei - 27/08/19 ----------- Câmara dos Deputados 27 de ago. de 2019 Um seminário aqui na Câmara, relembrou os 40 anos da Lei de Anistia, que tratou do perdão político a brasileiros contrários ao regime militar e também aos agentes do estado. Em agosto de 1979, deputados e senadores aprovam a proposta, fruto de uma intensa mobilização popular e que ganhou força durante o primeiro ano de mandato do General João Baptista Figueiredo. _____________________________________________________________________________________________________
Neto de presidente da ditadura não se defende em denúncia de trama golpista
Dos 34 denunciados pela PGR por tentativa de golpe de Estado, ele é o único sem data marcada para julgamento no STF. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho • Arquivo - Reprodução/X/realpfigueiredo
Isabella Cavalcante - CNN, Brasília
27/03/2025 às 08:47 | Atualizado 27/03/2025 às 08:47

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, empresário e neto de João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar, ainda não apresentou sua defesa contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito da suposta organização de golpe de Estado. A denúncia contra outros oito citados no caso, incluindo Jair Bolsonaro (PL), foi aceita na quarta-feira (26) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Documento da Secretaria Judiciária notou que, até a última sexta-feira (21), Paulo Figueiredo não havia se manifestado. Desde então, nenhum pronunciamento dele foi incluído no processo da denúncia da PGR.

Apesar disso, ele poderá se manifestar em outro momento. Dos 34 denunciados pela procuradoria, ele é o único sem data de julgamento no STF e está sozinho no núcleo 5 da denúncia.

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Paulo mora nos Estados Unidos e foi notificado por um edital, o que é necessário quando a Justiça não consegue contatar uma parte do processo.

Ele participou da programação da rádio Jovem Pan, mas foi afastado em 2021 e depois demitido, quando já era alvo de investigação por disseminar informações falsas.

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Os outros 33 denunciados foram divididos em quatro núcleos:

  • Crucial para a organização - que é o de Bolsonaro;
  • Gerenciamento de ações - com o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques;
  • Militares - com agente da Polícia Federal (PF) e coronéis do Exército;
  • Disseminação de desinformação - com ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e outros militares.
Tópicos
STF (Supremo Tribunal Federal) ------------- Luar do Sertão - Gravação original de 1914
Canal do Amil
14 de dez. de 2019

Interpretação de Eduardo das Neves e o coro que o acompanhou na antiga gravadora Odeon.

A autoria única desta música, defendida com veemência por Catulo da Paixão Cearense, sempre foi contestada por João Teixeira Guimarães, mais conhecido como João Pernambuco.

João Pernambuco reclamava a coautoria, pois dizia que Catulo havia usado a melodia de "Meu engenho é do Humaitá", que era sua, para compor "Luar do Sertão". A questão nunca foi pacificada, mas hoje já se credita a coautoria dessa canção a João Pernambuco.


Vale Tudo - Tim Maia

Vale, vale tudo
Vale, vale tudo
Vale o que vier
Vale o que quiser

Só não vale
Dançar homem com homem
Nem mulher com mulher
O resto vale

Vale, vale tudo
Vale, vale tudo
Vale o que vier
Vale o que quiser

Só não vale
Dançar homem com homem
Nem mulher com mulher
O resto vale

Vale, vale tudo
Vale, vale tudo
Vale o que vier
Vale o que quiser

Só não vale
Dançar homem com homem

Uma ditadura jamais superada
Personagens históricos mostram por que a política não saiu do ambiente militar, mesmo depois de seis décadas do golpe que depôs João Goulart, em 31 de março de 1964.
Tanque e soldados na frente do Congresso. Reflexos de 1964 são percebidos na tentativa de golpe de 2022 - (crédito: Arquivo público do DF).
"(No 8 de Janeiro) o Exército estava pela legalidade. A não ser os que estavam no governo, como agora se fala das articulações na tentativa de golpe de Estado..."
Saiba Mais Tags: 8 de janeiro, Bolsonaro, democracia, golpe militar, Supremo Tribunal Federal

"Civil-Militar uma ova"

O golpe foi militar
O governo foi militar
Falta do que pensar

Jânio de Freitas - Jornalista

Assista à transmissão completa aqui.

Sístole e Diástole

  • A Monarquia acabou com as guerras, elevando generais e almirantes a barões, duques e viscondes.
  • A República Velha elevou o moral da cúpula de generais a marechais.
  • O Estado Novo encerrou o movimento tenentista, promovendo tenentes a capitães.
  • A democratização pós-2ª Guerra Mundial elevou os pracinhas da Itália a heróis nacionais.
  • A Constituição Cidadã de 1988 continua a nos guiar.

Liberdade

Dona Ivone Lara

Liberdade desfrutei
Conheci quando na minha mocidade
A ternura de um amor sem falsidade
E confiante sempre na felicidade
E eu cantava, sentia tudo que sonhei
Mas depois surpreendeu-me a solidão
Foi o fim da ilusão

E agora esta desilusão
Existe uma lição que vive em mim
Tudo que é feliz não tem direito a eternidade
Porque sempre chega a vez
De entrar em cena, a saudade

Às sombras desta recordação
Um gesto de perdão que eu não fiz
O remorso traz aquela triste melodia
Que me faz infeliz

Composição: Délcio Carvalho / Dona Ivone Lara.

Luar do sertão Canção de Chitãozinho & Xororó ‧ 1996 LetrasOuvirOutras gravações Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Oh, que saudade do luar da minha terra Lá na serra, branquejando folhas secas pelo chão Esse luar, lá da cidade, tão escuro Não tem aquela saudade do luar lá do sertão Se a lua nasce por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata, prateando a solidão E a gente pega na viola que ponteia E a canção e a lua cheia a nos nascer do coração Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Coisa mais bela nesse mundo não existe Do que ouvir um galo triste, no sertão se faz luar Parece até que a alma da Lua é quem descansa Escondida na garganta desse galo a soluçar Ah, quem me dera eu morresse lá na serra Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez Ser enterrado numa grota pequenina Onde, à tarde, a sururina chora a sua viuvez Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Não há, oh, gente, oh, não Luar como esse do sertão Fonte: Musixmatch Compositores: Ricardo Lunardi / Catulo Da Paixão Cearense Letra de Luar do sertão _____________________________________________________________________________________________________
A telenovela está em crise e vai acabar ou o tradicional gênero ainda tem fôlego? Fracassos em tramas originais como "Mania de você", investimento em reprises e remakes de sucessos do passado como "Vale tudo" e o êxito de produções em novo formato para o streaming como "Beleza fatal" acendem debate sobre o futuro da novela Início Diversão e Arte O futuro das telenovelas - (crédito: kleber sasless)x O futuro das telenovelas - (crédito: kleber sasless) Se você perguntar a um estrangeiro quais são as referências que ele tem do Brasil, a resposta passará por três símbolos: carnaval, futebol e novela. Essa última, há mais de 60 anos faz parte dos hábitos dos brasileiros, sendo considerada o produto de maior audiência e repercussão da televisão, não somente no consumo interno, mas também no mercado internacional. Paixão avassaladora, os folhetins criados pelo que o produtor Daniel Filho denominou de "circo eletrônico" eram capazes de reunir famílias na frente da tevê até mesmo na noite de Natal — como ocorreu quando a vilã Odete Roitman, de Vale tudo, foi assassinada em 24 de dezembro de 1988 — e abastecer discussões acaloradas em salões de beleza, mesas de bar e, agora, na internet. Com a popularização das redes sociais e do streaming — frutos diretos dos tempos modernos —, porém, o gênero tem passado por transformações que colocam em xeque a sua popularidade. Clássico atemporal, "Vale tudo" retorna atual nesta segunda-feira (31/3) No passado, títulos como Vale tudo — que retorna, nesta segunda-feira (31/3), 37 anos depois, como remake —, A próxima vítima (1995) e Avenida Brasil (2012) não somente pararam o Brasil nas exibições de seus últimos capítulos, como percorreram o mundo, levando o nome e a cultura do nosso país para territórios diversos e fazendo com que a nossa teledramaturgia se tornasse um modelo a ser seguido. Regina Duarte e Glória Pires em Vale Tudo 1988 Regina Duarte e Gloria Pires em cena de "Vale tudo", em 1988 (foto: Bazilio Calazans/Memória/Globo) Cheiro de naftalina No entanto, após a pandemia, o público passou a rejeitar os novos títulos produzidos pela tevê aberta — em especial pela Globo. Não por acaso, o canal aposta não somente em reprises de obras que fizeram grande sucesso — como Tieta, de 1989, em cartaz no programa Vale a pena ver de novo, que será substituída por A viagem, de 1994 —, mas também em remakes — como Pantanal, da extinta Manchete; e Renascer, da própria Globo. A primeira trouxe resultados positivos, mas o efeito não foi o mesmo com a segunda. Agora, com o fracasso registrado em Mania de você — trama original que sucedeu Renascer e antecedeu Vale tudo —, a releitura daquela que a opinião especializada chama de "a novela das novelas" divide opiniões: a solução para a crise no gênero está no investimento em histórias já contadas? Análise: por que “Mania de você” se despede sem deixar saudades Para Mauro Alencar, consultor e doutor em Teledramaturgia pela Universidade de São Paulo (USP), raras são as produções que realmente encantaram. "Uma produção audiovisual é o retrato fidedigno de um tempo, de um espaço, de uma construção em conjunto entre autor, diretor, produção e, meu Deus!, dos atores! É a atriz, o ator quem irão nos encantar e nos seduzir para acompanhar a trama e guardá-la em nosso subconsciente", avalia o autor do livro A Hollywood Brasileira — Panorama da telenovela no Brasil (Senac Rio, 176 páginas). Globo está preparando um filme de “A viagem” Mas, de acordo com Amauri Soares, diretor-executivo dos Estúdios Globo, da TV Globo e das Afiliadas, recontar histórias faz parte de todo o mundo: "As histórias clássicas são aquelas que resistem ao tempo. Vale tudo é um clássico da telenovela. Em 1988, teve a primeira versão; nós estamos fazendo uma nova versão hoje; e eu imagino que, daqui a 30 anos, uma nova geração de profissionais da televisão fará uma nova versão. Porque faz parte da contação da história". Autora escolhida para adaptar Vale tudo — uma obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères—, Manuela Dias endossa a teoria. "As histórias que não foram recontadas nós nem conhecemos. Os remakes provocam encontros de gerações, de pessoas que viram com pessoas que não viram (a novela), e fazem a gente se repensar como sociedade", defende a criadora da exitosa antologia Justiça e da popular novela Amor de mãe. Cena da novela Pantanal Juma ( Alanis Guillen ) Em 2002, a Globo fez o exitoso remake de "Pantanal", um grande sucesso da TV Manchete de 1990 (foto: João Miguel Junior/ TV Globo) Geração TikTok Mauro Alencar explica que, "em plena Quarta Revolução Industrial, em que reina a cultura da virtualidade real", não dá mais para considerar a telenovela como uma paixão nacional. "Em uma era em que a cultura está fragmentada e diluída (o tal mundo líquido moderno na compreensão precisa do sociólogo Zygmunt Bauman), é praticamente impossível que você tenha um produto cultural como paixão nacional. As paixões é que se pulverizaram também, e cada grupo vai encontrando o que melhor completa os seus desejos conscientes ou não, mas tendo a teledramaturgia como grande catalisadora", ressalta o especialista. Se na tevê aberta a novela parece saturada, o mesmo não se pode dizer do streaming. Escrita pelo estreante no gênero Raphael Montes, de 34 anos, com supervisão do veterano Silvio de Abreu, 82, a original Beleza fatal uniu inovação e tradição, marcando a entrada triunfal da gigante Max (por meio da parceria Warner Bros. Discovery) no segmento, com resultados bem-sucedidos não apenas na audiência como também na popularidade, — com o frisson pelo último capítulo que não se via desde Avenida Brasil. Fãs verão desfecho de “Beleza fatal” ao vivo na sexta-feira (21/3) Na avaliação da vice-presidente de Conteúdo da WBD no Brasil, Mônica Pimentel, o melodrama — essência de um bom folhetim — tem potencial duradouro, mas deve ser reimaginado para o público atual. "O melodrama, por sua essência, sempre terá potencial para se conectar com o público, devido às suas características fundamentais de emoção e identificação. No entanto, para que esse gênero se mantenha relevante, é crucial adaptá-lo às novas realidades contemporâneas", afirma a executiva, que tem na manga, totalmente produzida, a releitura de Dona Beja, exibida originalmente pela Manchete em 1986, ainda sem data para estrear. Ambos os títulos possuem o mesmo formato: apenas 40 capítulos. Raphael Montes reforça que, há alguns anos, fala-se que é o fim da novela, mas o brasileiro ainda quer assisti-la — e comentá-la. "Acredito em uma mudança na maneira de fazer e de assistir, no tamanho dos capítulos, e no sentido de que os autores devem olhar para o público atual, já que estamos em uma geração TikTok", argumenta o escritor. "Eu percebo isso pelo que chega a mim por mensagens nas redes sociais e também por dados que me foram passados. Mas é importante frisar que o padrão de audiência do passado não é o mesmo. Não dá mais para comparar com os tempos áureos. Mas, sim, Beleza fatal provou que o brasileiro ainda quer novela", acrescenta. Camila Pitanga tem retorno triunfal às telenovelas com Beleza fatal A vilã carismática Lola (Camila Pitanga), de "Beleza fatal", se tornou a queridinha das redes sociais (foto: Divulgação/Max) "O gênero ou formato (a depender da corrente teórica) telenovela vem falhando na falta de sintonia com o consumidor desta Quarta Revolução Industrial. Daí o sucesso extraordinário de Beleza fatal. A produção, porém, seria uma novela para ser exibida às 22h ou 23h e, mesmo assim, com cortes nas cenas mais ousadas sexualmente. Mas acredito que se fosse bem trabalhada para a sua exibição e em uma empresa organizada e com tradição em telenovela, sim, poderia fazer sucesso, talvez não tão alarmante como no streaming", salienta Mauro Alencar. Essa tendência não é ignorada pela tevê aberta. A Globo, por exemplo, por meio da plataforma Globoplay, que nasceu para disponibilizar seu acervo histórico ao estilo Netflix, também investe no formato para novas novelas — antes mesmo das gigantes internacionais, inclusive, com títulos bem-sucedidos como Verdades secretas II (2021) e Todas as flores (2022). Ainda em 2025, a plataforma lançará Guerreiros do sol, outra produção para o streaming totalmente gravada. Sol (Sheron menezzes) e Ben (Samuel de Assis), protagonistas de Vai na fé A original "Vai na fé" foi o último grande sucesso da Globo (foto: Globo/Divulgação) Para mais 100 anos O diretor-executivo da Globo, Amauri Soares, pontua que a telenovela é um gênero tradicional, que nasceu no rádio, mas tem todas as características do conteúdo digital do presente e do futuro. "É um gênero que se reinventou e que se mostra muito moderno. O nosso dever é encontrar as histórias adequadas para o dia de hoje, que caibam nesse formato, mas eu não tenho dúvida que (o gênero) está aí para mais 100 anos", aposta. Rosane Svartman, que escreveu o livro A telenovela e o futuro da televisão brasileira (Cobogó, 248 páginas), como desdobramento de uma tese de doutorado na Universidade Federal Fluminense (UFF), também defende a longevidade do gênero. "Não há crise, mas oportunidade. Tanto que o melodrama migrou para o streaming com muito êxito. É recente e transformador", conclui a autora de Vai na fé (2023), considerado o último grande sucesso do gênero na tevê aberta, e de Dona de mim, aposta da Globo para o horário das 19h a partir de abril. Entrevista | Mauro Alencar Consultor e doutor em Teledramaturgia pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de A Hollywood Brasileira — Panorama da telenovela no Brasil (Senac Rio, 176 páginas) e da biografia Susana Vieira: Senhora do meu destino Para começar, a telenovela ainda pode ser considerada uma paixão nacional? Do ponto de vista da formação social do Brasil, incluindo a criação de uma identidade nacional e do inconsciente coletivo, sim. O que quero dizer com isso: a telenovela faz parte do constructo nacional como o carnaval e o futebol (independentemente dos resultados, por exemplo, da seleção brasileira). Tomo, portanto, por base, os conceitos de antropologia cultural e sociologia. Particularmente, a primeira ciência, pois por meio da telenovela compreendemos como se formou a cultura do Brasil e da América Latina como um todo: os hábitos, costumes, valores, religião, culinária e a História de maneira mais ampla. Não por acaso, se a Europa, mais especificamente, a Inglaterra respira teatro, o Brasil respira telenovela, pois a telenovela é uma invenção da América Latina. Entretanto, em termos de consumo dentro da indústria cultural e do entretenimento, não mais, pelo fato de que estamos em plena era da Quarta Revolução Industrial onde reina a cultura da virtualidade real. Desse modo, ao mesmo tempo em que assistimos cada vez mais a integração da comunicação eletrônica, o avanço das redes sociais, das comunidades virtuais, do mundo globalizado, enfim, observamos o fim da audiência de massa. E era essa audiência que fazia da telenovela uma “paixão nacional”. Lembremos que hoje o mundo da teledramaturgia (novelas e séries) está ao nosso alcance, com qualidade e variedade. Também não existe mais a idolatria aos atores como se via em décadas passadas, nem mesmo acompanhamos a trajetória e o estilo dos autores de telenovela. Relação arte – plateia/ público/ audiência que vinha dos tempos da radionovela nas décadas de 1940 e 1950 e que migraram com muito mais força para a televisão. Do mesmo modo, os diretores também não são mais endeusados como víamos em outros tempos. Isso não quer dizer que a telenovela deixou de ser importante para a economia criativa. Muito pelo contrário, ela segue como um dos principais produtos culturais, mesmo que não tenha a relevância psicossocial de outrora. Haja vista o sucesso explosivo de Beleza fatal no streaming. Uma grata e necessária surpresa! Sintetizando: numa era onde a cultura está fragmentada e diluída (o tal mundo líquido moderno na compreensão precisa do sociólogo Zygmunt Bauman), é praticamente impossível que você tenha um produto cultural como “paixão nacional”, ainda que tenha uma abrangência extraordinária tanto na televisão aberta quanto em plataformas digitais. As paixões é que se pulverizaram também e cada grupo vai encontrando o que melhor completa os seus desejos conscientes ou não, mas tendo a teledramaturgia como grande catalisadora. Ao longo dos últimos 10 anos, poucas telenovelas mantiveram o sucesso que o gênero costumava manter. Após Avenida Brasil (2012), algumas produções — como Amor à vida (2013), Império (2014), Totalmente demais (2015), Eta mundo bom (2016) e A força do querer (2017) — se destacaram na década passada, mas, de 2020 para cá, tivemos uma grande queda, com apenas Pantanal (2022) — um remake —, reavivando o horário das 21h após a pandemia, e uma às 19h, Vai na fé (2023), que, até então, é considerada a melhor obra da década. Na sua opinião, onde é que o gênero telenovela vem falhando tanto? Você acaba de confirmar o que eu respondi acima! E a última grande união do público com a telenovela foi em 2012, com Avenida Brasil. O gênero ou formato (a depender da corrente teórica) telenovela vem falhando na falta de sintonia com o consumidor desta Quarta Revolução Industrial. Daí o sucesso extraordinário da produtora Coração da Selva com Beleza fatal exibida pela Max. Beleza fatal chegou, como uma grande aposta da Max, mostrando que ainda é possível fazer um novelão clássico. Mas, será que todo esse sucesso seria possível na tevê aberta, se ela fosse adaptada para o horário das 21h? Certamente, Beleza fatal seria uma novela para ser exibida às 22h ou 23he, mesmo assim, com cortes nas cenas mais ousadas sexualmente. Mas acredito que se fosse bem trabalhada para a sua exibição e numa empresa organizada e com tradição em telenovela, sim, poderia fazer sucesso, talveznão tão alarmante como no streaming. De qualquer maneira, acompanho com muito entusiasmo a interação de nossas novelas (e, até o momento, Beleza fatal está em primeiríssimo lugar) com as redes sociais. Vivemos o que já havia sido preconizado por Jesús Martín Barbero, o saudoso mestre colombiano sobre os meios e suas mediações. Observo que Beleza fatal é o produto mais bem acabado de nossa nova dinâmica cultural. Você acredita que o streaming, especialmente o Globoplay, que traz praticamente todas as novelas já produzidas pela Globo a um clique, prejudicou o que se produz para o gênero atualmente? O que observo, escuto e leio é que essa estratégia (quem iria saber?) abriu um abismo entre passado e presente, pois as décadas de 1970, 80 e 90 foram a “época de ouro da telenovela brasileira”. Qual é a sua opinião sobre os remakes? Essa adaptação de Vale tudo é um tiro no pé ou um grande acerto no alvo? Particularmente não aprecio remakes de telenovela ou filmes pelos mais diversos motivos. Raras são as produções que realmente encantaram como Mulheres de areia, A viagem, A gata comeu, Pantanal (Globo) e Éramos seis (SBT). Uma produção audiovisual é o retrato fidedigno de um tempo, de um espaço, de uma construção em conjunto entre autor, diretor, produção e, meu Deus!, dos atores! É a atriz, o ator quem irá nos encantar e nos seduzir para acompanhar a trama e guardá-la em nosso subconsciente. Sobre Vale tudo, como diria minha primeira mestra Helena Silveira (pioneira jornalista e cronista da TV), “ainda é cedo para deitar cartas na mesa”. Aguardemos a novela começar... O que o público noveleiro 40+, de classe média, espera das novelas atuais? E como fazer para resgatar esse público? Acredito que devemos buscar histórias, temas, personagens que dialoguem com a faixa etária muito bem observada por você. E novelas onde a produção fique atenta à época em que vivemos — tanto na forma quanto no conteúdo — aos desejos do público consumidor. Você tem o produto, a mídia para exibi-lo e público–alvo. Compreender e procurar preencher esse processo da melhor maneira possível é o dever de executivos e produtores. E como fisgar a turma mais jovem, acostumada com a instantaneidade das mídias digitais? Beleza fatal fez isso, mas outra poderá conseguir, mesmo no streaming? Beleza fatal já é um ícone dos novos tempos. O importante é que, dentro do mesmo processo de produção, não fique um hiato muito longo entre uma produção e outra e que procure se encontrar temas que interessem a esse grupo mais jovem dentro da dinâmica existencial em que eles vivem. O desafio dessa nossa Era é grande, mas fascinante. Saiba Mais Diversão e Arte O forte desabafo de Zé Neto sobre depressão e afastamento dos palcos Diversão e Arte Bruno Mars prepara novo álbum e promete ser o maior sucesso Diversão e Arte Como está a atual relação de Chappell Roan com os fãs Diversão e Arte Odete Roitman vence The Masked Singer; saiba quem era o artista na fantasia Patrick Selvatti + postado em 31/03/2025 06:40 _____________________________________________________________________________________________________
Sérgio Abranches: Como se julga um golpe inacabado? "Espero que a maioria do Congresso aprenda com o julgamento e não aprove qualquer anistia que proteja os golpistas de hoje" Início Política 08/08/2017. Credito: Minervino Junior/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Mercado de cursos juridicos. Estatua da Justiça na Universidade Catolica de Brasilia. - (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)x 08/08/2017. Credito: Minervino Junior/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Mercado de cursos juridicos. Estatua da Justiça na Universidade Catolica de Brasilia. - (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press) O Brasil está aprendendo a julgar e punir os responsáveis pelo comando, planejamento, financiamento e execução de um golpe inacabado. Golpes acabados não se julgam. Só os crimes da ditadura decorrente, com a volta da democracia. Os crimes previstos na Lei 14.197 são tentar abolir o Estado democrático de direito e tentar depor o governo legitimamente constituído, por meio de violência ou grave ameaça. Tentativa de golpe é um golpe interrompido por razões estranhas à vontade dos agentes que dele participaram. Logo, um golpe inacabado. Daí não procede o argumento do réu Jair Bolsonaro de que não houve decreto assinado e tropas nas ruas. São crimes diferentes, praticados pela mesma associação golpista. Um presidente em exercício pode abolir o Estado democrático de direito com um ou mais atos autocráticos. É o que Viktor Orbán fez na Hungria, Putin, na Rússia, Trump está fazendo nos Estados Unidos e Netanyahu, em Israel. Este acaba de aprovar uma lei que submete o Judiciário ao controle dos políticos. Bolsonaro e seus parceiros no Congresso tentaram fazer o mesmo. Um ex-presidente que não tenha conseguido impor a autocracia durante o seu mandato pode conspirar para depor o governo legitimamente constituído, por meio de um golpe de Estado. A combinação entre o desmanche do Estado democrático de direito e o golpe cria o crime híbrido. Por isso, o grupo liderado por Bolsonaro é réu pelos dois crimes, praticados em sequência. É o que está dito na denúncia ao "grupo crucial", de comando e planejamento, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e aceito por unanimidade pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal. O PGR e o relator, ministro Alexandre de Moraes, identificaram o início das ações a partir de 29 de junho de 2021. Em capítulo de livro ainda inédito, no qual procuro analisar a anatomia e a dinâmica de um golpe inacabado, reconstruo a maquinação com base apenas em declarações públicas de Bolsonaro, seus filhos e vários dos integrantes da, ora denominada, organização criminosa. Assinalo que as insinuações sobre a necessidade de abolir os estatutos do Estado democrático de direito começam poucos meses após a posse de Bolsonaro, em 2019, e vão até o trágico desfecho em janeiro de 8/1/23. As ações violentas contra as sedes dos Três Poderes não conseguiram nem a decretação de uma GLO, garantia da lei e da ordem, pelo já presidente Lula, nem um levante de tropas. O golpe foi interrompido. Essa longa trajetória da trama golpista coincide com o que disse a ministra Cármen Lúcia em seu voto, "não se faz um golpe em um dia", eu acrescentaria, nem em um mês, ou mesmo, em um ano. Também guarda paralelo com a minuciosa reconstrução do golpe de 1964 por Heloisa Starling, em seu excelente livro A máquina do golpe. A mentalidade autoritária e golpista que Bolsonaro sempre mostrou publicamente, nos seus pronunciamentos como deputado e nas suas declarações e ações como presidente, jamais se ajustou aos limites constitucionais do estado democrático de direito, que ele minimiza em "quatro linhas". Estamos aprendendo agora como se julga um golpe, em um país cuja biografia pode ser recontada pelos golpes que sofreu. É a primeira vez que se tem uma lei que tipifica os crimes de tentativa de golpe, paradoxalmente promulgada pelo próprio Bolsonaro, quando esteve no poder. Mas a lei não é dele. É do Congresso Nacional, instituição que perde a vida ou a substância nos regimes autoritários. É o primeiro julgamento de um golpe inacabado. É, igualmente, inédito que generais e militares de alta patente sejam julgados pela justiça civil por crimes políticos. E talvez venha a ser também inaugural o julgamento desses militares pelo Superior Tribunal Militar, que pode retirar-lhes a patente por "indignidade para o oficialato". A corporação sempre teve tutela autônoma sobre os seus e muitas vezes teve a tutela sobre o poder civil, via artigo 142 da Constituição. Todas as constituições tiveram o seu 142. Este aprendizado não é trivial. Ele se completa com a memória do golpe cruento que levou 21 anos para acabar. Lembrar, para não repetir. Julgar e punir para que outros não tentem o mesmo. Não julgamos os crimes da ditadura, como o Chile e a Argentina. Espero que a maioria do Congresso aprenda com o julgamento e não aprove qualquer anistia que proteja os golpistas de hoje. Se o fizer, estaria construindo o caminho para novas tentativas de golpe. A biografia do Brasil já é maculada por golpes e sua contínua impunidade. Saiba Mais Política Tentativa de golpe: 542 fizeram acordos com a PGR; 246 não aceitaram propostas Política Ato contra a anistia em São Paulo reúne 18,3 mil pessoas, calcula USP Política Manifestantes em BH pedem prisão de Bolsonaro em ato contra anistia Política Manifestantes fazem ato no Eixão contra a anistia dos presos pelo 8/1 Política Moraes concede prisão domiciliar a condenado no 8 de Janeiro que está com câncer Política Parte II — Anarquia militar mexe com governo, diretas e sucessão Tags análise política Sérgio Abranches SA Sérgio Abranches + postado em 31/03/2025 03:50 _____________________________________________________________________________________________________ ----------- Professora da Unicamp e pesquisadora, Ana Penido defende a reforma das Forças Armadas Instituto Conhecimento Liberta 9 de dez. de 2024 Professora da Unicamp e pesquisadora, Ana Penido defende a reforma das Forças Armadas Veja mais no Portal ICL Notícias: iclnoticias.com.br ----------- ANA PENIDO - CIENTISTA POLÍTICA EM DETALHES 31/03/ 10:34 O NÚCLEO DOS MILITARES: AS PECULIARIDADES DO GRUPO DE DENUNCIADOS PELA PGR "Comandantes São extremamente punitivos." _____________________________________________________________________________________________________
--------- questões ideológicas Quando os socialistas fazem o “L” Em vinte anos, o Psol foi de oposição intransigente a base fiel do governo Lula. Agora, vai reescrever seu programa partidário para se adaptar aos novos tempos Gabriela Sá Pessoa, de São Paulo Revista Piauí - UOL Quando os socialistas fazem o “L” - revista | 31 mar 2025_09h40 Era junho de 2004 e o governo Lula, iniciado havia pouco mais de um ano, acelerava “a rota para o precipício”. Assim dizia (ainda diz) o quinto parágrafo do programa do Partido Socialismo e Liberdade, o Psol. Aprovado em uma convenção com cerca de setecentos militantes, em pleno domingo, no Minas Brasília Tênis Clube, o texto inaugurou “a verdadeira oposição ao governo Lula”, nas palavras do então deputado federal Babá. O mundo só recebeu a notícia no dia seguinte, quando, postados em frente a um pôster de Che Guevara, no Senado, um trio de parlamentares – Luciana Genro (RS), Heloísa Helena (AL) e, claro, Babá (PA) – anunciou a criação do partido. Os três, mais o então deputado federal João Fontes (SE), haviam sido expulsos do PT meses antes por terem votado contra a reforma da previdência encampada por Lula. O governo, contrariando quem esperava gulags e expropriações, vinha seguindo a cartilha da austeridade preconizada pelos economistas liberais. Cortou gastos e podou aposentadorias. Por razões de disciplina partidária, e com aval do presidente, o PT defenestrou os parlamentares que se opuseram a essa agenda. A solução encontrada por eles foi fundar um novo partido, o 29º da democracia brasileira àquela altura. Demorou um ano até que coletassem o mínimo de 450 mil assinaturas exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Pretendiam escolher o 10 como número de urna, mas, por questão de dias, perderam-no para o bispo Edir Macedo, que acabava de fundar seu Partido Municipalista Renovador – hoje Republicanos. O Psol se contentou com o 50. Ziraldo, simpático à causa, desenhou o Sol sorridente que até hoje serve de logotipo para o partido. “Renasceremos a cada dia como um Sol”, prometeu a então senadora Heloísa Helena, segundo registrou a Folha de S.Paulo. Nesses primeiros dias, Helena ainda se referia à agremiação como “o partido do Sol”. Em 2006, apelando ao eleitorado à esquerda de Lula, ela se candidatou a presidente e levou quase 7% dos votos, um percentual que a legenda, desde então, nunca esteve perto de igualar. Hoje, tendo completado vinte anos, o partido do Sol se vê em circunstâncias muito diferentes. Está mais próximo do PT do que jamais esteve e conta uma ministra na Esplanada – Sonia Guajajara, à frente do Ministério dos Povos Indígenas. Não sem brigas, o partido decidiu não lançar candidato a presidente em 2022, fato inédito em sua história, e aderiu prontamente à coalizão de Lula. Agora bambeia diante da possibilidade de assumir mais um ministério, já que corre em Brasília o rumor de que Guilherme Boulos, deputado federal e principal liderança do partido, assumirá a Secretaria-Geral da Presidência, hoje nas mãos de Márcio Macêdo (PT). Caso o faça, passará a despachar do quarto andar do Palácio do Planalto, um acima de Lula. O assunto é tabu. “A gente ainda está tentando entender se é uma possibilidade ou uma especulação”, disse Paula Coradi, presidente do Psol. Topar o cargo não será, segundo ela, uma contradição com os ideais do partido. “Tudo partiria de um diálogo para entender o nosso papel e quais seriam as expectativas em torno de uma presença maior nossa no governo.” Boulos não comenta. À piauí, disse apenas que compor a base do governo Lula é “raciocínio simples e ao mesmo tempo decisivo para nós”. O dilema talvez explique por que, pela primeira vez, o Psol fará agora uma revisão do programa partidário aprovado em 2004. A justificativa oficial é de que o texto precisa refletir os novos tempos. Muita coisa mudou, no mundo e na esquerda, nesses vinte anos. “Nosso programa fala da Alca [Área de Livre Comércio das Américas], que já foi derrotada há muito tempo”, disse Juliano Medeiros, que presidia o Psol até 2023 e está engajado nas discussões do novo programa. Outros anacronismos, como as críticas a Lula, ele defende que também sejam deletados do texto. “Por que vamos citar no programa do partido uma pessoa que nem é do nosso partido? Não faz sentido.” Programas partidários são uma exigência da Justiça Eleitoral e servem para que a legenda diga à sociedade a que veio. Ali estão as ideias que a inspiram, as propostas que defende, os objetivos que almeja. O cidadão que perscrutar as 5.836 palavras do programa do Psol saberá que o partido apregoa a reforma agrária, o confisco dos bens de corruptos e sonegadores, o combate ao racismo e à homofobia, a democratização dos meios de comunicação e, como horizonte final, a transição para o socialismo. Parte 1, item 3: “Rechaçar a conciliação de classes e apoiar as lutas dos trabalhadores.” Não está claro se, com a adesão à frente ampla capitaneada por Lula, a frase sobreviverá intacta no programa do Psol. As discussões sobre o novo texto começarão em abril e vão ser divididas em cinco eixos temáticos: socialismo do século XXI; democracia, direitos humanos e sociais; crise climática e transição ecológica; mundo do trabalho e modelo econômico; lutas sociais e políticas do nosso tempo. Assine nossa newsletter e-mail Avião - enviar formulário Toda sexta-feira enviaremos uma seleção de conteúdos em destaque na piauí Os dirigentes evitam falar de pautas específicas. “Estamos buscando entender o presente para gerar esperança para o futuro. A gente quer se afirmar enquanto partido da nova esquerda, um partido dinâmico, um partido que defende as lutas do nosso tempo”, desconversou Coradi, a presidente. O tesoureiro, Tiago Paraíba, diz que é preciso fazer um balanço dos últimos dez anos. Como sair da oposição para a base do governo sem perder a identidade?, ele indagou. “Não é uma equação fácil”, concluiu. Acapixaba Paula Coradi tem 39 anos e se filiou ao Psol em 2009. Como Juliano Medeiros, seu antecessor, é historiadora de formação. Também como ele, ascendeu à presidência do partido sem ter ocupado cargo público. É uma militante da máquina. Galgou espaço na Executiva Nacional do partido e foi eleita para o cargo máximo em outubro de 2023. Recebeu os votos de 67% dos 451 delegados que se reuniram no 8º Congresso Nacional do Psol, em Brasília. A vitória mais folgada até hoje, mas em ambiente inflamado: a certa altura, militantes de correntes adversárias trocaram socos. Coradi faz parte da Primavera Socialista, a maior tendência do Psol, que tem como integrante mais célebre o deputado federal Ivan Valente (SP). Junto com a Revolução Solidária, grupo de Boulos, eles formam o Psol Popular, aliança que vem conseguindo obter maioria nas disputas internas e advoga por uma proximidade maior com o governo Lula. Do lado oposto há correntes menores, à esquerda, cujos representantes mais vocais têm sido o casal de deputados Sâmia Bonfim (SP) e Glauber Braga (RJ). Grupos que andam se estranhando. A última crise, a maior de que se tem notícia, aconteceu em fevereiro, quando a liderança do Psol na Câmara demitiu o economista David Deccache de seu quadro de assessores. Inconformado, Deccache foi à imprensa e disse que estava sendo perseguido por criticar as políticas econômicas do governo Lula, o que, segundo ele, desagradava os chefes. Os deputados negaram: em nota pública, disseram que a demissão fora motivada não por discordâncias, “mas por ataques públicos do assessor [Decacche] a parlamentares e à presidente do Psol.” Braga apoiou o colega demitido – um profissional, em suas palavras, “brilhante”. Em uma live no Instagram, o deputado denunciou o que considerava “uma virada de chave por parte do campo majoritário” do partido. No final, parafraseou Lênin: “O que fazer? Se esgotou o [meu] tempo de presença no Psol?” Por ora, Braga continua filiado. Para os partidos de inspiração marxista, trata-se de uma encruzilhada tão velha quanto o próprio Marx. O quanto é possível se integrar a uma frente social-democrata sem perder de vista o socialismo? Em um artigo de dezembro de 2022, o historiador Valerio Arcary, que milita pelo Psol na corrente Resistência, adiantou o dilema que vinha pela frente. “A adesão ao governo condenaria o Psol a ser um satélite do PT. A definição como oposição de esquerda condenaria o Psol a uma solidão na marginalidade.” Os dois lados da disputa dizem defender o caminho do meio: apoiar o governo contra as investidas do bolsonarismo, sem abrir mão de suas próprias bandeiras. Discordam mesmo é no método. “Medidas de austeridade fortalecem a extrema direita. É papel do Psol fazer o enfrentamento dessas medidas, tensionando publicamente para garantir os direitos da maioria do povo”, disse Braga à piauí. Boulos deu parecer diferente: “Achar que esse é o momento adequado para colocar em pauta as diferenças na esquerda, ou situar o governo como adversário, é de uma miopia inacreditável.” Arevisão do programa partidário foi aprovada no mesmo congresso que elegeu Paula Coradi, e com votação igualmente expressiva. “A gente sentiu naquele momento que a consolidação de uma maioria de dois terços – que nunca tinha acontecido no Psol –, assim como a política de frente ampla, foram conquistas do nosso partido”, diz Juliano Medeiros, que também milita pela Primavera Socialista e pensa em sintonia com Boulos. “A gente não podia retroceder. Isso precisava estar documentado, no papel.” O objetivo, em linhas gerais, é cristalizar a nova visão dominante do partido, que se expandiu e fez concessões ao pragmatismo. Medeiros encarnou essa transformação. Presidiu o Psol por dois mandatos consecutivos, entre 2017 e 2023, período no qual o número de filiados praticamente dobrou, passando de 147 mil para 292 mil. O partido ainda sofre nas eleições majoritárias: não elegeu nenhum prefeito no ano passado e perdeu a única capital que governava, Belém, onde o mandatário sequer chegou ao segundo turno. No Congresso as coisas não vão mal. Embora não tenha senador, o partido dobrou a bancada na Câmara desde 2014. Conta hoje com treze deputados. Medeiros se filiou ao Psol em 2005, vindo do PT, numa história comum à dos integrantes da primeira geração do partido. Militava ao lado de Ivan Valente e o acompanhou quando o deputado resolveu abandonar as hostes petistas. “Lula havia sido eleito, e o desempenho do governo estava sendo frustrante para quem esperava mudanças um pouco mais profundas”, lembrou o ex-presidente do Psol. “A gota d’água para nós foi quando vieram à tona as denúncias de corrupção, como o Mensalão.” As acusações contra o PT deram ao Psol a oportunidade de empunhar a bandeira da moralidade, da qual nunca se desvencilhou totalmente. Quem melhor encarnou esse sentimento foi Heloísa Helena, primeira presidente do partido. Em 2006, a senadora chamou Lula de gângster e descreveu o PT como uma “organização criminosa capaz de roubar, matar, caluniar e liquidar qualquer um que passe pela frente ameaçando seu projeto de poder”. Palavras que hoje soam mal para os ex-colegas. “Ela, que vem de uma corrente programática, acabou virando uma pessoa-fígado”, diz Ivan Valente. Helena deixou o Psol em 2015, ano em que o partido, por força das circunstâncias, começou a calibrar o antipetismo. Dilma Rousseff iniciava o segundo mandato já nas cordas, emparedada por uma direita despudorada que emergira em 2013. O Psol cerrou fileiras com o governo e passou a buscar lideranças populares que desfizessem sua imagem de um partido de classe média. Lançou, com sucesso, as candidaturas de Marielle Franco e Talíria Petrone, ambas jovens negras eleitas vereadoras em 2016, no Rio de Janeiro e em Niterói, respectivamente. Pouco depois, Guilherme Boulos se filiou, trazendo consigo ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A estratégia de popularização do partido foi encabeçada por Medeiros e Valente. “Eles representavam e ainda representam ideias de um partido mais arejado, mais aberto, mais amplo, que não pregue só pra convertido”, defendeu Boulos. “O que unia meu grupo ao grupo do Juliano e do Ivan Valente era a compreensão de que a gente precisava focar no enfrentamento à direita. Era preciso construir uma unidade dentro do campo progressista para lidar com o tempo difícil que estava se iniciando ali.” Quando Lula, fora da prisão, recuperou o direito de disputar eleições após uma decisão do STF, ele convidou Boulos e Medeiros para uma conversa na sede do Instituto Lula, em São Paulo. Segundo Medeiros se recorda, o petista serviu cachaça e comentou que estava pensando em ser candidato à presidência em 2022. “Ele, muito sedutor como é, tentou nos puxar para uma aliança”, contou Medeiros. “A gente disse: ‘Não, presidente. A gente tem muito respeito, o senhor é um homem fortíssimo, talvez o mais adequado para liderar a frente contra o Bolsonaro. Mas a gente precisa discutir mais coisas’”. Discutiram e se acertaram. O Psol não lançou candidato a presidente nem a governador em São Paulo naquele ano, fato que inflamou parte da militância, para quem se tratava de capitulação inaceitável. Recebeu, como contrapartida, apoio a Boulos na disputa pela prefeitura, em 2024. “Foi uma decisão não só correta, mas que nos custou menos do que poderia”, diz Medeiros. A seu ver, não fosse a aliança com Lula, o Psol teria se isolado de sua base. “A gente retrocederia dez anos de construção partidária, de abertura, para voltar a ser o Psol que fala com o gueto.” O grupo majoritário diz que o novo programa, além de excluir as análises conjunturais de 2004, servirá para posicionar o partido no novo mundo do trabalho. “Temos uma classe trabalhadora mais fragmentada, marcada pela ideologia do empreendedorismo”, disse Boulos. “O Psol precisa apostar num caminho de disputa digital, de guerra cultural, de discussão de ideias.” Coradi citou como exemplo o movimento Vida Além do Trabalho, liderado pelo vereador carioca Rick Azevedo (Psol), que pleiteia o fim da jornada de trabalho 6×1. Trata-se, ela diz, de um exemplo de “programa ao máximo” – uma maneira acessível de divulgar pautas da esquerda sem moderar o discurso. As resoluções serão discutidas em grupos de trabalho e, depois, submetidas à apreciação geral do partido. Não há previsão de quando o novo programa ficará pronto. Glauber Braga disse não saber que mudanças serão feitas no texto, nem quando. “Lula entregou-se aos antigos adversários e voltou as costas às suas combativas bases sociais históricas. Transformou-se num agente na defesa dos interesses do grande capital financeiro. Na esteira dessa guinada ideológica do governo, o Partido dos Trabalhadores foi transformado em correia de transmissão das decisões da Esplanada dos Ministérios”, diz o programa partidário do Psol aprovado no Minas Tênis Clube. Babá ainda concorda. Aos 71 anos, o ex-deputado conhecido pela longa cabeleira anunciou recentemente sua desfiliação do partido que ajudou a criar. “Eu considero um envelhecimento precoce do Psol”, disse à piauí. Do quarteto inicial de parlamentares, sobrou só Luciana Genro, deputada estadual no Rio Grande do Sul. Babá diz que aguarda, agora, o surgimento de um novo partido que represente a causa socialista. Gabriela Sá Pessoa É jornalista em São Paulo. Escreve para a The Associated Press e já trabalhou no New York Times, no Washington Post, no UOL e na Folha de S.Paulo. Foi Elizabeth Neuffer Fellow da International Women's Media Foundation em 2023. _____________________________________________________________________________________________________
Focus: mercado mantém estimativa de inflação e vê PIB menor em 2025 Segundo o Relatório Focus, do BC, inflação no Brasil em 2025 será de 5,65%, enquanto PIB deve crescer 1,97%. Selic fecharia este ano em 15% Por: Metrópoles Publicado em: 31/03/2025 08:41 Recentemente o presidente Lula (PT) disse que responsabilidade fiscal não é a prioridade do governo (Crédito: BRENO ESAKI/METRÓPOLES) Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram inalterada a estimativa de inflação para 2025 em relação à semana passada. É o que mostra a nova edição do Relatório Focus, divulgada nesta segunda-feira (31/3). Em fevereiro deste ano, o IPCA ficou em 1,31%, uma alta de 1,15 ponto percentual em relação a janeiro e a maior taxa para o mês em 22 anos. No acumulado de 12 meses até fevereiro, a inflação no país foi de 5,06%, ainda acima do teto da meta. Confira a matéria completa no Metrópoles. ______________________________________________________________________________________________________________

domingo, 30 de março de 2025

SIMPLESMENTE

"O processo de ressignificar pode envolver: Mudar a perspectiva ou a interpretação de uma experiência, objeto, conceito ou situação Alterar a maneira como algo é percebido ou entendido Designar um novo significado a acontecimentos por meio da mudança na forma de ver o mundo " --------- ---------- Os Fuzis (1964) - Dirigido por Ruy Guerra | Filme completo --------- Canal Brasil 6 de mai. de 2022 #TBT #CanalBrasil Em um bolsão de fome do nordeste brasileiro, um grupo de soldados e um motorista de caminhão tentam impedir que a população faminta do sertão da Bahia saqueie um depósito de alimentos. Elenco: Átila Iório, Nelson Xavier, Joel Barcellos, Hugo Carvana, Maria Gladys, Leonides Bayer, Ivan Cândido, Paulo César Peréio. ------------ Obrigada, Pelas Flores Beth Carvalho Obrigada pelas rosas que me deste amor eu te agradeço com ternura e fervor não me esqueci, nem esquecerei jamais O buquê de flores, todas elas naturais Hoje faço a minha retribuição e te ofereço em troca esta canção inspirada em flores iguais às que eu recebi nunca esquecerei de ti Não me esquecerei de ti por várias razões As flores uniram pra sempre os nossos corações Quando amanhece o dia volto ao meu jardim Vejo lírios, rosas, cravos, dálias e jasmins E lembro aquela noite Linda, cheia de emoção E canto com muita alegria esta nossa canção. Composição de Manacea / Monarco _____________________________________________________________________________________________________ Moacir Santos - Sou eu (Luanne) (Uaná Barreto, arr. e piano) Instituto Piano Bra --------- É difícil É muito difícil Nunca. Nunca. Ah... essa pergunta... É difícil de responder, né? Como cidadã, como funcionária dessa Casa, né? A gente mora aqui, oito, dez horas por dia. É a nossa casa também, né? Então, é difícil... Porque é muito difícil. Isso. No momento, a gente esqueceu e trabalhou. Mas no dia seguinte... A gente começa a pensar, né? Na significação de tudo isso. E eu acredito que... A nossa condição de povo pacífico ficou um pouco maculada. Mas acredito também que a gente tem condição de voltar a ser. "De voltar a Ser." --------- Documentário BBC / 8 de Janeiro: O dia que abalou o Brasil BBC News Brasil. 2,9 mil visualizações. há 1 ano ____________________________________________________________________________________________________
----------- Juiz de Fora Corrida ------------
----------- Percurso: --------- 8.00 km Distância 53:26 Tempo 6:40 /km Ritmo médio 42 m Subida total 575 ----------- 6min40s/km (de tristes lembranças), registrados em um trecho que nos remete ao Velho Fuzil, páginas lidas e relidas de nossa história. A subidinha do final te apertou um pouco né Deu uma cansads Mas nossa Muito bom 6:40 Arrebentamos na oitava e última volta de 1 km! Dá uma olhada: 5:54/km!!! Depois te conto como conseguimos essa 'façanha' rsrsrs. Siiim Vc aumentou o esforço ali né ----------- Fim De Noite · Doris Monteiro ---------- Simplesmente ℗ 1966 EMI Records Brasil Ltda Released on: 1966-01-01 Associated Performer, Vocalist: Doris Monteiro Producer: Milton Miranda Composer Lyricist: Chico Feitosa Composer Lyricist: Ronaldo Bôscoli _____________________________________________________________________________________________________ VOLTA AO MUNDO EM INSTANTÂNEOS DA CNN BRASIL "As curvas generosas da picanha brasileira contrastam com as sinuosas paisagens do Vietnã e as ondulações das calçadas de Ipanema. Brasil e Vietnã, grandes produtores de café, abastecem o mundo. Durante a Guerra do Vietnã, o Brasil se destacava com Mané e Soares como embaixadores do Itamaraty e do IBC na Itália. Eles recepcionaram o compositor e sua esposa, uma atriz, que carregava seu primeiro bebê." O mundo roda, e o negócio segue girando.
RETRIBUIÇÃO Ao mandar beijos à plateia, a atriz retribui as homenagens recebidas — e assim não deixa de ser humana. Retribuir com beijos é atuar. Mas entregar os beijos... é ser o quê?
---------- Rumos Trilhas Musicais de Moacir Santos Lucas Bonetti Preservação e publicação São Paulo / SP Moacir Santos (Flores/PE, 1926-Passadena/Califórnia, 2006), um dos grandes... Publicado em 08/09/2015 Atualizado às 10:15 de 03/08/2018 Lucas Bonetti Preservação e publicação São Paulo/SP
----------- Moacir Santos (Flores/PE, 1926-Passadena/Califórnia, 2006), um dos grandes músicos do jazz nacional, foi saxofonista, compositor, arranjador e maestro. Sua vasta produção musical inclui trilhas sonoras compostas para o cinema brasileiro no início da década de 1960. Nesse projeto, algumas dessas trilhas foram recuperadas, revisitadas e transcritas. O trabalho de transcrição foi realizado por Lucas Bonetti e contou com a revisão de músicos como Nailor Proveta, André Mehmari e Marisa Silveira. As trilhas dos filmes Seara Vermelha (Alberto D’Aversa, 1963), Ganga Zumba (Carlos Diegues, 1964), Os Fuzis (Rui Guerra, 1963) e O Beijo (Flávio Tambellini, 1963) ficarão disponíveis para consulta no site trilhasmoacirsantos.com.br, que apresenta informações complementares sobre o trabalho do artista. Saiba mais no IC Cultural https://www.itaucultural.org.br/trilhas-musicais-de-moacir-santos. _____________________________________________________________________________________________________ --------- ---------- Uma Noite no Castelo - 30 de março de 2025, às 17h -------- TV SUAT Transmissão iniciada há 76 minutos Apresentação no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ, em 30 de março de 2025. Ópera de Henrique Alves de Mesquita, em produção da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a convite do Projeto ÓPera na UFRJ. Direção Cênica de Marcos Marinho. Orquestra Acadêmica da UFJF, sob a regência de Victor Cassemiro.

sábado, 29 de março de 2025

O JOIO E O TRIGO

----------- Sábado, 29 de março de 2025 O caos e o golpe Oito são os denunciados do chamado "Núcleo Crucial", agora transformados em réus na Ação Penal que tramita no Supremo Tribunal Federal. A tentativa de golpe de Estado, orquestrada por figuras centrais do bolsonarismo, buscava instalar um caos institucional sem precedentes, numa espécie de "saco de gatos" onde a desordem favoreceria a subversão das instituições democráticas. A narrativa da extrema-direita se desdobra de maneira previsível: enquanto exigiam obediência cega às suas ordens arbitrárias, os golpistas ignoravam o devido processo legal, a presunção de inocência e os mecanismos fundamentais de um Estado Democrático de Direito. "Cosa, cosa!" – bradavam, no desespero de consolidar um projeto autoritário que nunca encontrou respaldo na soberania popular. A tentativa falhou, mas o estrago simbólico foi feito: o descrédito institucional passou a ser sua nova frente de batalha. O julgamento que se inicia no STF não é apenas um acerto de contas com os responsáveis diretos pela intentona golpista, mas um marco histórico na reafirmação de que o Brasil não aceita aventuras autoritárias. Não se trata de perseguição política, mas de responsabilização penal baseada em provas robustas e inegáveis. A extrema-direita, entretanto, não se resigna. A estratégia é clara: transformar seus líderes em mártires e lançar dúvidas sobre a lisura do processo judicial. Críticas ao STF são bem-vindas e necessárias dentro de um regime democrático. No entanto, há uma linha que separa o debate honesto da manipulação desonesta. O que se vê é uma tentativa coordenada de desqualificar por completo a atuação da Corte, criando um clima de instabilidade que serve apenas àqueles que tentaram rasgar a Constituição. Moral da história: Queriam empurrar a democracia para dentro de um saco, mas esqueceram que saco rasga—e, quando rasga, o que estava escondido aparece para todos verem. Com direito a cheiro forte e consequências inevitáveis. _____________________________________________________________________________________________________ ---------- ----------- Serrano diz Bolsonaro réu é "reconhecimento do crime de tentar golpe" e rebate Fux ----------- TV Fórum Estreou há 10 horas ----------
---------- sábado, 29 de março de 2025 O joio e o trigo - Pedro Serrano O STF não está imune a críticas, mas o objetivo da extrema-direita é desqualificar por completo a atuação da Corte O Supremo Tribunal Federal vem impulsionando as denúncias formuladas pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-Presidente da República Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas pelos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Por essas razões, intensificam-se as críticas aos atos de persecução penal e jurisdicionais da Corte Constitucional. Críticas não são apenas aceitáveis, mas desejáveis em qualquer sistema democrático. A posição assumida pelo Judiciário para a vida em sociedade o coloca, invariavelmente, sob o crivo do questionamento. Ao Judiciário cabe, nas democracias contemporâneas, a última palavra em termos de interpretação da ordem jurídica. Em países como os latino-americanos, providos de Constituições analíticas, diversas decisões sobre da vida pública, em comunidade e dos comportamentos humanos são transferidas para o âmbito jurisdicional. O escrutínio público a que se sujeita o Judiciário fica ainda mais latente quando estamos diante de um órgão de cúpula que, cotidianamente, é provocado a se manifestar sobre pautas sociais, conflitos entre poderes e federativos, entre outros temas. Com relação às competências exercidas pelo Supremo em matéria criminal, a grande maioria das críticas é descabida sob a perspectiva jurídica e, o que é mais grave, serve a propósitos escusos. Rememoremos que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, proliferou desinformações quanto ao processo eleitoral e às urnas eletrônicas. Além disso, o ex-presidente jamais reconheceu a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022 e estimulou atos antidemocráticos em frente aos quartéis. Não podemos esquecer ainda da ruidosa atuação da Polícia Rodoviária Federal com o intuito de impedir o exercício do direito ao voto, dos atos de terrorismo no Aeroporto Internacional de Brasília em dezembro de 2022 e do fatídico dia 8 de janeiro de 2023, ocasião em que símbolos dos poderes constituídos da República brasileira foram, sem precedentes na nossa história, desafiados. Se antes a palavra “golpe” pudesse significar, no âmbito das ciências humanas em geral, uma reprovabilidade do jargão político, agora é inequívoco que deve ser adotada para representar a prática de um crime contra as instituições democráticas: “golpe de Estado”, com todos os elementos do tipo constantes do artigo 359-M do Código Penal. É a primeira vez na nossa história que militares, ministros, presidente da República e outros servidores públicos da alta administração do Estado são denunciados por tentativa de golpe de Estado. A finalidade da pretensão responsabilizatória não deve ser estritamente punir: precisamos deixar claro para as próximas gerações que a sociedade brasileira não aceita ataques violentos à Constituição e à democracia. A gradual fragilização dos espaços e dos sentidos da democracia e da relação de pertencimento à sociedade ocorreu através de específicos artifícios enfraquecedores do pacto civilizatório e das instituições democráticas. O bolsonarismo foi muito além da mera estratégia política de reprodução e dissipação. As provas são claras, consistentes e revelam a gravidade dos crimes cometidos contra a nossa democracia. Esses atos atingiram diretamente o coração do Estado Democrático de Direito. Não estamos falando apenas de discursos golpistas, mas de ações concretas, como planos de sequestro e assassinato de autoridades, que colocaram em risco a própria democracia brasileira. É nesse contexto que afirmamos, enfaticamente, que a defesa da nossa democracia constitucional pelo Supremo não está isenta de críticas. É preciso que se realize um incessante e comprometido escrutínio dos procedimentos e dos produtos da persecução do Estado. No entanto, determinadas disfuncionalidades não desqualificam, in totum, a atuação do Supremo. Ao contrário de patologias do sistema, constatamos algumas disfunções que devem ser criticadas e corrigidas pelos específicos mecanismos recursais da processualística. É dentro desse campo que deve circunscrever a crítica. A confusão, além de equívoco epistêmico no âmbito jurídico, favorece, no âmbito político, aos propósitos da extrema-direita, sedenta na descredibilização dos lucus de resistência e na apropriação fraudulenta da verdade. Publicado na edição n° 1355 de CartaCapital, em 02 de abril de 2025. _____________________________________________________________________________________________________ ---------
----------- Aqui está a transcrição do texto da imagem: Parábola: o joio e o trigo Mateus 13:24-30 Esta foi outra parábola que Jesus contou: "O reino dos céus é como um agricultor que semeou boas sementes em seu campo. Enquanto os servos dormiam, seu inimigo veio, semeou joio no meio do trigo e foi embora. Quando a plantação começou a crescer, o joio também cresceu. Os servos do agricultor vieram e disseram: 'O campo em que o senhor semeou as boas sementes está cheio de joio. De onde ele veio?'" 📖 @a.bibliafalada _____________________________________________________________________________________________________ ----------- ----------- #97 - A Parábola do trigo e do joio ---------- A Vida em Foco - TV 8 de set. de 2015 No quadro Pérolas do Evangelho desta semana, Haroldo Dutra Dias nos presenteia com mais este enigma da Boa Nova, com todo o seu simbolismo e ensinamento ímpar. ____________________________________________________________________________________________________

MURMURAÇÕES

--------- Jacob do Bandolim - Murmurando ----------- ---------- Peder B. Helland - Dance of Life (Álbum Completo) Soothing Relaxation ----------- Com boa vontade é fácil viver. Fazer e principalmente refazer a vida é assunto que não se pode deixar para depois. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.Paulo. (Filipenses, 2:14.) ---------- ---------- Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores. É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia. Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto-exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das mu rmurações. Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações. É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta. É fácil identificá-los. Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam. Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais. Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria. Cap 75 ESTUDANDO O LIVRO PÃO NOSSO Murmurações Chico Xavier e Emmanuel _____________________________________________________________________________________________________ ---------- ---------- Murmurando Elizeth Cardoso Murmurando esta canção Eu sei que o meu coração Há de suplicar, amor Vem matar tanta dor Já não há luas-de-mel e nem mais estrelas no céu Um anel de ambições envolveu Irmãos, que será o poder? Fatal Se o bem não vencer o mal Amor, tanta dor há de chegar ao fim É melhor, bem melhor, amar e viver sem imitar Caim Por que mentir, trair, matar Em vez de amar? Será que a negra escuridão pode apagar a luz do Sol? Será que o nosso coração pode viver sem um crisol? Se Jesus ao levar a cruz além Não deixou de pregar o amor ao bem Além de todas as razões Quero mostrar aos meus irmãos A missão do perdão do Grande Rei, o Criador Que ao expirar sobre o Tabor quis imortalizar o amor Composição: Mário Rossi. _____________________________________________________________________________________________________ ----- Rabi Raboni 1 de fev. de 2014 Estudo do livro PÃO NOSSO psicografado por Francisco Cândido Xavier através do espírito de Emmanuel - Audio e Comentário de Lúgero Souza 75 Murmurações _____________________________________________________________________________________________________ ----------
----------- As horas correm. Lá embaixo, a cidade já se levantou, preguiçosa. O jovem continua a leitura página-a-página. As lições caem-lhe no Espírito ávido com naturalidade. Sem os atropelos da dúvida. A segunda parte do livro arranca-lhe incontidas lágrimas de emoção. Jamais sentira em autor algum a alta significação do Amor e da Sabedoria de Deus. “Jamais vi alguém cantar as glórias da Criação com tamanha profundidade e beleza.” Estas palavras de Eurípedes numerosas vezes repetidas, expressam-lhe o grande respeito votado à obra de Léon Denis. Na Literatura Religiosa, que folheava frequentemente, nunca, até então, encontrara cérebro que exprimisse a magnificência da Obra Divina, com o brilho e a profundidade desse autor. Com a força suave e bela da Poesia, o filósofo estrutura novo e racional sentido para os atributos de Deus. Quando desceu o morro verdejante, Eurípedes revivia os primeiros arrebatamentos, que a literatura espírita lhe proporcionava e que se repetiriam, no futuro, pelas mãos fraternas de “tio Sinhô”. NOTA – Depoimentos de: José Rezende da Cunha e Edalides M. Rezende – S. Carlos, SP; Viúva Jovino Gonçalves de Araújo – Santa Maria, MG; Ranulfo G. Cunha – Santa Maria, MG; e Amália Ferreira de Mello (arquivo pessoal), desencarnada em Sacramento, MG. Eurípedes – o Homem e a Missão Corina Novelino p. 77 _____________________________________________________________________________________________________ ----------- MISSÃO DO HOMEM INTELIGENTE NA TERRA - Evangelho segundo o Espiritismo Cap. 7 item 13 --------- Canal Fraternidade Luz e Fé 16 de jun. de 2020 Palestra Pública realizada na Sociedade Espírita Fraternidade Luz e Fé no dia 10 de junho de 2020, com a casa vazia em função da pandemia do coronavirus. Expositora: Regina Silveira Pamplona, abordando a missão da pessoa humana dotada de valores intelectuais. Música 1 músicas Dance of Life Peder B. Helland Dance of Life Missão do homem inteligente na Terra 13. Não vos ensoberbais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito estreitos no mundo em que habitais. Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste planeta: nenhum direito tendes de envaidecer-vos. Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele. A natureza do instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-se? A enxada que o jardineiro entrega a seu ajudante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a terra? Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece expulso. Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos? Não levanta ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para arrotear o terreno? Tem ele direito ao salário prometido? Não merece, ao contrário, ser expulso do jardim? Sê-lo-á, não duvideis, e atravessará existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante dAquele a quem tudo deve. A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa mão pode retirar o que lhe concedeu. – Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.) _____________________________________________________________________________________________________

quinta-feira, 27 de março de 2025

"Meus amigos!"

"¡Mis amigos, gracias!" ------------- --------- Fado Tropical (part. Ruy Guerra) Chico Buarque Oh, musa do meu fado Oh, minha mãe gentil Te deixo consternado No primeiro abril Mas não sê tão ingrata Não esquece quem te amou E em tua densa mata Se perdeu e se encontrou Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal! Sabe, no fundo eu sou um sentimental Todos nós herdamos no sangue lusitano Uma boa dosagem de lirismo (além da sífilis, é claro) Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar Esganar, trucidar, o meu coração fecha os olhos E sinceramente chora Com avencas na caatinga Alecrins no canavial Licores na moringa Um vinho tropical E a linda mulata Com rendas do alentejo De quem numa bravata Arrebato um beijo Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal! Meu coração tem um sereno jeito E as minhas mãos o golpe duro e presto De tal maneira que, depois de feito Desencontrado, eu mesmo me contesto Se trago as mãos distantes do meu peito É que há distância entre intenção e gesto E se o meu coração nas mãos estreito Me assombra a súbita impressão de incesto Quando me encontro no calor da luta Ostento a aguda empunhadora à proa Mas meu peito se desabotoa E se a sentença se anuncia bruta Mais que depressa a mão cega executa Pois que senão o coração perdoa Guitarras e sanfonas Jasmins, coqueiros, fontes Sardinhas, mandioca Num suave azulejo E o rio Amazonas Que corre trás-os-montes E numa pororoca Deságua no Tejo Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um império colonial! Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um império colonial! Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um império colonial! Composição: Ruy Guerra / Chico Buarque. --------- _____________________________________________________________________________________________________ Milonga Tropical(Inspirado en "Fado Tropical", de Chico Buarque y Ruy Guerra) Oh musa de mi tango,Oh patria errante mía,Te dejo en desconsueloEn compás de lejanía. Mas no seas tan ingrata,Recuerda quién te amó,Y en tus sueños de arrabalSe perdió y se encontró. ¡Ay, esta tierra aún busca un destino inmortal,Aún ha de tornarse un gran Plata colonial! Sabes, en el fondo soy un nostálgico fatal,Todos llevamos en la sangre un son hispano,Un dejo melancólico y oscuro (además del tedio, claro),Aun cuando mis manos se pierden en la daga,Afiladas en venganza y hielo seco,Mi bandoneón solloza en un lamento desleal. Con viñedos en la pampa,Mate amargo y su calor,Malbec en tierras secas,Una queja sin razón. Y la bella morocha,Con mantilla andaluza,De quien en un arrebatoRobo un beso y pido excusa. ¡Ay, esta tierra aún busca un destino inmortal,Aún ha de tornarse un gran Plata colonial! Mi pecho está hecho de mil contradicciones,Y mis manos de tango, de acero y de miel,De tal manera que, entre besos y puñales,Me hallo y me pierdo en un mismo burdel. Si guardo las manos lejos de mi pecho,Es porque hay distancia entre intención y el hecho,Y si el corazón en la daga se entrega,Me asombra el miedo de un crimen perfecto. Cuando me encuentro en la lucha encendida,Exhibo el filo cruel de la herida,Mas mi pecho se abre en un suspiro.Y si la sentencia llega como un tiro,Más que deprisa la mano lo ejecuta,Pues si no, el corazón titubea y duda. Bandoneón y guitarras,Margaritas en la arena,Asados, boleadoras,Un mural de luna llena. Y el Río de la Plata,Que nace en mis montes,Y en su furia desatadaSe entrega a los horizontes. ¡Ay, esta tierra aún busca su estrella final,Aún ha de tornarse un imperio fantasmal! ¡Ay, esta tierra aún busca su estrella final,Aún ha de tornarse un imperio fantasmal! _____________________________________________________________________________________________________ ---------- ----------- Gol da Argentina! Simeone faz o quarto: Argentina 4 x 1 Brasil ---------- Rádio BandNews FM 25 de mar. de 2025 Gol da Argentina! Simeone faz o quarto para os hermanos. Argentina 4 x 1 Brasil. ____________________________________________________________________________________________________ --------- A Dialética do Quarto Gol da Argentina (Com a Bênção do João-Sem-Medo) Futebol é arte, mas também é picardia. E os argentinos, que não são bobos, aprenderam direitinho com os brazucas. Em março de 2025, no quarto gol da Argentina, vimos uma releitura esperta do que aconteceu em 1970: troca de passes, inteligência coletiva e um gol com cara de déjà vu. Mas com um toque portenho, claro. Negação da negação? Pode apostar. Só que com mais garra e menos ginga. Se em 70 o Capita (Carlos Alberto Torres) fechou a conta com um petardo, em 2025 teve capeta no meio: um diabo de um argentino enfiou a bola no ângulo, telepaticamente inspirado no futebol brasileiro. Ironia ou destino? Tanto faz. Futebol, meu amigo, é síntese dialética com a bola nos pés. O método aqui? O de sempre: olho no jogo, memória afiada e um bom gole de história. O resto é conversa fiada. Conclusão? Quem aprende com o passado, ganha o presente. E quem vacila, chora na arquibancada. _____________________________________________________________________________________________________ ------------ ---------- MIRATE EN ESE ESPEJO Tango Egidio Pittaluga Eduardo Daniel Ferri Orquesta Minotto Di Cicco -------- la vieja guardia del tango 18 de jan. de 2024 MIRATE EN ESE ESPEJO.Tango-(Egidio Pittaluga-Eduardo Daniel Ferri).Orquesta-Minotto Di Cicco- Voz-Jorge Omar.1931 -------- La Dialéctica del Cuarto Gol Argentino (Con la Bendición de Juan Sin Miedo) El fútbol es arte, pero también es picardía. Y nosotros, que de zonzos no tenemos nada, aprendimos la lección de los brasileños con un bandoneón bajo el brazo. Marzo de 2025: cuarto gol de Argentina. Un eco tanguero de 1970, pero con la cadencia del arrabal. Pases filosos, un vals de toque y gambeta, la memoria viva en el césped. Negación de la negación, dicen. ¿Y qué? Lo hicimos con más garra y menos samba. Si en el 70 el Capita (Carlos Alberto Torres) cerró la cuenta con un cañonazo, en 2025 metimos al diablo en la jugada: un demonio celeste la clavó en el ángulo, telepáticamente inspirado en la magia brasileña. ¿Ironía o destino? Da igual. El fútbol, hermano, es una milonga dialéctica con la pelota en los pies. ¿El método? El de siempre: ojo en el juego, memoria filosa y un trago de historia. Lo demás es puro cuento. ¿Conclusión? El que aprende del pasado, baila en el presente. Y el que duda, llora en la tribuna. _____________________________________________________________________________________________________ ----------- Desenvolvimento da Análise Dialética do Quarto Gol da Argentina em Março de 2025 TESE: "Os manos aprendem com os acertos dos brazucas de forma dialética. O quarto gol da Argentina, em março de 2025, exemplifica a negação da negação do ocorrido em julho de 1970, ao mesmo tempo conservando e superando o passado em um nível superior. Há 'capita' e 'capeta' na telepatia e na indução." A afirmação inicial propõe uma análise dialética do aprendizado dos "manos" (argentinos) a partir dos acertos dos "brazucas" (brasileiros), vinculando esse processo ao conceito hegeliano da negação da negação. Para fundamentar tal proposição, será necessário examinar os eventos de julho de 1970 e março de 2025, estabelecendo uma conexão coerente entre os momentos históricos e a dinâmica do aprendizado tático no futebol. 1. O Episódio de Julho de 1970 A Copa do Mundo de 1970, realizada no México, teve como evento marcante a final entre Brasil e Itália, onde a seleção brasileira aplicou um jogo dinâmico e coletivo, culminando no icônico quarto gol, assinalado por Carlos Alberto Torres após uma troca de passes envolvente. Esse lance simboliza a culminância de um estilo de jogo que consolidava a criatividade e o talento individual dentro de um esquema coletivo estruturado. 2. A Dialética do Aprendizado Futebolístico A Argentina, historicamente rival do Brasil, tem em seu desenvolvimento tático um processo dialético de absorção e superação de elementos que caracterizam o futebol brasileiro. Essa dinâmica é percebida em diversas fases do futebol sul-americano, onde seleções argentinas assimilam aspectos do jogo brasileiro, ressignificando-os dentro de sua própria tradição de jogo, mais focada na intensidade e no pragmatismo. A negação da negação, portanto, implica um movimento onde a Argentina primeiro rejeita o modelo brasileiro de jogo para depois integrá-lo em um nível superior, adaptado à sua própria identidade futebolística. 3. O Quarto Gol da Argentina em Março de 2025: Superação Dialética? O evento mencionado, o quarto gol da Argentina em março de 2025, representa essa dialética. Para avaliar sua verossimilhança, é necessário examinar se: Houve um gol argentino com características similares ao do Brasil em 1970. Esse gol resultou de uma evolução tática influenciada por princípios assimilados do futebol brasileiro. Ele não apenas reproduz, mas supera e ressignifica o modelo anterior. 4. Capita e Capeta: A Dimensão Simbólica do Futebol A alusão ao "Capita" (apelido de Carlos Alberto Torres) e "Capeta" pode sugerir um contraste entre liderança e forças caóticas dentro do futebol. Essa tensão dialética entre ordem e transgressão é um elemento central na evolução do jogo. A menção à telepatia e indução pode apontar para a formação de sinergias intuitivas entre jogadores, refletindo um alto nível de inteligência tática coletiva. 5. Considerações Metodológicas O método adotado para esta análise combina: Historiografia esportiva: para contextualização dos eventos de 1970 e 2025. Análise tática: para compreender os princípios de jogo envolvidos. Dialética hegeliana: para interpretar o processo de superação e conservação do conhecimento futebolístico. Conclusões Provisórias e Desenvolvimentos Necessários O futebol argentino evoluiu ao longo das décadas em diálogo com o futebol brasileiro, absorvendo e ressignificando seus princípios táticos. O quarto gol da Argentina em 2025, se corresponder a essa tese, será um exemplo de superação dialética, simbolizando um ponto alto da evolução do jogo. Para elucidar essa tese, é necessário um estudo mais aprofundado dos registros do jogo, análises estatísticas e testemunhos técnicos. A investigação desse episódio dentro do paradigma dialético permite avançar no entendimento do futebol como um fenômeno dinâmico, onde cada geração aprende, nega e supera as anteriores, num ciclo de aperfeiçoamento contínuo.

GOLEADA DA PRIMEIRA TURMA

Usou os três Mantos: Papagaio, Cobra-Coral e Rubro-Negro. Heróis da Nação ----------
----------- Píndaro ----------- Muita vezes se diz melhor calando do que falando em demasia. ... O resultado / está nas mãos de Deus. ... Nada neste mundo se oculta dos olhos de Deus: a sua providência estende-se a tudo e por tudo. ... O dia precedente é o mestre do dia seguinte. ---------
---------- O ministro Luiz Fux fez um contraponto ao positivismo jurídico de Alexandre de Moraes no julgamento de Bolsonaro e aliados pelo 8 de janeiro. Fux adotou uma visão “dialética”, defendendo uma interpretação circunstanciada da culpa de cada réu, questionando a dosimetria das penas, a validade da delação de Mauro Cid e o enquadramento uniforme dos acusados. Enquanto Moraes segue o positivismo, que aplica a lei de forma objetiva, Fux busca uma verdade emergente do confronto entre argumentos. Para ele, a decisão judicial deve evoluir pela negação da negação, preservando e superando elementos do passado. ---------
---------- quinta-feira, 27 de março de 2025 Dialética de Fux confronta positivismo de Moraes no julgamento de Bolsonaro - Luiz Carlos Azedo Correio Braziliense O ministro do Supremo questionou a dosimetria das penas, a validade da delação premiada de Mauro Cid e o enquadramento a priori de todos os réus nos mesmos crimes Ao votar na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, a favor do relatório do ministro Alexandre de Moraes, que acolheu a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados de tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, o ministro Luiz Fux fez um novo contraponto ao entendimento da maioria dos colegas e, enigmático, anunciou que fará uma interpretação “dialética” do processo contra os oito réus, entre os quais o ex-presidente e quatro oficiais generais. Fux também votou a favor da transformação dos acusados do 8 de janeiro de 2023 em réus. São eles Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e os generais de Exército Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da defesa; e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, além de Bolsonaro e do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência do Mauro Cid, que fez delação premiada. No seu voto, Fux fez referência ao seu pedido de vistas do processo contra a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, também na 1ª Turma, por participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Ela foi reconhecida após vandalizar o monumento A Justiça, no qual escreveu “perdeu, mané” com o batom. Moraes apresentou um relatório no qual propõe a pena de 14 anos para Débora, que está presa preventivamente. O julgamento estava dois a zero, com o voto do ministro Flávio Dino, quando foi suspenso. Entretanto, Fux deixou muito claro que pretende interpretar os fatos de maneira circunstanciada e “dialética” quanto à culpabilidade de cada réu no decorrer do processo. Descartou uma posição definida em relação à igual participação dos acusados na conspiração golpista, como um grupo organizado e coeso. No início do julgamento, na terça-feira, já havia questionado o fato de o caso ser julgado na Turma e não no plenário da Corte, e ainda levantou dúvidas sobre a legalidade da delação premiada do coronel Mauro Cid. Na sua essência, o voto de Alexandre de Moraes segue a tradição positivista. Essa doutrina entende o Direito como um conjunto de normas criadas por autoridade legítima, válidas independentemente de seu conteúdo moral. O foco é na lei posta (ius positum), e não em princípios éticos ou naturais: “O que importa é o que está escrito na lei, não o que se acha justo”. Esse entendimento predomina na Justiça brasileira desde a Constituição de 1891, logo após a Proclamação da República, que adotou o lema positivista na bandeira: “Ordem e Progresso”. Negação da negação No Judiciário e nos concursos públicos, o positivismo está muito presente. Juízes quase sempre tomam decisões com base estrita na letra da lei; valoriza-se muito o direito codificado, sobretudo as regras do “devido processo legal”, às vezes, mais até do que o mérito, como aconteceu na Lava-Jato. A lógica formal é que prevalece. Hoje, esse positivismo jurídico é criticado por aplicar a lei de forma mecânica e ignorar contextos sociais, históricos ou desigualdades. Depois da Constituição de 1988, houve um movimento para superar o positivismo rígido como fonte principal do Direito, juízes passaram a ter mais liberdade e responsabilidade; ganharam força os argumentos morais e sociais. E de onde vem a tal “dialética” do ministro Fux? Sua origem é o método criado pelo filósofo grego Aristóteles (384 a.C.- 322 a.C.), discípulo de Platão (A República), que foi desenvolvido pelo idealismo de Friedrich Hegel (1770-1831) e, depois, pelo materialismo de Karl Marx (1818-1883). Todos buscaram explicar o movimento, a transformação e o desenvolvimento da natureza, da sociedade e do pensamento. As “leis da dialética” são a unidade e luta dos contrários, pares de opostos que estão em constante tensão e interação, o que impulsiona a mudança; a transição da quantidade em qualidade (quando atinge um certo limite, ocorre uma transformação qualitativa, como a água aquecida ou congelada); e a negação da negação (negação não é simples destruição, é uma superação que conserva aspectos do que foi negado (“aufhebung”, em alemão). No julgamento de Bolsonaro e os seus auxiliares há uma tensão essencial entre acusação e defesa, entre direito positivo e justiça material, entre lei escrita e interpretação. Para Fux, a verdade surgirá da confrontação dialética entre as partes contrárias. Pequenas decisões, provas ou interpretações vão se acumular e, em certo ponto, isso pode alterar qualitativamente a percepção do caso. O ministro Fux questionou a dosimetria das penas, a validade da delação premiada do coronel Mauro Cid e o enquadramento a priori de todos os réus nas mesmas acusações: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombados, crimes sujeitos a penas superiores a 14 anos. Na dialética do direito penal, uma decisão judicial pode negar uma interpretação anterior, mas essa nova posição preservará elementos do passado enquanto os supera. A negação da negação do direito é necessária para o restabelecimento da ordem jurídica violada. _____________________________________________________________________________________________________ ----------- _____________________________________________________________________________________________________ 👆👆"Os manos aprendem com os acertos dos brazucas de forma dialética. O quarto gol da Argentina, em março de 2025, exemplifica a negação da negação do ocorrido em julho de 1970, ao mesmo tempo conservando e superando o passado em um nível superior. Há 'capita' e 'capeta' na telepatia e na indução." _____________________________________________________________________________________________________ ----- ARGENTINA 4 X 1 BRASIL | MELHORES MOMENTOS | ELIMINATÓRIAS DA COPA DO MUNDO 2026 | ge.globo ge 25 de mar. de 2025 #1 nos vídeos Em alta Brasil é dominado pela Argentina e sofre goleada histórica em Buenos Aires. Seleção tem péssima atuação no Monumental, perde por 4 a 1 e vê Dorival Júnior balançar no cargo; Argentina está classificada para a Copa 🌟 Confira todos os Melhores Momentos com mais replays em ge.globo: https://ge.globo.com/futebol/copa-do-... _____________________________________________________________________________________________________ -------- As principais regras do futsal são: A partida é disputada por duas equipes de cinco jogadores, incluindo o goleiro A duração do jogo é de dois tempos de 20 minutos, com intervalo de até 15 minutos A equipe que fizer mais gols vence A bola do futsal é menor e quica menos que a do futebol A meta do futsal tem 3 metros de largura e 2 metros de altura Dois árbitros apitam a partida, posicionados nas linhas laterais Não há impedimento no futsal Os lançamentos laterais são cobrados com o pé As cobranças de falta e escanteios são semelhantes ao futebol de campo Cada equipe pode cometer até cinco faltas por tempo de jogo A partir da quinta falta, a equipe é punida O cartão amarelo significa uma advertência e o vermelho, expulsão Somente o goleiro pode colocar a mão na bola É permitido realizar uma substituição a qualquer momento, exceto durante um tempo técnico Primeira Turma Ministro Cristiano Zanin - Presidente Ministra Cármen Lúcia Ministro Luiz Fux Ministro Alexandre de Moraes Ministro Flávio Dino PRIMEIRA TURMA 5 X 0 NÚCLEO CRUCIAL PRIMEIRA TURMA - Ministro Cristiano Zanin - Presidente, Ministra Cármen Lúcia, Ministro Luiz Fux, Ministro Alexandre de Moraes, Ministro Flávio Dino. Segunda Turma Ministro Edson Fachin - PRESIDENTE Ministro Gilmar Mendes Ministro Dias Toffoli Ministro Nunes Marques Ministro André Mendonça _____________________________________________________________________________________________________ ---------- --------- Gol de Carlos Alberto Torres na final da Copa de 1970 - narração de Joseval Peixoto ----------- Jovem Pan News 26 de out. de 2016 Último gol do Brasil na final da Copa do Mundo de 1970 no estádio Azteca, no México, quando a Seleção venceu a Itália por 4 x 1 e sagrou-se tricampeã mundial de futebol. Pelé passa para Gerson, que rola para Clodoaldo. Clodô finta quatro italianos na intermediária com extrema habilidade e abre na esquerda para Rivelino. Riva lança na ponta esquerda para Jairzinho, que já avança sobre a marcação, cortando para o meio, até que encontra, magistral, reinando sobre o gramado, Pelé. É o tempo de o Rei dominar e rolar com perfeição para o vazio do lado direito do ataque, com a visão dos gênios. A bola mansa encontra um Carlos Alberto Torres, lateral direito e capitão do Brasil, decidido e veloz e um quique no gramado dá a última ajuda para que o peito do pé do Capita acerte em cheio, estufando a rede, fechando o placar da final e garantindo a Taça Jules Rimet, que logo mais levantaria. Imagens do filme oficial da Fifa. ____________________________________________________________________________________________________ ------------ POR UNANIMIDADE, JAIR BOLSONARO E SETE ALIADOS VIRAM RÉUS EM TENTATIVA DE GOLPE | 3 EM 1 - 26/03/25 ---------- Jovem Pan News Transmissão ao vivo realizada há 18 horas 3 em 1 ---------- As principais regras do futebol de campo são: Cada partida tem 90 minutos, divididos em dois tempos de 45 minutos O jogo é supervisionado por um árbitro O objetivo é marcar gols, ou seja, fazer com que a bola ultrapasse a linha do gol da equipe adversária Cada equipe tem 11 jogadores É proibido o uso das mãos para o manejo da bola, exceto para o goleiro dentro da sua própria área penal Infrações resultam em cartões amarelos ou vermelhos, dependendo da gravidade da infração Em caso de empate, é feita uma prorrogação de 30 minutos, divididas em duas partes de 15 minutos Algumas outras regras do futebol de campo são: A regra do impedimento, Tiros livres diretos e indiretos, Bandeiras de canto, Arremesso lateral, Equipamento. Algumas infrações que podem resultar em cartões amarelos ou vermelhos são: Empurrões Chutes Puxões Segurar (agarrar) um adversário Impedir o movimento de um adversário com ou sem contato físico Morder ou cuspir em alguém Arremessar um objeto para atingir a bola, um adversário ou um oficial de arbitragem ARGENTINA 4 X 1 BRASIL BRASIL - Bento; Wesley, Murilo (Léo Ortiz), Marquinhos e Guilherme Arana; André (Ederson) e Joelinton (João Gomes); Raphinha, Rodrygo (Endrick) e Vini Jr; Matheus Cunha (Savinho). Técnico: Dorival Júnior. _____________________________________________________________________________________________________
---------- Heróis da Nação Píndaro Nome completo: Píndaro de Carvalho Rodrigues Data de nascimento: 01/06/1892 Local de nascimento: São Paulo, SP – Brasil Data de Falecimento: 29/08/1965 Área de atuação: Jogador de futebol O gigante de todos os Mantos Um dos principais nomes na criação do Futebol do Clube, Píndaro, o Gigante de Pedra, formou com Nery uma dupla de zagueiros imortal. Destaque do time bicampeão em 1914-1915, além de defender, marcava gols cobrando faltas e pênaltis. Médico sanitarista, trabalhou para conter a pandemia de gripe espanhola no Brasil em 1918. Mesmo já aposentado dos campos, jogava quando o Flamengo precisava e assim participou da campanha vitoriosa de 1920. Usou os três Mantos: Papagaio, Cobra-Coral e Rubro-Negro.